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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°84220
De: Manoel Hygino Data: Sexta 20/9/2019 06:41:20
Cidade: BH

Vigiando a lua

Manoel Hygino

Toda Minas com olhos nos céus à procura de sinais de chuva e atenta às previsões da meteorologia. Jornalista de minha terra, usando expressões da região, observa: a meteorologia espicha o olho e vê chuva em redor do dia 29 de setembro. É dia de São Miguel, que pela tradição abre o período das águas.

As temperaturas continuarão altas, enquanto se prevê que devam alcançar 36 graus. A verdade é que elas vêm superando estes limites máximos em grande parte da terra mineira. Para domingo, 29, se atribui a possibilidade de início da temporada das chuvas, ou em derredor da data, quando começa a semeadura.

Este ano tem sido atípico em termos de calor, embora os especialistas e técnicos digam que se trata de algo normal no final de inverno, aproximação de primavera. Mas, a sexta-feira, 13 de setembro, teve lua cheia pela primeira vez em duas décadas. A última vez fora na sexta-feira, 13 de outubro de 2000, segundo meu conceituado informante.

Este ano pode trazer surpresas: o 13 de dezembro poderá cair também numa sexta-feira, coincidente com uma noite de lua cheia. Há décadas, estudiosos investigam a influência do satélite em nossas vidas, até no corte de cabelo, no sono, mesmo no ciclo de fertilidade das mulheres.

A velha Folhinha Mariana, editada na primeira capital das Minas, era – ou é – minuciosa em orientações para os cultivadores da terra. Deve ainda ser consultada.

Especialistas dizem que o calendário biodinâmico, que inicialmente era usado para aconselhar os agricultores nas plantações, seria capaz de concluir qual dia é ideal para a colheita das uvas. Na astrologia, há quem afirme que, quando a Lua passa pelos signos de sagitário, leão e áries, a produção pode tornar o vinho mais saboroso.

Jornal de Belo Horizonte dá em manchete que a despedida do inverno em Minas será com temperatura de 42 graus. A expectativa da primavera é de que entre em cena na próxima semana com granizo. É esperar.

Nuvem de fumaça cobriu o céu da capital e região metropolitana no meio da semana. A umidade relativa do ar atingiu 10%, 12%, propiciando clima de deserto. E não temos praia.

O governo federal proibiu por 60 dias permissão de queimadas em todo território brasileiro. Fiscalizar a obediência à ordem constitui problema. E as televisões mostram sucessão de incêndios em florestas.

A suspensão não será aplicada em casos de controle fitossanitário autorizado por órgão ambiental, em práticas de prevenção e combate a incêndios e na agricultura de subsistência de indígenas. Na semana anterior, Bolsonaro editou decreto autorizando o uso das Forças Armadas no combate ao fogo.

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Mensagem N°84219
De: Estado de Minas Data: Quinta 19/9/2019 08:07:40
Cidade: BH

Mineira assassinada na Bahia pode ter sido vítima de feminicídio - Polícia confirmou nesta quarta-feira que a vítima foi morta com requintes de crueldade. Suspeitos do crime ainda não foram localizados - Luiz Ribeiro - A jovem Larissa Silva França, de 29 anos, foi morta com crueldade, com indícios de que foi vítima de feminicídio. É que apontam as investigações sobre o crime, como apurou o Estado de Minas. Natural de Montes Claros, do Norte de Minas, Larissa foi assassinada na região de Vitória da Conquista, no interior da Bahia. O corpo foi sepultado no final da manhã de terça-feira, no Cemitério Parque dos Montes.
Larissa França tornou-se conhecida em Montes Claros por gravar vídeos exibidos em alguns sites na internet. Ela também já fez apresentações em uma casa noturna da cidade. Há algum tempo, estava morando em um hotel em Vitória da Conquista. Como revelou o Estado de Minas, na tarde da última sexta, a delegacia de Polícia Civil de Planalto, no Sudoeste da Bahia, confirmou que o corpo de uma mulher encontrado na zona rural do município era o da jovem mineira. O assassinato foi cercado de mistério, sem pistas sobre o autor e o motivo do crime.
Em 2 de setembro, Larissa estava sendo aguardada pela família em Montes Claros, mas não apareceu. Desde aquela data, não postou nada nas redes sociais. Na semana passada, os parentes da jovem decidiram se deslocar até Vitória da Conquista à procura da moça, que foi dada como desaparecida.
No dia 5, foi encontrado um corpo de uma mulher à beira da uma estrada vicinal, perto da comunidade de Lucaia, no município de Planalto, que fica a 70 quilômetros de Vitória da Conquista. No entanto, não foi feita a identificação imediata, pois o corpo estava em estado avançado de decomposição, apresentando marcas de várias facadas. Foram necessários exames periciais pelo Instituto Medico Legal (IML).
Na sexta-feira passada, a família confirmou junto ao IML que o corpo era o da jovem mineira, sendo iniciada a apuração sobre o crime As investigações são conduzidas em sigilo. O inquérito é presidido pelo delegado Sérgio Fabiano de Carvalho, da comarca de Planalto (distante 485 quilômetros de Salvador), que já ouviu várias pessoas.
Apesar do sigilo nas investigações o Estado de Minas apurou que o laudo pericial, emitido pela Policia Técnica da Bahia, revela que o corpo foi encontrado com as pernas separadas e sem um antebraço. De acordo uma fonte, é investigada a suspeita de que Larissa foi vítima de feminicídio. O motivo do assassinato seria a recusa da vítima em continuar um relacionamento.
Larissa teria sido vista pela última vez ao deixar o hotel em Vitória da Conquista para um encontro. Também é investigada a possibilidade de ela ter sido assassinada em Vitoria da Conquista- em seguida, o corpo teria sido levado para a zona rural de Planalto. Uma irmã de Larissa França informou que a jovem não tinha inimigos. Ela informou que a família está acompanhando a apuração do crime.

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Mensagem N°84218
De: José Ponciano Neto Data: Quinta 19/9/2019 07:24:26
Cidade: Montes Claros- MG

Parques em chamas. Por todos os lados de Montes Claros muito fogo e muita fumaça que vão prejudicando a saúde das pessoas e a biodiversidade.
Esta madrugada foi ardente para a Serra do Melo (Serra dos Montes Claros) e para a inspiração do nosso sistema respiratório, foi difícil conseguir uma soneca.
O que está faltando?

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Mensagem N°84217
De: Governo de Minas Data: Quarta 18/9/2019 10:56:35
Cidade: Belo Horizonte/MG

Agentes penitenciários encontram celular dentro de pombo em Montes Claros - Em uma ação preventiva e proativa da equipe plantonista de agentes penitenciários do Presídio Alvorada, localizado em Montes Claros, um aparelho de telefone celular e seis chips foram impedidos de entrar na unidade na madrugada desta quarta-feira (18/9).
Os materiais estavam escondidos dentro de uma ave. A desconfiança dos profissionais se deu por volta de 0h50, quando os agentes que estavam na muralha desconfiaram de um pombo que estava na tela que cobre o pátio de banho de sol. Como a ave não tem hábito noturno, os agentes desceram para remover o pombo.
Os plantonistas encontraram a ave morta e com uma perfuração. O peso do animal também chamou a atenção da equipe D, que trabalhou na ocorrência. Ao abrirem o animal, acharam os ilícitos.
Segundo o diretor-geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rodrigo Machado, os criminosos estão cada vez mais audaciosos. "Os nossos agentes estão mais atentos com cada detalhe nas unidades prisionais. Neste caso, o olhar cuidadoso da equipe para perceber que o pombo não é uma ave de hábito noturno e notar a presença do animal de madrugada na tela, foi o que permitiu a apreensão dos ilícitos. Trabalhamos diariamente para coibir a entrada desses objetos nas nossas unidades. Temos equipes preparadas para atuar e impedir cada vez mais a presença de ilícitos no interior das celas".
A unidade segue a sua rotina sem alterações. Até o momento não foram identificados os autores do arremesso da ave da área externa para o pátio do Presídio Alvorada.

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Mensagem N°84216
De: Manoel Hygino Data: Quarta 18/9/2019 10:17:30
Cidade: Belo Horizonte

A casa de Stroessner

Manoel Hygino

Jornais da semana passada davam conta de uma descoberta, considerada macabra: era de três crânios e outros restos humanos, enterrados em um banheiro da mansão de propriedade do general Alfredo Stroessner, que governou ditatorialmente o Paraguai por muitos anos, inclusive correspondentes a Getúlio Vargas no Brasil.

Stroessner governou o país com mãos de ferro e, até hoje, investigam-se mortos, cujos corpos não foram identificados, desaparecidos na mais longa ditadura da América do Sul.

Apelidada de “A Casa de Stroessner” ou “A Mansão do Horror”, foi construída na década de 1970 e fica em Ciudad del Este, na conhecida tríplice fronteira com o Brasil e a Argentina, passagem obrigatória dos brasileiros que atravessam a famosa Ponte da Amizade para fazerem compras e trazerem muambas para o lado de cá.

Acontece que o imóvel esteve abandonado por muitos anos, desde a queda do presidente, e, lá como aqui, sofreu invasão de cerca de 180 famílias “sem teto”.

Eles (os invasores) encontraram, há duas semanas um úmero e vários crânios, três fêmures e restos soltos. Tudo foi guardado, rotulado com a placa de “protegido”. O material vai para Assunção, disse Rogelio Goiburú, da Unidade Especializada de Direitos Humanitários.

De quem eram estas partes de corpos? Tem-se como muito provável tratar-se de gente de certo prestígio, senão lá não se achariam. Se prisioneiros comuns, contrabandistas talvez, deveriam estar em locais menos guardados.

O repórter Edmar Morel, que trabalhou, no Rio de Janeiro, para os principais jornais do Brasil à época dos dois presidentes, visitou mais de uma vez aquela região, chamando a atenção para o fato de ser Stroessner de origem germânica: “o Paraguai que encontrei tinha censura prévia, cárceres cheios e serviam de abrigo a refugiados nazistas”.

Morel, contudo, admoesta que no Paraguai havia campos de concentração no Chaco, onde se prendiam os inimigos do regime, desde o governo de Higino Morinigo, um ano depois, do final da guerra, em 1946. Por sinal, o presidente esteve em Belo Horizonte, então, e a cidade foi preparada com cartazes para saudá-lo.

O jornalista comentou sobre Morinigo, “tipo perfeito do ditador sul-americano, saiu da caserna, chegara ao poder com um golpe, tal qual diversos tiranos que infelicitaram os povos do hemisfério, sufocando as liberdades políticas de seus povos. Morinigo, porém, tinha um toque especial pessoal: bonachão, barrigudo, contador de anedotas, não era arrogante”.

A visita do repórter brasileiro ao campo de concentração só se deu no dia seguinte, quando já esvaziado de tudo que lá se encontrava, até o arame farpado que o cercava. Agora, resta aguardar as diligências do atual governo guarani em busca da identificação dos ossos encontrados na “sagrada mansão” perto à fronteira.

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Mensagem N°84215
De: Afonso Cláudio Data: Terça 17/9/2019 16:00:45
Cidade: Montes Claros/MG

Interrupções do fornecimento de energia elétrica, relevantes, em 1 ano e 5 dias, na minha residência, no bairro Cândida Câmara, atendida pela rede de distribuição da CEMIG, em 220/127 V:

I) Em 11/9/2018, com início próximo das 10 hs (quando percebi) e fim às 16h50m. Duração aproximada de 6h50m, programada.
II) Em 8/5/2019, incêndio em transformador da Subestação Montes Claros 1, de 6:45 às 7:40 hs, com aproximadamente 70.000 consumidores interrompidos, nas cidades de Montes Claros, Grão Mogol, Botumirim, Lagoa dos Patos e Francisco Sá.
Tomei conhecimento em Belo Horizonte e por isto não acompanhei em minha casa, em Montes Claros. Um repórter de TV informou na época que pode ser sido pássaro que provocou o dano ao transformador. Acidental.
III) Em 16/9/2019, programada, com início também próximo das 10 hs (quando percebi) e fim às 18h12m, portanto, duração de, pelo menos, 8h12m.
Soma das durações dessas 3 interrupções: 15h59m
Comparação com os índices de interrupções, relativos ao ano de 2018, atualmente disponíveis, citados na mensagem 83866, de 12/03/2019:
DEC CEMIG 2018: 10,06 horas/ano/consumidor;
DEC SE M. CLAROS 1 2018: 7,92 hs/ano/cons;
DEC 1º lugar Região Sudeste do Brasil 2018: CPFL Piratininga, 5,92 hs/ano/cons;
Percebe-se que, das 3 interrupções, a do item I, que teve duração de 6h50m e a do item 2, de 55m, foram inferiores ao DEC da Subestação (7,92) e da CEMIG (10,06). Já a interrupção de ontem superou aos 7,92, atingindo pelo menos 8h12m. Mas a pior situação é a soma das 3: 15h59m em quase exatamente 1 ano.

Estas interrupções atingiram também os demais consumidores atendidos pelo mesmo circuito alimentador que supre a minha residência, o que significa que milhares de pessoas ficam sem energia elétrica simultaneamente e sujeitas aos mesmos transtornos que passei (sem poder ligar nenhum eletrodoméstico, sistema de alarme e cercas elétricas dependentes de baterias, possibilidade de deterioração de alimentos em geladeira, pouca carga da bateria do celular, sem Internet, por exemplo), mas o mais preocupante são crianças, idosos e enfermos ficarem privados da energia elétrica por tantas horas. E é muito preocupante também que procedimentos semelhantes ocorrem em outros alimentadores nesta e muitas outras cidades de Minas Gerais, o que contribui intensamente para prejudicar a qualidade do serviço prestado, podendo ser constatado facilmente pelos relatórios publicados pela ANEEL, tais como os que citei nas minhas análises das mensagens 83866, de 12/03/2019, e 83882, de 23/03/2019, publicadas neste Mural.

Afonso Cláudio de Souza Guimarães - Engenheiro Eletricista


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Mensagem N°84214
De: Manoel Hygino Data: Terça 17/9/2019 08:22:50
Cidade: Belo Horizonte

Harari vê Frankstein

Manoel Hygino

Yuval Noah Harari era apenas um desconhecido há poucos anos. O escritor, todavia, conseguiu revelar-se, a partir de “Sapiens, uma breve história da humanidade”, um livrão com mais de 500 páginas, distribuído pelas livrarias de todo o mundo.

O estudo lançado em 1911, em Israel, nação de origem do autor, já percorreu o planeta em várias línguas e, presentemente, quem disser que o leu, julga-se atualizado com o que de mais moderno apareceu no mundo do conhecimento.

Harari, doutor em história pela Universidade de Oxford, especializado em história mundial e professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, não se cinge a responder sobre as inquinições do ser humano e da humanidade. Seu leitor deve preparar-se para uma visão ampla e profunda da história e sua evolução. Ele faz uma exposição sobre a Revolução Cognitiva, que se iniciou há 70 mil anos; depois, a Revolução Agrícola, de 12 mil anos, e a Científica, que faz 500 anos.

A obra, deste modo, é preciosa sob todos os aspectos e impõe uma leitura cuidadosa. Não é sempre que se encontra um trabalho tão valioso, capaz de exercer natural atração sobre o público de modo geral.

O autor, por exemplo, evoca a escritora Mary Shelley que, em 1818, lançou “Frankstein”, ficção sobre um cientista que tentou criar um ser superior e, em vez disso, produziu um monstro. Nos dois últimos séculos, o caso foi recontado inúmeras vezes, com variações evidentemente, transformando-se, porém, no tema central de uma nova mitologia científica. Conclusão de Harari: a história de Frankstein parece alertar-nos de que, se continuarmos brincando de Deus e fabricando vidas, seremos punidos severamente.

É imensa a gama do que há a ser discutido na obra de Harari, e o mundo hoje a está analisando. O escritor mineiro César Vanucci, por exemplo, em seu blog se manifestou há dias sobre os Estados Unidos e os norte-americanos. Vanucci não vê a grande nação do Norte como seus aliados e apoiadores.

Diz Harari: “a ordem imaginada constituída pelos norte-americanos em 1776, com a “Declaração da Independência”, para dar sustentação às redes de cooperação em massa organizadas pelos seres humanos com vistas ao relacionamento em comunidade, caracterizou-se pela incoerência e hipocrisia. Embora pregando, teoricamente, a igualdade de todos os homens, a referida ordem estabeleceu como regra, na prática, uma divisão social contundente. Consagrou – sublinha ele – “a hierarquia entre ricos e pobres”.

Palavras também de Harari: “a maioria (...) quase não tinha problemas com a desigualdade causada por mais ricos que passavam seu dinheiro e negócios para os filhos. Na visão deles, igualdade significava apenas que as mesmas leis se aplicassem a ricos e pobres. Não tinha nada a ver com seguro-desemprego, educação integrada ou seguro-saúde. A liberdade também tinha conotações muito diferentes das que tem hoje. Em 1776, não significava que os desprivilegiados (negros, índios e muito menos, mulheres) podiam conquistar e exercer o poder”.

Pelo que aí ficou dito, há realmente muito a se buscar em Sapiens, nem que seja para contrapor-se. Vale a pena, portanto.

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Mensagem N°84213
De: O Tempo Data: Segunda 16/9/2019 15:42:27
Cidade: Belo Horizonte/MG

Mineira encontrada morta na Bahia será velada hoje em Montes Claros - Larissa França, de 29 anos, foi assassinada a facadas e Polícia Civil ainda investiga motivação e autoria do crime - Natália Oliveira - 16/09/19 - 15h23 - Será velado na noite desta segunda-feira (16) o corpo da mineira Larissa França de 29 anos, que foi encontrada morta no último dia 5 na Bahia. Natural de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, Larissa estava morando em Vitória da Conquista, no interior da Bahia, o corpo dela foi encontrado na cidade de Planalto, vizinha de onde a mulher morava.
Larissa era bastante conhecida em Montes Claros por causa de vídeos que postava na internet. Desde o último dia 2 de setembro a família procurava por ela. A vítima postava frequentemente nas redes sociais e o fato dela ter parado de postar chamou a atenção da família e amigos. Ela também iria para Montes Claros e não apareceu.
Familiares tentaram entrar em contato com Larissa, mas as ligações não foram atendidas. A morte dela ainda está em investigação, mas a suspeita é que Larissa tenha sido esfaqueada.
De acordo com a Polícia Civil, o corpo foi encontrado em uma estrada vicinal no povoado de Lucaia em avançado estado de decomposição. A suspeita é que ela tenha sido morta em Vitória da Conquista e o corpo jogado em Planalto.
Foram necessários exames de DNA para a identificação do corpo, que ocorreu na última sexta-feira (13). A Polícia Civil afirmou que as investigações já estão avançadas, mas nada será divulgado para não atrapalhar as investigações.
O velório nesta vai começar às 20h30 na Funerária Bom Pastor, na rua Bario, no bairro Edgar Pereira, em Montes Claros. O enterro será nesta terça-feira (17), mas o local e horário ainda não foi divulgado pela família.

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Mensagem N°84212
De: José Ponciano Neto Data: Segunda 16/9/2019 11:17:46
Cidade: Montes Claros-MG

Murilo Cardoso, bom dia. Agradeço seus elogios. Na mensagem os nomes de Dener e Didi “canivete” são citados já no finalzinho do parágrafo. Realmente esqueci-me do Wilson "galo cego" e também do Ruy Miranda irmão do Dener e Didi. - Ruy é casado com minha tia Lúcia e jogou na várzea – no Juventus (do Juvêncio) e Sumaré. Sempre é assim, alguém pode ficar de fora, mas aqui todos têm seus próprios méritos. Muito Obrigado!

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Mensagem N°84211
De: Murilo Cardoso Data: Segunda 16/9/2019 09:13:23
Cidade: Montes Claros-MG

Excelente a mensagem do amigo Ponciano sobre ex jogadores do entorno do antigo Campo do União. Porém como em toda lista, por esquecimento, ficam alguns de fora, ouso lembrar dos ex jogadores Dener (Ferrovário, Ateneu e Cassimiro), seu irmão Didi Canivete (Ateneu), Wilson Galo Cego (Goleiro do Ipê), e outros que falha a memória.

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Mensagem N°84210
De: Corpo de Bombeiros Data: Domingo 15/9/2019 07:38:22
Cidade: Montes Claros

Acidente entre carreta e automóvel na BR-251 deixa um morto e dois feridos na Serra de Francisco Sá - Na noite de sábado por volta das 21h30min, duas equipes de salvamento do Sétimo Batalhão de Bombeiros Militar em Montes Claros, deslocaram até a BR 251, Km 472 na Serra de Francisco Sá, para atender uma ocorrência envolvendo uma carreta e um automóvel com três vitimas. No local tratava-se do tombamento de uma carreta tipo baú que seguia sentido Salinas/Montes Claros carregada com caixas de amido de milho que veio a tombar em uma curva sobre um veículo Tucson Hyundai que seguia sentido Montes Claros/Salinas ficando a carga por cima do automóvel com três ocupantes, sendo que uma encotrava-se em óbito no banco traseiro e os outras duas(condutor e passageiro) presas as ferragens com diversos ferimentos porém conscientes e orientadas já sendo amparadas por duas equipes do SAMU que já encontram-se no local juntamente com a Polícia Rodoviária Federal que sinalizava o trânsito devido a interdição de meia pista. Diante do fato, com o uso de ferramentas e equipamentos de Salvamento Veicular, os militares efetuaram o corte e rebatimento do teto do automóvel liberando as ferragens das vítimas sendo as duas que encontravam-se com vida foram passadas para o SAMU e a vítima em óbito passada para os agentes funerários após o trabalho da perícia da Polícia Civil ficando o local aos cuidados da PRF.
Veiculos envolvidos :
-Cavalo mecânico da Iveco de cor branca e placa MHC-1607, Guaramirim- SC acoplado a carreta tipo baú de placa MFR-3537;
- Automóvel Hyundai Tucson de cor prata e placa FMH-1068, Ribeirão Preto-SP.
Vitimas:
-Sr. S.C.F de 59 anos(fatal);
- Sr. J.A.S de 63 anos(ferido e socorrido pelo SAMU);
- Sr. C.M.C de 55 anos(ferido e socorrido pelo SAMU).
O motorista da carreta nada sofreu e relatou que perdeu o freio após rompimento de uma mangueira de ar.

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Mensagem N°84209
De: José Ponciano Neto Data: Sábado 14/9/2019 15:58:57
Cidade: Montes Claros- MG  País: Brasil

A energia do antigo campo da União na formação de bons jogadores de futebol


Já conversamos sobre os melhores e bons jogadores de futebol que já pisaram em um campo. Também mencionamos os melhores jogadores da história do futebol montesclarense. Agora é hora de fazer uma lista de jogadores de qualidades diversas.

Desta vez os nascidos e que moraram próximo ao campo da União Operária. Uma região que foi o berço do futebol que deu grandes estrelas. Certamente alguns deles já passaram pela sua cabeça, certo?

A União Operária era o nome de um time de futebol que tinha seu próprio campo onde hoje fica o antigo Asilo São Vicente de Paula - Confluências das Ruas Olegário Silveira – Odilon Macaúbas e Dr. Veloso – João Pinheiro e Correia Machado.

Um campo que acabou quando este escriba ainda tinha 04 anos de idade, por tanto, por mais que tento não me lembro de algum jogo naquele estádio. Mais imagino quantos jogadores foram influenciados pelas as energias futebolísticas do campo da União Operária. - A equipe Vera Cruz, que, mais tarde passou chamar Cassimiro de Abreu também nasceu no estádio citado.

Dentro de um raio de 350 metros da circunferência em volta do campo da União, podemos elencar vários (muitos) nomes de jogadores que atuaram em Montes Claros, época que o futebol não era tão insaturável como hoje.

Como sempre dizemos que fazemos listas, você pode perder algum nome. Embora você possa ter certeza de que todos os que aparecem aqui têm seus próprios méritos.

Vamos lá: Paulo Ponciano (União, Vera Cruz e Cassimiro) – Pedrão (goleiro União, Vera Cruz) Felipe Gabrich (goleiro Cassimiro e ateneu) – José Bispo ( Portuguesa Paulista) - João Bispo “Bonga” (goleiro Cassimiro) – Ubaldino (Ateneu) Nêgo Ró (Ateneu) – Murilo Basto (Ateneu) – Cáca Teixeira (Ateneu) – Bolão ( Cassimiro e Matsufu) – Milton Henrique (Ateneu - Cassimiro e times da Bahia) – Marcelino e Bené Nascimento (Atlético, Cassimiro e Ateneu) – Nicomédes Teixeira (Cassimiro) – Roberto Amaral (vários times ) – Dito Oliveira (Cassimiro) - Jomar Macedo e João Batista ( Cassimiro, Atlético e Ateneu) - Alvimar Ponciano (Industrial) - Alberto do Banco da Bahia (Cassimiro) – Expedito Marques ( goleiro Ateneu e Juventude) - Alberto Sena (Cassimiro) - Robério Antunes (vários times) - Rafael de Dona Nisa (Cassimiro e Ateneu) - Nuna (Cruzeiro e Ateneu) - Nena (Atlético e Ateneu) – Lelê (cassimiro) – Teófilo loro (Cruzeiro e Ateneu) - Toninho Baleiro (Cassimiro) – Teago Aquino (Cassimiro) - Didi Canivete e Dener Miranda (Ateneu) - Antônio Câmara (Ateneu) e por último: este escriba; simples atleta do Ferroviário Esporte Clube (O glorioso “Ferró”) e juventude Sport Club.

Todos estes jogadores eram vizinhos do lendário e primeiro campo do futebol amador (oficial) de Montes Claros – O Campo da União Operária, palco onde as equipes da União, Vera Cruz (Cassimiro), Bancária, Ateneu e Ferroviário colocaram suas primeiras estrelas do futebol em campo.

Uma jurisdição de boas energias positivas voltadas para o esportes.

Em tempo: Depois de desativado o local serviu de campo de “peladas” por muitos anos.

(*) José Ponciano Neto é Membro da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

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Mensagem N°84208
De: Manoel Hygino Data: Sábado 14/9/2019 07:52:38
Cidade: Belo Horizonte

Um novo vírus

Manoel Hygino

Velhos problemas, velhas doenças. E o sistema de saúde do país: deficiente, incapaz de atender a ponderável contingente da população. Agora, como antes, a insuficiência de recursos para suportar a demanda crescente. Não se vislumbra perspectiva de soluções a curto prazo e o cidadão insiste em não obedecer orientações médicas.

Em Bocaiúva e São Francisco, duas crianças foram picadas por escorpiões. A da terra de José Maria Alkimim e Henfil, de 3 anos, faleceu. A segunda estava em um Centro de Terapia Intensiva (CTI).

E há a dengue. O Ministério da Saúde, no dia 11, informou que o Brasil registrou 1.439.471 casos até 24 de agosto de 2019 (aniversário do suicídio de Vargas), o que representa aumento de 7 vezes em relação ao verificado no mesmo período do ano passado. Em índices percentuais, a variação foi de 599,5%. O Brasil não pode parar.

Quando o oitavo mês terminou, noticiava-se que, nos últimos 90 dias, o Brasil teve 2.931 casos de sarampo confirmados. Em Minas, milhões de pessoas não tinham tomado as duas doses de vacina, estando vulneráveis, segundo a Secretaria de Saúde. Como São Paulo não pode ficar superado, a primeira morte por sarampo foi confirmada, em 1.637 notificações.

A tuberculose ainda perambula e a sífilis causa apreensão em quem tem o mínimo de responsabilidade. Sem esquecer o Mal de Hansen, de que poucos conhecem sequer o nome, embora amofine os especialistas de todo o planeta. Não é privilégio cá dos trópicos.

Nem se omitirá a caxumba que voltou a assustar em várias regiões do Brasil, embora baixos os níveis de vacinação. Não é novidade, porque conhecemos a terra que habitamos e com quem vivemos. No Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Bahia, Piauí e São Paulo, o percentual de crianças vacinadas não alcança 75%, quando o exigido é 85%.

Grande preocupação na recepção de hospitais e postos de atendimento é saber se caxumba se escreve com X ou CH. Não se preocupa em saber que a enfermidade pode causar inflamações no pâncreas e nas meninges, que envolvem o cérebro. Se tratar de mulher, a infecção atinge os ovários e, nos homens, os testículos.

Sem embargo, o rol das doenças que nos amofinam o cotidiano não espira aí. Surgiu um novo vírus: o patinete. A cada dois dias, uma pessoa é dele vítima em Belo Horizonte. Um engenheiro de telecomunicações, de 43 anos, morreu em pleno centro urbano. E era um sábado.

O repórter Raul Mariano, do Hoje Em Dia, informa que nenhuma das exigências colocadas pela BHTrans às empresas que oferecem aluguel de patinetes elétricas na capital tem data para entrar em vigor. A informação foi dada pelo prefeito Alexandre Kalil, que descartou a proibição dos equipamentos na metrópole até a regulamentação.

Após a fatalidade referida, a autarquia se reuniu com os responsáveis pelo serviço compartilhado e determinou a contratação de um seguro de responsabilidade civil para os usuários e a redução dos limites de velocidade do aparelho para quem estiver fazendo as primeiras viagens.

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Mensagem N°84207
De: Estado de Minas Data: Sábado 14/9/2019 07:13:38
Cidade: BH

Assassinato de mineira no interior da Bahia ainda é mistério - A suspeita é que a jovem tenha sido morta a facadas. Corpo foi identificado nesta sexta-feira - Luiz Ribeiro - A delegacia de Polícia Civil de Planalto, a 470 quilômetros de Salvador, no interior da Bahia, confirmou, na tarde desta sexta-feira, que o corpo de uma mulher encontrado na zona rural do município é da jovem Larissa Silva França, de 29 anos, natural de Montes Claros, no Norte de Minas. A polícia baiana informou que a causa da morte ainda está sendo investigada, mas a suspeita é que a jovem tenha sido assassinada a facadas. Larissa tornou-se conhecida em Montes Claros por gravar vídeos, exibidos em alguns sites na internet. Há algum tempo, estava morando em Vitória da Conquista.
De acordo com informações da polícia baiana, em 2 de setembro, estava sendo aguardada pela família em Montes Claros, mas não apareceu também. Desde a data, não postou nada nas redes sociais. Na semana passada, os parentes de Larissa decidiram deslocar até Vitória da Conquista (a 470 quilômetros de Montes Claros) à procura da moça.
No último dia 5, foi encontrado um corpo de uma mulher à beira da uma estrada vicinal, perto da comunidade de Lucaia, no município de Planalto, que fica a 70 quilômetros de Vitoria da Conquista. No entanto, não foi feita a identificação imediata, pois o corpo estava em estado avançado de decomposição. Foram necessários exames periciais pelo Instituto Medico Legal (IML).
Nesta sexta-feira, a família da jovem confirmou junto ao IML que o corpo é de Larissa França. Uma irmã dela publicou uma mensagem em uma rede social confirmando a morte da jovem, à qual prestou homenagem. Ainda será providenciado o traslado para o sepultamento em Montes Claros.C
A morte de Larissa ainda é um mistério. O corpo apresentava sinais de facadas. Responsável pela apuração, a delegacia civil de Planalto alegou ainda que não pode adiantar nada sobre o caso. Mas, de acordo com fonte da polícia baiana, as investigações estão bastante adiantadas. A suspeita é que a jovem tinha sido morta em Vitória da Conquista e, em seguida, o corpo foi transportado e jogado a beira da estrada vicinal, na comunidade de Lucaia.

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Mensagem N°84206
De: Afonso Cláudio Data: Sexta 13/9/2019 21:53:49
Cidade: Montes Claros/MG

O incêndio no Hospital Badim, Rio;

21h7m, 13/9/19 - vi em 2 jornais de TVs, há pouco, a confirmação, através de gravação de câmeras de vídeo, que o incêndio de ontem à tarde no Hospital Badim, próximo ao Maracanã, no Rio, que resultou em 10 mortos e feridos, começou realmente no gerador instalado no sub-solo, como se suspeitava.
O combustível que aciona o gerador, óleo diesel, contribuiu muito para a gravidade da ocorrência, o que pode ser visto pela cor negra da fumaça, seja na foto publicada hoje pelo montesclaros.com, às 7h18m, ou imagens de TV mostradas há pouco, inclusive houve quem afirmou ter ouvido 2 explosões, quando se tentava acionar o gerador, embora exista a possibilidade dessa fumaça escura ser resultado também, da combustão de outros materiais.
Numa época em que existe a opção do gerador de energia fotovoltaica, limpa, sem risco de incêndio por queima de combustivel fóssil e de custo/benefício compatível com consumidores de demanda mais alta de energia, essa tragédia de ontem vem alertar aos consumidores, principalmente em hospitais, empresas, condomínios etc, onde houver grande número de pessoas, concentradas num mesmo local e que possam ter também geradores a combustível, para fazerem a transição para os geradores de energia fotovoltaica, ou pelo menos que o gerador a combustível seja instalado em local aberto, arejado, com exaustão eficaz, de tal forma que os gases e/ou fumaça que for produzida sejam lançados de baixo para o alto, sem afetar a segurança das pessoas, com graves consequências, como ontem no Hospital Badim, do Rio de Janeiro. Mas o ideal mesmo é o gerador de energia fotovoltaica, como o próprio aumento de investimento neste tipo de energia vem comprovando insistentemente.

Afonso Cláudio de Souza Guimarães - Engenheiro Eletricista

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Mensagem N°84205
De: Governo de Minas Data: Sexta 13/9/2019 13:30:12
Cidade: Belo Horizonte

Romeu Zema negocia cooperação econômica e comercial com a China em encontro no Norte de Minas - O governador Romeu Zema participou, nessa quinta-feira (12/9), do 1º Seminário de Inovação de Comércio e Serviços China-Brasil, em Montes Claros, no Norte de Minas, onde se reuniu com cônsules da República Popular da China (foto) e com investidores daquele país. Romeu Zema também ouviu as demandas dos diretores da Associação Comercial e Industrial da região e participou da abertura da Feira Nacional Da Indústria, Comércio e Serviços (Fenics). “O Estado de Minas tem o maior interesse de estreitar relações com a China e que empresas chinesas industriais se instalem aqui. Nós estamos trabalhando para dar segurança jurídica e temos feito grandes avanços. Temos uma localização privilegiada e qualquer empresa que se instala no nosso estado tem grande potencial para vender aos grandes centros consumidores, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador”, afirmou o governador. O seminário integrou a programação da 24ª Fenics (Feira Nacional da Indústria, Comércio e de Serviços), que reuniu diversas autoridades políticas e mais de 20 empresas chinesas, representando um marco nas relações comerciais entre o Estado de Minas Gerais e o gigante asiático. Durante a solenidade, o cônsul da República Popular Da China, Li Yang, destacou que Minas Gerais tem recursos naturais e urbanos interessantes aos investidores e que a vontade política do Executivo deve estreitar ainda mais esses laços. Após o seminário, Romeu Zema participou da solenidade de abertura da 24ª Fenics, onde destacou a importância do empreendedorismo na recuperação econômica mineira. “Tenho o compromisso de tornar o Estado de Minas amigo de quem investe, gera postos de trabalho e paga impostos. Não tem como um país se desenvolver e um povo ficar mais próspero se não tivermos uma economia pujante. O que aconteceu no Brasil nos últimos anos foi um inchaço econômico e nós até hoje estamos pagando esse preço. Para uma economia crescer de forma sustentável precisamos de menos Estado e mais empreendedores. E é isso que vamos fazer em Minas, simplificar a vida de quem trabalha”, disse. Também participaram da solenidade o secretário de Governo, Bilac Pinto; o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe; o prefeito de Montes Claros, Humberto Souto; o senador Carlos Viana; e outras autoridades.

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Mensagem N°84204
De: Manoel Hygino Data: Sexta 13/9/2019 09:42:05
Cidade: Belo Horizonte

Além da Antologia

Manoel Hygino

Com colaboração de 36 autoras, acaba de sair a Antologia da Academia Feminina de Letras de Montes Claros, que demonstra a elevada qualidade intelectual e artística das mulheres daquela cidade. É contribuição vária e múltipla, que muito bem expressa os méritos e predicados das escritoras. Estas seguem os caminhos de D. Yvone de Oliveira Silveira, por anos presidente da Academia Montes-clarense e fundadora de outras congêneres que ampliam as vias para manifestações literárias.

A partir da trilha inicial, percorreram-na as presidentes Maria da Glória Caxito Mameluque, Marta Verônica Vasconcelos Leite, Evany Cavalcante Brito Calábria e Ângela Vera Tupinambá de Castro. Agora, Felicidade Patrocínio, que usa toda sua capacidade criativa e pertinácia para consecução de novos projetos e frentes de ação.

Como fizera Vivaldi Moreira, presidente perpétuo da Academia Mineira de Letras, Felicidade conquistou espaço definitivo para a entidade, em imóvel tombado pelo Patrimônio Histórico, na rua Justino Câmara, e transferido pela Secretaria Municipal de Cultura. A propriedade foi restaurada, inaugurada para servir a seus misteres, que são muitos e valiosos para uma cidade tão importante.

O lançamento da Antologia integra esse esforço, e a acadêmica Ivana Ferrante Rebello observa: “A escrita, com sua feição de catarse e beleza, é um bom ensaio para a esperança”. E dela, acrescento eu, estamos carecendo, em regime permanente.

O Norte de Minas se tornou conhecido do Brasil por circunstâncias diversas, inclusive a operosidade dos que ali nascem e trabalham, e, no campo dos que se devotam às letras, pelo alto nível dos escritores, entre os quais dois que chegaram à glória da Academia Brasileira de Letras, numa mesma época. A comunidade feminina não ficou parada no tempo, pois vem mostrando sua relevante participação em numerosas ocasiões. As integrantes da recente publicação da AFLMC são a prova.

E não somente nas artes e temas intelectuais elas se destacam. Outro dia, Petrônio Braz recordou muitas mulheres que são vozes da gente de Minas, inclusive na área política. Citou Maria da Cruz, descendente dos Ávilas da Casa da Torre, de notável e reconhecida atuação na conjura do São Francisco, em 1735, além de outras mulheres extraordinárias que merecem ser lembradas e seus esforços enaltecidos pelas gerações que as sucederam. Há muita história a contar e as historiadoras de ontem e de hoje poderão muito fazer com esse objetivo. Elas dão grandeza ao São Francisco e a toda a região mineira que o rio atravessa.

A Antologia lança luzes sobre a participação feminina no desenvolvimento de uma extensa e privilegiada região brasileira. Os nomes das 36 autoras devem ser resgatados. Ei-los: Amelina Chaves, Felicidade Patrocínio, Filomena Alencar Monteiro Prates, Glória Caxito Mameluque, Gilsa Florisbela, Ivana Ferrante Rebello, Marina Couto, Marta Verônica Vasconcelos Leite, Milene Antonieta Coutinho Maurício, Nannah Andrade, Ruth Graça, Terezinha Campos, Alcione G. R. Vieira, Carmen Netto Victória, Cecy Tupinambá Ulhôa, Dóris Araújo, Geralda Magela de Sena Almeida e Souza, Júnia Velloso Rebello, Maria do Carmo Veloso Durães, Marijô Rodrigues, Marlene Porto Bandeira, Palmira Santos Oliveira, Ângela Vera Tupinambá de Castro, Elza Costa Gonzaga, Evany Cavalcante Brito Calábria, Filomena Luciene Cordeiro Reis, Ilca Terence Noronha, Irani Teles de Oliveira Antunes, Lígia dos Anjos Braga, Mara Narciso, Maria Lúcia Becattini, Maria Luiza Meira Araújo, Marilda Versiani de Souza, Nancy França, Raquel Souto Chaves, Virgínia A. de Paula.

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Mensagem N°84203
De: Afonso Cláudio Data: Quarta 11/9/2019 17:31:19
Cidade: Montes Claros

"Ter 10/09/19 - 15h40 - Menino de Bocaiúva, de 3 anos, morre em M. Claros por picada de escorpião. Há outro na UTI, vindo de S. Francisco"
Pesquisa sobre números de casos de picadas de escorpiões, atendidos pelo Hospital Universitário de Montes Claros;
Em 2018: 1º semestre 1280; 213/mês
2º semestre 1628; 271/mês
Total 2908; 242/mês
Em 2019 1º semestre 1379; 230/mês
Até 10/9 1792; 193/mês
Mortes: em 2018, menino de 6 anos, de Várzea da Palma. Em 2019, menino de 12 anos, de Porteirinha, e menino de 3 anos, de Bocaiuva.

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Mensagem N°84202
De: Governo de Minas Data: Quarta 11/9/2019 11:18:38
Cidade: Belo Horizonte/MG

Rodovias estaduais do Norte de Minas recebem mais dois radares - Até 17 de setembro equipamentos de fiscalização de velocidade operam de forma educativa - Dois novos radares de fiscalização de velocidade entraram em operação em rodovias estaduais no Norte de Minas Gerais. Eles operam no modo educativo até o próximo dia 17 de setembro e, depois desta data, passam a autuar de fato os infratores. Os dois equipamentos estão instalados na rodovia MGC-122, nos quilômetros 229, em Capitão Enéas, e na rodovia MGC-135, km 347,3, em Montes Claros.
Motoristas que trafegam pela região devem ficar atentos. A velocidade máxima permitida pelo radar que passa a operar na rodovia MGC-122 é de 60 km/h. Já na MGC-135, a velocidade máxima permitida é de 40km/h.(...)

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Mensagem N°84201
De: Estado de Minas Data: Quarta 11/9/2019 10:50:15
Cidade: Belo Horizonte/MG

Vereador é preso por suspeita de envolvimento em homicídio - Alexsandro Alves de Jesus (PP) foi detido temporariamente por 30 dias, juntamente ao Diogo Rodrigues Mendes, de 22 anos - Luiz Ribeiro
O vereador Alexsandro Alves de Jesus (PP), de 41 anos, de Mirabela, no Norte de Minas, foi preso pela suspeita de envolvimento em um homicídio, ocorrido no município em 2016. Alexsandro foi detido temporariamente por 30 dias, juntamente ao Diogo Rodrigues Mendes, de 22 anos. As prisões ocorreram nessa segunda-feira.
Os dois são suspeitos de envolvimento no assassinato do caseiro Alexandre Pereira Barbosa, de 37 anos. O corpo de Alexandre foi encontrado em matagal, às margens da BR 135, perto de uma fazenda onde ele trabalhava, no dia 6 de junho de 2016. O corpo apresenta marcas de tiros, sendo que a vítima havia desaparecido um dia antes.
A prisão foi decretada pelo juiz do Tribunal do Júri de Montes Claros, Geraldo Andersen de Quadros Fernandes. O delegado responsável pelo caso, Giovani Siervi, disse que a detenção dos suspeitos foi solicitada com o objetivo de aprofundar as investigações.
O delegado disse que ainda não tem detalhes da suposta participação do vereador Alexsandro e Diogo no homicídio. “Vamos investigar exatamente como se deu o envolvimento deles no crime”, afirmou o delegado, ressaltando que também será averiguada o que motivou o assassinato do caseiro. Os dois suspeitos estão recolhidos no Presídio Regional de Montes Claros.
Na tarde desta terça-feira, a reportagem tentou, mas não conseguiu falar com o advogado Arlei Freire, que defende o vereador, para ouvir sua versão. A reportagem também não conseguiu contato com a presidência da Câmara de Vereadores de Mirabela.

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Mensagem N°84200
De: Manoel Hygino Data: Quarta 11/9/2019 07:34:13
Cidade: Belo Horizonte

120 anos depois

Manoel Hygino

Na terça-feira, 3 de setembro, realizou-se a inauguração da Faculdade Santa Casa BH. O provedor da instituição, Saulo Coelho, como a solenidade se alongava, pôs o discurso no bolso e disse algumas palavras sobre o evento. Os secretários de Saúde do Estado e do município, respectivamente Carlos Eduardo Amaral e Jackson Machado Pinto, não ouviram, assim, o que Saulo diria, naquele momento.
O provedor, contudo, lembrou que, exatamente 230 anos atrás, os Inconfidentes mineiros tinham incluído em seu projeto de emancipação política a criação de uma universidade. Davam, assim, ao movimento emancipatório conteúdo humanístico e certeza ao povo mineiro de um instituto de ensino superior, para assegurar desenvolvimento e evolução da cultura, que já distinguiam a província no século 18.
Aliás, quando se cogitou, já na República, da criação de uma universidade no Brasil, a província de Minas foi preferida para recebê-la, por ser a mais populosa desde o Império, a mais polida do interior e geograficamente a mais adequada no meio das demais.
Evidenciou-se, à suficiência, que a semente lançada pelos Inconfidentes começava a estimular o idealismo de políticos interessados em educação. O deputado Acaiaba de Montezuma, que sequer era mineiro, teve participação muito ativa à época. Afirmou: “a haver uma só universidade, deve ser em Minas Gerais”. A posição do parlamentar e de outros ilustres homens públicos do Brasil ecoou rigorosamente.
Mais à frente no tempo, Antônio Carlos, presidente do Estado, instituiu a Universidade de Minas Gerais, em 1927 quando já existia a Faculdade de Medicina, (implantada em 1911, hoje da UFMG). Sem pretender alongar-me no assunto, acrescenta-se apenas algo sobre esta história.
A Santa Casa, primeiro hospital e instituição na área de saúde da nova capital, já somava 12 anos quando da inauguração do primeiro instituto de formação médica em BH. A entidade, desde seu nascedouro, demonstrando sua vocação para a saúde e o ensino, praticava a arte hipocrática, mas paralelamente teve notável presença no ensino, contando com atuação de expressivos vultos da medicina brasileira.
Ao longo de sua existência, a Santa Casa possibilitou a criação também da Faculdade de Ciências Médicas, cumprindo seus deveres com a cidade e com a comunidade médica. Tanto que, instalou, em 2001, o seu Instituto de Ensino e Pesquisa, para oferecer importantes cursos, como de doutorado e mestrado, além de programa de residência e especialização médica, e outros. Além, evidentemente, de manter a Escola Técnica, opção para os interessados em adquirir conhecimento e qualificação em ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, referenciadas nas necessidades de saúde individuais e coletivas.
Dá-se um precioso passo agora, com a inauguração da Faculdade Santa Casa, com projetos já aprovados pelo Ministério da Educação. Saulo Coelho observou: “nossa centenária instituição está absolutamente consciente do papel que assume no limiar da segunda década deste século, para servir unicamente à saúde e na formação de seus profissionais. Os atos de hoje assinalam um imperativo na presente realidade e complemento lógico das atividades da Santa Casa nos seus doze decênios de existência e labor”.

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Mensagem N°84199
De: César Data: Segunda 9/9/2019 09:58:12
Cidade: Montes Claros

A Folha de S. Paulo fez uma série de reportagens sobre o esfaqueamento do agora presidente Bolsonaro, em 6 de setembro do ano passado.
Para isto, enviou um seu graduado repórter, da área política, a percorrer as cenas do episódio.

Foi assim que ele esteve em M. Claros, recentemente.
Hoje, ao fazer um balanço da cobertura, o repórter revela na Folha que quase chorou ao ouvir, em Montes Claros, os parentes do esfaqueador, Adélio Bispo.

"Precisei segurar o choro. Desconsolados e desamparados, os parentes não entendem por que Adélio fez o que fez e se consomem em angústias e dúvidas sobre seu estado. Ao mesmo tempo, discordam do ato extremo praticado. “Quem tem direito de tirar a nossa vida é só Deus”, disse-me Jussara Ramos, 32, sobrinha do autor do ataque."

Veja o relato do enviado especial da Folha a Montes Claros:

"Série sobre facada deu chance de lembrar que drama humano sempre se impõe
Orientação era fazer um retrato amplo do ataque ao presidente Jair Bolsonaro, que completou um ano - Joelmir Tavares, S. Paulo

Jornalismo é sempre sobre pessoas, embora, no dia a dia da cobertura política, por vezes nos esqueçamos disso, detidos nos pormenores de disputas de poder, imbróglios jurídicos ou escândalos da hora.

A série de reportagens sobre um ano da facada no presidente Jair Bolsonaro, publicada pela Folha ao longo da semana passada, foi uma oportunidade de olhar para o fator humano: a dor do político que viu a morte de muito perto, o abismo da doença mental de Adélio Bispo de Oliveira, a angústia de irmãos e sobrinhos do autor do crime (sem notícias daquele que, para eles, é só Tuca, um homem que precisa de ajuda).

“Quero que você mergulhe na história da facada”, foi o pedido que me fez o editor de Poder, Eduardo Scolese, no início de agosto. A orientação era procurar pessoas que estiveram de algum modo ligadas ao episódio, garimpar detalhes e esclarecer como estavam as apurações oficiais 12 meses depois.

A jornada incluiu, nas semanas seguintes, telefonemas, entrevistas em São Paulo e viagens para Minas —primeiro Montes Claros, no norte, onde moram os parentes de Adélio; depois Juiz de Fora, na porção sudeste do estado, onde o atentado aconteceu.

Para um repórter de política, mais habituado à comodidade de gabinetes e ar-condicionado, sentar num banquinho de madeira do lado de fora do barraco de uma sobrinha de Adélio, sol de 31° C na cabeça, e entrevistá-la é lembrar que o drama humano sempre se impõe.

Precisei segurar o choro. Desconsolados e desamparados, os parentes não entendem por que Adélio fez o que fez e se consomem em angústias e dúvidas sobre seu estado. Ao mesmo tempo, discordam do ato extremo praticado. “Quem tem direito de tirar a nossa vida é só Deus”, disse-me Jussara Ramos, 32, sobrinha do autor do ataque.

Em Juiz de Fora, na semana seguinte, os relatos não menos emocionados de apoiadores que estavam ao lado de Bolsonaro na hora da facada.

“Ele era era a esperança que a gente tinha, né?”, narrou o advogado Eduardo Jeyson, 43, reproduzindo a sensação de quem, como ele, presenciou o que inicialmente se cogitou ser o assassinato do “Mito”.
O tom apaixonado contrastou com a objetividade quase fria do médico responsável pela cirurgia de emergência no então presidenciável.

Sério e compenetrado, Luiz Borsato, 42, descreveu sem se abalar a situação de Bolsonaro ao chegar à Santa Casa: pressão baixíssima, coração disparado, quase 2 litros de sangue no interior do abdômen.
Se não dominassem as emoções, médicos talvez falhassem em salvar vidas, pensei.

Como a intenção era fazer um retrato amplo do caso, a apuração compreendeu também a leitura de relatórios de investigações da Polícia Federal, decisões judiciais e laudos psiquiátricos de Adélio, cheios de termos técnicos.

Se papéis e letras eventualmente camuflam sentimentos, são úteis e necessários na hora de organizar ideias e informações —justamente o maior desafio em um trabalho como o de planejar, escrever e editar uma série de seis extensas reportagens.

No fim, para que tudo faça algum sentido, entram as outras técnicas jornalísticas: condensar, hierarquizar, clarificar, confrontar, contextualizar. Sem se esquecer de que jornalismo é (ou deveria ser) sempre sobre pessoas."

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Mensagem N°84198
De: Alves Data: Sábado 7/9/2019 14:07:16
Cidade: Montes Claros

Notícia em Brasília neste 7 de Setembro:

"A faca usada por Adélio Bispo de Oliveira para tentar matar Jair Bolsonaro durante ato de campanha em Juiz de Fora, há exatamente um ano, deverá virar peça de museu, registra O Globo.

O pedido para que o item componha o acervo de alguma instituição foi feito pelo MPF em Minas Gerais, sob a justificativa do valor histórico do material. A Justiça Federal deverá analisar a questão na semana que vem.

A possibilidade de a peça ser destinada a um museu está prevista no Código Penal. Segundo a lei, os instrumentos de um crime, quando possuem valor histórico, podem ser recolhidos a um museu criminal se houver interesse na sua conservação."

Agora, o comentário:

Quem tem o costume de viajar sabe que instrumentos ou locais de acontecimentos de grande repercussão - regional, nacional ou internacional - passam para a história, independente do conceito que cada um faz deles.

Exemplos: A bala que quase matou o Papa João Paulo II está em Fátima, no Museu dos Pastores. Foi levada pessoalmente pelo Papa e está encerrada numa vitrine de vidros à prova...de bala.

Um local: A esquina de Sarajevo que viu morrer, abatidos a tiros por fanático sérvio, o Arquiduque Francisco Ferdinando e sua mulher, fato que precipitou a Primeira Grande Guerra Mundial, até hoje é local de peregrinação.

Conheço gente que saiu de M. Claros para se fotografar no local. Foi em 28 de junho de 1914. O Império Austro-Húngaro culpou a Sérvia por não ter evitado o atentado e declarou guerra ao país no dia 28 de julho. Depois, e em consequência, 9 milhões de militares e civis morreram. 30 milhões ficaram feridos.

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Mensagem N°84197
De: Petrônio Braz Data: Sexta 6/9/2019 19:36:27
Cidade: Montes Claros

A lenda do Famaliá

Para o Brasil, por força do cristianismo, não emigrou a divisão clássica dos bons e maus demônios. No politeísmo helênico, como informa Luiz da Câmara Cascudo, o demônio era entidade protetora ou maléfica (Dicionário do Folclore Brasileiro, 8ª ed., São Paulo, Global, 2000:285).
Conta-se que existiu, há muitos e muitos anos, na região do Alto Médio São Francisco um abastado fazendeiro, possuidor de invejável fortuna, que pompeava o honroso título de tenente-coronel da Guarda Nacional, que, por um dever de respeito que é imposto aos mortos, não se revela o nome. Não tinha sido ele sempre rico. Ao revés, era um mísero lavrador. Lamentando sua desdita, o pobre do homem queixava-se amargamente do destino que lhe havia tributado a condição humilde de desafortunado. Só o demônio, ele pensava, poderia ajudá-lo. Mas, como encontrá-lo?
Por casualidade – e foi por casualidade que Newton descobriu a Lei da Gravidade – o lavrador encontrou no poleiro um ovo de galo e resolveu chocá-lo.
Para quem não sabe – e poucas pessoas sabem disto – quando ficam velhos os galos põem um único ovo, um pouco maior que um ovo de codorna. O lavrador apanhou o ovo e levou-o para casa, guardando-o com esmerado cuidado, disposto a ajuntá-lo a outros debaixo da primeira galinha que cantasse choco, pronta para incubá-los.
Noite cerrada, quando todos dormiam, sob o comando de forças invisíveis aos olhos humanos, ele saiu a caminhar pela estrada, sem destino certo. Em uma encruzilhada, brotando da terra, formou-se um redemoinho forte, levantando folhas secas e gravetos para o ar, cercando o lavrador.
Uma voz cavernosa, saída do vendaval em torvelinho, disse:
– Você foi escolhido pra ser rico. Abjure suas crendices, renegue tudo que lhe pertence e eu farei de você um homem rico.
Espavorido, como Judas diante do Remorso, o lavrador balbuciou:
– Amigo! Quem é vosmecê? O que é que vosmecê qué?
– Darei a você todas as riquezas desse mundo, só basta você me entregar sua alma.
Sem esperar resposta, depois de um breve silêncio, a misteriosa voz continuou:
– Volte pra casa. Apanhe o ovo que você guardou e choque debaixo do braço. Espere quarenta dias. Se você tiver paciência e cuidado, as sua misérias vão acabar finda a quarentena.
Ouviu-se, em seguida, uma ruidosa gargalhada, estridente e prolongada, que ecoou pelo agreste. O vento ficou mais forte fazendo redemoinhar esqueletos, em cambiantes cintilações, bracejando em um ranger de dentes, balançando frementemente dentro do torvelinho e ao redor do corpo inerte do pobre lavrador. O redemoinho parecia querer suspender, com invisíveis tenazes, o corpo do agricultor.
O diabo manifestava-se claramente como o espírito do mal, não o demônio de Sócrates, o gênio do bem, condutor das fabulosas criações do pensador universal.
Como por encanto, com a mesma rapidez como tinha começado, o redemoinho amainou-se. Fez-se aterrador silêncio. As folhas secas estavam no chão, como se nada tivesse acontecido.
Extenuado, sem forças para controlar-se, o lavrador desmaiou.
Ia já alto o astro do dia quando ele despertou, na manhã seguinte, em pleno agreste, deitado no meio da estrada. Alquebrado com o peso das forças sobrenaturais, voltou para casa disposto ao sacrifício.
Durante quarenta dias, manteve o pequeno ovo protegido debaixo do braço e, para sua surpresa, no quadragésimo dia, um capetinha, do tamanho de um dedo, não mais que isso, quebrou a casca do ovo. O lavrador, com medo de perdê-lo, prendeu-o em uma garrafa e, a partir desse dia, a fortuna lhe sorriu. Todos os seus desejos eram logo satisfeitos.
Desde então, quebrado o segredo pelo próprio lavrador, para se justificar perante seus amigos, outros, porém poucos, seguiram o exemplo do Coronel e fizeram fortuna rápida.
Por um pacto que se estabeleceu depois, quem tivesse um Famaliá nunca revelaria a terceiros a sua condição de possuidor.
Sigmund Freud, analisando as semelhanças entre Deus e o demônio, para justificar os antigos pactos do homem com o último em busca da felicidade terrena, nos leva ao entendimento de que Deus e o demônio são em tudo semelhantes, apenas o segundo, por ter decaído do poder, deixou de ser o espírito da luz para ser o espírito das trevas. O homem, em passado não muito remoto, em estado de depressão, de revolta, de desencanto, para ser libertado desse mesmo estado firmava compromissos com o diabo, desprezando as benesses de Deus.




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Mensagem N°84196
De: Manoel Hygino Data: Sexta 6/9/2019 09:17:32
Cidade: Belo Horizonte/MG

O Uruguai é ali

Manoel Hygino

O Ministério de Relações Exteriores do Uruguai divulgou que a procura dos brasileiros pelo país como novo lar cresceu 38%, entre 2016 e 2018, e se acelerou ainda mais em 2019. Entre janeiro e julho deste ano, o Uruguai emitiu 1.591 vistos de residência fixa para brasileiros. O número de documentos concedidos no período já representa 94% do total de 2018 – quando foram emitidos 1.686 vistos.
A facilidade no processo legal de migração também contou a favor. Há casos em que os vistos de residência foram solicitados ainda no Brasil, em 2018, e emitidos quando a família já morava no Uruguai.
A maior parte dos brasileiros que migra para o Uruguai se estabelece na capital, Montevidéu. Quem se muda diz que gosta da liberdade e do modo de vida uruguaio. O Uruguai é excelente proposta. Sua população equivale aproximadamente à de Belo Horizonte, anda pelos 4 milhões de habitantes. São cidadãos altivos, conscientes de sua responsabilidade e de seus direitos. Leis existem para serem cumpridas, tanto quanto as placas orientadoras do trânsito urbano, por exemplo, que têm de ser obedecidas. Nas praças, se há a placa proibindo pisar na grama, a orientação é observada religiosamente.
As pessoas, ao passarem umas pelas outras, saúdam: “bom dia, boa tarde, boa noite”, evidentemente, em espanhol. “Gracias” é uma palavra rotineira em todos os lugares e momentos. A boa educação é amplamente cultivada, “permiso?”. Ser amável está no cotidiano, até nos estádios esportivos, e a despeito da “incha”.
Há o que se ver ou se assistir em Montevidéu. Desde as pitorescas ruas de La Ciudad Vieja, junto ao porto, ou o museu do Cerro no alto, um pouco distanciado do centro urbano, mas de onde se divisa esplendidamente a metrópole. Teatros, há muitos e bons e com peças de sucesso. Os hotéis podem ser escolhidos à vontade, e há ótimos.
Pocitos é uma atração de Montevidéu, uma Copacabana. Quem tiver disposição de fazer um excursão pelo rio de La Plata, desde que tenha plata, perdoem-me o péssimo trocadilho, muito apreciaram ir à Argentina, quem sabe?
A principal via pública – a avenida 18 de Julio – é uma passarela para todos os gostos, emoldurada com lindas praças bem cuidadas e monumentos que mais embelezam a capital. Numa delas, o grande monumento a Artigas, o herói nacional, em cujo subsolo está depositado seu corpo, guardado dia e noite pelas Forças Armadas.
Na mesma praça, um cartão de visitas – o maior hotel da cidade e o palacete Salvo, com singulares linhas, e bem próximo, o mercado, em cujo primeiro piso, ao nível da rua, pode-se deleitar com a melhor culinária, o público atendido por mozos devidamente uniformizados e falando além do espanhol.
Para quem gosta de mar, lá estão, entre outras, a playa de Pocitos, no elegante bairro, ou a Ramirez, junto à qual se localiza o Cassino em que Obdulio Varela, campeão nacional de futebol, foi croupier. Se quiser sossego, há belíssimos parques, como o Rodó, cujo nome homenageia um celebrado escritor. Nos bancos sob árvores frondosas, pode-se ler o melhor da literatura – nacional ou mundial. Já vou arrumar as malas, até porque não há necessidade de passaporte.

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Mensagem N°84195
De: Petrônio Braz Data: Quarta 4/9/2019 23:07:58
Cidade: Montes Claros

Maria da Cruz

Maria da Cruz Porto Carreiro ou Maria da Cruz Torre Prado de Almeida Oliveira Matias Toledo Cardoso, descendente dos Ávilas da Casa da Torre, educada em colégio de freiras em Salvador-BA, presente na Conjuração do São Francisco de 1735, viúva de Salvador Cardoso de Oliveira, está a exigir um estudo aprofundado de sua vida e de sua ação colonizadora.
A poesia de José Gonçalves de Souza marca sua vida; Augusta Figueiredo, em “Maria da Cruz e o Velho Chico”, fixa passagem de sua profícua existência, mas pouco, muito pouco, sobre ela se escreveu até agora. Diogo de Vasconcelos, em sua “História Média de Minas Gerais”, é quem melhor informa sobre sua vida, esclarecendo que “em seus domínios ela possuía teares de algodão, curtumes e oficinas de couros, tenda de ferreiros e carapinas, escolas de leitura e de música, além de armazéns de fazenda”. A ela dedicou Antônio Emílio Pereira pouco mais de uma página em seu livro “Memorial Januária – Terra, Rios e Gente”.
Afirmou Alexandre Herculano que “o mister de recordar o passado é uma espécie de magistratura moral, é uma espécie de sacerdócio. Exercitem-no os que podem e sabem, porque não o fazer é um crime”. Há, todavia, pessoas que afirmam que recordar o passado é um sau¬dosismo démodé.
Dediquei-me, por um longo período de mais de vinte anos, a pesquisar sobre a vida de Antônio Dó. Não tenho mais idade, nem me sobra tempo para investigar sobre a vida e a obra de Maria da Cruz, extraordinária mulher que dominou, durante muito tempo, toda a região do Alto Médio São Francisco, em Minas Gerais, em uma época em que os homens tinham o domínio das decisões.
Não poucas mulheres se destacaram no contexto histórico universal, no campo das artes, das ciências e até mesmo das guerras. Infelizmente, a televisão nos mostrou Xica (Chica) da Silva, uma prostituta qualificada, como classificada no mesmo sentido foi Cleópatra, que é destacada como personagem de primeira grandeza no Museu do Sexo de Amsterdã, na Holanda.
A história ressalta, entre tantas outras mulheres extraordinárias, Joaquina de Pompéu, Emília Snethlage, desbravadora da floresta amazônica, nos primórdios do século XX; Josephina Álvares de Azevedo, defensora do voto feminino, mas não se lembrou, ainda, de colocar no pedestal que merece a pioneira Maria da Cruz. A sua fazenda, nas margens do Rio São Francisco, transformou-se em povoado; e o povoado, em cidade que lembra o seu nome, apenas isso. Nem mesmo o povo de Pedras de Maria da Cruz sabe dizer de sua história.
Morei alguns anos em João Pinheiro, todavia, muitos ali residentes não sabiam, nem sabem, quem foi João Pinheiro, a pessoa que deu nome à cidade.
Quando se fala hoje, em Governador Valadares, todos se lembram da cidade, mas ninguém, ou quase ninguém, sabe que o nome da cidade é uma homenagem ao Governador Benedito Valadares. Pedras de Maria da Cruz não foge a essa realidade. Para muitos, é apenas um nome, como tantos outros, mas um nome que imortaliza a extraordinária precursora, que, servindo-me das palavras de Euclides da Cunha, “suportou as agruras daquele rincão.”
Os positivistas, como lembra Vanessa M. Brasília, ilustre professora do Departamento de História da Uni¬versidade de Brasília, subestimam o rio São Francisco declarando ser ele um rio sem história, porque não tem documentos que a comprovem.
Até quando?

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Mensagem N°84194
De: Afonso Cláudio Data: Quarta 4/9/2019 19:28:58
Cidade: Montes Claros

5/9/1965 - há exatos 54 anos era inaugurado o "Mineirão", em Belo Horizonte. O primeiro jogo lá realizado foi Seleção Mineira 1x0 River Plate, gol de Buglê (Bougleux). Eu tinha mudado para BH em agosto/1964, mas não fui a esse jogo e o primeiro que assisti naquele Estádio foi o 7º lá realizado, em 15/9/1965, Seleção Mineira 2x1 Santos. Mas em 1979, como empregado da CEMIG, atendi o Buglê, que pretendia construir um edifício na Av. Afonso Pena, em Montes Claros, e foi conversar conosco a respeito do projeto elétrico.

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Mensagem N°84193
De: Governo de Minas Data: Quarta 4/9/2019 11:08:29
Cidade: Belo Horizonte/MG

Governador participa de inauguração do primeiro espaço 5G do estado e visita parque científico-tecnológico no Sul de Minas - (...) Neste ano, a novidade é a inauguração da Casa TIM 5G, que prevê, dentro do conceito “Internet das Coisas”, soluções inteligentes para iluminação, segurança e rastreamento de veículos. O espaço vai ser palco de uma imersão 5G com o objetivo de demonstrar como a tecnologia pode ser aplicada em soluções para indústria, cidades, entretenimento, realidade aumentada, robótica e games. Minas Gerais será o primeiro estado da Região Sudeste a receber o projeto.

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Mensagem N°84192
De: O Tempo Data: Quarta 4/9/2019 07:48:10
Cidade: Belo Horizonte

Ataque de abelhas fere cerca de 80 crianças em escola de Minas – Gabriel Moraes - Um ataque de abelhas feriu aproximadamente 80 crianças, entre 6 e 11 anos, durante o intervalo das aulas em uma escola estadual de Salinas, no Norte do Estado, na tarde dessa segunda-feira (2). Segundo o Corpo de Bombeiros (CBMMG), por volta das 15h30, um enxame que estava agrupado em pilares metálicos da quadra de esportes ficou alvoroçado com a movimentação no local e atacou os estudantes. O caso aconteceu na escola estadual Manoel Pedro Silva, em Nova Matrona, distrito da cidade. Três crianças tiveram vômitos e mal-estar e precisaram ser socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levadas ao hospital de Taiobeiras. As outras vítimas, que apresentaram apenas reação na pele, foram atendidas por um médico e liberadas. Ainda de acordo com os bombeiros, a guarnição precisou fazer o extermínio imediato dos insetos, pois a tentativa de captura não foi bem-sucedida. O local onde as abelhas estavam foi isolado e sinalizado. A escola terá uma vistoria do Corpo de Bombeiros, mas a data do procedimento não foi informada.

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Estado de Minas - Ataques de abelhas em escola deixa três crianças em estado grave - O enxame estava na Escola Estadual Manoel Pedro da Silva, no distrito de Nova Matrona, em Salinas, no Norte de Minas. Aulas foram suspensas - Luiz Ribeiro - Cerca de 80 crianças, na faixa de 6 a 11 anos de idade, da Escola Estadual Manoel Pedro da Silva, no distrito de Nova Matrona, no município de Salinas, no Norte de Minas, foram atacadas por abelhas. Três delas ficaram em estado grave e foram encaminhadas para o Hospital Santo Antonio, em Taiobeiras. As aulas foram suspensas devido ao enxame.
O ataque ocorreu na tarde de segunda-feira. Por recomendação do Corpo de Bombeiros, nesta terça-feira, não houve aulas na Escola Estadual Manoel Pedro Silva, que tem cerca de 360 alunos do ensino fundamental e médio. Na hora do fato, frequentavam as aulas os alunos do ensino fundamental.
As vítimas foram socorridas pelos bombeiros e por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu). Segundo o Corpo de Bombeiros, as três crianças com casos mais graves, apresentando vômitos e mal-estar generalizado, foram encaminhadas para o Hospital Santo Antônio, em Taiobeiras, a 40 quilômetros de Nova Matrona, onde ficaram internadas em observação. Outras vítimas foram atendidas por um médico da atenção básica no distrito, sendo liberadas em seguida.
O Corpo de Bombeiros informou que, com o uso de equipamentos de proteção individual, tentou e não conseguiu fazer a captura das abelhas. Também tentou fechar o local por onde o enxame saia no pilar metálico da cobertura da quadra da escola. Ainda visando impedir o ataque aos alunos e demais integrantes da comunidade escolar, os militares isolaram e sinalizaram a área, recomendando a não realização das aulas nesta terça-feira.

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Mensagem N°84191
De: Manoel Hygino Data: Quarta 4/9/2019 07:04:25
Cidade: BH

Noite no Mangabeiras

Manoel Hygino

Habitar ou não habitar o Palácio das Mangabeiras, na Serra do Curral, que circunda parte de Belo Horizonte. Esta a pergunta que se fez o governador Romeu Zema, tão logo empossado. Não queria morar em palácio, para dar ar de simplicidade pessoal e de seu governo.

Escolhido para chefiar a administração do Estado, também Juscelino sentiu necessidade de ter, fora do burburinho da cidade, das honrarias do Palácio da Liberdade, um local que lhe permitisse espairecer, que propiciasse condições de descanso ao administrador roído pela azáfama. Assim, surgiu o Mangabeiras, que virou palácio, mas não passava de casa ampla, sem luxo e pompa, de onde se descortinava a Belo Horizonte de então. Eu despachei lá, com Israel Pinheiro, algumas vezes e posso afiançar a modéstia da moradia.

Getúlio Vargas, depois do assassinato, na rua Tonelero, Copacabana, do major Rubem Florentino Vaz, em 5 de agosto de 1954, vivia sob o cerco dos oficiais das Forças Armadas, que exigiam providências drásticas, talvez a deposição. Veio, então, a Belo Horizonte, no dia 12, para a inauguração da Mannesmann, sendo recebido com carinho.

Longe do ambiente pesado da capital da República, Vargas se acomodou no Mangabeiras. Após todo o cerimonial cumprido, recolheu-se a um apartamento. Quietude não sentia. Seu estado de espírito tampouco o permitia. Os ventos sopravam fortes. De morro dos ventos uivantes, era o ambiente. Sem conciliar o sono, quis saber o porquê de tanto ruído. Geraldo Ribeiro, motorista de Juscelino (e que com ele morreria no acidente da Via Dutra, em 1976), privava da intimidade do governador, e funcionava como uma espécie de mordomo. Ele explicou: ali no alto ventava muito e agosto trazia consigo rajadas fortes.

Preocupado, Geraldo se dirigiu novamente, ao aposento de Getúlio, horas depois. Contou que o encontrara ajoelhado, junto ao leito, e chorando. O testemunho está inserido também em “Esse velho vento de aventura”, livro de Paulo Pinheiro Chagas.

Tancredo Neves não confirma integralmente a versão. Diz que Geraldo Ribeiro vira apenas Getúlio andando pelo quarto e fumando charuto. Em determinado momento, deparara a cena insólita: o presidente se encontrava junto ao leito, como se orasse. Tancredo acrescentou: Getúlio “nunca chorou”. Murilo Badaró observa que se propalava que o presidente era ateu.

Naquele dia 12, Vargas passou por um refrigério em Minas. Mas a capital federal fervia. Já nos primeiros instantes do dia, o brigadeiro Nero Moura, ministro da Aeronáutica, assinou a portaria que instaurava o IPM – Inquérito Policial Militar para apurar o crime de Tonelero.

Não houve prisão. Getúlio apenas se matou no dia 24 seguinte. Havia indignação e revolta de muitos segmentos do povo. Vargas deixou a vida para entrar na história. Todos os demais personagens da hora trágica que viveu a nação são mortos. O palácio das Mangabeiras parece que se tornou efetivamente Palácio. Mas um presidente da República ali passou sua última noite. Fora do Catete – o outro palácio do qual foi levada a urna fúnebre para a terra natal, São Borja.

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Mensagem N°84190
De: Estado de Minas Data: Terça 3/9/2019 11:56:46
Cidade: Belo Horizonte

PM recaptura dois dos três foragidos de presídio no Norte de Minas - Luiz Ribeiro - 03/09/2019 10:23 - Foram recapturados pela Polícia Militar (PM) dois dos três que fugiram da Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais, na madrugada desta segunda-feira, após serrarem as grades da cela onde estavam recolhidos. Os detentos Jan Gomes de Souza, de 31 anos; e Warley Miranda de Oliveira, de 34, foram encontrados e presos as margens da BR-251, km 476, perto da área urbana de Francisco Sá, na noite de segunda-feira. A ação também contou com o apoio de equipe do Sistema Prisional, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). As equipes da PM e do Sistema Prisional mantém as buscas intensas na região, na tentativa de localizar e prender o terceiro foragido, Deivison Oliveira Santos, de 28. A Penitenciária de Francisco Sá fica localizada a 12 quilômetros da área urbana do município, próxima ao distrito de Cana Brava. Foi a primeira fuga do presídio desde a inauguração da unidade, em 2004. Conforme informou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, por volta das 2h de segunda-feira, agentes penitenciários de plantão da penitenciária notaram uma grade de acesso ao “pavilhão A” retorcida e uma concertina danificada. Depois de uma ronda no entorno da prisão, constataram a presença de uma tereza (corda artesanal), usada pelos fugitivos para ultrapassar o muro, no ponto onde a concertina foi rompida. Toda a equipe foi acionada e feitas a revista e a contagem dos presos, quando foi constada a fuga dos três detentos. Às 21h20 de segunda-feira, a Polícia Militar recebeu a denúncia das presenças de dois indivíduos as margens da BR 251, na área da chamada Serra de Francisco Sá, onde os caminhões e carretas diminuem a velocidade por causa dos riscos de acidente. Imediatamente, várias equipes da PM e do sistema prisional deslocaram para o local, onde localizaram e prenderam o fugutivo Jan Gomes de Souza na rodovia. Conforme a Policia Militar, Warley Miranda de Oliveira embrenhou no mato e saltou um despinhadeiro, sendo perseguido. As equipes de buscas tiveram muito trabalho, pois, além da escuridão, o terreno é ingrime e de difícil acesso. O fugitivo foi recapturado a cerca de 200 metros da BR 251, depois de cair de um barranco. Jan Gomes de Souza e Warley Miranda apresentavam escoriações pelo corpo e disseram para os policiais que estavam sem alimentação desde que iniciaram a fuga. Eles foram atendidos no Hospital Municipal de Francisco Sá, depois apresentados na delegacia de plantão de Montes Claros, antes de serem levados de volta á penitenciária de onde fugiram. Ainda de acordo com a PM, Jan e Warley disseram que não sabiam o rumo tomado pelo terceiro fugitivo, Deivison Oliveira Santos, que continua sendo procurado. Também não revelaram detalhes do planejamento da fuga. Condenado por homicídio e roubo, Deivison Oliveira Santos é um “especialista” em fugas, tendo escapado três vezes da Cadeia Pública de Rio Pardo de Minas. Ele tinha conseguido fugir da cadeia de Rio Pardo pela última vez em novembro de 2016, quando foi recapturado logo em seguida, ao tentar pegar “carona” a beira da LMG-631, estrada Rio Pardo/Taiobeiras. Depois, foi levado para a Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá.

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Mensagem N°84189
De: Manoel Hygino Data: Terça 3/9/2019 11:35:11
Cidade: Belo Horizonte

Aconteceu em agosto

Manoel Hygino

O agosto encerrado no dia 31, neste 2019, foi um dos mais marcados por profusas notícias divergentes nas áreas do poder constituído da República inaugurada em 1889. E observe-se que o movimento que conduziu Deodoro à chefia dos destinos nacionais faz, em 15 de novembro, apenas 130 anos. Tempo supostamente suficiente para que os sucessores, responsáveis pelo novo regime, tomassem juízo, como diziam meus avós. Contudo, o que se vê agora é a barafunda dos 31 dias do oitavo mês, provavelmente aziago. Chegou-se a temer por dias piores, o que felizmente não aconteceu.
Lembremo-nos de que, apenas 65 anos atrás, em outro agosto, no dia 24, um presidente brasileiro, de grande prestígio popular, revolucionário de 1930 e que sucedera Washington Luís no Palácio do Catete, desencantado com o que ocorria em derredor de si, sentiu-se maculado em sua honra. Depois de uma longa reunião no palácio, decidiu simplesmente extinguir a própria vida. Apanhou a arma, companheira inseparável, no dormitório pela manhã, apertou o gatilho e preferiu encaminhar-se a outro destino, em busca talvez de novas e mais fiéis companhias.
Em agosto de 2019, (observa-se que mudara o século, o Distrito Federal já tinha sede em Brasília, os dirigentes não eram evidentemente os mesmos, tampouco as ideias), o presidente da Câmara dos Deputados, de nome Rodrigo Maia, afirmava que muito do ativismo da mais alta corte de Justiça do país, resultava da responsabilidade (ou irresponsabilidade?) da política. Declarou com todos os pingos nos is.
“Desde que me entendo como deputado, todo conflito político a gente joga no Supremo e induz o Supremo a decidir. Muita da responsabilidade é nossa, que fomos demandando e demandando, e chegou uma hora em que alguns entenderam que esse ativismo fazia sentido”.
Nesta ocasião em que o Supremo e seus membros sofrem reparos e críticas, ouvir o que declarou o presidente da Câmara dos Deputados é relevante. Ajuda a melhor entender a parafernália de decisões que aparecem interminavelmente a público conhecimento, além de incessantes recursos jurídicos. Rodrigo, filho de outro político – César Maia, depõe:
“Quando se estimula o Supremo, ele acaba decidindo. O excesso de poder do Supremo é responsabilidade da política. Temos de organizar as reformas institucionais, reduzindo o protagonismo da Corte, com uma Constituição mais enxuta”.
É bom que se diga: uma reforma não para, como a da Previdência, embora não evolua como se pretendera. Há também um projeto de lei para debate na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, de que é relatora a deputada Laís Tonietto. Mas como sói ocorrer, a tramitação está em ritmo de tartaruga. Além do mais, seria suficiente reformar a Carta? Nos Estados Unidos, sempre evocados, a lei maior é ainda a da época da Independência. Ou é preciso modificar a consciência dos cidadãos que há na política entre nós?
Por enquanto, diante do quadro instalado, o Supremo e seus integrantes padecerão críticas severas e o palco está montado. Os ministros sabem perfeitamente que a causa de tudo não é deles, como admite Rodrigo Maia. De todo modo, teremos cáusticos debates até que se abram as janelas para 2020, quando se comemora o terceiro centenário de nossa Capitania. De lá pra cá, muita água correu sob a ponte. E mais água virá.

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Mensagem N°84188
De: Folha de S. Paulo Data: Terça 3/9/2019 08:46:25
Cidade: SP

Família de Adélio carrega estigma da facada e só tem notícias dele pela TV - Parentes de Montes Claros (MG) nunca visitaram autor de ataque a Bolsonaro e afirmam que ele não é um monstro - 3.set.2019 às 2h00

“Quando eu escutei aquilo, parei e pensei: é tio Tuca. Aumentei a televisão até o último volume e ouvi: Adélio Bispo de Oliveira acabou de furar Bolsonaro.”

Fazia uns dois anos que Jenifer Poliana Dias de Oliveira, 21, não via o irmão de seu pai. Na tarde de 6 de setembro de 2018, a foto surgiu inesperadamente na tela, revelando à família seu paradeiro e o crime que tinha acabado de cometer.

Em Montes Claros, cidade de 400 mil habitantes no norte de Minas, o homem que esfaqueou o então candidato Jair Bolsonaro (PSL) é lembrado pelos parentes como Tuca, o tio e irmão religioso, correto e trabalhador, que em condições normais, na opinião deles, nunca teria feito o que fez.

Nos relatos feitos à Folha, três dos quatro irmãos de Adélio, uma cunhada e duas sobrinhas narraram a angústia da falta de notícias e a luta para mostrar que ele não é o monstro apontado por tantos, mas, sim, alguém com uma doença mental que precisa se tratar.

Sem estudo e sem dinheiro, a família do homem que quase matou o hoje presidente da República é aterrorizada pelo medo de que o irmão mais velho de Adélio, que é doente cardíaco e se afundou em tristeza desde o ocorrido, morra sem vê-lo uma última vez.

Aldeir Ramos de Oliveira, 52, ultimamente só tem notícias do irmão pela mesma TV que informou à filha Jenifer o esfaqueamento durante o ato de campanha em Juiz de Fora (MG), que completa um ano na sexta-feira (6).

“A gente não sabe como ele está e não tem como ir lá visitar”, diz Aldeir, cabisbaixo. Ninguém da família teve como viajar a Campo Grande (MS), onde Adélio está preso desde o ataque, em penitenciária federal de segurança máxima. A transferência é descartada pela Justiça, que vê risco à integridade física dele fora dali.

Quando a reportagem explica as condições da prisão —cela individual, duas horas de sol por dia, ambiente 100% controlado e vigiado—, a mulher de Aldeir, Maria Inês Dias Fernandes, 49, se espanta: “Numa cela individual? Aí é que ele vai enlouquecer mesmo. Não tem ninguém para conversar, para desabafar”.

Ela, então, sai em defesa do cunhado, que conhece desde jovem. “Eu não acho ele seja esse monstro, não. De jeito nenhum. Ele é uma pessoa muito boa. Uma pessoa calada, que, se a gente precisar dele, ele ajuda”, diz a faxineira.

O maior sonho deles é dar um jeito de Aldeir visitar o irmão na prisão, mas faltam recursos e informações. A Defensoria Pública da União pode ajudá-los a pelo menos falar pelo telefone com o preso, mas para isso depende que os interessados oficializem o pedido e façam um cadastro.

Os advogados particulares que cuidam do caso poderiam facilitar o caminho, mas só respondem esporadicamente à família, que diz não ter ideia de quem os contratou. A fonte de financiamento da defesa é alvo de investigação da Polícia Federal. Até agora os indícios levam a crer que o advogado Zanone Manuel de Oliveira assumiu o processo de graça, só por publicidade.

“Nós somos tão pequenininhos, moço. A gente gostaria pelo menos de poder ouvir a voz do meu tio”, diz Jussara Ramos, 32, sobrinha de Adélio, sentada sob sol forte do lado de fora do barraco de tijolos aparentes onde vive com o marido e dois filhos, em um bairro distante do centro.

Com ensino fundamental incompleto, ela enfrenta um câncer e mantém a casa graças a doações e ao benefício de R$ 998 que o INSS lhe paga desde que a doença a deixou inválida. Apesar de tudo, ainda sorri. “Peço a Deus que reconstrua o altar dele [Adélio]”, clama ela, que é evangélica.

“Não tive pai, então meu tio é a minha referência paterna. Ele ensinou a gente a não fazer mal para os outros, a trabalhar para conseguir o que quer. Dizia que os nossos sonhos um dia vão se realizar.”

Em outros momentos de crise, era a Adélio que os familiares recorriam quando precisavam resolver algum problema grave ou faltava dinheiro. Agora, não têm ninguém.

A facada (que eles evitam nominar, substituindo por termos como “esse problema”, “o que ele fez”, “o ocorrido”) trouxe como consequência imediata os ataques à família. Jussara não esquece o dia em que, ainda na época da campanha, uma mulher que ela acredita ser apoiadora de Bolsonaro foi à sua porta ameaçá-la.

“Essa dona veio lá de longe, num sol mais quente que esse [de 31°], e gritou: ‘Aqui que o esfaqueador de Bolsonaro morava’. Eu virei e falei: ‘Ô, dona, a senhora não tem roupa para lavar em sua casa, não?’. Eu sou curta e grossa mesmo”, diz a sobrinha, contando como botou fim à provocação.

Ao lado dela, Maria Aparecida Ramos, 39, que é irmã de Adélio, confirma a perseguição: “Em muitos lugares a gente é apontado”. E recorda um episódio do dia da eleição.

“Eu estava na fila para votar, e um senhor, sem saber que sou irmã dele, começou a falar que tinha que matar [Adélio], que era perigoso a família dele toda morrer aqui em Montes Claros. Aí comecei a me sentir mal. Nem consegui assinar direito meu nome. Dói, sabe?”

Nenhum dos parentes quis ser fotografado, sob a justificativa de que já estão marcados demais. Maria Aparecida, que vive de bicos, diz que o estigma prejudica até a busca de emprego. Ela também não anda bem da cabeça, acha que ficou com depressão por causa de tudo que vem acontecendo.

“Tenho uma menininha de três anos que nem carrego mais comigo”, conta, meio constrangida, antes de falar a razão: dia desses, esqueceu a filha em uma loja. “Ela subiu para o segundo andar, me deu um branco e saí sem ela.”

Com tantos problemas de um ano para cá, política é o último assunto que os familiares de Adélio querem comentar. Eles evitam revelar preferências. Alguns dizem que nem participaram do pleito ou que anularam o voto. Brasília parece longe demais.

Afirmam, contudo, que não concordam com o ataque nem apoiam violência. “Independentemente do que ele seja ou pense, ele [Bolsonaro] tem filhos, tem família. Igual o Adélio tem. A gente também tem sentimentos”, diz Jussara.

“Se ele tivesse morrido, ia acabar a família Oliveira. Nós morreríamos junto com ele. Ele é um ser humano e merece viver. Quem tem direito de tirar a nossa vida é só Deus.”

Para ela, se o autor concluísse o plano de matar o presidenciável, todos teriam que ir para longe de Montes Claros, por questão de segurança.

Adélio nasceu e cresceu na cidade mineira, mas não é possível dizer que as pessoas lá, mesmo seus familiares, ainda o conheçam bem. Quando ele apareceu na TV no dia do atentado, já não punha os pés na terra natal pelo menos desde 2016 (os parentes têm dificuldade em precisar a data).

A sobrinha Jenifer nem o reconheceu quando ele, naquela última visita, bateu no portão pedindo para entrar. “Só vi ele quando eu era criança. Como ficou muito tempo fora, acompanhava a vida dele mais pelo Facebook”, diz.

Pela rede social ela via as fotos de quando o tio trabalhou como garçom em um cruzeiro e de quando morou em Uberaba (MG) e em Santa Catarina.

Adélio, que hoje tem 41 anos, desde os 16 saía “para o mundo e só voltava na hora que queria”, segundo sua irmã Maria das Graças Ramos, 45. Quando ia a Montes Claros, trabalhava no que surgisse: servente de pedreiro, garçom, balconista, carregador na Ceanorte (central de abastecimento).

E à noite ia orar. Virou evangélico na juventude e chegou a ser pregador em uma das denominações que frequentava, a Igreja Missionária Resplendor da Glória de Deus.

“Eu acho que ele estava fora de si [ao dar a facada]. Ele era até evangélico, entendeu? E de repente ele cismou...”, palpita Maria das Graças. “Aquilo ali foi um atentado suicida. A pessoa em sã consciência jamais faria aquilo”, diz Jussara.

Ele afirmou que cometeu o crime por discordar politicamente de Bolsonaro e porque ouviu uma ordem de Deus.

Alguns sinais ao longo da vida já davam indicações de seu perfil sistemático. Adélio adquiriu cedo senso de responsabilidade. Perdeu a mãe aos 12 anos. O pai era alcoólatra.

Costumava ser rígido consigo mesmo e com os mais próximos. Certa vez disse a Maria Aparecida que cortaria a mão dela se a irmã entrasse em casa com algo de outra pessoa.

Tinha obsessão por ver data de validade de alimentos. Quando esteve com Jenifer pela última vez, fez a sobrinha jogar fora o leite que ela guardava na geladeira. O produto estava vencido, mas era a única comida que ela tinha para oferecer à filha pequena.

Esse contato mais recente com Adélio foi suficiente para mostrar à família que o quadro mental dele estava se agravando —o diagnóstico depois do crime apontaria transtorno delirante persistente.

Ele falava sozinho e tinha certeza de que era vigiado (ora pela maçonaria, ora por outras forças). Chegava a proibir os parentes de ligar a televisão. “Eles estão ouvindo tudo do outro lado”, justificava.

Quando a TV exibia o noticiário, se irritava ao ver políticos. “Ele sabia o nome de todo o mundo. Com alguns ele concordava, com outros não. Ele estava por dentro da política”, diz a cunhada Maria Inês.

“A ignorância dele era só com política. Tirava ele do controle”, acrescenta Aldeir.

Em outros momentos, dizia que tanto seu celular quanto os das pessoas ao redor estavam grampeados. “Mandava a gente desligar na hora”, lembra a irmã Maria das Graças.


“Às vezes ele entrava para o quarto, começava a conversar, ‘sapateava’. Dava aquela impressão que ele estava discutindo com alguém. Quando você ia ver, estava sozinho”, completa ela. “Mas ele nunca se abriu com a gente.”

Os parentes, então, sugeriram a ele que fosse atrás de um psicólogo ou psiquiatra. Adélio se enfureceu. “Vocês estão achando que estou doido? Vocês é que estão”, respondeu, segundo os relatos.

Pouco depois, repetiu o que fez dezenas de vezes desde a juventude. Avisou que havia arranjado um emprego no sul do país e que ia embora. Dias antes de esfaquear Bolsonaro, ele ligou para Aldeir e disse que iria para São Paulo. Quando foi visto de novo, pela TV, já era outro Adélio.

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Mensagem N°84187
De: Estado de Minas Data: Terça 3/9/2019 08:13:26
Cidade: Belo Horizonte

Estado de Minas - Presos serram grade e fogem de penitenciária de segurança máxima em Minas - Luiz Ribeiro - Equipes da Polícia Militar (PM) realizam buscas na tentativa de localizar e prender tres presos que fugiram da Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais, na madrugada desta segunda-feira, após serrarem as grades da cela onde estavam recolhidos. A fuga foi confirmada, por meio de nota, pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que também informou que a direção da unidade instaurou procedimento para apurar as circunstâncias do fato. A Sejusp confirmou que escaparam da unidade de segurança máxima os detentos Deivison Oliveira Santos, de 28 anos; Warley Miranda de Oliveira, de 34; e Jan Gomes de Souza, de 31. Eles foram condenados homicídio, latrocínio – roubo seguido de morte, tráfico de drogas e outros crimes. Foi a primeira fuga na Penitenciária Máxima de Francisco Sá desde que a unidade prisional foi inaugurada em 2004. O presídio foi projetado para receber, no máximo, 332 detentos, em celas individuais. No entanto, enfrenta o problema da superlotação. A Sejusp alega que, por razões de segurança, não informa a lotação atual da unidade. Mas, ela estaria com mais de 400 detentos. A penitenciária fica localizada a 12 quilômetros da área urbana, próxima ao distrito de Cana Brava. Ainda não se sabe se os fugitivos tiveram alguma ajuda externa. Em 29 de abril de 2013, houve uma tentativa de resgate de presos da unidade, ao serem levados para atendimento médico numa policlínica de Francisco Sá. Os criminosos foram perseguidos e dois deles foram mortos em troca de tiros com a PM, numa estrada vicinal de Francisco Sá, após tentarem atingir um helicóptero da PM com tiros de fuzil. Dos três detentos que escaparam na madrugada desta segunda, Warley Miranda de Oliveira, o “Bebê”, foi condenado por ser um dos envolvidos na morte do advogado Jayme Eulálio de Oliveira, ocorrido em outubro de 2013, no Bairro Castelo, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Deivison Oliveira Santos, condenado por homicídio e roubo, é um “especialista” em fugas, tendo escapado tres vezes da Cadeia Pública de Rio Pardo de Minas. Ele tinha conseguido fugir da cadeia de Rio Pardo pela última vez em novembro de 2016, quando foi recapturado logo em seguida, ao tentar pegar “carona” a beira da LMG 631, estrada Rio Pardo/Taiobeiras. Depois, foi levado para a Penitenciária de Segurança Máxima. Jan Gomes de Souza também é considerado elemento de alta periculosidade, respondendo por vários homicídios, latrocínio e roubos. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública informou que, por volta das 2 horas desta segunda, agentes penitenciários de plantão da unidade do Norte de Minas notaram uma grade de acesso ao “pavilhão A” retorcida e uma concertina danificada. Depois de uma ronda no entorno da penitenciária, constataram a presença de uma tereza (corda artesanal), usdada pelos fugitivos para ultrapassar o muro, no ponto onde a concertina foi rompida. Imediatamente toda a equipe foi acionada e iniciada a revista e contagem dos presos. Os agentes também encontraram grades que dão acesso ao pátio de banho de sol serradas. Foi feita a contagem dos presos, sendo contatada a fuga de tres detentos.

***

O Tempo - Três homens fogem de presídio de segurança máxima em Francisco Sá, em MG - Três presos fugiram, na madrugada desta segunda-feira (2), da penitenciária de segurança máxima Francisco Sá, no Norte de Minas. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, por volta das 2h, agentes notaram uma grade de acesso ao pavilhão A retorcida e uma concertina danificada. Em ronda, eles localizaram ainda uma tereza (corda improvisada) e perceberam que as grades que dão acesso ao pátio de banho de sol foram serradas. Por causa disso, foi feita a contagem e revista dos presos, que confirmou a fuga de três homens de 28, 34 e 31 anos. A Polícia Militar foi acionada e está em busca dos foragidos. A direção da penitenciária apura as circunstâncias da fuga.

***

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Mensagem N°84186
De: Cemig Data: Segunda 2/9/2019 15:22:36
Cidade: BH  País: Brasil

(...) A Cemig Geração Distribuída será parceira da Mori Energia em até nove usinas solares fotovoltaicas em Minas Gerais. Nesta manhã (30/8), a empresa especializada em energia renovável e geração distribuída protocolou junto ao executivo estadual a intenção de instalar 32 usinas no estado, projeto que envolve aporte de R$ 530 milhões.
(...) a primeira usina já foi inaugurada em fevereiro deste ano. Localizada em Janaúba (Norte de Minas), em uma área de 230 mil m2, o equivalente a 27 campos de futebol, a unidade custou R$ 18,5 milhões. “A planta é destinada ao atendimento a clientes atendidos em baixa tensão, como comércios e pequenas indústrias”, explica o executivo.
Agora, outras usinas serão instaladas em diferentes cidades, especialmente na região Norte de Minas que, segundo o Atlas Solarimétrico da Cemig, apresenta valores médios de potencial de geração de energia comparáveis aos melhores valores do país, encontrados no território nordestino. A potência total das nove usinas é de 32 MW (megawatts), o que seria suficiente para atender ao consumo de aproximadamente 37 mil residências.
(...)

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Mensagem N°84185
De: Copasa Data: Segunda 2/9/2019 12:23:40
Cidade: Montes Claros

A Copasa informa que o abastecimento de água nos bairros Augusta Mota, Augusta Mota Prolongamento, Canelas I e II, Canelas Prolongamento, Jardim São Geraldo, Chácaras Paraíso, Condomínio Serrano, Major Prates, Morada do Sol, Morada do Parque I e II, Morada da Serra, São Geraldo, Vargem Grande e Vargem Grande II, na cidade de Montes Claros, foi interrompido emergencialmente nesta segunda-feira (02/09), para manutenção na rede de água.
A previsão é de que o fornecimento de água seja restabelecido, gradativamente, no decorrer da noite de hoje (02).

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Mensagem N°84184
De: Petrônio Braz Data: Domingo 1/9/2019 19:18:45
Cidade: Montes Claros

A lenda da Iara

Nas margens do rio São Francisco corre, por tradição oral, a lenda da Iara, que personifica as seduções e os perigos do rio. História surpreendente, que se conta ainda hoje, passados muitos e muitos séculos, e que se projeta nos espíritos menos crédulos no campo enigmático da lenda. Mas, como lenda, é das mais belas do vale do grande rio, o Opará dos aborígines, entre tantas outras que o cárcere do tempo vai consumindo com a avidez dos vendavais, que tudo destroem.
Em tempos remotos, na parte média do extenso curso do caudaloso rio, no alto de um rochedo de pedras calcárias de prisca idade, que ainda ali está desafiando os séculos e a fúria das águas, localizado no interior agreste de Pindorama, na margem direita do rio, vivia a tribo guerreira dos xacriabás, da grande nação tapuia. A taba localizava-se sobre o rochedo, onde se erguia a oca do murumuxaua, a Oeste da ocaruçu. Não muito longe dali, para o Sul, rio acima, menos de um dia de viagem pela mata densa, vivia o pagé da tribo, a quem atribuíam poderes sobrenaturais, capazes de amainar as iras de Tupã, o trovão. Eram os xacriabás ágeis canoeiros e excelentes nadadores. Em suas frágeis igaras ou nas fortes igaraçus, que flutuavam sobre as águas como a palmeira de Tamandaré, desafiavam as águas do grande rio. Nas guerras, que eram uma constante em suas vidas, quase sempre contra os temíveis caiapós, exímios flecheiros e denodados guerreiros que dominavam a margem oposta do rio, destacavam-se pela ferocidade nos combates, a que se acrescentava o domínio quase absoluto das águas: nadavam como peixes.
Vivia ali um jovem guerreiro, de nome Pirajara, capaz de esticar o arco de Ulisses com uma flecha de Apolo, agílimo no manejo da tangapema e tão destro quanto Peri no uso da azagaia, que era profundamente triste. Afligia-o a infelicidade de ter perdido a noiva. Itaoera – este o seu nome – havia morrido afogada nas águas do rio, apesar de ter sido ela, como seus irmãos de taba, excelente nadadora e o guainumbi tinha levado sua alma para o outro mundo. A perda irreparável era para o guerreiro mais dolorida que um golpe de tacape ou um profundo ferimento de uma certeira flecha caiapó nos embates da guerra.
Intensamente angustiado, o jovem guerreiro ouviu, quando a obscuridade da noite começava a encobrir a terra e a jacy-caboaçu despontava no horizonte, o canto terno da U’yara, que vinha do rio.
Sabia ele, porque lhe tinha sido dito pelo murumuxaua, em uma reunião do moacaretá, ser perigoso aproximar-se do rio quando cantava a U’yara. Mas, no rio estava o corpo de Itaoera.
Todos na tribo sabiam que o guerreiro que fosse ilaqueado pelo canto da U’yara seria por ela arrastado para o fundo das águas e não mais retornaria à superfície.
Pirajara, apesar da convicção aculturada da tribo, afastou-se vagarosamente da fogueira que ardia em frente à oca de seus pais e dirigiu-se enlevado para a margem do rio, conduzido pelo canto sedutor.
Era a coara-cyàra e o rio estava em sua vazante máxima.
No alto de uma pedra que aflorava das águas em frente ao rochedo, estava a U’yara, uma encantadora e jovem mulher, sentada com seus longos e mádidos cabelos verdes, como se feitos de delicados pecíolos de algas oscilárias, cobrindo-lhe o corpo nu. Seus rúbidos lábios, ainda úmidos, traziam o vermelho da açucena. Os olhos castanhos, protegidos por grandes cílios, refletiam a luz leitosa que jacy-caboaçu despejava sobre as águas. Os braços estendidos em oferecimento de carinho, com a graciosa cauda guardada sob as águas.
Ela, em um gesto rápido, pleno de feminilidade, jogou para trás os longos cabelos, deixando à mostra o colo e dois alvos e lindos seios. Seu rosto tão belo quanto o de Itaoera.
Diante do oferente gesto da U’yara, o bravo guerreiro atirou-se nas águas, nadando até a pedra.
Realizada com sua ob-repção, a U’yara abraçou-o, um abraço de encantamento, e ele não viu, nem sentiu, quando juntos mergulharam em demanda à larga e espaçosa oca de pedras localizada no centro do rochedo, sob as águas do rio, de prodigiosa beleza natural, e ali vivem felizes longe das tribulações do mundo exterior, enquanto a lenda perdurar na lembrança dos homens.

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Mensagem N°84183
De: Afonso Cláudio Data: Domingo 1/9/2019 13:08:17
Cidade: Montes Claros

Hoje, 93 anos da inauguração da EFCB em Montes Claros. Peço licença aos leitores para reproduzir duas mensagens de minha autoria, relativas a este assunto.

Mensagem 82610, de 20/8/2017
"20/8/1926 — Chega à Estação de Montes Claros a ponta dos trilhos da Estrada de Ferro Central do Brasil...Saudade das viagens no "trem de luxo" principalmente, apesar das 15 horas de viagem Moc-BH, mas a composição tinha conforto e segurança, com restaurante, leito e poltrona-leito. Nem pareciam 15 horas, porque a gente ia batendo papo no restaurante, tomando alguma bebida e apreciando uma boa refeição, depois dormia várias horas e, de repente, já estava chegando à estação final. Mas o trem de passageiros da EFCB foi desativado em 1996. Foram 70 anos de transporte que deveria ter sido aperfeiçoado, como nos países mais evoluidos do mundo, e não desativado. Hoje mesmo, um ônibus de passageiros Moc-BH colidiu na traseira de um caminhão, próximo a Curvelo. Felizmente não houve vítimas fatais. Mas têm ocorrido muitos acidentes graves ou gravíssimos nas BRs."

Mensagem 83509, de 01/9/2018
"01/9/1926 — Inaugura-se, na cidade de Montes Claros, a Estrada de Ferro Central do Brasil. O Ministro da Viação, Francisco Sá, partindo de Bocaiuva com sua comitiva, em trem oficial, inaugura sucessivamente as Estações de ..." - Quem viajou de trem, de Montes Claros para outras cidades, sempre reverencia esse dia como um dos mais importantes da história do desenvolvimento da nossa cidade e região. E reafirma sua grande admiração pelo Ministro da Viação, Dr. Francisco Sá, um dos mais ilustres filhos do Norte de Minas em todos os tempos: "Ao champanhe, o Deputado Camilo Prates, em nome da Câmara Municipal de Montes Claros, ofereceu o banquete ao dr. Francisco Sá. O homenageado respondeu agradecendo com um dos discursos mais eloquentes, mais belos e emotivos até então jamais ouvidos pela enorme assistência, em religioso silêncio." Que o transporte ferroviário, de cargas e passageiros, tão importante para o Brasil, seja modernizado e reativado, trazendo mais conforto, economia e segurança para todos nós, como em países tais como a França, Alemanha, Inglaterra, Japão, China, Rússia e Estados Unidos, por exemplo."

Engenheiro Afonso Cláudio de Souza Guimarães

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Mensagem N°84181
De: Governo de Minas Data: Sábado 31/8/2019 07:24:52
Cidade: Belo Horizonte

Romeu Zema assina protocolo de investimentos de R$ 523 milhões em energia fotovoltaica - O governador Romeu Zema assinou nesta sexta-feira (30/8), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, protocolo de intenção com a empresa Mori Energia Holding S.A para a implantação de usinas fotovoltaicas no estado. Ao todo, serão investidos R$ 523 milhões na instalação de 32 usinas em 17 municípios do Norte de Minas. A expectativa é de que sejam gerados mais de 1.500 empregos diretos durante a fase de construção dos empreendimentos. (...)

A Mori é uma empresa de energia fundada em 2012 oferecendo soluções de eficiência energética em geral, como sistemas de aquecimento solares e substituição de lâmpadas convencionais por lâmpadas de LED. Ao longo de sua trajetória, a geração fotovoltaica de energia elétrica se tornou o principal foco da empresa, que conta com instalações em telhado para clientes industriais, comerciais e residenciais, e projetos de geração remota, como a UFV Janaúba. O projeto prevê a instalação de 32 usinas fotovoltaicas em municípios do Norte de Minas Gerais, totalizando 110MW instalados, cada uma com 25 anos de vida útil. A conclusão do projeto está prevista para os próximos meses. Além do projeto de instalação das usinas, a Mori possui um projeto de termoelétrica com plano de negócios em andamento. (...)

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Mensagem N°84180
De: Prefeitura Data: Sábado 31/8/2019 07:05:21
Cidade: Montes Claros

Prefeitura vai recapear os grandes corredores de ônibus de Montes Claros - A Prefeitura de Montes Claros realizou nesta sexta-feira, 30, a primeira sessão pública do processo licitatório 0376/2019, que irá contratar empresa para a execução de obras de recuperação asfáltica dos corredores viários de transporte coletivo. As obras vão consistir na fresagem, reciclagem e recapeamento de diversas ruas e avenidas. Durante a sessão, três empresas apresentaram proposta para a realização das obras. A partir de agora as documentações serão analisadas para habilitação. Após esta etapa, uma nova sessão será marcada para a abertura dos envelopes com as propostas. As obras de recapeamento vêm mudando a cara da cidade e têm colocado fim a demandas antigas dos moradores. Nesta etapa serão investidos cerca de R$ 6 milhões para a recuperação de mais de 15 quilômetros de ruas e avenidas. Entre as vias que serão beneficiadas estão: rua Leonel Beirão de Jesus; rua Cônego Chaves; avenida Brasil; avenida Ruy de Albuquerque; avenida Neco Delfino; rua João Martins/Bio Lopes; avenida Três Poderes; rua Padre Vieira; rua Elói Pereira; avenida Castelar Prates; rua Professor Monteiro Fonseca; rua Antônio Lopes; avenida Mestra Fininha; rua Melo Viana. Todas as obras estão sendo executadas com recursos próprios, através do Fundo Municipal de Investimentos, com o valor integralmente já depositado em instituição bancária.

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Mensagem N°84179
De: Paulo Narciso Data: Sexta 30/8/2019 10:04:16
Cidade: M. Claros

30 de agosto. Hoje, M. Claros tem novo encontro com o dever de gratidão. Chega aos 90 anos, jovem, alegre, sempre disposta e alerta, a Irmã Guido, do Colégio Imaculada Conceição, da Congregação do Sagrado Coração de Maria.

Embora Guido sugira nome brasileiro, a Irmã Guido é belga. Poucas pessoas em Montes Claros - pouquíssimas - a superam em identificação com a cultura à qual se entregou integralmente ainda por volta dos 20 anos.

Deixou a Belgica e veio para o Brasil aí pelos anos 50, ou pouco antes.

Jamais teve sotaque, e qualquer interlocutor terá dificuldades em identificar na sua fala escorreita uma belga, alguém que trocou um dos países mais civilizados e atualizados do mundo por uma nação emergente, silvestre flor do sertão ("Sempre Viva") das Américas; ermo, remoto lugar periférico do planeta.

Veio da Bélgica, como padres e freiras, na dobra do século XX.

A ajuda franca que prestaram à cidade - que à época tinha 20 mil habitantes, ou 3 mil, como nos dias das irmãs Odília, Beata e Canuta - a ajuda que trouxeram sem nada pedir torna a Bélgica nossa segunda irremovível pátria.

Muitos de nós amamos a Bélgica como nossa terra genuína, graças aos padres e freiras que a predicação cristã enviou nesta direção.

Uma legião deles: Beata, Canuta, Odília, Francisco Morreau, Amando, Estanislau, Pedro, Ciardo, Malvina, Chantal, Irene, Verla, tantos, tantas. (E sempre haverá um nome a ser acrescentado aqui).

É preciso lembrar que a alta cultura belga (que acumula 11 prêmios Nobel, e que se opôs vigorosamente a Hitler) junto com padres e freiras nos enviou o que temos de mais precioso e nobre.

Vale citar: a escola, o teatro, o jornal e, acima de tudo, princípios e valores; Fé - no que a palavra tem de superior, sem dogmatismos.

Pois bem.

Hoje, a gratidão de Montes Claros vai se re-unir em torno de Irmã Guido, para retribuição, pálida, comovida, permanente.

E onde cabe um pedido: fica, segue conosco pelos próximos 90 anos. ("Senhor, já é tarde. Fica conosco").

Então, nosso olhar, agradecido, deve voar sobre o oceano e pousar em Berlaar, perto de Antuérpia, no minúsculo cemitério canônico que guarda as relíquias de abnegadas almas que se entregaram a nós, numa lista principiada pela Irmã Malvina.

Se, como acreditamos, a Vida não cessa, há festa, hoje, no Céu e na Terra.


(Na foto, duas das primeiras freiras belgas que chegaram a M. Claros, pouco depois da estreia, do dealbar dos anos 1900)

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Mensagem N°84178
De: Manoel Hygino Data: Sexta 30/8/2019 07:43:01
Cidade: Belo Horizonte

Bom senso indispensável

Manoel Hygino

Questões ambientais e indigenistas, ampliação de queimadas na Amazônia e troca de farpas entre presidentes – um na América do Sul, o outro na Europa. Em Paris, Macron classificou como “crise internacional” a situação na Amazônia, acrescentando que os líderes do G7, antes G8, formado pelos países mais ricos, discutiram “a emergência” na cúpula do fim de semana, em Biarritz.
Em Brasília, no Dia do Soldado, o ministro do Exército, em discurso, elevou o tema: “aos incautos que insistem em tutelar os desígnios da brasileira Amazônia, não se enganem: os soldados do Exército de Caxias estarão sempre atentos e vigilantes, prontos para defender e repelir qualquer tipo de ameaça”.
Em 26 de agosto, Dia de São Zeferino, segunda-feira, grandes jornais ostentavam manchetes alentadoras, após a parafernália verbal: “Macron promete ajuda de países ricos à Amazônia”, publicou “O Globo”; “Zero Hora”, de Porto Alegre explica: “G7 concorda em ajudar a conter o fogo na Amazônia”; “Diário de Pernambuco”, do Recife, a sua vez: “G7 vai ajudar o Brasil a combater incêndios”.
Ao fim e ao cabo, prevaleceu um pouco de bom-senso no que tange ao recebimento de ajuda do G7 ao Brasil. Bolsonaro titubeou sob o argumento de que Macron queria tutelar-nos. Criaram-se arestas de todo tipo, envolvendo a própria primeira-dama francesa.
Dias depois, o Brasil resolveu “aceitar” a colaboração do grupo dos mais ricos do mundo, inclinando-se a ponderações prudentes, embora esses desagradáveis episódios devam marcar o primeiro ano da gestão Bolsonaro. Macron, em discurso a embaixadores em Paris, classificou de “erro profundo” a postura hostil em resposta a emergências que ultrapassaram limites nacionais. O chefe do governo francês foi suficientemente claro:
“A Amazônia é estratégica para o mundo inteiro, tanto em termos de aquecimento global quanto de biodiversidade”, disse. “Nesse sentido, notei as inquietudes, a falta de tato de alguns dirigentes, ao considerarem que soberania, no fundo, era agressividade”, afirmou.
Em seguida, Macron insistiu no argumento de que a mancha amazônica se estende por nove países, inclusive a França – que tem um departamento em solo sul-americano (Guiana Francesa). “Vários outros (países que não o Brasil) solicitaram nossa ajuda. É importante mobilizá-la logo para que a Colômbia, a Bolívia e todas as regiões brasileiras que desejem usufruir desse auxílio possam recebê-lo e reflorestar a área rapidamente”, completou o presidente francês.
Parece incrível que, no miserê em que nos achamos, ainda tenhamos relutância em receber recursos estrangeiros para empregar em bens brasileiros, que necessitam de preservação em caráter imediato. Curioso que, enquanto “pensamos” se recebemos ou não ajuda externa das nações mais ricas, aceitemos um avião do Equador para auxiliar no combate aos incêndios na selva.
Quanto aos Estados Unidos, até agora não se viu a cor do seu dinheiro, mas apenas as palavras de elogios de Washington às decisões de Brasília. Pelo que se vê, carecemos de uma dose de serenidade – não se confundir com submissão – para tratar de assuntos de interesse nacional. Como dizia Lauro Muller, o Brasil se mantém ao lado do grande país do Norte – até em duas grandes guerras – mas não andamos a seu reboque.
Enquanto se dão os fatos, o Banco Central se vê na contingência de vender suas reservas, pela primeira vez em dez anos, para tentar conter a elevação do dólar. Prudência e caldo de galinha fazem bem até nas negociações públicas.

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Mensagem N°84176
De: Copasa Data: Quarta 28/8/2019 11:30:56
Cidade: Montes Claros

A Copasa informa que o abastecimento de água nos bairros Augusta Mota, Augusta Mota Prolongamento, Chácaras Paraíso, Canelas I e II, Canelas Prolongamento, Condomínio Serrano, Jardim São Geraldo, Major Prates, Morada do Sol, Morada do Parque I e II, Morada da Serra, São Geraldo, Vargem Grande e Vargem Grande II, na cidade de Montes Claros, foi interrompido emergencialmente na noite de terça-feira (27/08), para manutenção na rede de água. A previsão é que o fornecimento de água seja normalizado, de forma gradativa, no decorrer da tarde de hoje (28).

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Mensagem N°84175
De: Manoel Hygino Data: Quarta 28/8/2019 08:33:13
Cidade: Belo Horizonte

Os segredos de Frieiro

Manoel Hygino

No Festival de Rua, em BH, na Fernandes Tourinho, Savassi, no passado fim de semana, o homenageado foi Eduardo Frieiro, uma das vozes mais importantes das letras mineiras no século que ficou para trás. Não foi dos que queriam entrar em cena para aparecer, tímido sob vários aspectos. Não se afastou de Minas Gerais para brilhar em São Paulo e Rio, como do feitio dos autores da época. Nem procurou casar em família rica e conceituada, não buscou espaço nas folhas. Assim, passou toda a vida, legou cerca de 200 livros publicados, que ganham provas de apreço e admiração das gerações que o sucederam.

Criada a Coordenadoria de Cultura de Minas, precedendo a Secretaria, o professor Wilson Chaves, depois um dos fundadores da Escola de Direito Milton Campos, fez a apresentação de “Os livros nossos amigos”, de Frieiro, que cresce, com muita justiça, entre os mais lidos nas bibliotecas. É um primor de conhecimento, com fácil leitura. A edição se fez, quando o autor alcançava os 90 anos, muito já produzira, mas vários cadernos de anotações queimou pessoalmente. Frieiro tinha manias e desejos inarredáveis.

Aquele volume foi apresentado pelo escritor, já então aplaudido, Moacyr Andrade, que chegara à Academia Mineira de Letras, antecedendo-o. E o seu confrade comentou, sem fazer favor algum: “seus conhecimentos são profundos em quase tudo que é saber humano. Onde não é profundíssimo, é sempre o conhecedor bem equipado e lúcido, para dar banhos de segura informação. Basta perguntar-lhe e ouví-lo. Não se instruiu “à la diable”, embora fora de escola, pois não foi o menino além da escola primária de uma amiga professora”.

E houve mais: “O restante imenso ele procurou sozinho, mas metodicamente, rigorosíssimo no estudo curricular das matérias dos ginásios da época, feito porém, por ele em casa, avaliando o progresso de seus conhecimentos, para ele mesmo promover-se no período seguinte. Professor e aluno numa pessoa só. E ambos criteriosos: o professor era exigente e o aluno querendo saber. Com esse sistema curioso de estudar sozinho, dominou todas as matérias que constituíam, na sua juventude, o chamado “curso de Humanidades”. Assim, penetraria nos estudos de ordem universal, percorrendo os livros todos necessários, que ia buscando, mas sem qualquer mestre exterior. E, desse modo, sem diploma, ficou douto em tudo o que oficialmente é requerido para a pompa de diploma universitário”.

Eduardo Frieiro foi, assim, um produto raríssimo em nosso meio. Tipógrafo com todas as honras da nobre arte, atuou ao lado de famosos nas lides literárias, e do seu amigo Moacyr Andrade, revisor da Imprensa Oficial, e ínclita casa, que se transferiu de Ouro Preto e habitou, por muitos e muitos anos, o grande prédio da avenida João Pinheiro, esquina com Espírito Santo.

Venceram a epidemia de gripe espanhola – ele e o Moacyr, e depois das dez horas, terminados os deveres do ofício, iam conversar a pé nas ruas e no botequim do Fausto, um italiano amável, na avenida do Comércio, hoje Santos Dumont. Lá, existiam os famosos e enormes sanduiches da casa e a cerveja “Negrinha”, considerada saborosíssima, fabricada por Paulo Simoni, custando 500 réis a garrafa, época em que o chope não ingressara no mercado.

Ao longo da vida foi aquilo: avesso às rodas e companhias, preferia ficar lá pelos cantinhos, sisudo, se possível com um livro à mão e aos olhos. Para não aparecer colaborava com o jornal “Avante”, usando o pseudônimo de Bento Pires. O modernismo começava, e ele não o aprovou. Figura singular, Eduardo Frieiro, um dos autores de minha preferência, nascido em Bento Pires, antes da República – em 5 de junho de 1889.

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Mensagem N°84174
De: Manoel Hygino Data: Terça 27/8/2019 08:09:40
Cidade: Belo Horizonte

No calor da crise

Manoel Hygino

Uma crise internacional que poderia ter sido evitada. Esta foi produzida em torno da questão ambiental, que tem como centro as queimadas na Amazônia e que, por motivos óbvios, atraíram a atenção do mundo. A imprensa, sempre tão criticada, teve razão mais uma vez, limitando-se a transmitir o que conhecera e apurara. Jornais de grande representatividade na comunidade brasileira, no dia 23, tinham como manchetes de primeira página:
Folha de São Paulo: “Queimadas acuam governo, que opta por ampliar críticas”. O Estado de São Paulo: “Queimadas na Amazônia provocam reação mundial”. O Globo (Rio): “Amazônia vira crise internacional”. Zero Hora (Porto Alegre): “Após críticas de Macron, Bolsonaro anunciará medidas contra queimadas”. Valor Econômico (São Paulo): “Amazônia vira preocupação global e gera crise ambiental”.
O Brasil inteirinho sabe dos problemas que inquietam os produtores rurais, os moradores de áreas atingidas pelos incêndios, ou destruição da selva, na Amazônia. Em Belo Horizonte, tão distante do palco dos acontecimentos, teme-se o fogo que se ergue nas fraldas da Serra do Curral, ameaçando a mataria, residências da elite ou de proprietários de baixa renda, até casas de saúde.
É bom que todos sintam o problema e procurem evitar danos maiores, até à vida humana. Aqui, situamo-nos no Sudeste, de mais recursos, inclusive em equipamentos de defesa e para debelar o fogo. Imagine-se lá nos rincões recônditos da maior floresta do planeta. Tem-se de cuidar, ao invés de dilatar um bate-boca, fora dos padrões de chefes de Estado ou da diplomacia, atitude que em nada ajuda, antes atrapalha.
Pode ser que o presidente Emanuel Macron tenha se precipitado, até para apresentar-se como protagonista em um drama, de que o Brasil não é ator sozinho, como se demonstrou antes da reunião do G7, em Biarritz. Aparentemente, Brasília permaneceu na conversa, enquanto os fatos se avultavam, resultando numa crise dispensável. Será que o papa também se precipitou?
O general Villas Bôas, uma das grandes lideranças das Forças Armadas, enganou-se na colocação da matéria, em recentes declarações. Os testes nucleares franceses na Polinésia, há tantos anos, jamais serão esquecidos, mas a situação agora é outra. A pátria de De Gaulle esteve ao lado do Brasil em inúmeras oportunidades no decorrer da história. Não é hora, nem há razões suficientes, para desencontros. Ademais, a Guiana Francesa faz fronteira com o Brasil, e suas angústias pela tragédia amazônica são pertinentes a ambas as nações.
Os governos da França e da Irlanda chegaram a anunciar o bloqueio do acordo com o Mercosul, o que seria altamente danoso ao Brasil, se o Planalto não tomasse providências para proteger a floresta, depois de mais de 20 anos de negociações. Logo, a questão está equacionada e clara. Nada de suscetibilidades feridas.

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Mensagem N°84173
De: Manoel Hygino Data: Sábado 24/8/2019 16:12:37
Cidade: BH

O que a ministra pensa

Manoel Hygino

No dia 14 de maio de 2016 – já se passaram mais de três anos pois – a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, declarou em aula inaugural da Faculdade de Direito da UFMG, em Belo Horizonte, que o Brasil vive atualmente em estado de guerra.

Observou: “e não é uma guerra contra o Estado, não é a raiva do servidor ou do presidente, mas a raiva do vizinho, porque ele não pensa igual. A intolerância é de uma geração que não quer nada diferente. E não se resolve a vida com raiva”. “Nós do Direito temos o dever de trabalhar pela pacificação – não no sentido abstrato, mas no sentido de viver em paz com o outro, porque só assim o outro se sente no estado de Justiça”.

A ministra demonstrou confiança no futuro, destacando que a democracia entre nós está cada vez mais forte. “Andamos muito para chegar a um tempo em que a pluralidade, que está presente na Constituição, seja a tônica da vida de cada um de nós”. Para ela, “a democracia, mais que um regime, é um modo de vida e uma conquista permanente”.

No entanto, manifestou-se também:

“O politicamente correto é o não pensar. O politicamente correto é uma renúncia à liberdade. Agora, é ainda pior, porque, se você não pensa igual, você não é tolerável. E isso me parece um pouco como era no Partido Comunista que tinha um slogan assim: você pensa que pensa? Pensa não. Quem pensa por você é o Comitê Central. E eu agora fico achando que estamos assim: você pensa que pensa? Pensa não. Quem pensa por você é o comercial”.

Nascida no sertão mineiro, aparentemente não é de ter medos. Mas afirmou, depois de terminar o mandato como presidente do STF, que o brasileiro não dormiria se conhecesse tudo o que ela sabe, ao comentar a situação dos presídios do país totalmente dominados por organizações criminosas:

– Hoje, temos as questões gravíssimas das organizações criminosas dominando em todos os estados do Brasil. Por isso, eu digo que não é cômodo nem confortável nenhuma poltrona na qual eu me assente, por uma simples circunstância – eu sou uma das pessoas que, mais tendo informações, não tenho a menor capacidade de ter sono.

No mesmo ano, a ministra se reuniu com os governadores no Palácio do Planalto. E disse: “não cabe ao Judiciário culpas pelos problemas na área de segurança pública pelos quais o país passa, mas, sim, de encontrar soluções”. Explicou, em seguida: “o Estado Democrático de Direito garante ao cidadão o direito ao sossego. É esse direito que faz a população confiar que o Estado vai cuidar disso”.

Sempre ouvida por presidentes da República, por membros do Senado e da Câmara Federal, além de governadores, a mineira de família de Espinosa observou: “uma democracia vive disso e só disso, da confiança de que o Estado não vai permitir que, pela força, lhe tirem os direitos. E é isso que não se está tendo no mundo de hoje, no Brasil de hoje”.

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Mensagem N°84172
De: Copasa Data: Sexta 23/8/2019 19:27:15
Cidade: M. Claros

A Copasa informa que o abastecimento em alguns bairros de Montes Claros será interrompido na manhã do próximo domingo (25/08) para manutenção na Elevatória de Água Tratada (EAT). A previsão é que o fornecimento de água seja normalizado, de forma gradativa, no decorrer da tarde do mesmo dia (25).
REGIÃO AFETADA
Alcides Rabelo, Alice Maia, Alto São João, Amazonas, Barcelona Park, Bela Vista, Belvedere, Camilo Prates, Carmelo, Centro, Chiquinho Guimarães, Cidade Industrial, Cintra, Clarice Ataíde, Delfino Magalhães, Distrito Industrial (Indústrias), Dona Gregória, Dr. Antônio Pimenta, Edgar Pereira, Eldorado, Esplanada, Floresta, Guarujá, Independência e Adjacentes, Interlagos, Jaraguá I e II, Jardim Alegre, Jardim Alvorada, Jardim Brasil, Jardim Palmeiras, Jardim Primavera, JK e José Corrêa Machado.

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Mensagem N°84171
De: Manoel Hygino Data: Sexta 23/8/2019 11:30:13
Cidade: Belo Horizonte

A violência por aí

Manoel Hygino

Não é mais um terrível privilégio de agosto: todos os meses têm sido de extremas violências. Nem há lugar específico. Os males se distribuem pelo território, em todas as regiões brasileiras, praticados por cidadãos (?) de toda cor, morador de elegantes apartamentos, de modestas casas de classe média ou de barracos dependurados nos morros, sem a poesia exaltada pelos compositores ou os moradores da margem dos córregos em que o lixo urbano é despejado sem cuidado ou compostura.
Não é o caso de se perguntar que país é este, atribuída erroneamente a frase a De Gaulle. Depoimento digno de que a indignação foi formulada por outra autoridade, fica aqui meu compromisso de revelá-lo a posteriori. Com mais propriedade eu questionaria: como transformaram este país no que aí está? No fundo, o país não é isto... Foi nisso transformado e temos de lutar imensidades para removê-lo de onde se encontra.
Examinemos: no dia 2 deste mês houve um brutal homicídio na maior cidade norte-mineira, Montes Claros, onde nasci: um antigo jogador de futebol, de 87 anos, foi morto em casa por um homem com extensa ficha criminal. A descrição dos fatos dão detalhes estarrecedores.
No dia 18, na mesma cidade, um homem, com comprometedor histórico na polícia, contratado para pintar uma casa em bairro também de classe média, assassinou a proprietária, encontrada envolvida em panos e plásticos, com sinais de violência. Era uma professora, funcionária pública, ex-diretora escolar, aposentada. O homicida estava em prisão domiciliar, réu por prática de estupro, dentre outras acusações.
No dia 20, o mundo todo viu, pela televisão, um homem armado – depois se constatou um simulacro – sequestrar pela manhã, na segunda maior cidade brasileira, um ônibus lotado na ponte Rio-Niterói. Os passageiros feitos reféns eram em torno de 40. O sequestrador, de pouco mais de 20 anos, ameaçou incendiar o coletivo com todos os ocupantes. Foi abatido a tiros por policiais de elite.
Nem terminara a semana para a mídia informar que o Brasil registrou queda de 22% de mortes violentas nos primeiros meses deste 2019, comparativamente ao mesmo período do ano passado. O fato foi revelado no índice nacional de homicídios, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Aparentemente, uma evolução fantástica. Mas somente em maio houve 3.521 assassinatos contra 4.327 no mesmo mês de 2018. Espantemos nós: apenas nos cinco meses deste ano foram 17.907 mortes violentas. Os dados apontam que houve 5.108 mortes a menos no país até maio. Dois estados tiveram quedas superiores a 30% – Sergipe e Ceará. Mas três – Piauí, Tocantins e Roraima – registraram alta de assassinatos.
Segundo especialistas, integrantes e ex-integrantes dos governos e entidades atribuem o declínio no número de mortes a ações mais rígidas em prisões, com constantes operações de revistas e implantação do Regime Disciplinar Diferenciado e isolamento ou transferência de chefes de grupos criminosos para presídios de segurança máxima.

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Mensagem N°84170
De: Manoel Hygino Data: Quinta 22/8/2019 07:20:37
Cidade: Belo Horizonte

Minas, um osso

Manoel Hygino

Podemos dizer que Minas Gerais completa 300 anos em 2020. A Capitania das Minas foi criada em 1720, sendo nomeado seu primeiro governador, D. Lourenço de Almeida, que servira à coroa portuguesa na Ásia e, ultimamente, em Pernambuco. A formalização do ato se fez pela patente de 13 de dezembro de 1720. Empossado festivamente em Ouro Preto, em 18 de agosto de 1721, teve ele a sorte de assumir quando descobertos os diamantes em Minas.
Antes, Antônio de Albuquerque, governador do Rio de Janeiro, passara a gerir, em 1709, a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, recém-criada. Coube-lhe pacificar a região e convocar uma reunião, na hoje Sabará, dos representantes da nobreza da terra, do clero e o povo. Mas também anunciou a organização das municipalidades, mediante o que os respectivos povos teriam governo próprio e democrático. Vejam! Instalou-se em seguida, em 1711, em 4 de julho, a Vila do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo, hoje Mariana, tornando-se a primeira sede da capitania, transferida a Vila Rica de Albuquerque, nomeada depois Vila Rica e Ouro Preto, antecessora de Belo Horizonte, já no século XIX.
Governar este grande território das Minas Gerais sempre foi difícil. O historiador João Camillo de Oliveira Torres, nascido na mesma terra de Drummond – Itabira, registrou que desempenharam sua missão governadores, “bem ou mal, com alguns enganos, errando muitas vezes, com as virtudes e os defeitos de que eram possuidores. Na verdade, souberam dar conta de sua tarefa”. Ele se refere ao período em que Lisboa estava acima de tudo.
Naquela época, foi um osso duro, como o próprio itabirano ressaltou: “O problema era teoricamente simples; na prática, uma aventura prodigiosa: como fazer com que a imensa multidão de indivíduos, vindos de todos os quadrantes, oriundos de todas as classes sociais, movidos pela cega paixão do ouro, muitos deles, para não dizer a maioria, fugindo para Minas e, um pouco, fugindo de outros lugares, escapando à lei, como fazer com que aquela multidão se tornasse, ao fim de algum tempo, em um povo, isto é, uma comunidade de famílias e de indivíduos, vivendo dentro da lei, cada qual ocupando o seu lugar na sociedade, e todos agindo de conformidade com sua situação?
Como, afinal, implantar uma ordem em tudo aquilo?”
Mesmo o cidadão de nosso tempo, por menos conhecimento que tenha, percebe um desafio imenso: o primeiro e grave problema era fazer com que aquelas pessoas se transformassem em cidadãos, em povo. Nem se pode esquecer que tudo se fazia em regime de escravidão.
Os Dragões de Minas tiveram de agir muitas vezes no curso da história. Transcorridos séculos, não foram todos os problemas resolvidos e governar Minas ainda é um repto difícil a que têm de responder os que optaram por chegar, e chegaram, ao dificultoso desígnio de comandar as Minas Gerais.
Centênios se passaram, os costumes são outros, as leis idem, mas os problemas, que também são diversos muitas vezes, desafiam aquele território que se transformou em estado, e nele habitamos.
Trezentos anos após a capitania, enfrentam-se descomunais desafios. Assim são os grandes estados, um país dentro de outro.

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Mensagem N°84169
De: Afonso Cláudio Data: Quarta 21/8/2019 11:16:05
Cidade: Montes Claros

"Ter 20/08/19 - 14h38 - Novo e brutal homicídio volta a chocar M. Claros. Diretora de escola estadual foi morta em casa que alugava, no Bairro de Santa Rita, por homem contratado para a pintura, e que estava em prisão domiciliar"
Em menos de 1 ano, houve pelo menos 3 homicídios extremamente brutais e covardes contra idosos em Montes Claros, que chocaram demais a cidade:
- 9/10/2018: Sr. Hélio Leandro da Silva, 64 anos; local: condomínio rural, no distrito de Nova Esperança. A vítima foi agredida com pedaço de madeira, em casa; 3 criminosos fugiram, levando 2 camionetes e vários objetos. Pelo menos 3, dos 5 criminosos, foram presos naquele dia.
- 2/8/2019: Sr. Ubaldino Pereira Veloso, 87 anos; bairro São Luiz, Montes Claros. O assassino tinha um mandado de prisão em aberto, por roubo e passagens pelo mesmo crime, além de ameaça e furto. A vítima estava enferma, com mal de Alzeimer, e morava sozinha. O criminoso foi preso no mesmo dia.
- 19/8/2019: Sra. Elvira Cataruci Albertini, 66 anos, professora aposentada e ex-Diretora do Grupo Dom Aristides Porto, encontrada morta em uma casa no
Bairro Santa Rita I, Montes Claros. O assassino tem passagens por roubo e estupro e cumpria prisão domiciliar e foi preso no dia seguinte.
Sabemos que, tanto a Polícia Militar, quanto a Polícia Civil, trabalham com todo o empenho e profissionalismo, tanto na prevenção, quanto na repressão à criminalidade, o que tem refletido em expressiva redução do índice de homicídios por 100 mil habitantes da cidade, que baixou de 33, em 2012, para 8,5, em 2018.
No entanto, a legislação penal é muito branda e os crimes hediondos insistem em acontecer.
Assim sendo, até que seja alterado o Código Penal, passando a dificultar mais ainda a ocorrência desses crimes tão hediondos, a população tem que se prevenir como pode, por exemplo, conforme sugestões:
- só contratar para trabalhar em suas propriedades, pessoas de inteira confiança, conhecidas, recomendadas por outras, idôneas.
- manter portas e janelas sempre bem trancadas e não receber em suas casas pessoas desconhecidas, a não ser se tiver certeza que não representem ameaça à sua segurança pessoal.
- contar sempre com o sistema de vigilância "Rede de Vizinhos Protegidos", disponibilizada pela Polícia Militar, ou contratar empresa especializada.
- que os membros das famílias sejam muito solidários e se auxiliem mutuamente na vigilância em questão, principalmente aos idosos, enfermos e solitários.
E que São Pio X, um dos santos de hoje e papa que assinou a Bula criando a Diocese de Montes Claros, em 10/12/1910, interceda por nossa cidade, outrora muito tranquila e segura, onde ocorreram poucos homicídios, talvez uns cinco, em cerca de 30 anos.

Afonso Cláudio de Souza Guimarães - Engenheiro

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