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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°83739
De: José Ponciano Neto Data: Quarta 26/12/2018 09:59:36
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

SAUDADES DE UM NATAL QUE NÃO VOLTA MAIS.

Sabemos que: “Natal é o melhor remédio para fazer crescer a paz, a solidariedade e a amizade”.
Quando éramos crianças o Natal não era apenas a comemoração do nascimento do menino Jesus. - Apesar de que, até hoje faço questão de celebrar junto aos meus familiares mais um ano de vida do menino Rei – cantando parabéns.

A expectativa de outrora era de acordar com os presentes ao lado dos sapatinhos – menino, nem se lembrava do aniversariante citado.

Nossas ruas ainda de terra – ou melhor, de lama, pois, 25 Dezembro chovia muito mais do que hoje, ficava cheia de crianças brincando com os carrinhos de fricção ou na base da cordinha – bolas – as meninas ostentando as bonecas, tanto de pano, quanto as com cabelo; os meninos filhos de pais com poder aquisitivo melhor com seus velocípedes e bicicletas.
Era barulho de espoletas dos revólveres “Cowboy”, os carrinhos com sirenes – era uma festa que só diminuía quando chegava a hora do almoço.

Mas, durante as exibições dos presentes, sempre existia um que o Papai Noel deixou de entregar o presente devido o dinheiro escasso. Então, o sentimento natalino era externado.

A leveza do ser era sustentável!! As crianças presenteadas deixavam as outras desprovidas dar uma voltinha de bicicleta, jogar bola, jogar pião, as meninas deixavam brincar com as bonecas e os bambolês. Uns, mais chatinhos, recusavam ceder os brinquedos, mas, as crianças relevavam, pois, conheciam seus pais.

Éramos muito felizes!

Neste Natal, depois da Ceia fui dormir na casa da minha filha. Logo de manhã levantei-me, fui até a rua, olhei para um lado, para o outro, na esperança de matar as saudades da rua cheia de crianças. – Chorei!.

No bairro da casa não tinha NEM UMA CRIANÇA BRINCANDO, repito, Nem uma!

Logo, segui para minha casa, no trajeto algumas crianças com seus tablets e celulares - em uma das ruas do bairro São José, uma mãe equilibrando uma criancinha numa bicicleta (com rodas laterais), e só.

Chequei em casa, nos jornais televisos só carnificinas – assaltos - Tisunami na Idonésia - criança morta sob custódia do Tio Sam – Políticos demonstrando que são (...) – penitenciaria de segurança máxima interditada, e para completar, noticias sobre o João do “capeta” que abusava da fé dos carentes da “Fé” em Deus, para fomentar sua quadrilha.

Que saudades que tenho dos presentes, da rua, dos amigos de infância, das boas noticias do outro dia - só não tenho muita saudade da Missa do Galo na Catedral, pois, terminava muito tarde, Talvez nossos pais nos levávamos na missa do Galo era justamente para quando chegar em casa comer rápido e entrar para o sono profundo e não ver a hora que o Papai Noel deixava os presentes enviados pelos “Reis Magos”.

Tenho saudades dos meus brinquedos que vinham tanto dos meus pais, ou do meu avô “Seu” Ponciano. Tenho saudades da Praça Coronel Ribeiro nos dias vindouros do Natal, ali reuniam os pobres e ricos, negros e brancos, sem nenhum preconceito.

Nunca me esquecerei da minha primeira bicicleta; uma “Monareta” 67. Para ela, comprei um dínamo (gerador de energia), lâmpadas de todas as cores, um farol pequeno, luvas com bandeirolas. Ficou mais bonita que “cavalinho de charrete” – era um “Raio de luxo”.

São muitas lembranças que só ao longo do tempo, as crianças das redes sociais irão entender que, nossa geração era muito feliz com os nossos Natais.

E a sociedade de consumo só vai entender, quando, na medida em que a essência do Natal vai acabando, as vendas vão caindo, e a tradição da data do nascimento do menino Deus, vai volatilizando prejudicando o comércio, como vem atingindo os Ternos de Folia que arrastam por falta dos novos seguidores.

Em tempo: - Os Ternos de Folia de Juramento, Glaucilândia e do distrito de São José do Alto Belo já estão visitando os Presépios. Tá muito bom para “furar saco”.


(*) José Ponciano Neto é Cronista, articulista, historiador do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros (IHGMC) e Vice-Presidente da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas (AMALENM)

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Mensagem N°83738
De: Manoel Hygino Data: Quarta 26/12/2018 09:06:10
Cidade: Belo Horizonte

O ensino médico alhures

Manoel Hygino

O Brasil não consegue propiciar assistência médica aos que aqui vivem, principalmente por não dispor de profissionais numericamente capazes de suprir as necessidades de todos os contingentes da população, no local em que vivam. O caso dos cubanos, coitados, que vieram para cá é apenas um capítulo da novela. Na realidade se transferiram mediante um acordo com Havana, que praticamente ajudava a ilha a enfrentar seus numerosos problemas. Em regime de semi-servidão, deslocaram-se como o fizeram em outras nações, sobretudo africanas.
Os cubanos estão de volta à pátria. Seguirão com carências no país de origem, como antes. Por aqui, considerável percentual dos formados não se sente disposto a sair de grandes cidades onde colam grau, para dedicar-se ao labor no interior, a que faltam condições adequadas de trabalho - a começar por aparelhagem e equipamentos, inclusive no atendimento a grupos indígenas ou outros segmentos de semelhante maneira de viver.
O jovem para chegar às portas da faculdade passa por duras provas, cujo último estágio, aliás, é o próprio vestibular, um desafio para ingresso nas universidades. Quem pode pagar as mensalidades da rede particular de ensino supera empecilhos. Mas, depois de tudo, ainda teria de atuar nos cafundós, em que inexiste até aparelhagem de ultrassom. Nem se falará na violência dos pacientes e pessoas da família.
O governo decidiu não aprovar a implantação de novas faculdades, como se estivéssemos delas bem aquinhoados, hipótese longínqua. Instituições dignas de confiança querem criar cursos, oferecem meios adequados, contam com candidatos a professores de alto nível, mas o rumo está traçado: agora não.
Alega-se que determinadas instituições não correspondem à expectativa, não preparando futuros médicos para o bom exercício de uma profissão, que tem a incumbência de eliminar dores e salvar vidas, em muitas circunstâncias. E todo mundo sabe disso. Melhor seria que as autoridades fiscalizassem essas entidades ineficientes e as induzissem ao caminho correto.
Em meio a tudo que aqui acontece, vê-se o brasileiro obrigado a buscar formação em outro país. Reportagem da TV Bandeirantes, há alguns dias, mostra as Faculdades de Medicina de La Plata e de Buenos Aires (esta a 15ª em lista de melhor performance na América Latina) com mais de quinhentos conterrâneos lá estudando. E, em melhores termos. A começar porque não há vestibular, o acesso às faculdades públicas e particulares é garantido em lei.
Mais jovens estão decidindo ir para o Sul do hemisfério e outros países. Abrir casas de ensino e mantê-las em alto nível é, antes de tudo, dever dos governos.


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Mensagem N°83737
De: Jair Data: Segunda 24/12/2018 18:59:24
Cidade: M. Claros

Uma chuva após as 3h da tarde fez uma pausa no forte calor em M. Claros. E animou as vendas de Natal.

A chuva chegou sem alarde, se intensificou depois de 10 minutos, buscou reforços de granizo, ventos e trovões, provocou enxurradas pelo centro e tangeu quem estava nas ruas para debaixo das marquises, que ficaram apinhadas.

Quando a chuva se dissipou, devolveu para as lojas uma grande quantidade de compradores de última hora, mais animados pelo Natal, agora com chuva - como sempre é a esperança geral.

O comércio ficou mais ativo, e muitos comerciantes disseram que a chuva ajudou nas vendas do dia, melhorando o desempenho que havia sido fraco nos últimos dias. Com a providencial chuva desta tarde, o comércio respira um pouco mais aliviado.

As lojas só passaram a fechar suas portas depois das 18h, quando um enorme e baixo arco-íris, na parte leste de M. Claros, anunciou no céu que por lá a chuva seguia, em golfadas.


A notícia triste foi um acidente na serra de Bocaiúva, onde 2 carros bateram de frente e deixaram 10 feridos. Ainda não se sabe a procedência dos dois veículos. Há 3 feridos graves, removidos para M. Claros.

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Mensagem N°83736
De: Jurandir Dias Data: Segunda 24/12/2018 15:44:30
Cidade: Moc  País: Brasil

Chuva de granizo neste momento, aqui no Morrinhos...

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Mensagem N°83735
De: Petrônio Braz Data: Domingo 23/12/2018 16:04:38
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Evolução ou Criação - O Papa Francisco afirmou, durante discurso na Pontifícia Academia de Ciências, que a Teoria da Evolução e o Big Bang são reais.
No momento em que a ciência, aliada às ações governamentais, se preocupa com a conservação da originalidade das ilhas Galápagos, berço da inspiração de Charles Darwin, o criador da Teoria da Evolução, a Igreja Católica, vencida a irracionalidade da Idade Média e as resistências posteriores contra a ciência, pelas mãos do Papa Bento XVI, no livro “Schoepfung und evolution” (Criação e evolução), lançado na Alemanha, já havia elogiadp o progresso científico e não endossamdo o criacionismo, embora discordando da teoria evolucionista de Darwin, como ex¬posta no livro “A origem das espécies” publicado em 1859.
Enquanto isto, o arquipélago de Galápagos, declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO, onde existem espé¬cies animais únicas, como as iguanas e as treze espécies diferentes de tentilhões, está sendo ameaçado pela mão do homem.
Em dois extremos, nas Galápagos e na Alemanha, as duas teorias, que buscam explicar a origem da vida terrestre, se encontram em uma visão maior de Bento XVI que, em seu livro, defende a evolução teísta, isto é, Deus criou a vida e esta evoluiu no correr dos séculos.
Admite o Papa, ao analisar uma das grandes questões fundamentais da filosofia, que a criação da vida se deve a um ser sobrenatural, o Deus Criador, que usou o pro¬cesso natural na criação do mundo, chamado de evolução teísta. A vida foi criada por Deus.
O que é a vida? Sabe-se que muito antes da presença do homem na Terra, a vida microscópica começou na água. No período Devoniano os primeiros peixes pul-monados, que viviam em charcos pantanosos, teriam se aventurado, por terra, de um charco a outro, permane¬cendo cada vez mais em terra, daí se originando os primeiros animais terrestres, os tetrápodes. A vida, de origem divina, começou antes do homem. O restante teria vindo por evolução?
O professor Rubens Giglioni Rosenhein, mestre em teologia, esclarece, em artigo publicado antes do lança¬mento do livro de Bento XVI, que a criação é descrita biblicamente no primeiro capítulo do primeiro livro do Pentateuco, mas tem sido interpretada de diversas formas. Passando pela interpretação fundamentalista, pela religiosa moderada, ele informa que a “interpretação conciliatória entre a religião e a ciência diz que o Gênesis é inspirado, mas não é um tratado científico e sim uma dramatização poética. Dessa forma, a evolução das espécies previstas pelo neodarwinismo ocorreu, mas foi apenas um instrumento conduzido e controlado plenamente por Deus. As con¬clusões científicas, portanto, estão no caminho certo, sendo que não contrariam a Bíblia. Esta interpretação é chamada de evolução teísta.”
O que é Deus, ou quem é Deus? Deus, isolado no latíbulo sagrado, é uma dúvida; dúvida humana que se precipita no abismo de nossa ignorância. Certos estavam os filósofos gregos da Antiguidade Clássica, quando afirmaram que Deus está além dos homens, com eles não se parecendo, nem na forma, nem no pensamento.

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Mensagem N°83734
De: Carlos C. Data: Sábado 22/12/2018 19:36:17
Cidade: Brasilia DF

É bom o Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha irem se acostumando com esta palavra “lítio“, que poderá afinal ser a sua redenção econômica, tão longamente aguardada por séculos de espera, e de sofrimentos.

O minério - que existe na região - será o novo petróleo do mundo que toma forma aos nossos olhos.

Importante ler a seguinte reportagem, desta tarde, da Folha de S. Paulo, que põe em destaque uma fábrica de extração de lítio que já existe em Araçuaí ( a 329 km de M. Claros), produção que já é estratégica para o mundo.

Leiam:

“Folha de S. Paulo - Demanda global leva a corrida pelo lítio, o petróleo do futuro - País deve virar um dos maiores produtores de mineral usado em baterias - Nicola Pamplona - ARAÇUAÍ (MG) - O cenário internacional favorável e as recentes descobertas de lítio no país provocaram uma corrida por reservas do mineral, matéria-prima para a fabricação de baterias elétricas. - Dois projetos já em curso elevarão o Brasil ao status de um dos maiores produtores mundiais na próxima década.
Até o início deste mês, de acordo com dados da ANM (Agência Nacional de Mineração), o número de requerimentos de pesquisa do minério chegava a 117, mais que o triplo do ano anterior e quase dez vezes o registrado em 2016.
O processo vem gerando grande expectativa no Vale do Jequitinhonha, norte de Minas, uma das regiões mais pobres do país, mas com grande potencial para descobertas.
O agricultor Valdeir Goncalves dos Santos, que se queixa de poluição do ar causada por rejeitos da produção de lítio Operários trabalham em sondagem para exploração de lítio Itinga (MG) O ex-cortador de cana Washington Chaves Santos,35, que hoje trabalha em empresa de mineração em Itinga (MG)
Na microrregião de Araçuaí, a 600 quilômetros de Belo Horizonte, foram 46 novos requerimentos de pesquisa nos últimos dois anos, na esteira de descobertas realizadas pela mineradora Sigma e de um trabalho de exploração da estatal CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais).
No trabalho, a CPRM descreveu 45 corpos rochosos com minerais de lítio, 20 deles inéditos. “A região tem potencial para se tornar uma grande produtora”, diz Vinícius Paes, um dos autores do projeto de pesquisa na região.
A partir do início de 2018, houve crescimento também pela procura de áreas no Nordeste, principalmente no Rio Grande do Norte, na Paraíba, em Pernambuco e na Bahia.
Chamado de “petróleo do futuro”, pelo potencial de substituição do motor a combustão, o lítio experimenta grande valorização no mercado internacional.
O preço disparou nos últimos anos, diante de planos para reduzir as emissões de poluentes no transporte em países desenvolvidos, o que gerou uma corrida por reservas no mundo. Montadoras como a Volkswagen já anunciaram metas para o fim da produção de veículos a gasolina.
O Brasil tem hoje uma pequena produção, em projeto da CBL (Companhia Brasileira de Lítio) em Araçuaí, voltada para consumo básico no mercado interno, como lubrificantes e cerâmica. Mas os investimentos recentes já começam a alterar o cenário.
“O Brasil era muito tímido nesse segmento. De repente, surge a demanda elétrica, e o setor está passando por um despertar”, afirma Ivan Jorge Garcia, especialista em recursos minerais da agência.
NOVA FÁBRICA
Em maio, a AMG Mineração inaugurou uma fábrica em Nazareno, 240 quilômetros ao sul de Belo Horizonte, fruto de investimento de R$ 450 milhões, para extrair de pilhas de rejeito de sua produção de tântalo o lítio que há até pouco tempo não tinha valor de mercado.
A unidade opera com 60% de sua capacidade, de 90 mil toneladas por ano de espodumênio, um dos minérios nos quais se encontra o lítio. Considerando um teor de 6%, o volume equivale a 4.500 toneladas de lítio contido (medida usada internacionalmente para classificar a produção).
É o equivalente a quase nove vezes a produção brasileira ao fim de 2017, quando o país representava menos de 0,1% do mercado global, que movimentou 43 mil toneladas de lítio contido. Austrália e Chile dominavam 76% da produção. A Argentina tinha 13%.
Com investimento de R$ 350 milhões, incluindo os gastos já feitos em exploração de reservas, a Sigma prepara o maior projeto de produção do país, com capacidade para 240 mil toneladas por ano de espodumênio, o equivalente a 14,4 mil toneladas de lítio contido.
AMG e Sigma já falam em estudos para dobrar capacidade. E vislumbram a possibilidade de avançar na cadeia produtiva —hoje, a transformação do mineral em compostos químicos e depois em baterias é dominada pelos chineses.
“Temos disponibilidade de matéria-prima e mercado, que é um dos maiores do mundo. Temos o princípio e o fim. Precisamos apenas desenvolver o meio”, diz Itamar Resende, presidente da Sigma Mineração. A “cereja do bolo”, diz, seria conseguir atrair uma fábrica de baterias para o país.
A AMG já deu um passo e fechou acordo com a sul-coreana Ecopro para estudar a viabilidade de uma unidade química de produção de sulfato de lítio, uma etapa além na cadeia de produção de baterias.
“É um produto de valor agregado muito superior”, afirma o presidente da companhia, Fabiano Costa. Se o projeto for aprovado, a expectativa é que inicie as operações em 2021.
EXPECTATIVA
Durante 8 de seus 35 anos, Washington Chaves dos Santos deixava uma vez por ano a aridez de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, rumo ao interior de São Paulo para garantir o sustento da família no
corte de cana.
Partia com outras centenas de moradores para temporadas de até oito meses longe da mulher e do filho.
Kessiane Lima Silva, 36, teve mais sorte. Formou-se em geologia e desenvolveu sua carreira trabalhando para mineradoras na região Norte do país. Mas há algum tempo sonhava em voltar a Araçuaí para poder dar assistência aos pais, já em idade avançada.
Os dois hoje são colegas de trabalho na mineração de lítio da Sigma, que tem o maior projeto de produção do mineral em curso no país, investimento que gera grande expectativa em uma área que exportava mão de obra por falta de oportunidades.
“Graças a Deus veio essa empresa para cá”, diz Santos.
Com economia basicamente agrícola, de pequena mineração e garimpos de pedras semipreciosas, a região espera que o lítio traga empregos e oportunidades de negócios.
Nas obras da fábrica, que devem começar em 2019, serão 500 empregos, diz o presidente da Sigma, Itamar Resende.
A expectativa é que o número seja mantido durante a operação, incluindo a mão de obra para a exploração de reservas adicionais.
Única produtora do país até o fim de 2017, a CBL (Companhia Brasileira de Lítio) estuda ampliar sua capacidade. A empresa atua desde 1993, mas tem produção basicamente voltada ao mercado interno.
Em uma fábrica em Divisa Alegre, na divisa com a Bahia, produz matéria-prima para lubrificantes.
Em março, iniciará operações de uma unidade de purificação para começar a prospectar o mercado de baterias, diz o diretor-superintendente da companhia, Paulo Sergio Castro Renestro.
A empresa, porém, enfrenta críticas de moradores, que reclamam de poluição causada por uma pilha de rejeitos.
“Se o vento sopra para cá, vem uma nuvem”, diz o agricultor Valdeir Gonçalves dos Santos, 54, apontando para a pilha atrás de sua casa. “Os meninos já tiveram problema de respiração, bronquite, asma.”
A CBL nega que cause danos à comunidade. A Prefeitura de Araçuaí não se pronunciou.”

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Mensagem N°83733
De: Manoel Hygino Data: Sábado 22/12/2018 09:01:37
Cidade: Belo Horizonte

Visitando a manjedoura

Manoel Hygino

À medida que se aproxima o período natalino, chegam belas mensagens formulando votos de felicidade, inclusive para o ano novo que também bate à porta. Verdade que o lugar comum predomina, mas o importante é a sensação de amizade e de cordialidade que emana do momento e das circunstâncias.
E se escreve também sobre Jesus, Maria e José, os presépios, os bichinhos que emolduram o cenário, as latinhas que antes guardavam doces transformadas em canteiro de arroz recém-semeado.... e a manjedoura.
O escritor Pedro Rogério Moreira, confrade na Academia Mineira de Letras, filho de seu presidente perpétuo Vivaldi, avança no texto e pergunta: onde descansava o Menino Jesus ao receber a visita dos magos do Oriente? O primeiro evangelista diz: “Quando entraram na casa, viram o menino com Maria (Mateus 2:1-12). O terceiro evangelista diz que, como não havia lugar para eles na sala dos hóspedes, o que dá a entender uma casa ou hospedaria, o casal foi se alojar na estrebaria, onde Maria envolveu o recém-nascido em faixas e o deitou numa manjedoura (Lucas 2:7)”.
Há outra versão que encaixa uma manjedoura: como Belém estava cheia de viajantes por causa do recenseamento, os pais de Jesus não encontraram uma hospedaria e foram parar numa estrebaria oferecida pelos pastores mencionados em Lucas 2:8-9. A tradição do nascimento numa gruta só apareceria no século II, como consta da “Bíblia Ecumênica”.
O melhor do assunto é perpassar por milhares de temas milenares, em que se misturam a história e tradições imemoriais, transmitidas oralmente através das gerações. As coisas e os fatos não coadunam mui repetidamente. É o caso dos Reis Magos, que comparecem à manjedoura (?), em Belém. Eles não eram reis, mas magos conforme adverte o único evangelista a referir-se a eles, em Mateus 2:1. Na verdade, os estudiosos consideram-nos astrônomos persas, possivelmente sacerdotes do zoroastrismo, doutrina religiosa de Zoroastro, mas receberam o honroso título de reis. Um detalhe: o Evangelho não diz que eram três, nem dão seus nomes. A denominação de Belquior, Baltazar e Gaspar decorre da fantasia dos primeiros períodos da cristandade.
Como a religião é importante na vida dos povos e sendo o Brasil um país eminentemente cristão e católico, esses pormenores e versões ajudam a melhor compreender os episódios descritos pelos testamentos. Ou a dividir opiniões, mas com nova carga de atrativos. Vale a pena e nada melhor que a apelidada “passagem de ano”.
O próprio Pedro Rogério registrou: “este livro não tem propósito de difusão religiosa, muito menos compromisso com a teologia. Trata-se de uma coletânea de fatos bíblicos que se enquadram naquilo que o senso comum entende por curiosidades.... e que fazem da Bíblia o livro mais célebre da história da civilização”.

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Mensagem N°83732
De: Afonso Data: Sexta 21/12/2018 22:57:39
Cidade: BH/MG

21/12/1961 -"Precisamente às 11 horas, chega à Estação de Montes Claros o trem de luxo (D-5, de Belo Horizonte a Montes Claros; D-6, é de Montes Claros a Belo Horizonte), entre Belo Horizonte e Montes Claros e vice-versa. Compõe-se de dois carros, de 60 poltronas cada um, um carro-dormitório, um de restaurante moderno e um carro-chefe." Excelentes viagens, apesar de muito longas (15 horas de duração), mas os carros, ou vagões, eram muito confortáveis, principalmente o dormitório (cabine e poltrona-leito) e o restaurante prestava ótimo serviço, o que fazia o tempo passar mais rápido. Outra enorme virtude das viagens pela ferrovia, que sempre deve ser destacada: em cerca de 70 a 80 anos foram pouquíssimos acidentes, sendo que vítimas fatais foram 3 ou 4, nesse período, ao contrário das rodovias, nas quais estes números são registrados quase diariamente. Portanto, a exemplo de países mais desenvolvidos, o transporte ferroviário de cargas e passageiros, no Brasil, tem que ser modernizado e ser opção econômica, confortável e segura para o nosso país, tão dependente das rodovias.

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Mensagem N°83731
De: Câmara Municipal Data: Sexta 21/12/2018 10:15:11
Cidade: Montes Claros

Terreno é repassado para a construção da Cidade Administrativa - Em reunião extraordinária realizada hoje (21/12), a Câmara Municipal de Montes Claros aprovou dois dos quatro projetos que estavam na pauta. Entre eles, a autorização para construir a Cidade Administrativa no terreno da Coteminas. O projeto 106/2018 de iniciativa do Executivo autoriza o município adquirir mediante desapropriação o bem imóvel situado na avenida Governador Magalhães Pinto, no bairro Jaraguá, onde atualmente fica localizada a sede da empresa têxtil, Coteminas. Na área total de 100 mil metros² será construída a Cidade Administrativa de Montes Claros – em que concentrarão as principais secretarias e órgãos do município.

Também foi aprovado a proposta n°105/2018 que altera a lei municipal n°3.139/2003. De acordo com a pasta, outdoor, banner, cartaz, letreiro ou qualquer outra publicidade afixada em locais públicos deverão conter o número de telefone do responsável. E fica autorizada às empresas de telefonia disponibilizar dados pessoais dos responsáveis. O objetivo da proposta é identificar o infrator em caso de aplicação de multa. Os projetos n°39 e 40 foram retirados de tramitação.

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Mensagem N°83730
De: Unimontes Data: Sexta 21/12/2018 09:05:48
Cidade: Montes Claros

Professor Antonio Alvimar Souza é nomeado reitor da Unimontes; professora Ilva Ruas será a vice-reitora
O professor Antonio Alvimar Souza será o novo reitor da Universidade Estadual de Montes Claros. A nomeação foi publicada nesta sexta-feira (21/12), em ato do governador Fernando Pimentel no Diário Oficial “Minas Gerais” – seção Diário do Executivo (página 4). Serão quatro anos de gestão, com início a partir da assinatura do termo de posse. O mesmo documento nomeia como nova vice-reitora da Unimontes a professora Ilva Ruas de Abreu. A sessão solene de transmissão de cargo de reitor e vice-reitor será nesta sexta-feira, às 14 horas, no auditório do prédio 6, no campus-sede. O ato será conduzido pelo reitor da Unimontes na gestão 2014-2018, professor João dos Reis Canela.A consulta acadêmica foi realizada em outubro último, base para a formação das listas tríplices encaminhadas ao governador para a escolha dos novos reitor e vice-reitor. O professor Antonio Alvimar Souza obteve a maior votação entre os candidatos a reitor, com 40,33%. Vice-reitor na última gestão da Reitoria, ele vinculado ao Departamento de Filosofia, do Centro de Ciências Humanas. Graduado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, pós-graduado em História Contemporânea pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), mestre em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e doutor em Ciências Humanas - História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Integra o quadro de docentes da Unimontes desde março de 1995. A professora Ilva Ruas de Abreu também foi a mais votada na eleição para vice-reitor, com 39,53% dos votos. Ela integra o quadro docente do Departamento de Economia. É graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e doutora em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É professora da Unimontes desde março de 1982.
Solenidade de transmissão de cargo
Nesta sexta-feira (21/12), às 14 horas, no auditório do prédio 6 (CCBS), campus-sede da Unimontes, será realizada a cerimônia oficial na qual o professor João dos Reis Canela, reitor nas gestões 2010-2014 e 2014-2018, fará a transmissão de cargo ao sucessor. Na oportunidade, também será realizada a solenidade de descerramento da foto do professor João Canela na galeria dos ex-reitores, no Salão de Conselhos da Reitoria.
Situação inédita
Pela primeira vez, nos 56 anos de história, houve vacância nos cargos de reitor e vice-reitor da Unimontes diante do encerramento da última gestão, em 4 de dezembro, e do período de espera até o ato de nomeação. Diante dos 16 dias até o ato de nomeação, o Conselho Universitário (CONSU), órgão máximo da Universidade, aprovou o nome da professora Luciene Rodrigues para assumir as funções inerentes ao cargo de reitor. Com o segundo maior vínculo de magistério na atual composição do Conselho, a professora Luciene esteve à frente das principais ações administrativas e gerenciais desde o último dia 14/12.

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Mensagem N°83729
De: Câmara Municipal Data: Quinta 20/12/2018 12:08:27
Cidade: Montes Claros

O vereador Marcos Nen (PSD) foi eleito Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros, nesta quinta-feira (20), durante a última Reunião Ordinária da Casa deste ano. Foram 13 votos a 09, com presença de 22 vereadores. Wilton Dias (PHS) não votou por estar fora da cidade. Marcos liderou a Chapa dois, que tem os parlamentares Soter Magno (PP) como Vice-Presidente, Maria Helena (PPL) como 1º Secretária e Daniel Dias (PCdoB ) como 2º secretário da Mesa Diretora para a segunda seção da legislatura biênio 2019/2020. (...)
Marcos Nem
Nasceu em 24/02/1968. Comerciante. Atualmente está no 6º mandato consecutivo como vereador. Foi Vice-presidente da Mesa Diretora no biênio 2002/2003 e 1º secretário nos biênios 2005/2006 e 2009/2010. Foi eleito Presidente do Legislativo de Montes Claros para o biênio 2015/2016.

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Mensagem N°83728
De: Manoel Hygino Data: Terça 18/12/2018 12:22:41
Cidade: Belo Horizonte

Julgando o AI-5

Manoel Hygino

Há poucos dias, Aristóteles Atheniense lembrou que, em 13 de dezembro de 1968, foi ao Supremo Tribunal Federal para colher informações sobre recursos oriundos de seu escritório de advocacia. Com 32 anos, deparou com amigos hoje falecidos como José Guilherme Vilela, colega da turma de 1959 na UFMG, e Modesto Justino de Oliveira, irmão do José Aparecido. Acertaram, então, que compareceriam à posse do curvelano, ministro do STF, Antônio Gonçalves de Oliveira, na presidência do Supremo.
Ali, após o hino nacional e a tomada do compromisso regimental, coube a saudação aos empossados, em nome da OAB, a Sobral Pinto. Este começou sua fala pela exaltação do direito e da democracia, incluindo a preservação da independência dos Poderes da República. No decorrer do discurso, um cidadão desconhecido levou-lhe um papel, Sobral Pinto parou, olhou o plenário e comunicou que a Câmara dos Deputados negara a licença pedida pelo ministro Gama e Silva, da Justiça, para cassação do mandato do deputado Márcio Moreira Alves, a fim de ser julgado.
Atheniense recorda que, no dia seguinte, estando hospedado no Hotel Umuarama, em Goiânia, onde seria paraninfo na Faculdade de Direito, Sobral foi informado de que seria preso, mas que havia um avião a seu dispor para transportá-lo a qualquer lugar do país ou ao exterior. Recusando o oferecimento, seria preso depois e levado a uma guarnição do Exército.
A situação era dramática e evoluía rapidamente. O relator do processo do deputado Moreira Alves, na Comissão de Justiça, Djalma Marinho, professor de direito, filiado ao partido do governo, manifestou-se contra a solicitação do Executivo, causando grande apreensão entre os companheiros de partido e no Executivo. Um pormenor: em seu voto, no dia 13, Djalma incluíra uma frase histórica de Pedro Calderon de La Barca, um dos mais celebrados poetas dramáticos espanhóis do século XVII e que fora uma espécie de secretário de Fazenda de Felipe II: “Ao rei tudo, menos a minha honra”.
Naquele mesmo tenso dia 13, no Palácio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça se reuniu com os demais ministros e auxiliares do alto escalão, para examinar e aprovar o texto do Ato Institucional, que receberia o número 5. Todos deram o beneplácito, menos Pedro Aleixo, mestre de direito na Federal de Minas Gerais, favorável à implantação do estado de sítio, em substituição ao Ato, finalmente aprovado.
Aristóteles Atheniense, conselheiro nato da OAB e diretor do Instituto dos Advogados do Brasil, acrescenta um dado. Naquela noite sinistra, um 13, foi chamado a ler o texto o locutor oficial da “Voz do Brasil”, Alberto Curi, mineiro de Caxambu. Ele indagou do ministro Costa e Silva se poderia conhecê-lo antes de apresenta-lo à nação. O pedido lhe foi negado sob argumento de que “as câmeras de televisão e os microfones já estão prontos. Vamos entrar ao vivo em rede nacional”. Assim aconteceu.
E o Brasil passou a viver um dos períodos mais cruéis de sua história moderna, ou o pior, embora reconhecendo o sofrimento e as torturas dos que viveram o Estado Novo, sob Vargas, já tão pouco lembrado presentemente. O brasileiro esquece com certa facilidade as agruras e dores, principalmente sofridas por terceiros. Quem se der ao trabalho de ler sobre os 15 anos de Getúlio, mesmo na ficção, conhecerá episódios terríveis.
Agora, decorrido cinco décadas, Aristóteles considera que negar o autoritarismo do Ato Institucional 5 “equivale a coonestar todas as arbitrariedades praticadas em sua vigência”.

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Mensagem N°83727
De: Polícia Militar Data: Segunda 17/12/2018 12:13:43
Cidade: Montes Claros

A Polícia Militar libertou três pessoas que foram feitas reféns na manhã de hoje, segunda (17), no bairro Cândida Câmara, em Montes Claros. A ocorrência iniciou quando a Polícia Militar foi acionada, via 190, com a informação de que três pessoas estariam reféns de um homem na rua dos Mangabeiras, naquele bairro. Rapidamente foram encaminhadas guarnições policiais que constataram a veracidade da informação e adentraram no local, deparando com um homem armado com uma arma branca (faca), ajoelhado sobre uma mulher (32 anos), e tendo, ainda, sob seu domínio, na mesma residência, uma outra mulher (56 anos), e uma criança (10 anos). Os policiais militares perceberam, de imediato que a mulher que se encontrava imobilizada, identificada como ex-namorada do autor, já se encontrava com ferimentos/sangramento no rosto e no pescoço. Foi iniciada uma intensa verbalização com o autor, esclarecendo-lhe que se acalmasse e que sua integridade física seria preservada, ao mesmo tempo em que policiais e bombeiros militares que também se encontravam no local, retiraram a grade de uma janela, por onde conseguiram resgatar a mãe da vítima imobilizada e a criança. A verbalização seguiu com o autor na tentativa de acalmá-lo, entretanto, de forma súbita, ainda ajoelhado sobre a vítima, levantou a faca e a levou em direção ao rosto da mulher imobilizada, momento em que, no estrito cumprimento do dever legal e em legítima defesa de terceiros, foram realizados três disparos que atingiram o agente causador no braço, tórax e cabeça. Equipe do SAMU que já havia sido acionada, constatou o óbito de Guilherme Pereira dos Santos, 28 anos, natural de Capitão Enéas, e, com a libertação da terceira vítima, esta foi conduzida a um hospital para atendimento médico, tendo a Polícia Militar verificado que o autor encontrava-se com mandado de prisão em aberto pelo crime de estupro na cidade de Ribeirão das Neves.

***

Polícia Militar - Retificação - O autor encontrava-se com mandado de prisão em aberto pelo crime de estupro na cidade de Capitão Enéas, em 2013. O referido mandado foi expedido pela Comarca de Francisco Sá. À época, o acusado afirmou que residia em Ribeirão das Neves.

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O Tempo - Homem esfaqueia ex, a faz de refém e é morto ao tentar executá-la - A ex-sogra e a filha da vítima, de 10 anos, também foram mantidas reféns e tiveram ferimentos leves - Natália Oliveira - Depois de ser ferida com uma facada no pescoço, uma mulher de 32 anos foi mantida refém, por cerca de uma hora, pelo ex-namorado que sentou em cima do corpo dela na cidade de Montes Claros, no Norte de Minas, na manhã desta segunda-feira (17). O suspeito foi morto pela polícia.
A Polícia Militar tentou negociar com o homem, mas ele não soltou a vítima e tentou mata-lá. "A mulher já estava bastante ferida e perdendo muito sangue. Quando o homem fez o movimento de golpear a mulher, um dos nossos policiais disparou três tiros e matou o suspeito, com o intuito de preservar a vida da vítima", contou o tenente Ricardo Pardin Santos.
Segundo a Polícia Militar, Guilherme dos Santos, de 28 anos, invadiu a casa da ex-sogra e, armado com uma faca, rendeu a ex-namorada, por volta de 8h30. Ele levou a vítima para a sala da casa e a deitou em cima de um sofá.
A ex-sogra tentou intervir, mas foi esfaqueada nos lábios. A filha da vítima, de 10 anos, também estava na casa e teve escoriações.A ex-sogra e a criança foram obrigadas a permanecer na sala. Uma vizinha chamou os militares, dizendo que havia três mulheres reféns na casa. O homem ameaçava matar a ex-namorada, caso a ex-sogra e a criança tentassem sair do local.
"Nós entramos na casa e encontramos o home homem já em cima da vítima com uma faca. Ele estava muito exaltado e dizendo que a mulher era a vida dele. Após muita negociação, conseguimos fazer com que ele liberasse a ex-sogra e deixasse a criança ir para um quarto. Com a ajuda do Corpo de Bombeiros, a menina foi retirada da casa pela janela", contou o tenente.
A vítima, o suspeito não quis liberar. Quando o homem começou a se exaltar e ameaçou golpea-la e matá-la um policial disparou três tiros. um atingiu o peito e os outros a cabeça e o braço do homem, que morreu no local.
Quando ao disparo do policial o tenente explica que "foram adotadas medidas de polícia judiciária militar. Para a Polícia Militar ele agiu no estrito cumprimento do dever e em legítima defesa de terceiro".
A vítima e ex-sogra do suspeito foram encaminhadas para o Hospital da Santa Casa de Montes Claros. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a ex-namorada do suspeito está internada e pode passar por cirurgia. A mãe dela foi atendida e liberada. A criança não foi levada ao hospital porque tinha apenas arranhões.
A ocorrência está sendo encerrada e será encaminhada para a Polícia Civil da cidade.
O suspeito era natural de Capitão Enéas e estava com um mandado de prisão em aberto pelo crime de estupro ocorrido na cidade de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte.

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Estado de Minas - Homem faz a ex como refém e acaba morto pela PM no Norte de Minas - João Henrique do Vale - Mais um episódio de violência contra a mulher foi registrado em Minas Gerais. Um homem de 28 anos agrediu a ex companheira e a fez de refém dentro de uma casa em Montes Claros, na Região Norte do Estado. Uma criança, de 10, e uma mulher de 56, também ficaram sob o poder do invasor. A Polícia Militar (PM) foi acionada e iniciou a negociação. Porém, durante a conversa, o autor levantou uma faca e ameaçou ferir a vítima. Neste momento, os policiais reagiram e atiraram contra ele. Guilherme Pereira dos Santos morreu na hora. Ele possuía um mandado de prisão em aberto por estupro. Os momentos de terror vividos pela ex-companheira de Guilherme e os outros dois moradores da casa aconteceu na manhã desta segunda-feira. Segundo a PM, o homem chegou na Rua dos Mangabeiras, no Bairro Cândida Câmara, e invadiu a residência. Depois, agrediu fisicamente a vítima. Quando a PM chegou ao imóvel, Guilherme já estava ajoelhado em cima da mulher, que já apresentava ferimentos, e a ameaçava com uma faca. A criança e outra moradora também eram ameaçadas pelo homem. Os policiais e bombeiros, que também participaram da ocorrência, tentaram convencer o homem de se render e tentaram acalmá-lo, mas em vão. Eles conseguiram retirar a criança e a outra mulher por meio de uma janela, que teve as grades arrancadas. Mesmo assim, o autor continuou as ameaças contra a ex. Durante a negociação, o autor, segundo a PM, levou a faca em direção ao rosto da mulher, que continuava imobilizada. Neste momento, os policiais deram três tiros contra Guilherme. Ele foi atingido no braço, tórax e cabeça. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e os socorristas constaram a morte do autor. A ex-companheira dele foi socorrida e levada para o hospital.

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Mensagem N°83726
De: Petrônio Braz Data: Segunda 17/12/2018 08:35:14
Cidade: Montes Claros

Revisor de textos literários, informam os entendidos, “é o profissional encarregado de revisar material escrito com o intuito de conferir-lhe correção, clareza, concisão e harmonia.” O revisor é um dublê anônimo dentro da obra literária. Sabemos que os grandes artistas não tomam parte das cenas perigosas. É usado o dublê, mas este não integra a cena, não aparece. A cena é do artista principal. O que seria dos artistas principais se os dublês viessem a pública informar que a cena foi dele? Quem come um bolo sabe o seu sabor que foi definido pela pessoa que o preparou, que juntou os ingredientes, mas ele só existe porque foi levado ao forno. O forno deu consistência e forma, mas não é o autor do bolo.
Em literatura existe a figura do revisor (dublê), que não integra a autoria da obra. O revisor deve ser ético. Não aparece em cena, não revela o fato revisão. Todas as Editoras têm revisores, dai existir a profissão de revisor (cobra pelo seu serviço). Mas há os amadores (que não cobram), que fazem revisão por gostar ou por amizade.
O revisor integra o processo editorial. Ele pode e deve sugerir adicionamento e remoção de textos ou palavras. Como o forno, ela dá consistência à obra literária, mas não é o autor dela; ele apenas garante s correção gramatical. Ele não cria. Quem cria é o autor. O revisor que deve ser ético. Como o dublê, ele não vem a público dizer que foi revisor dessa ou daquela, obra literária. Mas, há revisores sem ética.

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Mensagem N°83725
De: Manoel Hygino Data: Domingo 16/12/2018 08:01:53
Cidade: Belo Horizonte

O feminicídio persiste

Manoel Hygino

O que se lê, diariamente pela imprensa escrita, ou se vê e se ouve pelas televisões e rádios, é simplesmente horripilante, embora outros adjetivos estejam nos dicionários para classificar o que ocorre com as mulheres do país. Bem verdade que, em outras regiões do planeta, há registros talvez piores, mas não é bom nivelar por baixo costumes e práticas.
Adotou-se a Lei Maria da Penha, criou-se o substantivo feminicídio, a imprensa o condena incessantemente, porém esse tipo de crime continua e até avulta, a julgar pelas estatísticas.
Incrível o que acontece. Evoluído tecnologicamente, o homem permanece assim, primitivo. Ivan Lins, em um de seus livros, estuda, longa e profundamente romanos e gregos, exemplos de civilização, mas cujos atos, como de outros povos, revelam a crueldade antiga. Transcorridos séculos, milênios, enquanto se procuram meios para assentar-se em Marte, não se aprendeu viver “civilizadamente” na Terra em que se instalou.
A antiguidade não chegara nitidamente à concepção de humanidade, e até hoje ela não predomina. O feminicídio é demonstração de atraso, sob todos os aspectos, não se tendo assimilado a aspiração à concórdia. A mulher, que ingressou nos tempos modernos, prestigiada, respeitada, ainda é vítima da própria sociedade.
Deveríamos estar longe de eras antigas, em termos cronológicos. Estou com Robertson, segundo o qual se mede o grau da civilização de um povo pela maneira pela qual nele é tratada a mulher, primitivamente considerada um ser inferior. O citado Ivan Lins escreve que, “em pleno surto da civilização grega, Apolo sustentava, nas “Eumênicas” de Ésquilo, que o filho provém somente do pai, não passando a mãe de simples depósito do germe masculino”. Nada mais subalterno, entre os antigos, do que o papel da mulher: mais máquina de procriar, sem merecer o menor apreço, quer sob o prisma intelectual, quer mesmo sob o aspecto afetivo, achando-se no Direito Romano, compreendida na classe das “coisas”.
No limiar de um novo ano no século XXI, causa mais do que pasmo verificar os diários relatos de episódios de violência contra a mulher, a mesma que nos deu a vida, que gerou nossos filhos, a companhia segura nos momentos mais difíceis da vida. Regredimos à época mais cruel de gregos e romanos, que hoje julgamos atrasados e bárbaros.
Assiste-se a atos abomináveis, que revelam o que de mais sórdido há no sentimento humano, um flagelo insuperável. E, além de tudo, dele participam homens com diploma na mão, bem ilustrados aparentemente e que deveriam ter assimilado lições de bondade e solidariedade. Parece que o homem, de sexo masculino ou gênero como se quiser, deixa de ser relacional, destinado a realizar-se na convivência e na generosidade, no amor que constitui o efetivo motor da paz.
As estatísticas, por enquanto, são de estarrecer: Diariamente, registram-se oito novos casos de violência sexual à mulher no Brasil e, a cada semana, 33 são mortas por seus parceiros, atuais ou antigos. Há de se construir mais hospitais e cadeias!

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Mensagem N°83724
De: Estado de Minas Data: Sábado 15/12/2018 11:36:34
Cidade: Belo Horizonte

Força-tarefa frustra plano de resgate de presos de facção paulista no Norte de Minas - João Henrique do Vale - O policiamento está reforçado na Região Norte de Minas Gerais depois da tentativa frustrada de resgate de integrantes de uma organização criminosa liderada por presos paulistas. Os detentos estavam no Presídio de Segurança Máxima em Francisco Sá. Uma força-tarefa foi montada depois que levantamentos indicaram a intenção dos criminosos. Dois detentos, que não tiveram os nomes divulgados, foram transferidos de avião para outra unidade prisional do país. O plano da organização criminosa de fazer o resgate dos presos foi descoberto durante investigações. Diante disso, uma força-tarefa, que contou com as polícias Civil e Militar, o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Subsecretaria de Segurança Prisional (Seap) e o Poder Judiciário, foi criado. “O serviço de inteligência dos órgãos envolvidos tiveram informação do intento do grupo criminoso que queria resgatar o preso. Nas informações ampliadas, chegou em quem seriam os presos e, a partir daí, o MPMG, e o Judiciário fizeram a notificação para a transferência”, explicou o capitão Wellignton Eduardo Mourão, chefe da seção de planejamento e operações da 11ª Região da Polícia Militar (RPM). As informações interceptadas eram que aproximadamente 30 pessoas da organização criminosa participariam da operação de resgate. Diante disso, nessa sexta-feira, os órgãos de segurança montaram uma megaoperação para fazer a transferência dos dois detentos, que seriam alvos dos resgates. Um ofício de notificação de transferência cautelar foi expedido pelo poder judiciário. Com isso, os presos, A. F. da S. P. e A .M. de S., que estavam recolhidos no Presídio Francisco Sá, foram levados para outra unidade prisional do país. Para isso, eles foram retirados da unidade com um forte esquema de segurança, que contou com dezenas de policiais, helicóptero e um avião da Polícia Militar (PM). Eles foram levados para o aeroporto de Montes Claros, cidade vizinha, em veículos. Depois, embarcaram em uma aeronave e foram levados para um presídio federal. O local foi mantido em sigilo por motivos de segurança. “Foi um forte aparato policial usado na transferência. Um helicóptero acompanhou o comboio. Somente por parte da PM, foram cinco viaturas da companhia especializada e em torno de 30 militares. Fora equipes do sistema prisional”, disse o capitão. O cerco continuam no Norte de Minas. O policiamento foi reforçado para tentar impedir qualquer ação da organização criminosa. “O plano era que 30 pessoas viriam para fazer o resgate. Não sabemos se realmente vieram. Mas, o policiamento continua reforçado. Inclusive, pedimos para a comunidade ligar 181 (disque-denúncia) em caso de notar alguma movimentação estranha”, concluiu Mourão. O em.com.br entrou em contato com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) para falar sobre o assunto. Por meio de nota, o órgão informou que, “por razões de segurança, não comenta a transferência de presos”.

***

O Tempo - Plano de resgate de membros do PCC é desarticulado - Investigações apontaram que mais de 20 pessoas do grupo iriam invadir a cidade de Francisco Sá para fazer o resgate; homens foram transferidos - Sob forte esquema de segurança, dois detentos foram transferidos na última sexta-feira (14) - A polícia desarticulou um plano de resgate de dois integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), presos na Penitenciária de Francisco Sá, no Norte de Minas, na última sexta-feira (14).
Investigações apontaram que mais de 20 pessoas do grupo iriam invadir a cidade para fazer a ação. Foi articulada então uma força-tarefa entre as polícias Militar e Civil de Minas Gerais, o Poder Judicário, a Subsecretaria de Segurança Prisional e o Ministério Público/Gaeco.
Com um forte esquema de segurança montado na cidade, os dois detentos foram encaminhados para um presídio federal de segurança máxima, cujo nome e localização não foram revelados por precaução.
Escoltados, os homens embarcaram no aeroporto de Montes Claros, com apoio das aeronaves Guará da 3ª Cia BravE e da Pégasus 16. A 11ª Cia de Policiamento Especializado e o 50º BPM também participaram da operação.
De acordo com a polícia, mesmo após a transferência dos homens, por segurança, o Norte de Minas continuará com o policiamento reforçado durante o fim de semana.

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Mensagem N°83723
De: José Ponciano Neto Data: Sexta 14/12/2018 17:43:35
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

PLATÔ DE RECARGA DE ÁGUA DA SERRA DO ESPINHAÇO EM ITACAMBIRA E JURAMENTO-MG UM LUGAR SEM AS CONFORMIDADES DAS LEIS E NORMAS AMBIENTAIS.

A expansão da silvicultura e consequentemente o avanço do eucalipto e dos barramentos em nascentes nas áreas de recargas dos rios Congonhas, Juramento, Saracura, Canoas, Congonhas e o Córrego Onça, a cada ano compromete os mananciais para o abastecimento público.

No Brasil a expansão da produção de carvão vegetal já atinge mais de 42 % de toda produção mundial. Produto este, que é utilizado principalmente, na produção de ferro gusa, aço, ferro ligas e de silício metálico.
Neste caso: É evidente a importância da silvicultura! - Inclusive Minas Gerais com este insumo energético apreende o maior parque siderúrgico do mundo - sem contar que o segmento Siderúrgico Nacional é um dos mais dinâmicos e importantes da economia nacional.

Diante do exposto, não preciso nem dizer que sou a favor da produção da energia através da silvicultura. Apesar da mecanização, o setor é um empregador de mão de obra. São muitos empregos!

Mas tudo isto tem um custo ambiental muito alto, quando não são obedecidas as LEIS E NORMAS AMBIENTAIS.

No dia 05 de janeiro de 2003 escrevi um artigo – publicado no JNnoticias, cujo titulo: NASCENTES DO RIO SÃO FRANCISCO ESTÃO SENDO AMEAÇADAS. Portanto, no próximo mês este artigo irá completar 16 anos, e a situação complicou-se devido à falta de providências dos Órgãos de fiscalização e de outras esferas da LEI. .

Não vamos entrar no mérito dos gases liberados na queima do eucalipto na produção do carvão. Não temos um Analisador de Gases de Combustão para quantificá-los. Mas, sabemos do mal que os gases fazem a saúde das pessoas e na atmosfera; são gases como: Dióxido de carbono/Metano/Óxido nitroso e o Clorofluorcarbonos (CFC’s). Este último é a fera voraz que ataca todas as esferas do AR.

Levando em conta que os Fornos (mais de 200) da empresa que explora o Platô do Espinhaço estão fora das áreas urbanas - vamos considerar os gases menos prejudiciais. Exceto para os trabalhadores do local, que são afetados diretamente. Porém, deve usar EPIs específicos para cada atividade.

Esta discussão acerca dos danos causados pelo o eucalipto é muito contraditória. De um lado, os empresários da silvicultura que se defendem dizendo que o eucalipto atua como um defensor do enfraquecimento do solo e evita a erosão, além de evitar alterações do equilíbrio natural. UMA VERDADEIRA BALELA.

O desequilíbrio natural é literalmente visível, pois, não se vê um pássaro ou animal nativo em áreas do eucalipto. Nas quadras das plantações não se vê insetos - que são os alimentos de vários pássaros predadores de pragas da lavoura. O gás liberado pelo o eucalipto, apesar de ter um cheiro agradável para o ser humano, é repelente para os pássaros e insetos. Depois que uma empresa de silvicultura cessar suas atividades o solo fica tão fraco, que não serve prá nada.

Vamos à principal causa da falta d’água nos rios Juramento – Saracura – Canoas – Congonhas e no Córrego Onça.

Não obstante o incremento nas AÇÕES DE REVITALIZAÇÃO nas bacias hidrográficas pela Copasa, Emater e pela população moradora à beira dos rios citados, a água potável segura e adequada está cada vez mais ameaçada à medida que o eucalipto e o pinus vão – inadequadamente – avançando sob as veredas e nascentes.

Na região de Juramento-MG e Itacambira-MG que estamos monitorando a mais de 37 anos é possível constatar a olho “nu”, sem a necessidade de um sobre vôo ou imagens de satélites no “google earth” – todas as nascentes têm sua barragem e as bordas dos talhões dos eucaliptos avancados até as veredas..


Na Sede dos fornos dois grandes tanques impermealizados foram construidos para barrar as aguas de chuvas que escorrem para a drenagens dos rios que alimentam a Barragem de Juramento que abastece Montes Claros.

Vários Poços profundos foram perfurados para retirar a água que armazena no aquífero livre da área de recarga. Todo Técnico em Recursos Hídricos podem confirmar que: Quando a exploração de água subterrânea excede a capacidade de recarga natural do aquífero é inevitável o rebaixamento de seu nível até o esgotamento da água nele armazenada.

A recarga natural dos aquíferos dá-se em áreas sob sua influência que combinem dois fatores fundamentais a disponibilidade de água; seja oriunda de precipitação pluviométrica ou por meio das Bacias de infiltração (baseia-se na simples infiltração da água destinada à recarga).

A Recarga Artificial de Aquíferos (RAA): Barraginhas e Bacias de infiltração surgem como uma alternativa rápida e eficiente para manter ou elevar o volume de água em aqüíferos subterrâneos nas áreas de recargas; às vezes até para cumprir condicionante do licenciamento.

Mas há um agravante, a empresa que planta e explora e produz carvão na Serra do Espinhaço em Itacambira, construiu varias Bacias de infiltração, porém, a água que infiltra no lençol tem 80% do seu volume (baseado na taxa de infiltração em platô de arenito) explorado pela própria empresa, ou seja: armazena e barra a água para o próprio consumo – deixando uma migalha de água para percolar até às nascentes.

A super exploração de água subterrânea, em áreas carentes de mananciais superficiais, tem exposto à escassez, em maior grau.

O Rio Congonhas que era caudaloso no passado, hoje não tem mais como viabilizar a tão sonhada barragem. Em pleno período chuvoso não tem mais a água que é vital para a sobrevivência de todos os organismo vivos e para o funcionamento dos ecossistemas. Este ano o Rio Congonhas (foto) manteve um pouco de água em Setembro devido à colheita do eucalipto adulto que reduziu a evapotranspiração e a força capilar às raízes. Em pleno período chuvoso, apesar de amplo, uma lamina d’água com 18 centímetros com vazão baixíssima. Naquela área a natureza já dar sinal do seu “ultimo respiro”.

Do lado oposto em Juramento MG, com os barramentos construídos pela a empresa, não houve uma enchente para recuperar como antigamente, o volume armazenado na barragem da Copasa. Apenas as chuvas que caem nos talvegues vêm recuperando gradativamente. Não contamos (Copasa e produtores rurais) mais com as nascentes! O Rio Encantado, um dos afluentes do Juramento – que já foi perene todo o ano – inclusive, no passado tinha uma pequena Central Hidrelétrica (PCH) secou até próximo a cachoeira da usina. – “Pouca água nunca visto na redondeza”, diz Sr. Gentil morador à beira do Rio.

Se, os Barramentos - os poços profundos, que são muitos na mesma área - os tanques “impermeabilizados com mantas” construídos para armazenar a água que iria para o consumo humano estão literalmente licenciados ou tem anuência de algum órgão sem passar pelo um colegiado – podemos dizer que: - “Pode até ser legal, mas, é imoral”.

Já foram feitos vários relatórios por vários órgãos – todos sem efeitos – o poder destas empresas que atrai os Chineses, é impressionante.

Todo empreendimento tem que ser sustentável! Tem que ser licenciados sem prejudicar as prioridades em caso de escassez! - O que estamos vendo é a inversão dos valores – conforme as leis – Na Serra “sem lei” a prioridade é a plantação do eucalipto e não do consumo humano. Em outras localidades, até o lazer é prioridade, mesmo no caso de escassez. Abastecimento humano está esquecido.

- LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997. no Art. 1º A POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS baseia-se nos seguintes fundamentos:
I - a água é um bem de domínio público;
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;
Art. 2º São objetivos da POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS: I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

SERÁ QUE ESTA LEI ESTÁ ERRADA??

Diante do poderio das empresas da silvicultura teremos de conviver com a falta d’água nos rios e córregos e com a falta de cumprimento das leis.

Em tempo: As bacias hidrográficas que alimentam a Barragem de Juramento são um exemplo de conservação, porém, nas cabeceiras dos rios quem manda “é a força da grana que destrói coisas belas”. É a razão da INVIABILIDADE da barragem do Rio Congonhas em Itacambira-MG.

Sou a favor de qualquer empreendimento sustentável. Sou contra do abuso permitido. - Sei lá por quem!
Uma cidade não desenvolve sem água. Daí a obrigação de buscar água onde tem. Ainda bem que o projeto de buscar água no São Francisco está em andamento!!



(*) José Ponciano Neto: Tec. Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Supervisor da Estação Climatológica da Barragem de Juramento e responsável pelo monitoramento hidráulico do Sistema de captação do Rio Pacuí e os mananciais da Barragem de Juramento.


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Mensagem N°83722
De: Manoel Hygino Data: Terça 11/12/2018 08:03:57
Cidade: Belo Horizonte

O PIB e a lanterna

Manoel Hygino

Há algumas boas notícias, como a de que a economia brasileira teve crescimento de 0,8%, bem pequenininho, no terceiro trimestre, em comparação com os três meses anteriores e com o terceiro trimestre de 2017. Nem tudo, realmente, anda a mil maravilhas, neste período anterior ao Natal. No acumulado de 12 meses, o Produto Interno Bruto aumentou 4% em relação aos quatro trimestres precedentes.
A despeito disso, causa tristeza constatar que o nosso pibezinho permanece na lanterna global em taxa de crescimento econômico, isto é, em 39º lugar, conforme a Austin Rating junto a 42 economias. Explique-se: o ranking é liderado pela Índia, com alta de 7,1%; a China comparece em 2º lugar, com expansão de 6,5%. Em 3º, surgem as Filipinas, com elevação de 6,1%. Os Estados Unidos, que cresceram 3%, aparecem em 14ª posição. Na América Latina, tampouco é confortável nossa presença; o Chile, o líder, cresceu 2,8% e ficou em 19ª colocação; em seguida, o México, com evolução de 2,6%, ao passo que o Peru registrou alta de 2,4%, em 29ª posição.
A imprensa, sempre acusada de transmitir predominantemente más notícias, registrou: “Previdência gasta com ricos 12 vezes mais do que com pobres”, enquanto o Diário de Pernambuco, destaca em manchete: “Pobreza atinge 25 milhões de nordestinos”. Jornal de Belo Horizonte oferece uma referência desastrosa: “Mais da metade de Minas vive com até um salário mínimo”. Será que vive ou simplesmente sobrevive?
Seria oportuno, sem embrago, repetir a conclusão da Associação Comercial de São Paulo: Os brasileiros pagaram, até 6 de dezembro, R$ 2,2 trilhões em impostos, taxas e contribuições ao poder público em 2018. Descontada a inflação, o aumento nominal alcançou 5%.
O eleito para chefiar a nação a partir de janeiro, não se entusiasma: Após admitir que poderá apresentar proposta fatiada de reforma da Previdência, o presidente eleito justifica-se que as mudanças deverão ser votadas no 1º semestre de 2019.
“No 1º mês, é impossível, nos primeiros 6 meses com toda certeza, o Congresso começará a votar essas propostas”, disse Bolsonaro. O presidente eleito repete que, antes de encaminhar o texto, vai convidar os líderes partidários para discutir a proposta. “Não adianta apresentarmos uma boa proposta, um bom projeto, que acaba ficando na Câmara ou no Senado. Será o pior dos quadros possíveis”.
Em todo caso, há uma réstia de esperança, de confiança, e isso é fundamental à nação. Se, no período difícil dessa quase terminada transição, conseguirmos desembarcar onde estamos tentando desembarcar, tem-se de ser pelo menos, otimista. Nem tudo está perdido. Os governos – federal e estadual – sabem que o povo brasileiro não deixa de oferecer seu quinhão, muito sofrido, ao desenvolvimento nacional. Haja vista o resultado da arrecadação deste ano. Suponho que, no próximo exercício, não será menos, e o PIB evoluirá positivamente. Precisamos.

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Mensagem N°83721
De: Ucho Ribeiro Data: Sexta 14/12/2018 10:28:40
Cidade: Montes Claros

VIVENDO DE AMOR

Ao escrever “Cine São Luiz, meu Cinema Paradiso” contei que o padre da cidadezinha italiana, onde se passa a história, censurava os filmes a serem exibidos, por questões morais e religiosas. Exigia que todas as cenas de beijo, por ele consideradas obscenas, fossem cortadas pelo projecionista Alfredo.

Aqui no Norte de Minas, aconteceu um fato semelhante.

Antigamente, como havia dito, antes de iniciar a exibição do filme, tocava-se um prefixo musical para alertar a plateia que o espetáculo iria começar. Numa vizinha cidade, que por discrição não cabe mencionar o nome, a música executada não era sempre a mesma, como em Montes Claros. Tocavam-se os “Tops” das paradas de sucessos das rádios. O público ao entrar no cinema, informava ao bilheteiro a canção que gostaria de ouvir, e este avisava ao operador da cabine de projeção a mais votada para ser tocada na possante vitrola radiofônica.

Naquele ano, 1960, o sucesso das paradas era um antigo sambinha, composto em 1936 por Lupicínio Rodrigues, mas muito bem revigorado na voz da promissora cantora Elza Soares – “Se acaso você chegasse”. Nome do seu primeiro long play.

A rapaziada, ao entrar no cinema, pedia “bota a Elza para nós”. O refrão da música dizia: “De dia me lava a roupa... de noite me beija a boca, e assim vamos vivendo de amor”.

O velho sacerdote da cidade, ranzinza e moralista, tinha pavor do “me beija a boca”, e do “vivendo de amor”. Nos sermões, desancava a canção e a pouca vergonha da letra. Vetou sua execução nas quermesses, nos leilões e proibiu de tocarem a música nas sessões de cinema.

A revolta foi geral. Na igreja e nas quermesses o padre mandava, mas no cinema já era demais. O povo protestou e decidiu que, se não voltasse a tocar o disco da Elza Soares, todos deixariam de assistir os filmes.

O dono do estabelecimento, vendo que seu negócio ia naufragar, entrou num acordo com o sacerdote. Uma censura pontual. Levou o padre até a cabine de projeção, mandou tocar o disco e, com o dedo marcou o exato momento do “beija a boca”. Retirou o LP do prato e, em seguida, entregou ao padre uma tesoura para que ele fizesse um pequeno risco na parte pontuada. Feito o serviço, o proprietário do cinema consultou o sacerdote:

- Pronto, Reverendíssimo? Agora podemos tocar o disco?

O padre, todo inchado, vitorioso, autorizou: - Pode!

Na sessão daquela noite, sala cheia, todos na maior expectativa, depois de terem votado quase unanimemente no sucesso de Elza Soares, caíram na gargalhada ao ouvir a música.

A emenda ficou pior que o soneto. Com o risco do padre o sambinha ficou assim: “‘... de dia me lava a roupa..., de noite fuc, fuc, fuc..., e assim vamos vivendo de amor...”.

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Mensagem N°83720
De: Manoel Hygino Data: Quinta 13/12/2018 10:10:16
Cidade: Belo Horizonte

BH, 121 anos

Manoel Hygino

Belo Horizonte completou 121 anos de solene inauguração. Primeira capital planejada da República, constitui resultado da decisão de homens públicos da maior envergadura moral e política e da construção por denodados cidadãos procedentes de outras plagas, mesmo do exterior. Movem-nos agora sentimentos antagônicos.
Enquanto assistimos à extrapolação do projeto definido nas pranchetas de Arão Reis e de seus colaboradores, transformado o velho arraial numa das maiores cidades do Brasil, decepcionamo-nos pela ousadia dos vândalos, que não têm hora nem limite para a ação devastadora.
Belo Horizonte seria hoje diferente, mais humana e feliz, se moradores, talvez sem quaisquer vínculos com a terra, não a fossem arruinando, pertinazmente, incessantemente, quer nos logradouros implantados à época da construção, quer nos que se lhe acrescentaram à medida que passava o tempo.
Esse contingente de desenraizados de origem, que cresce numericamente, demonstra seu desapreço e sua ojeriza pelo belo e saudável antes disseminado. As marcas dolorosas da degradação e do aniquilamento se espalham pela cidade, enquanto a população reclama e a autoridade pública não consegue identificar e punir os culpados.
O esforço em defesa do patrimônio, custoso e incessante, consegue manter acesa a chama do entusiasmo pelas melhores causas, a duras penas, fazendo de conta que ainda alimentamos a vontade de viver em uma cidade grande; que seja respeitosa a seus valores, à rica arquitetura e à beleza de suas áreas públicas, em que possam espairecer os cidadãos e suas famílias, admirar os monumentos que engalanam as praças e exaltam as virtudes dos heróis e os vultos maiores da história pátria.
Em cada ponto da cidade, no centro urbano ou na periferia, há a marca do atentado dos vândalos. Nas escolas estaduais ou municipais, nos postos de saúde a depredação; o furto de equipamentos e materiais indispensáveis; a Praça da Liberdade, outrora centro administrativo estadual, com seus belos jardins, em que se encontram os que amam o belo, recentemente recuperada, já sofre a insânia de mãos criminosas; as lunetas do mirante da rua Sapucaí, também há pouco instaladas, já danificadas; a herma em homenagem a Hugo Werneck, na praça que tem seu nome, um dos maiores benfeitores da população belo -horizontina no setor de saúde, vítima de atentado; furtados os fios de cobre de instalações elétricas e telefônicas; atacados pela fúria os abrigos para usuários do transporte coletivo; os sinais luminosos; tudo simplesmente alvo da ação nefasta de inconscientes que não têm consciência de sua responsabilidade como membros da comunidade.
Não é com alegria que o belo-horizontino assiste ao espetáculo deprimente. Como conscientizar esta população nociva, eis a questão. Seria em bom momento para repetir o que disse Alexandre Herculano – “Debaixo dos pés de cada geração que passa na Terra dormem as cinzas de muitas gerações que a precederam”.
No caso em tela, está-se atirando à desqualificação e à escória o ingente esforço de quantos – e não foram poucos – sonharam com a capital e a ergueram, e que nos caberia transferir mais enriquecida aos futuros belo-horizontinos.

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Mensagem N°83719
De: Afonso Cláudio Data: Quinta 13/12/2018 10:08:11
Cidade: Montes Claros/MG

Prevenção de ataques em locais públicos

Tendo em vista tantos atentados em locais públicos, no Brasil e no exterior, inclusive em templos de diferentes religiões, como o de 11/12/2018, na Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Conceição, em Campinas-SP, no qual 5 pessoas indefesas foram brutalmente assassinadas e o executor dos crimes suicidou, é indispensável triagem rigorosa das pessoas que têm acesso ao interior das igrejas, como é feito, ou deveria ser, em outros locais, tais como estádios, aeroportos, metrôs, shoppings, empresas, faculdades, colégios, creches, parques de exposições, fóruns, bancos, hospitais e outros prédios públicos, por exemplo.
No caso dos templos, cabe aos religiosos e fiéis, em conjunto com as autoridades policiais, uma maior vigilância, pois são muito abertos para a entrada dos fiéis, o que facilita o acesso de pessoas com transtornos mentais e de outras mal intencionadas, perigosas, principalmente as que estiverem portando armas de fogo ou de outros tipos, inclusive explosivos, podendo provocar tragédias.
Com detectores de metal e raios X é possível detectar tais armas.
Além do policiamento preventivo, deve-se também instalar sistemas de alarme, cercas elétricas e câmeras, com o mesmo objetivo, por meio de projeto e execução de empresa especializada em segurança.
Se assim procedemos em nossas residências e em outros locais, diante dos riscos devidos à violência generalizada, tanto ou até mais deve ser feito nas casas de Deus, através do trabalho conjunto dos fiéis e do clero.
Peço aos religiosos e fiéis que considerem a postura de muito respeito a todas as religiões, que adotei ao elaborar esta mensagem, cujo objetivo principal é de contribuir para robustecer a segurança dos frequentadores dos templos, conforme as sugestões que fiz acima, a exemplo de várias mensagens publicadas por este Mural, de minha autoria.
Concluo dizendo que a tragédia de 11/12/2018, em Campinas, que chocou o Brasil, poderia ter sido ainda mais grave, se 2 policiais não tivessem agido com rapidez e eficácia, baleando o assassino, que já havia descarregado um pente de balas e ainda tinha mais 2 pentes intactos, demonstrando a enorme importância do policiamento preventivo e eficaz em situações semelhantes.

Afonso Cláudio de Souza Guimarães - Engenheiro

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Mensagem N°83718
De: Estado de Minas Data: Quinta 13/12/2018 09:45:33
Cidade: Belo Horizonte

Pés de maconha são encontrados em campus de universidade em Montes Claros - Luiz Ribeiro - O Campus da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) teve um fato inusitado no ambiente universitário na tarde desta quarta-feira. Foi descoberto no campus da instituição o plantio de três pés de maconha, “cultivados” em canteiros. As plantas foram recolhidas pela Policia Militar (PM), que registrou o achado em boletim de ocorrência. Ainda não se sabe quem foi o responsável pelo cultivo da erva, o que deverá ser objeto de investigação por parte da Polícia Civil. O plantio dos pés de maconha foi feito em um local isolado do campus, entre os prédios do Centro de Ciência Sociais Aplicadas (CCSA) e o Centro de Ciências Humanas (CCH). Por meio de nota, a Unimontes informou que a Diretoria de Gestão de Campi da instituição, ao tomar conhecimento que as suas plantas seriam a da espécie Cannabis sativa (maconha), acionou a Policia Militar e a Policia Civil para investigar os fatos e identificar os responsáveis. “A Universidade está tomando todas as providências relativas à apuração e investigação dos fatos para as medidas pertinentes e reitera que o campus deve ser, por todos, preservado unicamente como espaço do conhecimento e do saber”, diz a nota. O assunto ganhou repercussão nas redes sociais, com a criação de memes e brincadeiras por parte dos internautas.

***

O Tempo - PM apreende pés de maconha às 16h20 na Unimontes em Montes Claros – Laura Maria - A Polícia Militar de Montes Claros apreendeu, na tarde desta quarta-feira (12), três pés de maconha plantados próximo ao prédio de Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), no Norte de Minas. Coincidência ou não, a ocorrência foi registrada às 16h20, número considerado símbolo da maconha. Os militares foram até o local depois de denúncia anônima de que dois pés da cannabis estavam plantados na universidade. Ao chegarem lá, os agentes acharam não só os dois pés, como uma terceira muda da planta. As plantas, então, foram recolhidas e enviadas para a Polícia Civil, que ficará responsável pelo caso. De acordo com a PM, nenhum suspeito foi preso, e ainda não há informações sobre quem possa ter plantado as ervas. Por meio de nota, a Unimontes confirmou a ocorrência e destacou que foi a própria universidade que acionou os militares. A nota prossegue destacando que a universidade está “tomando todas as providências relativas à apuração e investigação dos fatos” e que “o campos deve ser, por todos, preservado unicamente como espaço do conhecimento e do saber”.

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Mensagem N°83717
De: Manoel Hygino Data: Sábado 8/12/2018 10:11:19
Cidade: Belo Horizonte

A Intentona revisitada

Manoel Hygino

Publicou-se, há poucos dias, que o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, determinou que se faça uma análise sobre a Intentona Comunista. Todo mundo sabe: a de 1935. Seu objetivo, à época, era derrubar Getúlio Vargas da presidência da República, que assumira em 1930, após a revolução que removeu Washington Luís do poder.
Afirmou agora o general: “determinei ao Exército que rememore a Intentona, ocorrida há 83 anos. Antecedentes, fatos e consequências serão apreciados para que não tenhamos, nunca mais, irmãos contra irmãos vertendo sangue verde e amarelo em nome de uma ideologia diversista”.
Não se crê que seja algo como a missão cumprida pela Comissão da Verdade com relação aos fatos ocorridos durante o regime militar (ou ditadura, se quiser) instalado em março de 1964.
Atravessou-se, no século passado, um período extremamente delicado, a começar porque o PCB vivia também situação precária, pondo-se em discussão as razões que levariam Prestes e seus aliados a decidir por uma insurreição em todo o país, capaz até de contrariar determinações acertadas em Moscou. O Kremlin não acreditava que o movimento tivesse forças para vencer Getúlio.
William Waack, que pesquisou arquivos soviéticos em Moscou, observou que Vargas decidira destruir a base de Prestes nas Forças Armadas. Registra, em seu livro “Camaradas”, que a presença de conspiradores no Exército era, o elemento crucial. Getúlio, que dominou como ninguém o Brasil da primeira metade do século, com sua arte política, a tramoia da conspiração, infringiu neste flanco um sensível golpe, “começando a afastar da ativa cabos e sargentos. Foi então que Prestes achou ter chegado a hora de agir”.
O jornalista comentou: “sobretudo na segunda metade de 1935, uma série de graves movimentos revolucionários acabaram em conflitos com a polícia ou levaram a choques que poderiam ser interpretados como a predisposição dos dirigentes comunistas como uma situação pré-revolucionária”.
Agora, o general Villas Boas considera chegada a hora de reavaliar os fatos daquela época. Na realidade, a rebelião de 1935, contida pelo governo, após embates em mais de um estado, resultou na morte de muitos brasileiros, com ênfase oficiais do Exército.
Moscou não acreditava nas informações chegadas do Brasil, nem na confiança de Prestes no êxito da rebelião. Ele dava provas de perigoso amadorismo na montagem de sua rede de espionagem. Registra-se “Excesso de confiança na vitória? Desprezo completo pela polícia, que ele julgava talvez incapaz de chegar a seus esconderijos”.
Os fatos novos revelarão onde e com quem estava a verdade e a Intentona. Permaneceu até 2018 onde se sabe. Apurar mais é o que se pretende.

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Mensagem N°83716
De: Manoel Hygino Data: Segunda 10/12/2018 08:36:18
Cidade: Belo Horizonte

Os tempos novos e seus hinos

Manoel Hygino

Realmente não se pode preconizar o que o Brasil tem à frente. A época dos profetas e adivinhos ficou lá no passado, pelo menos dos que tinham sorte em suas previsões. Se fosse fácil acertar, as loterias teriam fracassado e não sobreviveriam. Ao brasileiro, que efetivamente ama o seu país e quer vê-lo safar-se da situação gravíssima a que chegou, cumpre fazer mais do que protestar. Convém tomar conhecimento dos fatos (cuidado com as falsas notícias!) pelas informações dos meios eletrônicos de comunicação. Tem, ademais, de dedicar algumas horas por semana para ler e analisar o que dizem os verdadeiros conhecedores do assunto.
Há poucos dias, o professor Sacha Calmon comentou sobre nossa situação: “apenas somos, guardadas as proporções, melhor que a Venezuela e a Bolívia. Uma vergonha!”. Mais: “está tudo errado. O Estado deve restringir-se a planejar, licitar e regular”. Observou que o quadro é dos mais difíceis: com 27 estados e mais de 5.460 municípios, entupidos de funcionários parasitas (cerca de 10 milhões); uma dívida pública rolada a curto prazo; “endividamento crescente que chega a 80% do PIB”. O resultado são os monstruosos déficits primários orçamentários: um sistema de seguridade falido (saúde SUS), assistência social gratuita e Previdência Social assimétrica.
“No plano previdenciário – duas terríveis distorções. No plano das receitas, gente do campo, empregados roceiros, nada recolhe. No caso das despesas, os funcionários públicos e dignitários da República aposentam-se cedo, com os mesmos vencimentos da ativa, enquanto o resto, empregadores e empregados, passa a ganhar quantias irrisórias, levando em conta o que ganhava em atividade, no ato da aposentação”.
O que se conseguiu destruir durante tantos anos não será refeito, redirecionado e salvo rapidamente, em passes de mágica. Exigirá muito sacrifício e os que pensaram o contrário verão e sentirão o peso imenso dos que nos estiveram a prejudicar-nos. Aliás Luiz Carlos Azedo, não por ter o nome que tem, anotou que “os eleitores querem segurança, saúde, educação, emprego e moradia. Não se resolvem esses problemas com uma retórica vazia”.
A hora nos faz voltar à Proclamação da República, que completa 130 anos em 2019. Assim como a Independência do Brasil, a abdicação de Pedro I e a coroação de Pedro II tiveram seus hinos, também em 1889 se fez uma nova letra ... e música certamente. Com a queda da monarquia, pensou-se derrubar tudo o mais que, de certo modo, lembrasse o passado, foi visado, inclusive o Hino Nacional Brasileiro, de autoria de Francisco Manuel da Silva, tanto que se convocaram para uma nova composição outros autores. Não faltou, por exemplo, o grande Carlos Gomes, que em gratidão ao ex-imperador recusou-se a participar.
Em primeiro lugar classificou-se a proposta do Leopoldo Miguez, estando presente à votação final o primeiro presidente da República, que a todos ouviu atentamente. O marechal Deodoro, aos últimos acordes, se pronunciou:
– Este o mais lindo! Prefiro este.
Era, nada mais nada menos, que o hino de Francisco Manuel, composto por ocasião da abdicação de Pedro I. Assim, o velho hino, se manteve Nacional Brasileiro, aliás tocado solenemente na oportunidade do anúncio do resultado do pleito no último dia 28 de outubro, considerando-se eleito o candidato Bolsonaro. A composição de Leopoldo Miguez se proclamou como o da República, como está hoje.

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Mensagem N°83715
De: Afonso Data: Sábado 8/12/2018 10:25:56
Cidade: Moc/MG

Em 8/12/1954, na inauguração do Seminário Diocesano de Moc, foi afixada uma placa com as seguintes palavras, referentes aos 100 anos do Dogma da Imaculada Conceição, proclamado pelo Papa Pio IX em 8/12/1854. "Ano Mariano 1954 - Expleto saeculo a dogmate definito
Immaculata Dei Matris conceptionis.
Pontifice maximo Pio Papa XII."
Em 25/3/1858, em Lourdes, França, Nossa Senhora apareceu para Santa Bernadete e disse: "Eu sou a Imaculada Conceição".
Hoje, Matias Cardoso é a capital simbólica de Minas Gerais e lá tem uma Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1675, no arraial mais antigo de Minas, de 1674. Glória a Deus!

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Mensagem N°83714
De: Manoel Hygino Data: Sexta 7/12/2018 09:30:05
Cidade: Belo Horizonte

Sexos e gêneros

Manoel Hygino

Há um imenso manancial de dúvidas quanto ao problema do sexo, da reprodução, da identificação das pessoas. É perfeitamente razoável, nesta época em que todos se julgam conhecedores de minúcias quanto a esta questão por força do moderno instrumental tecnológico que se vai disponibilizando. Será?
Homem ou mulher? Desde quando se sabe se é um ou outro? Não há mais sexo, mas gênero, só não se permitindo confundir gênero humano com zé germano.
O presidente do Chile, em novembro passado, sancionou projeto de lei sobre identidade de gênero e permitindo o registro de mudança de nome e sexo para cidadãos com mais de 14 anos, que se considerem trans. Não se ousaria pensar nisso há dez ou vinte anos.
Nova regra, na pátria de Neruda, estabelece que, no caso dos adultos, o registro pode ser imediato. No caso dos menores de 18 anos, todavia, deve receber consentimento dos pais. Piñera, presidente chileno, observou: “tenho consciência de que o tema é delicado e produz divisões em nossa sociedade, mas tenho de respeitar a lei, pois ela diz que todas as pessoas são iguais, tal como determina o diploma que entra em vigor em 2019”. A nova disposição acrescenta: para mudança do nome e do sexo não exigirá que o indivíduo passe por tratamentos médicos, apenas que apresente o requerimento para tal procedimento.
Se fosse por aqui, mesmo com toda essa meridiana clareza, ia dar o que falar. Ademais, não ficou definido se pessoas de outras nacionalidades poderão usar da opção que no país andino se abriu.

As situações são muito outras de um século atrás. O casamento entre pessoas de sexos diferentes caiu 2,3% no Brasil em 2017, na comparação com o ano anterior. No mesmo ano houve alta de 10% no casamento homoafetivo. Os dados são do IBGE.
As mulheres são as que mais formalizam a união entre pessoas do mesmo sexo – representando 57,5% dos casamentos em 2017. No Sudeste do país acontece a maioria das uniões homossexuais (60%), diga-se. E, ainda assim, o número é considerado baixo, os casamentos gays representam 0,68% de todas as uniões formalizadas na região. A Norte constatou o menor índice de casamentos homossexuais. Foram 209 uniões durante 2017. O número representa 0,32% de todas as 80.956 cerimônias.
O assunto é tão extremamente complexo que envolve a própria Igreja e a Bíblia, que teria de passar por revisão, porque lá consta que Deus criou o ser humano como homem e mulher. Em nosso tempo, o papa Francisco percebe a gravidade da situação. Recentemente, falando a padre espanhol para um livro a ser lançado, declarou que os sacerdotes homossexuais, que não conseguem manter votos de celibato, deveriam largar o sacerdócio em vez de levarem vida dupla, o mesmo se aplicando às mulheres que desejam se tornar freiras.
As conversas aconteceram no começo do ano, época em que o papa teria dito que os bispos italianos não deveriam aceitar jovens gays nos seminários. O pontífice ressaltou que os fiéis gays contribuem para a vida da Igreja Católica, mas criticou o que ele chamou de “sociedades que consideram homossexualidade um estilo de vida, que está na moda”. O papa tem insistido na necessidade de seleção mais rigorosa dos candidatos para a vida religiosa como uma das respostas aos escândalos de pedofilia e abusos sexuais que têm abalado a igreja. Resta aguardar.

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Mensagem N°83713
De: Manoel Hygino, escritor e jornalista Data: Sexta 7/12/2018 10:11:39
Cidade: Belo Horizonte

Não cheguei a conhecer o Afonso Brant Maia, mas me associo ao sentimento de perda por seu falecimento, tantos anos decorridos.
Quanto ao Sr. Gentil Gonzaga, tenho referências altamente elogiosas à sua dedicação à causa dos mais desfavorecidos e carentes.

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Mensagem N°83712
De: Ilídio Data: Quinta 6/12/2018 10:45:03
Cidade: M. Claros

Foi ontem, no pátio interno, o inicial, do Max Min Clube, na parte leste de M. Claros. Havia patos, gansos ou marrecos usufruindo da tarde calma ao redor de um lago que passou a existir no local. Um dos patos, ou pata, ou ganso, marreco talvez, escapou para a pista de asfalto, por onde entram os carros. Alguém, que provavelmente não percebeu, atropelou o pato, ou pata, o maior. Do lago, imediatamente emergiu um menor, provavelmente filhote, que se aproximou, e permaneceu longamente em torno do corpo inerte. Supus. Era o filho, buscando pelo pai. Ou pela mãe. Na tarde calma. De luzes, e sombra. Que já não era a mesma.

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Mensagem N°83711
De: Antônio Data: Quarta 5/12/2018 19:30:14
Cidade: Brasília Df

Ricardo Quadros Laughton, de 73 anos, presidente do Sindicato Rural de M. Claros pela quarta vez, morreu nesta tarde, em Brasília, durante reunião da Confederação Nacional da Agricultura, entidade que reúne os produtores rurais do Brasil. Era também vice-presidente da Federação da Agricultura de Minas Gerais - Faemg e foi indicado recentemente para compor a Comissão do Nordeste da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Ricardo sofreu infarto durante a reunião e chegou a ser levado a hospital.

(Até o meio-dia desta quinta-feira, o corpo ainda não havia deixado Brasília, para velório em M. Claros, no Parque de Exposições. O sepultamento provavelmente será nesta sexta-feira).

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Mensagem N°83710
De: Tribunal Regional Eleitoral - MG Data: Quarta 5/12/2018 17:47:52
Cidade: BH

TRE-MG confirma a cassação da prefeita e do vice de Pirapora - Marcella Fonseca e Orlando Lima foram condenados por abuso de poder econômico - 05.12.201815:25 - TRE-MG-sessão da corte em 05-12-2018. Na sessão desta quarta-feira (05), por cinco votos a um, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais confirmou a perda do mandato de Marcella Machado Ribas Fonseca e Orlando Pereira de Lima, prefeita e vice-prefeito de Pirapora. A condenação foi por abuso de poder econômico nas eleições de 2016 e os cassados podem recorrer.
Os cassados permanecem no cargo até o julgamento de eventuais embargos de declaração, quando a execução do julgado e a convocação de novas eleições majoritárias deverão acontecer, como determinado pela Corte Eleitoral. Quando Marcella e Orlando forem afastados, o presidente da Câmara Municipal assumirá interinamente a Prefeitura, até a realização de novas eleições.
As ações foram propostas pela Coligação Mãos Limpas (PRB / PT / PTB / PMDB / REDE / PTN / PSC / PR / PPS / PSDC / PHS / PMN / PTC / PSB / PSDB / PEN / SD), segundo a qual a prefeita eleita e o vice incorreram na prática de abuso de poder econômico por meio da utilização indevida de meios de comunicação (Rádio Pirapora AM 1240) durante a campanha para as eleições de 2016. Teria havido utilização de tempo superior ao programado para as inserções da propaganda eleitoral gratuita de Marcella e Orlando, e redução das inserções cabíveis aos candidatos adversários, bem como a veiculação das inserções da coligação adversária em horários de baixa audiência, enquanto as inserções dos candidatos eleitos eram veiculadas em horários de elevada audiência. Outras condutas irregulares foram distribuição de cartas falsas dois dias antes do pleito; lançamento de candidatura de inelegível para posterior substituição pela chapa impugnada; contratação excessiva de cabos eleitorais e compra indireta de votos.
Na primeira instância, o juiz Espagner Wallysen Vaz Leite, da 218ª Zona Eleitoral, determinou a cassação dos mandatos de Marcella e Orlando e decretou a inelegibilidade dos dois por oito anos. A sanção de inelegibilidade foi afastada no julgamento do TRE.
A prefeita eleita obteve 15.471 votos (51,87%), sendo a diferença de 1.116 votos para o segundo colocado. Processos relacionados: RE 148 e RE 75439.

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Mensagem N°83709
De: Afonso Cláudio Data: Quarta 5/12/2018 11:34:20
Cidade: Montes Claros/MG

Na minha mensagem sobre prevenção de acidentes com escorpiões, no segundo parágrafo, onde se lê: "São 1900 casos por ano em Minas.", retifico: "São 1900 casos por ano no Hospital João XXIII, em BH". Em Minas são cerca de 22.000 acidentes por ano, conforme o mesmo parágrafo.

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Mensagem N°83708
De: Manoel Hygino Data: Terça 4/12/2018 12:35:11
Cidade: Belo Horizonte

Problemas e culpados

Manoel Hygino

Chegado o tempo da posse e da transferência do poder aos eleitos. Tudo tão democraticamente como possível num país como o nosso, com a população que temos e a consciência de saber discernir entre o bom e ruim, entre o honesto e o desonesto, como aliás sempre foi, consoante as condições que atravessamos – de doente crônico, como aqui comentou o prof. Antônio Álvares da Silva, em agosto último.
Os problemas permanecem, embora se modernizem. Os meios, táticas e estratégias avançam, porque não temos como resolvê-los. O próprio mestre de Direito de nossa Universidade Federal de Minas Gerais, na gloriosa praça Afonso Arinos, raciocina e comenta:
“E a solução? Não há nem são previsíveis. Todos os planos sociais acabam no nada ou em desordem. Veja-se a boa ideia do Bolsa-Família, salário desemprego e, por fim, toda a Previdência Social. Por melhor que seja o serviço que prestam, tudo cairá na insuficiência, porque tudo é pequeno ante a enorme carência dos meios sociais e econômicos.”
O baixo nível dos concorrentes a determinados cargos públicos, a partir dos eletivos, contribui substancialmente para a situação incômoda e dolorosa que vivemos. O jornalista que assina a coluna da página 2, por exemplo, Leandro Mazzini, fornece elementos para julgamento com a simples citação de um fato corriqueiro: o apelo a “valiosas” qualidades a candidatos no último pleito.
Continuou o festival de bizarrices nominativas nas urnas para deputados estaduais. Há a ala dos baixinhos: Tampinha Bittar (SD-AC), Baixinho o Garotinho (PPS-AM), Baixinho do Grêmio (PRTB-RR), Pindukinha (SD-PA), Miúdo Morro Tentando (PV-RR), segundo levantamento da coluna. Existe também Alceu Dispor 24 Horas (MDB-GO), Escurinho (PSOL-PB), Nem Dos Óculos (PPS-PB), Pantera (DEM-PB), Sorvetão (PCdoB-PB), Zé Bonitinho (PSC-PB), Genário Menino do Cavalo (PSDB-PE), Jura da Bica o Amolado (PP-PE), Tânia Mãe do João (PSC-PE), Tieta do Agreste (Patriota-PE), Vovô da Feijoada (Patriota-PE)”.
Por aí se pode avaliar as condições de defenderem os interesses da comunidade, embora também sobrevivam aqueles suficientemente conhecidos não pelos títulos que ostentam. Ninguém se atreve, suponho, a apelar para o título de ladrão de galinhas ou integrante da coleção dos mensaleiros, dos quais poucos foram descansar atrás das grades.
No entanto, a despeito de tudo e da firme disposição dos cidadãos conscientes desta nação, não são poucos os inaptos ou ineptos que alcançam o pedestal nos plenários públicos para representar a coletividade. Daí, o festival de incapacidades e de cidadãos de duvidoso ou notório mau caráter que lá se assentam.
Ou o nosso povo aprende ou terá de sofrer os padecimentos por que passa, sem saber, talvez, que o grande responsável pelos seus reveses ou dores é ele mesmo.

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Mensagem N°83707
De: Afonso Cláudio Data: Quarta 5/12/2018 09:55:14
Cidade: Montes Claros/MG

Prevenção de acidentes com escorpiões

Minas é o Estado com maior número de casos de acidentes com escorpiões no Brasil. A espécie que vive aqui, a amarela, é a mais venenosa do país e a terceira mais venenosa do mundo. Sua picada, em poucas horas, pode matar.
Em Minas, neste ano, 29 pessoas morreram e já são quase 22.000 acidentes. Em alguns casos, as vítimas são atacadas enquanto dormem, principalmente as crianças. Isto dificulta o diagnóstico e aumenta a letalidade dos acidentes, como ocorreu recentemente em São Paulo. São 1900 casos por ano em Minas.
Diz o médico montesclarense Aderbal Andrade Filho, chefe do serviço de toxicologia do Hospital João XXIII, de BH, referência ao atendimento a vítimas de animais peçonhentos: "Só no Pronto Socorro morreram 2 crianças neste ano, picadas por escorpiões, e quase 2.000 pessoas tiveram que tomar o soro. Minas Gerais tem o maior número de casos de acidentes com escorpiões do Brasil e, no Hospital João XXIII, não vimos aumento nos últimos três anos. Houve um aumento de 2015 para 2016, por volta de 2.000 casos, e isto se manteve. Até 28/11/2018 houve 1832 casos."
Cláudia Capistrano, gerente de operações de campo de Zoonoses, da Prefeitura de BH, fala sobre os locais preferidos pelos escorpiões, dentro de casa: pano de chão, sapato, pilha de roupas, livros e recomenda cuidado ao manusear esses objetos.
É nesta época de chuva e calor que mais aparecem os escorpiões. O calor favorece sua reprodução e a chuva os tira das suas tocas.
As crianças e os idosos são as maiores vítimas das picadas de escorpiões, devido ao organismo mais frágil.
Recomenda-se também eliminar lixo e entulhos, tanto dentro de casa, como em varandas e quintais. Usar ralos com tampa nos banheiros, telas em janelas (úteis também para evitar entrada de mosquitos, pernilongos e outros insetos, como, por exemplo, o potó) e vedar as possíveis entradas de baratas (o alimento preferido dos escorpiões), tanto em portas e janelas, como em tubulações de água e esgoto.

Afonso Cláudio de Souza Guimarães - Engenheiro

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Mensagem N°83706
De: Carlos C. Data: Terça 4/12/2018 16:44:32
Cidade: Brasília DF


Envio uma notícia, aqui do G1 de Brasília, muito bem apurada. Este, digamos, incidente ocorrido no voo S.Paulo/Brasilia, hoje, tem potencial para transformar-se numa discussão sobre os limites assegurados pela Constituição da República. Não tomo partido, deixando a cada um sua própria reflexão, análise e conclusão.

Aos fatos narrados, debaixo das aspas necessárias:



"Advogado é detido em voo após dizer a Lewandowski que STF é `uma vergonha` - `Você quer ser preso?`, perguntou ministro, que viajava de São Paulo para Brasília. Até às 15h desta terça, advogado permanecia na superintendência da Polícia Federal.
O advogado Cristiano Caiado de Acioli foi levado nesta terça-feira (4) para prestar esclarecimentos na Superintendência da Polícia Federal em Brasília depois de ter dito ao ministro Ricardo Lewandowski, no interior de um avião, que o Supremo Tribunal Federal é "uma vergonha".
O caso ocorreu em um voo comercial que saiu do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com destino a Brasília. Em um vídeo que circulou nas redes sociais, o ministro aparece sentado na primeira fileira de um voo da Gol quando foi abordado pelo passageiro, antes da decolagem (veja abaixo o que foi dito).
Acioli, de 39 anos, foi detido ao chegar no aeroporto de Brasílie e ouvido por um delegado da PF. Até as 15h ele ainda estava na superintendência. "Não me falaram por qual crime eu vou responder", disse ao G1, por telefone.
"Tratei ele [Lewandowski] com o pronome devido. Usei toda a etiqueta necessária. Fiz uma manifestação, é uma essência da Constituição. É um direito básico."
"Fui preso por um técnico judiciário que entrou na aeronave. A conduta dele foi ilegal e abusiva. A conduta do ministro foi ilegal e abusiva. Todas as opções legais eu vou tomar", afirmou o advogado.
A assessoria do ministro confirmou a discussão. Segundo a equipe, "o passageiro começou a injuriar o STF como instituição, não pessoalmente ao ministro Lewandowski", e por isso o ministro solicitou a presença de um agente da PF.
O ministro, de acordo com a assessoria, entendeu que não seria o caso de retirar o passageiro do voo.
Ricardo Lewandowski é um dos integrantes da Segunda Turma do Supremo, que nesta terça-feira julga um pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele não comentou o assunto ao chegar à sessão da turma.
O que foi dito
Após o embarque, ainda no Aeroporto de Congonhas, por volta das 10h, Acioli afirmou: "Ministro Lewandowski, o Supremo é uma vergonha, viu? Eu tenho vergonha de ser brasileiro quando eu vejo vocês".

O ministro, então, respondeu: "Vem cá, você quer ser preso?". Em seguida, apontando para um comissário de bordo, completou: "Chamem a Polícia Federal, por favor".
Acioli retrucou: "Eu não posso me expressar? Chamem a Polícia Federal, então. Por que eu falei que o Supremo é uma vergonha?". O vídeo se encerra com o ministro dizendo que o advogado terá de explicar à PF o que ele quis dizer.
Agentes da Polícia Federal em São Paulo foram chamados, chegaram à aeronave e perguntaram se o advogado se acalmaria para o voo prosseguir "sem problemas". Acioli disse ter concordado.
Perto da aterrissagem, em outro vídeo que circulou nas redes sociais, o advogado se levantou e começou a gravação dizendo: "Senhoras e senhores, eu queria um minuto da atenção de vocês. Eu sou só um cidadão, mas temos aqui neste voo o ilustre ministro Ricardo Lewandowski, e eu, na minha liberdade constitucional de me manifestar, eu disse que tinha vergonha do Supremo Tribunal Federal, e este ministro me ameaçou de prisão, tão somente porque eu exerci minha liberdade constitucional".
"Eu, enquanto cidadão, gostaria de deixar minha nota particular de desagravo, porque a gente ainda vive em uma democracia. Eu não sou um presidiário tentando dar uma entrevista. [...] Eu sou apenas um cidadão que me dirigi respeitosamente ao ministro Lewandowski para fazer uma crítica do que eu sinto, do que eu penso. Eu amo o Brasil, eu não admito o meu direito ser tolhido, independentemente da religião, do credo que cada um nesse avião tem, isso é inadmissível numa pessoa que deveria ser um guardião da Constituição", prosseguiu".

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Mensagem N°83705
De: Manoel Hygino Data: Terça 4/12/2018 12:25:16
Cidade: Belo Horizonte

Os tempos novos e seus hinos

Manoel Hygino

Realmente não se pode preconizar o que o Brasil tem à frente. A época dos profetas e adivinhos ficou lá no passado, pelo menos dos que tinham sorte em suas previsões. Se fosse fácil acertar, as loterias teriam fracassado e não sobreviveriam. Ao brasileiro, que efetivamente ama o seu país e quer vê-lo safar-se da situação gravíssima a que chegou, cumpre fazer mais do que protestar. Convém tomar conhecimento dos fatos (cuidado com as falsas notícias!) pelas informações dos meios eletrônicos de comunicação. Tem, ademais de dedicar algumas horas por semana para ler e analisar o que dizem os verdadeiros conhecedores do assunto.
Há poucos dias, o professor Sacha Calmon comentou sobre nossa situação: “Apenas somos, guardadas as proporções, melhor que a Venezuela e a Bolívia. Uma vergonha!” Mais: “Está tudo errado. O Estado deve restringir-se a planejar, licitar e regular”. Observou que o quadro é dos mais difíceis: com 27 estados e mais de 5.460 municípios, entupidos de funcionários parasitas (cerca de 10 milhões); uma dívida pública rolada a curto prazo; “endividamento crescente que chega a 80% do PIB”. O resultado são os monstruosos déficits primários orçamentários: um sistema de seguridade falido (saúde SUS), assistência social gratuita e Previdência Social assimétrica.
“No plano previdenciário – duas terríveis distorções. No plano das receitas, gente do campo, empregados roceiros, nada recolhe. No caso das despesas, os funcionários públicos e dignitários da República aposentam-se cedo, com os mesmos vencimentos da ativa, enquanto o resto, empregadores e empregados, passa a ganhar quantias irrisórias, levando em conta o que ganhava em atividade, no ato da aposentação”.
O que se conseguiu destruir durante tantos anos não será refeito, redirecionado e salvo rapidamente, em passes de mágica. Exigirá muito sacrifício e os que pensaram o contrário verão e sentirão o peso imenso dos que nos estiveram a prejudicar-nos. Aliás Luiz Carlos Azedo, não por ter o nome que tem, anotou que “os eleitores querem segurança, saúde, educação, emprego e moradia. Não se resolvem esses problemas com uma retórica vazia”.
A hora nos faz voltar à proclamação da República, que completa 130 anos em 2019. Assim como a independência do Brasil, a abdicação de Pedro I e a coroação de Pedro II tiveram seus hinos, também em 1889 se fez uma nova letra ... e música certamente. Com a queda da monarquia, pensou-se derrubar tudo o mais que, de certo modo, lembrasse o passado, foi visado, inclusive o Hino Nacional Brasileiro, de autoria de Francisco Manuel da Silva, tanto que se convocaram para uma nova composição outros autores. Não faltou, por exemplo, o grande Carlos Gomes, que em gratidão ao ex-imperador, recusou-se a participar.
Em primeiro lugar, classificou-se a proposta do Leopoldo Miguez, estando presente à votação final o primeiro presidente da República, que a todos ouviu atentamente. O marechal Deodoro, aos últimos acordes, se pronunciou:
- Este o mais lindo! Prefiro este.
Era, nada mais nada menos, que o hino de Francisco Manuel, composto por ocasião da abdicação de Pedro I. Assim, o velho hino, se manteve Nacional Brasileiro, aliás tocado solenemente na oportunidade do anúncio do resultado do pleito no último dia 28 de outubro, considerando-se eleito o candidato Bolsonaro. A composição de Leopoldo Miguez se proclamou como o da República, como está hoje.

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Mensagem N°83704
De: Câmara Municipal Data: Terça 4/12/2018 11:46:44
Cidade: Montes Claros

(...) Os Vereadores de Montes Claros aprovaram, em regime de urgência, nesta terça-feira (04), o Projeto de Lei, de número 99, que institui o Fundo Especial de Natureza Contábil (FENC). O valor total da obra orçado é de R$ 1.775.777,70. Consta na redação que o valor será destinado a finalidade específica para aquisição de bens imóveis e ou construção de sede própria. O prazo de gastos é de seis meses. Dos 22 vereadores presentes na reunião, um votou contra e dois se abstiveram. A construção do novo prédio teve início em 2012 e o valor para finalizar a obra já está em caixa. Está prevista para o dia 17/12 uma nova licitação, mas o FENC assegura o valor, caso nenhuma empresa apareça para participar do processo. “Torcemos para que empresas participem, mas caso não aconteça asseguramos os recursos através do FENC. Ele não implica em prejuízo, nem para o Legislativo nem para o Executivo. Em todo o Estado do Paraná esse tipo de projeto está pacificado. É uma das alternativas em terminar a obra, apesar de termos a garantia do Prefeito Humberto Souto em devolver o dinheiro para a Câmara, mas a assessoria Contábil avaliou que a devolução e retorno a Casa não seriam o indicado”, explanou o Presidente Cláudio Prates (PTB). Por indicação do Parlamentar Valcir de Ademoc (PTB) à Mesa, o PL chegou ao Plenário, que analisado pelas comissões foi dado parecer legal e constitucional. “Montes Claros será a primeira cidade do MG a criar esse tipo de mecanismo para o Legislativo. A criação do Fundo define que cada economia orçamentária anualmente que a Câmara fizer, em vez de devolver ao final do exercício, serão depositadas para finalizar a obra. O FENC segue moldes como o Fundo criado pela Prefeitura para retenção de recursos para obras e asfaltos em Montes Claros”, encerrou Valcir.
O Vereador Oliveira Lega (PPS) fez uma pesquisa em outras cidades brasileiras e constatou que é constitucional o Fundo e que nas cidades em que ele estudou os valores foram aplicados pelas Câmaras. Rodrigo Cadeirante (Rede) elogiou a proposta apresentada e afirmou que a proposta é de extrema importante para o montes-clarense. Aldair Fagundes (PT) votou contrário por não ter segurança no projeto. Com a conclusão do terceiro pavimento, os gabinetes dos vereadores que ainda estão na antiga sede, serão transferidos para a nova. Com a conclusão do prédio todo o trabalho do Legislativo será concentrado no mesmo local. O Executivo recebe as 36 salas usadas pelo Legislativo.
Licitação 3º andar
As empresas interessadas em participar do processo, podem consultar o edital no Quadro de Avisos localizado no prédio da Câmara, à Rua Urbino Viana, Nº 600, Centro – Montes Claros/MG. Ou pelo site: www.cmmoc.mg.gov.br, no menu licitações. (...)

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Mensagem N°83703
De: Cemig Data: Terça 4/12/2018 11:23:45
Cidade: M. Claros  País: Brasil

A Cemig informa que a interrupção no fornecimento de energia ocorrido no dia 02/12, das 15h26 foi em função de uma cruzeta quebrada, o que demandou a troca de equipamentos do transformador que atende esse circuito.O restabelecimento ocorreu às 21h04.

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Mensagem N°83702
De: Hildebrando Data: Terça 4/12/2018 11:12:04
Cidade: Distrito Federal

A Prefeitura de M. Claros está colocando em leilão, por 10 anos, a renovação de um espaço de bar dentro da Praça de Esportes de M. Claros, uma das glórias da cidade, celeiro de eternos campeões, inclusive a nível Brasil.

É hora de a Prefeitura, em novo momento, corrigir o gravíssimo erro das últimas administrações e fazer o contrário: impedir que numa Praça de Esportes se estabeleça o comércio e consumo de bebidas alcoólicas, entre outras coisas, em tudo comércio contrastante com o espírito de uma verdadeira praça de esportes.

O local vem degradado há tempos, arruinado deliberadamente para subtraí-lo - em algum momento - da população.

Melhor faz o poder público retornando a Gloriosa Praça de Esportes de M. Claros - espaço público e não estatal, da população e não da prefeitura - aos seus tempos de glória.

Aplaudiremos todos, de pé, em nome de gerações que viram no local um espaço de Virtudes, da Vida e da Natureza, e não zona de exclusão das leis, de degradantes e múltiplos vícios. Lugar de dar medo. Valhacouto.

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Mensagem N°83701
De: César Data: Terça 4/12/2018 09:37:43
Cidade: M. Claros

M. Claros lembra hoje os 6 anos da morte do advogado Afonso Brant Maia. Para lembrá-lo, e honrá-lo, é suficiente ler a nota de 10 linhas com que este montesclaros.com, no dia 7 de dezembro de 2012, às 7h33, anunciou a partida de um homem "superior e incomum":

"Morreu ontem às 23h30m o advogado montesclarense Afonso Brant Maia, que completou 74 anos no último dia 9 de novembro. Também fazendeiro e ex-presidente da Sociedade Rural de M. Claros, Afonso era dos mais antigos advogados em exercício na cidade. Foi durante anos juiz vogal da Justiça do Trabalho e voluntário da Justiça das Pequenas Causas. Sua conduta honrada, equilibrada e proba, durante mais de 40 anos, como advogado e líder ruralista, rendeu-lhe o reconhecimento, dentro e fora da atividade, como homem superior e incomum, paradigma geral do seu tempo. Afonso morreu em casa, vítima de câncer, e o sepultamento será às 11 horas desta terça-feira, em M. Claros. O velório está sendo na Santa Casa. Afonso deixa a esposa Ivone Spyer e o filho Afonsinho, de 17 anos. (Ler mais no Mural). "

Dois dias depois, o admirado juiz Isaías Caldeira completava:

"Foi-se como vão as grandes almas, sem deixar à maldade humana espaço para necrológios reticentes, pois a unanimidade dos que com ele privaram ecoa a sua falta, o espaço vazio de sua ausência irreparável" .

Ao longo da história, M. Claros teve homens superiores. Afonso Brant Maia é um deles.

Outro nome, que precisa chegar rápido ao nosso panteão - Gentil Gonzaga, o idealizador e construtor do maior prédio de M. Claros, o do Colégio S. José, tão anônimo como gigante. Gigante também em BH. "Desconhecido dos homens, conhecido de Deus".

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Mensagem N°83699
De: Ucho Ribeiro Data: Segunda 3/12/2018 10:16:11
Cidade: Montes Claros

“TEM GENTE!”

A Vila das Formigas cresceu recheada da alegria das mulheres-damas. Nunca segregou ou delimitou a sua zona boêmia. Casas de encontros, algumas exuberantes, ocupavam as ruas centrais do povoado. Putas de todos os quilates enxameavam livremente o comércio nos dias de feira e, aos domingos, frequentavam as missas, mais para se mostrarem do que por religiosidade. Para chamar a atenção, chegavam com o culto iniciado, exalando o eterno pachuli e exibindo vestidos de sedas e rendas raras. As esposas dos cidadãos assistiam a tudo caladas, sem direito a pio ou resmungo, com os olhos invejosos na opulência das vestimentas das raparigas dos seus maridos. Eram as mulheres dadivosas, sempre alegres, esperando...

Famosas putas marcaram época em fases diversas da história municipal, com os seus inesquecíveis apelidos: Mariquinha do Arraial, Maria Serrana, Canarinha, Chiquinha Baronesa, Douradinha, Aninha Parafuso, Mariazinha C* de Ferro e, ultimamente, Roxa, Leobina, Zinha, ... Em sua obra, Guimarães Rosa conta sobre a contumaz fartura boêmia montes-clarense e chega a destacar, na novela “Dão-Lalalão” (Corpo de Baile), o romance de Soropita, vaqueiro e ex-jagunço que, apaixonado pela faceirice sensual da “militriz” Doralda, mulher que é ”o estado de um perfume”, a retira de um bordel de Montes Claros para fazer dela sua esposa.

A atual rua Padre Teixeira, em tempos idos, chamou-se rua da Raquel, por nela residir uma cobiçada dama, com sangue hebraico, que o povo dizia ser turca. Ela veio do Recife para a Vila das Formigas, amasiada com um vigarista, jogador de baralho que, depois de limpar muitos patos, foi flagrado em trapaça e acabou espetado numa casa de jogo.

Raquel, desimpedida, sentiu-se livre para disponibilizar os seus atrativos e seu irresistível poder de sedução. Passou a atender, reservadamente, cavalheiros recatados e abonados. Com o tempo, sua fama propagou-se devido às lascivas e exclusivas peripécias, práticas desconhecidas do mulherio local do metiê.

Raquel residia defronte ao escritório de Waldemar Tic-tac, contador metódico e obcecado em controlar tudo à sua volta. De olho no relógio, sabia o horário da chegada e saída de todos os funcionários do comércio e fazia um verdadeiro rastreamento na rotatividade da madama. Os clientes dela tinham horários pré-estabelecidos de permanência, hora e meia, e a entrada a sua casa era precedida por uma batida na porta com um repique em código previamente definido. Batida certa, toc-toc, totoc, porta aberta.

Certa feita, um mancebo erado do Brejo das Almas, atraído pelas prendas da loba hebraica e desavisado, veio bater à sua porta sem prévio agendamento. Batia, dava um tempo, batia de novo e nada... Waldemar Tic-tac, do lado oposto da rua, já registrara pela janela do escritório que um velho freguês havia entrado na casa alguns minutos antes e devia estar a desfrutar o seu tempo. Assim, ao ver o rapaz insistir nos batimentos, não se conteve e bradou:

– Oi! Pst! Psiu! Ô moço, não tem ninguém aí, não!
– É, parece que não, mesmo... Eu bato e ninguém responde.
– Ora, desconfia, rapaz, se você bate e ninguém atende, é porque tem gente! Xispa!

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Mensagem N°83698
De: Afonso Cláudio Data: Domingo 2/12/2018 22:34:45
Cidade: Moc/MG

Desligamento acidental no Bairro Cândida Câmara, na Rede de Distribuição da CEMIG - hoje, 02/12/2018, ficamos sem energia elétrica entre 15h6m e 21h6m, ou seja, duração de 6:00 hs, após a abertura acidental de chaves de proteção da alta tensão, na esquina das ruas Acácia de Paula e Cassimiro de Abreu. Solicito respeitosamente a essa Empresa que nos informe as causas dessa interrupção tão longa, num dia de lazer e descanso dos moradores, um Domingo, que ficaram impossibilitados de usufruírem dos seus equipamentos eletro-eletronicos, como não me recordo de ter ocorrido em 42 anos que moro nessa região, até para contribuir indiretamente para a melhoria da qualidade do fornecimento de energia elétrica em nossa cidade. Agradeço, desde já, pela resposta. Afonso Cláudio de Souza Guimarães - Engenheiro Eletricista

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Mensagem N°83697
De: Avilmar Soares Pinheiro Data: Sábado 1/12/2018 20:37:40
Cidade: Francisco Sa  País: Brasil

Agora 20:30hs Chuvas torrenciais caem sobre o municipio de Francisco Sa-MG desde às 17hs,surpresa maravilhosa,deste início de tempos vindouros, sobre a nossa regiao norte mineira.

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Mensagem N°83696
De: Afonso Cláudio Data: Sábado 1/12/2018 18:05:27
Cidade: Montes Claros/MG

Há 90 anos falecia em Montes Claros o meu bisavô, Professor Pedro Augusto Teixeira Guimarães.
"01/12/1928 - Falece o professor Pedro Augusto Teixeira Guimarães. Nasceu em Montes Claros a 1.º de agôsto de 1857, filho de Serafim Gonçalves Guimarães e dona Eva Bárbara Teixeira de Carvalho (professora e fundadora da Banda Euterpe Montesclarense, em 1856). Foi professor da antiga Escola Normal de Montes Claros, de que era Diretor na ocasião em que foi suprimida, a 31 de janeiro de 1905. Exerceu o cargo de Delegado de Polícia de Montes Claros e era casado com dona Maria Amélia Soares Guimarães." - de Efemérides Montesclarenses, Dr. Nelson Viana.
Devo acrescentar que o Dr. Hermes de Paula escreveu que era "exímio musicista" e ouvi dizer que era poliglota (professor de inglês, francês e latim), além de um dos pioneiros da Maçonaria em Montes Claros, juntamente com o sogro dele, meu trisavô, Coronel Celestino Soares da Cruz, conforme mensagem 83559, do Sr. José Ponciano Neto. Trabalhou também no Cartório do 2o. Ofício, antes do meu avô, Augusto Soares Guimarães. Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe sobre ele a Vossa luz!

Afonso Cláudio de Souza Guimarães - Engenheiro

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Mensagem N°83695
De: José Ponciano Neto Data: Sábado 1/12/2018 15:02:57
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

DADOS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE MONTES CLAROS - COPASA – NOVEMBRO / 2018

BARRAGEM JURAMENTO - Cota: 630,33 - (30/11/2018)

Volume acumulado: 11.751.681 m3 (representa 26,03% do volume total) – Está com 12,73 % superior com relação ao mesmo período em 30/11/2017.

Total de chuva no mês de NOVEMBRO /18 =147,2,0 mm: (região de Juramento) –
- O nível está 09,92 metros abaixo da cota de transbordo 640,25 –
Do dia 31/10/18 a 30/11/2018, acresceu 0.23 mts no N.A.
Menor nível/índice em 2018: 29/01/2018: Cota 629,10 / 20,65 %

VAZÕES DOS MANANCIAIS: Em 30/11/2018 RIO CANOAS 0,0 l/seg; - RIO JURAMENTO 138,0 Litros por segundo - o RIO SARACURA com vazão 162,5 litros por segundo (vazão sazonada à pluviosidade local) –

Chuvas 2018 em milímetros: Janeiro 82,40 >Fevereiro 282,20 > Março 73,3 > Abril 36,40 > Maio 12,00 > Junho 00,0 > Julho 00,0 > Agosto 0,0 > Setembro 05,9 > Outubro 219,00 > Novembro 147,2 >Total do Calendário Civil 2018: 858,4 milímetros
Total Calendário AGRÍCOLA de JULHO 2018 a JUNHO 2019 = 372,1 milímetros. –

BARRAGEM JURAMENTO: Vazão MÉDIA aduzida de 01 a 30/11: 381,64 litros por segundo. - Devido à estiagem prolongada, a COPASA incorporou vários POÇOS profundos na oferta de água no Sistema de distribuição.

VOLUME E VAZÕES: Com relação ao mesmo período do ano passado: - Barragem de Juramento: informações acima.

Os mananciais do PARQUE DA LAPA GRANDE (Pai João); REBENTÃO DOS FERROS - PACUÍ-PORCOS e POÇOS PROFUNDOS que têm suas águas aduzidas para Estação de Tratamento de Água - ETA DO MORRINHO, estão atualmente com suas vazões acrescidas devido às chuvas dos últimos dias. Atualmente a ETA/Morrinho está operando com 229,19 Litros p/ segundo.
Sistema de captação e Tratamento PACUÍ: 280 L/Seg. (média)

Vazão total distribuída para o abastecimento de Montes Claros: Σ = 970,83 litros por segundo; sendo: - Verde Grande= 381,64– Morrinhos= 229,19 –- Poços Q 81,00 L/ seg e Sistema Pacuí fornecendo 280,00 Litros p/ segundo.


OBS: - A vazão informada do Sistema Verde Grande de 381,64 litros por segundo implica-se: 200,0 L/seg. da captação sazonal no próprio Rio Verde Grande + 181,64 L/seg. da Barragem de Juramento. Uma gestão para resguardar a água da barragem. Em dias de chuva a Copasa poderá fechar os registros da Barragem para recuperação rápida do seu nível.


NOTA: RODÍZIO > A Copasa, em cumprimento à resolução ARSAE-MG 68/2015 anunciou em 13/09/2018 o ENCERRAMENTO DO RODÍZIO em Montes Claros. Porém, a companhia conta com o apoio da população para o uso consciente da água, evitando desperdícios, especialmente nos períodos de estiagem. O uso racional dos recursos hídricos engloba a educação ambiental e organização comunitária.


FATOS IMPORTANTES DO MÊS NOVEMBRO:
Há 70 anos 08/11/1948 - Faleceu em Belo Horizonte, Joaquim de Paula Ferreira (Tico ). Nasceu em Montes Claros, filho de Manoel de Paula Ferreira e dona Joana Martins de Oliveira. Foi, por largos anos, comerciante em Várzea da Palma. Casou-se, em Montes Claros, com dona Emília Mendonça de Paula, a 27 de julho de 1907. Na ocasião do seu falecimento o seu filho ilustre Luiz de Paula Ferreira contava apenas com 31 anos de idade.


Há 56 anos 18/11/1962 - Um aparelho de telefone público é instalado no bairro Vila Guilhermina, provisoriamente no “Bar do Nélson”. O ato da instalação contou com a presença do Presidente da Companhia Telefônica de Montes Claros Dr. José Comissário Fontes, que efetuou, na ocasião, várias comunicações para diversas pessoas da cidade, inclusive para o Prefeito Municipal e para a vizinha cidade de Juramento. Estiveram ainda presentes, além de outras pessoas, os Diretores da Companhia Telefônica local, Hildebrando Mendes, Wilson Velloso e Nathércio França.


Em 28/11/2018 - Morre em Montes Claros vitima de leishmaniose visceral, o Jornalista, radialista; professor e psicólogo Artur Luiz Ferreira Leite de 65 anos. Nasceu em 27 de março de 1953. Filho de Clóvis Ferreira Leite e Amoziles Alves Ferreira. - Era casado com a Sra Jaqueline Bastos Leite. Era pai de três filhos do seu primeiro casamento; Rafael, Roberta e Rodrigo ( in-memorian). Cumpriu mandato ao Legislativo montes-clarense, no período de 1989 a 1992.



REFLEXÃO:
Mas enquanto houver miséria, enquanto houver Terceiro Mundo, pode ter certeza, meu amigo, que não haverá paz no mundo !


30/11/2018
(*) José Ponciano Neto: Tec. Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.

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Mensagem N°83694
De: Manoel Hygino Data: Sexta 30/11/2018 10:38:47
Cidade: Belo Horizonte

Na pista da criminalidade

Manoel Hygino

Não mais causam espanto ou susto, porque as notícias estão inseridas no regular noticiário de todos os veículos de comunicação. São referentes à onda de violência que invadiu o Brasil e se propagou pelos estados, pelas favelas – transformadas em comunidades, pelos conjuntos habitacionais, até mansões e palacetes. Mata-se muito, contrariando a nossa pretensa tradição de gente pacífica e cordial. Transformamo-nos ou a eficiência da imprensa é maior do que antes e dissemina mais amplamente informações sobre as maldades cotidianas?
Há dezenas e dezenas de especialistas em criminalidade se manifestando sobre causas do fenômeno, suas consequências sociais e penais, o clima de temor que as pessoas têm na intimidade do lar ou na simples locomoção pelas ruas, no cumprimento das jornadas de trabalho, em qualquer atividade e horário. O brasileiro mata e o brasileiro tem medo. Sua vida pode estar por um fio.
Pelo rádio do táxi, é ainda manhã, tomo conhecimento dos últimos episódios, os da madrugada, quando mais vidas foram ceifadas, mais sangue se derramou por motivos fúteis ou torpes, pelo extremo etílico dos autores (como costumam dizer os soldados da PM), pela fúria dos namorados ou maridos, diante muitas vezes de fuxicos ou pela canalhice dos que querem cobrar à bala os débitos contraídos por vítimas dos usuários de drogas.
Os dados são horripilantes. Pelo menos 38.436 pessoas foram assassinadas nos nove primeiros meses deste ano no Brasil – o tempo normal para gestação de uma vida humana. A cifra, porém, é ainda maior. Maranhão e Paraná não divulgaram os dados referentes ao nono mês. No entanto, o cômputo contabiliza todos os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidos de morte, que compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
Embora muito se comente sobre a violência no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e do Norte, nas regiões fronteiriças de Roraima, Paraguai e Bolívia, a verdade é que nenhum rincão deste país (grande e bobo, como diz o escritor Eduardo Almeida Reis) escapa do quadro de letalidade. Márcia Alves, diretora de Prevenção Social ao Crime e à Violência da Secretaria Municipal de Segurança Pública da Prefeitura da capital, considera que o homicídio é “apenas a consequência final” de um contexto de desvantagens sociais. O problema é muito maior.
Enquanto isso, a despeito de esforços do poder público, continuamos matando e morrendo, mais do que no tempo das diligências no velho Oeste americano. O município quer expandir a rede de cuidados e proteção para adolescentes vítimas de agressão. É medida muito correta em consonância com nossa realidade. Mas alguma área deve também expandir a ação contra os jovens autores de agressão e de violência, de modo geral.

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Mensagem N°83693
De: Murilo Cardoso Data: Quinta 29/11/2018 08:41:26
Cidade: MOntes Claros-MG

Amigo Artur Leite como há 53 anos atrás, quando ainda meninos você entrou na sala do Colégio Tiradentes sem avisar ninguém e fomos colegas de sala no curso ginasial por quatro anos, agora você parte sem despedir de ninguém. Amigo o combinado não foi isto, cadê suas risadas, cadê sua presença de espírito, sua doença pelo Galo a única que sabíamos que você tinha. Você parte assim, sem avisar, nos deixando pasmos e perplexos sem a sua companhia e amizade. Mas são os desígnios de Deus não devemos questionar. Descanse em paz amigo.

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Mensagem N°83692
De: Câmara Municipal Data: Quinta 29/11/2018 10:59:58
Cidade: Montes Claros

Câmara pede mais rigor quanto à fiscalização da poluição sonora e ambulantes no Centro. ( ...) E para chamar a atenção do cliente vale quase tudo, até montar um serviço de som na porta da loja, anunciando as promoções e convidando as pessoas para comprar. (...) “A disputa de som nas lojas do centro da cidade é uma coisa absurda. A população que passa não consegue entender nada e o barulho atrapalha também os lojistas que não fazem isso. É preciso que haja um braço forte. Uma fiscalização urgente por parte da Secretaria de Meio Ambiente e por parte também da Secretaria de Serviços Urbanos”, destacou Edmílson. (...).
A Assessoria de Comunicação da Câmara também procurou o chefe de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente, Gilmar José Caldeira, que informou que houve uma reunião para discutir o problema, que nesta época do ano aumenta bastante. Foram definidas estratégias para buscar a solução.
“Os fiscais da secretaria, com o apoio de 24 guardas do Grupo Tático Ambiental, farão visitas às lojas. Os donos receberão um comunicado sobre a legislação, permanecendo no erro serão notificados. Se insistirem no erro, receberão multas que variam de R$50,00 a R$5.000,00”.
Gilmar explicou que o som não pode ultrapassar os 70 decibéis e nem a caixa de som pode estar virada para a rua ou na rua. “São regras que devem ser cumpridas e vão ser cobradas”, finalizou.

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Mensagem N°83691
De: Manoel Hygino Data: Quarta 28/11/2018 08:57:41
Cidade: Belo Horizonte

O sacrifício de Elza

Manoel Hygino

Realizou-se, em Belo Horizonte, em novembro, a 17ª edição do Festival Teatro em Movimento, apresentando no Brasil Vallourec o musical “Elza”, que resgata os maiores sucessos em mais de seis décadas de carreira da cantora Elza Soares. Um espetáculo vívido, particularmente atraente para quem gosta de samba e acompanha a vida da popular intérprete.
A Elza, que ora me desperta da memória, contudo, é a Elza Fernandes, garota de 16 anos, família humilde, de quem se aproximou o baiano Antônio Maciel Bonfim, conhecido também por Américo ou Adalberto Fernandes, ou ainda Miranda, apelido que lhe davam os comunistas brasileiros, ou ainda Queiroz ou Keiro entre os camaradas soviéticos.
Era a segunda década do século XX, com o Brasil dividido entre comunistas e fascistas, até personalidades de governo. Logo veio a guerra, acrescentando ao quadro político internacional o Reino Unido, a França e, finalmente, os Estados Unidos. Os comunistas se achavam com a corda toda por aqui, erro que levou ao fracasso da chamada Intentona de 1935.
Miranda era bom de bico, como por aqui se diz, mesmo simpático, “de grande loquacidade”, como o definia William Waak. Falava francês, impressionava, mas não merecia integral confiança. Elza se chamava, de fato, Elvira Cupelo Colônio, sempre alegre, ria muito, contava casos, inclusive fazia visitas em nome de companheiros, ora para recados, ora para buscar dinheiro para o partido, conforme conta Maria Werneck, em “Sala 4”, um livrinho de lembranças.
Em depoimento à polícia, Miranda, ex-secretário do PCB, conta que conhecera Elza ainda menina, 13 para 14 anos, em Sorocaba, cuidando da casa da família, em meio a muitas privações. Os pais, napolitanos, já tinham morrido, deixaram filhos, e nove ainda viviam. Duas irmãs faleceram por tuberculose, os irmãos remanescentes não se prestavam a serviços domésticos.
Embora não comunista, Elvira ou Elza sofreu prisão por suas relações com Miranda e pelo relacionamento com os camaradas. Pelo seu envolvimento sentimental com Miranda, um dos chefões do PCB, por suas ligações com homens e mulheres, de vária formação, inclusive ideológica, Elza acabou por viver sob suspeita de trair os companheiros. Como disse Sérgio Rodrigues (nascido em Muriaé, atuante na imprensa paulistana e autor do romance “Elza, a garota”), a jovem se tornou alvo no meio revolucionário. Indefesa, de uma ingenuidade desconcertante, depois de ter sido “julgada” por comunistas, foi estrangulada covardemente com uma cordinha de varal, e o corpo enterrado no quintal de uma casa de subúrbio carioca, como relata Carlos Herculano Lopes.
O crime ganhou os jornais, alcançou rumos inesperados, envolvendo altas autoridades, peritos, gente de toda espécie. Nas tentativas de apuração sobre possível traição, Miranda também foi vítima de terríveis torturas pela polícia. Um certo Matoso, jornalista ligado ao partido, conta que “a Elza padeceu três dias de surras tremendas. Nua, os tiras torciam-lhe os seios. Não lhe arrancaram nem uma palavra. Grande bravura”.
A verdade verdadeira é que Elza perdeu a vida após tormentos e sevícia. Acusado de ter determinado sua morte, Prestes saiu pela tangente: “eu não mandei matar Elza. O que ocorreu foi que a polícia ligou a morte dela com a carta minha, escrita antes de ser preso, em que eu recomendava a punição para os traidores. Quem mandou matar Elza foi o partido”.

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Mensagem N°83690
De: Ucho Ribeiro Data: Terça 27/11/2018 16:48:55
Cidade: Montes Claros

Cine São Luiz, meu Cinema Paradiso

UCHO Ribeiro

A maior diversão da minha infância era o cinema. Fonte de riso e alegria. Queria ver todos os filmes, porém, a rotina de escola, deveres escolares, catequese-cruzadinha, intermináveis missas e a pouca idade para assistir a certos filmes, impediam-me de realizar o sonho. Tudo precedia ao cinema:

- Você só vai à matinê depois de estudar...
- Se não tirar nota boa, nada de filmes...
- Cinema, só depois de ouvir missa e comungar...

O pior castigo era ser privado do prazer de sonhar e deliciar-me com as histórias cinematográficas. Hoje, com a tecnologia do "streaming" e "download", os meninos veem os filmes que quiserem, a qualquer tempo, sem nenhuma restrição ou censura. Fico a imaginar se, nos velhos tempos, tivéssemos à mão a "Netflix", "Amazon Prime", o "You Tube", as redes sociais, o que seríamos atualmente? Para termos acesso a uma putariazinha mínima, tínhamos que conseguir algum exemplar do catecismo do Carlos Zéfiro, coisa das mais difíceis e sigilosas do mundo. Atualmente, a criançada tem tudo, o possível e o inimaginável, na palma da mão, através de seus celulares e "tablets".

As sessões do São Luiz aconteciam às 16 e às 20 horas. Nos finais de semana, havia as seções extras de 14 e 22 horas e, especialmente, aos domingos, passavam filmes às dez e meia da manhã, para pegar a garotada saindo das missas.

Lembro-me na igreja, o corpo presente, mas a mente mirabolando longe, no tiroteio dos faroestes, no futebol do Canal 100 ou nos outrora filmes bíblicos Ben Hur, Sansão e Dalila... A entrada dos cinemas era inundada de crianças a espera do espetáculo. Umas teatralizavam o que veriam, com todos os gestos, uivos e bang-bangs; outras trocavam figurinhas do último álbum e algumas expunham nas calçadas os seus gibis, já lidos, para serem comercializados. Vendiam apenas o suficiente para obter o dinheiro do ingresso.

Terminada a missa, eu saía da Matriz direto para o São Luiz. Não desviava um passo do trajeto. Tinha uma "permanente", entrada franqueada concedida às famílias sócias dos cinemas. Subia correndo a escada lateral, que levava ao segundo piso, onde ficava a sala dos mistérios - o recinto da projeção era um útero pra mim. Ali, sentia-me protegido, confortavelmente instalado, observando e descobrindo detalhes no que eu mais amava, a mágica cinematográfica.

Ao adentrar a ilha, cumprimentava Osmar, o projecionista do filme, que era o meu Alfredo do Cinema Paradiso. Ele, quase sempre calado, me respondia com leve aceno de cabeça e continuava a revisar os rolos do filme a ser projetado.

Naquela época, um filme de quase duas horas, ocupava entre cinco a seis rolos de fita. A sala de projeção possuía normalmente dois projetores, que se revezavam. Colocavam-se os dois primeiros rolos nas máquinas e, à medida que um terminava, era logo substituído pelo seguinte. Enquanto um rolo era projetado, o outro era carregado pelo operador.

Ficava encantado com Osmar tirando o filme da bobina e colocando-o no projetor. Os furinhos nas laterais da película se encaixavam nas rodas dentadas da máquina, que iam puxando a fita e fazendo cada fotograma do filme parar diante da luz e se tornar imagem. Era tudo ligeiro e misterioso. E o mais incrível foi entender a explicação de Osmar:

- A cada segundo, 24 fotogramas passam pelas lentes e essa é a velocidade que faz com que a imagem pareça estar em movimento. Bingo! Ali estava a mágica.

Para quem assistia ao filme, sentado nas poltronas, era tudo fantasia: luz, som e sonho. Mas eu, na sala de projeção, via a luz passar pelo obturador, a plaquinha de metal que, segundo Osmar, antes de iluminar o filme, girava e bloqueava a luminosidade durante a passagem de um quadro a outro. Assim, durante a fração de segundo em que o fotograma ficava parado, era iluminado por uma forte luz emitida pela queima de um lápis de carvão, que se consumia incandescentemente. A fita entrava na máquina de cabeça para baixo e, ao ser iluminada, passava por uma lente, onde a imagem era invertida e então projetada na tela.

Descobri também que, durante a projeção, um aparelho lia o som a partir de uma faixa magnética afixada na lateral da película, semelhante a uma fita cassete. Esse equipamento convertia as informações em um sinal elétrico enviado a um amplificador que, por sua vez, mandava-o para os alto-falantes do cinema. Para entrar em sincronia com a imagem, o som ficava entre 19 a 20 frames adiantado. Daí que aprendi a diferença entre a velocidade da luz e a do som.

Ao final de cada rolo, o filme era colocado em outra bobina, disposta em uma bancada, e então eu ajudava o Osmar a rebobiná-lo, girando a manivela para voltá-lo ao começo. Nessa bancada, utilizada também para cortes e remendos das fitas, era onde eu tinha acesso aos meus maiores tesouros: os pequenos pedaços das películas. Eram tiras com vários fotogramas que o Osmar me dava ou eu sorrateiramente surrupiava. De posse dessas preciosidades e dos tocos dos bastões de carvão queimados, me sentia o tal.

Recordo muito das quebras das fitas, do barulho das máquinas, flaup-flaup-flaup, do clarão da projeção na tela, das vaias dos espectadores, dos gritos “Ô Jacó!”, pois nesses momentos dos remendos dos filmes era que sempre sobravam umas tirinhas de película para eu guardar e deliciar-me mais tarde.

Meu sonho era aprender a colocar a fita no projetor, mas isso o Osmar não deixava, e permitia apenas que, após deixar o cinema à meia-luz e recolher as cortinas, eu rodasse, no simplório projetor lateral, o disco com slides de propaganda das lojas comerciais, ao som do prefixo musical “Love Letters”, by Victor Young(*). Com o tempo, essa tarefa tornou-se sem graça, mas, mesmo assim, sentia-me um assistente da arte cinematográfica.

Hoje, mais velho, revejo sempre o filme “Cinema Paradiso”. É uma carta de amor ao cinema e assisti-lo é sempre uma alegria. Muitos amantes da sétima arte classificam esse filme como o seu favorito, pelo enorme charme da história, pela visão nostálgica dos vários filmes mostrados na película e pelo efeito que eles têm na vida de um garoto (Toto), que certamente é o roteirista/diretor Giuseppe Tornatore. O menino cresce dentro da cabine do projecionista Alfredo e ao redor do cinema da cidadezinha italiana.

Entretanto, o mais encantador do filme está nas reminiscências de Toto, que registra a vulnerabilidade de nossos sonhos e memórias. Ele lembra que o padre da cidade, o proprietário do cinema, por questões morais e religiosas, censurava todos os filmes a serem exibidos, exigindo que todas as cenas de beijo fossem cortadas pelo operador Alfredo, tidas como obscenas pelo sacerdote.

Trinta anos depois, Toto, já homem feito, cineasta famoso, vai até a sua cidadezinha, ao velório de seu amigo Alfredo, que lhe deixou um pequeno presente em uma lata de filme. A história se encerra com a projeção da singela montagem de todos aqueles beijos proibidos recortados das películas. Uma cena repleta de momentos de paixão e sensualidade. Para mim, o mais belo e emocionante final de filme.

The End.

(*) Obs: Prefixo musical do Cine São Luiz (Década de 60): “Love Letters”, by Victor Young (https://www.youtube.com/watch?v=7JlKWWJdY7U).

Prefixo musical do Cine São Luiz (Década de 50): “Jurame”, de María Grever (https://www.youtube.com/watch?v=dZb8W-ln-jU).

Prefixo musical do Cine Fátima: “Doucement”, by Jean Paques (https://www.youtube.com/watch?v=4kR8TjHx8I8)

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Mensagem N°83689
De: Manoel Hygino Data: Terça 27/11/2018 08:24:18
Cidade: Belo Horizonte

A democracia não chega

Manoel Hygino

O mundo, dito civilizado, acompanha pelas imagens de televisão, pelos repórteres de rádio ou pelas páginas de jornais, a marcha interrupta de uma caravana que saiu há um mês de Honduras com destino aos Estados Unidos. Há cerca de uma semana, acelerou seus passos pelo estado de Sinaloa, já no México e a caminho de Navajoa, fronteira com os Estados Unidos. Simultaneamente, pequenos grupos alcançaram Tijuana, na Baixa Califórnia, os primeiros dos quais com transexuais e homossexuais.
A esperança de todos é que Tio Sam lhes conceda status de refugiados, por força da extrema violência e da pobreza que sofrem em seus países. Para consegui-lo, confiam em permissão oficial da Casa Branca, mas Trump não é lá dessas bondades, principalmente diante do maior incêndio da história americana, que destrói, há semanas, amplas regiões na Califórnia.
A resposta, contudo, de Washington é outra. Tropas militares da Operação Linha Segura, na fronteira da Califórnia em chamas com o México, permanecerão na região até 15 de dezembro, e seu objetivo é muito claro: impedir a entrada dos imigrantes procedentes da Guatemala, Nicarágua e Honduras.
A caravana, aliás, não é única, nem se importa que os cães ladrem. Os 7 mil retirantes não se intimidam com as forças militares estacionadas na fronteira entre San Diego, na Califórnia, e Tijuana, no México, não se admitindo uma solução não pacífica para o impasse, a despeito da repercussão internacional negativa.
A região vive em situação candente há muito tempo e não faltam notícias más sobre a América de língua espanhola. As sucessivas tentativas de democracia falharam, porque os homens que detêm o poder em suas pátrias insistem em conduzir o governo à sua vontade e pela força. Em meados deste ano, mais de 4 mil cidadãos pediram à polícia na Nicarágua que parasse o banho de sangue, produzido pela repressão. Não somente lá. Parece que a América Latina vive em um paiol de munição. No caso da Nicarágua, o clero católico entrou em cena insistindo na assinatura de um plano de democratização e a retomada do diálogo com a oposição. Não é a primeira vez, e não se pode esquecer que um dos canonizados, em 2018, por Francisco, o papa, era um alto dignatário de Honduras – Dom Romero. Ele foi assassinado a tiros durante cerimônia religiosa.
De uma determinada linha do continente para cima, progresso e riqueza. Abaixo, a pobreza e a dor. Há necessidade de compreensão, como enfatiza Mário Vargas Llosa, que sabe dos fatos, suas origens e efeitos. Para ele, em primeiro lugar há de ter-se consciência de que as demarcações territoriais que dividem nossos países são artificiais, dispositivos políticos impostos de maneira arbitrária na época colonial e que os líderes da emancipação e seus sucessores, em vez de apararem, legitimaram e, às vezes, agravaram. “Essa balcanização forçada da América Latina, diferentemente do que aconteceu na América do Norte, onde as 13 colônias se uniram e isso acelerou o deslanche dos Estados Unidos – foi um dos fatores mais evidentes do nosso subdesenvolvimento, pois acelerou os nacionalismos, as guerras e os conflitos”.
As consequências aí estão. Até quando, não se sabe.

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