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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 20 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Prefeito afastado de Montes Claros tem prisão preventiva decretada, mas não é encontrado - Ruy Muniz é considerado foragido da Justiça - Luiz Ribeiro - O prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), foi alvo de nova operação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil de Minas Gerais, nesta quinta-feira. Ele teve prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) pela suspeita de pagamentos das prestações da casa onde mora, no Bairro Ibituruna, em Montes Claros, com recursos que, segundo investigações do MP, estariam sendo desviados da compra de combustíveis da Empresa Municipal de Serviços Obras e Urbanização (Esurb). O prefeito afastado não foi encontrado e é considerado foragido da Justiça. A defesa dele nega as irregularidades. Muniz é candidato a um novo mandato à frente da prefeitura e vinha fazendo uma campanha intensificada, com caminhadas e várias reuniões nos bairros. A decretação da prisão causou repercussão imediata na campanha na cidade, com a divulgação do fato nas redes sociais pelos aliados dos adversários do prefeito afastado na eleiçao – Humberto Souto (PPS), Jairo Ataíde (DEM) e Leninha Souza (PT) – enquanto correligionários do representante do PSB alegam que ele é “vítima de perseguição”. Mesmo com a decretação da prisão, a candidatura de Ruy Muniz a novo mandato é mantida, tendo em vista que foi deferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ainda conforme a legislação eleitoral, como é candidato, a partir do proximo sábado (15 dias da eleição), ele não poderá ser preso até o dia da votação. Foram presos na operação “Tolerância Zero” o atual presidente da Esurb, Cristiano Junior; e o ex-presidente da empresa pública, Leonardo Andrade, atual secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável e Agricultura. Hospitais Ruy Muniz já tinha sido detido em 18 de abril deste ano, pela suspeita de prejudicar hospitais conveniados do SUS em Montes Claros para favorecer um hospital da entidade educacional de sua família. Inicialmente, ele ficou preso no Presídio Regional de Montes Claros e depois passou a cumprir prisão domiciliar, que foi revogada no final de agosto pelo Tribunal Federal da Primeira Região de Brasília. Na semana passada, Ruy Muniz e a mulher dele, a deputada federal Raquel Muniz (PSD), foram alvo de operação da Polícia Federal e da Receita Federal, desencadeada para investigar suspeitas fraudes e sonegação de impostos pelas instituições de ensino e de saúde vinculadas à rede educacional, Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), administrada pela família do casal. Foram cumpridos vários mandados de busca e apreensão e 11 pessoas foram levadas coercitivamente para prestar depoimentos. Promissórias Na operação deflagrada nesta quinta-feira, é investigada a suspeita de que os pagamentos de promissórias da compra da casa de Ruy Muniz, no valor de R$ 25 mil, estariam sendo feitos com recursos desviados do pagamento de combustíveis da Esurb. As suspeitas foram levantadas durante a Operação Catagênese, desencadeada em março de 2015 pelo Ministério Publico Estadual e Fazenda Estadual, que investigou esquema de desvios de verbas das prefeituras na compra de combustíveis. Na ocasião, foram apreendidas promissórias de pagamento da casa em um posto investigado em Montes Claros. Ruy Muniz explicou que as promissórias estavam no cofre do posto porque a casa foi adquirida a prestações da mãe do dono do estabelecimento, sogra do ex-deputado Wilson Cunha, falecido em 2012 e que que morava na residencia. Na época, ele disse ainda que a vendedora apenas usou o cofre do posto do filho para “guardar” as promissórias e que o negócio não tinha nada a ver com venda de combustíveis para a Esurb. A mesma argumentação foi repetida nesta quinta-feira pela advogada Marilda Barbosa, que defende o prefeito afastado. Também nesta quinta-feira, um advogado que atuou na questão de divisão de bens do espólio do ex-deputado Wilson Cunha disse que a casa foi vendida à família Muniz por cerca de R$ 4 milhões, com uma entrada R$ 1 milhão e outras duas promissórias de R$ 1,5 milhão cada uma. Uma delas deverá ser quitada até 2017 e outra teve o valor parcelado em R$ 27 mil. Ele também repetiu a alegação de que apenas estava sendo usado o cofre do posto para guardar as promissórias sem relação com a venda de combustíveis para a empresa municipal. *** Folha de S. Paulo - Prefeito preso após voto por impeachment é considerado foragido pela Justiça - JOSÉ MARQUES - Cinco meses após ter sido preso preventivamente pela Polícia Federal, o prefeito afastado de Montes Claros (norte de Minas Gerais), Ruy Muniz (PSB), é considerado foragido pela Justiça do Estado. Ele havia sido solto em julho e é candidato à reeleição, mas teve um novo mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais a pedido da Polícia Civil do Estado. A corporação deflagrou nesta quarta (14) e quinta (15) a operação Tolerância Zero, que apura suposta fraude na compra de combustível pela prefeitura da cidade. Muniz ficou conhecido nacionalmente por ter sido preso um dia depois de sua mulher, a deputada federal Raquel Muniz (PSD), ter votado pela abertura de processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Em seu voto, ela disse que tomava aquela decisão ´para dizer que o Brasil tem jeito´ e que ´o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão´. O nome da operação faz referência a uma das marcas da gestão Muniz em Montes Claros, cujo slogan era ´Tolerância Zero Contra a Corrupção´. Foram presos um secretário e o diretor de uma empresa ligada à prefeitura. Além do prefeito, seu filho, Ruy Gabriel Muniz, também é considerado foragido. A delegada responsável pelo caso, Karen de Paula Lopes, diz que as investigações apuram desde 2013 o desvio de recursos públicos da cidade com a utilização de contratos de fornecimento de combustível. Além das prisões, houve mandados de busca e apreensão, inclusive na residência de Muniz. Procurada, a prefeitura de Montes Claros diz que não foi notificada do caso. A defesa de Ruy Muniz foi procurada, mas ainda não se manifestou. PRISÃO ANTERIOR Segundo a Polícia Federal, a prisão anterior do prefeito foi feita porque ele é suspeito de inviabilizar a existência e o funcionamento de hospitais públicos e filantrópicos que atendem pelo SUS ao deixar de prestar serviços pela rede municipal. O objetivo, segundo a apuração, seria favorecer um hospital privado que pertenceria aos seus familiares e ao grupo econômico deles. Muniz tem negado as acusações. *** Revista Veja - Prefeito elogiado no impeachment está foragido da Justiça – da Redação - Elogiado pela mulher, a deputada Raquel Muniz (PSD-MG), na sessão do impeachment na Câmara dos Deputados que votou pelo afastamento de Dilma Rousseff em abril, o prefeito afastado de Montes Claros Ruy Muniz (PSB) tornou-se foragido da Justiça, que decretou sua prisão na Operação Tolerância Zero, deflagrada nesta quinta-feira. Ele foi alvo nesta quinta de mais um mandado de prisão, o segundo somente neste ano. Desta vez, porém, os policiais não o encontraram. A Polícia Civil de Minas foi cumprir o pedido de prisão por ordem da desembargadora Marcia Milanez, do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Esta já é a terceira investigação contra Ruy Muniz, que somente em 2016 já foi alvo de duas operações da Polícia Federal, uma por suspeita de beneficiar hospitais privados ligados a ele e outra por suspeita de participar – junto com a mulher – de grupo que teria praticado fraudes tributárias e previdenciárias, estelionatos qualificados, desvio de recursos de entidades beneficentes de assistência social sem fins lucrativos e de verbas públicas federais. A primeira operação da PF que o prendeu em 18 de abril, ocorreu um dia após a votação do impeachment na Câmara em que sua mulher, a deputada Raquel Muniz (PSD), o elogiou. “Meu voto [no impeachment] é pra dizer que o Brasil tem jeito, o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão”, disse a deputada antes de votar pelo afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele ficou detido até julho deste ano graças a uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e, em meio às investigações, lançou sua candidatura para tentar a reeleição. Por determinação do Tribunal de Justiça, a polícia prendeu o filho de Ruy Muniz, Ruy Gabriel Queiroz Muniz, um assessor e o diretor da Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização de Montes Claros (ESURB). A desembargadora também determinou o afastamento de Ruy Muniz – que já estava afastado desde abril – e dos dois servidores da prefeitura de seus cargos. Também foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nas residências e nos locais de trabalho dos oito investigados – incluindo Ruy Muniz e os outros três que tiveram a prisão decretada -, na sede da ESURB e em outras três empresas privadas. As medidas atendem um pedido do Ministério Público de Minas Gerais que acusa Ruy Muniz de chefiar uma quadrilha que teria “capturado” a administração pública municipal “transformando-a refém dos seus escusos interesses”, diz o procurador de Justiça Cristovam Joaquim Filho no pedido de prisão. Nesta investigação, o prefeito afastado, seu filho, os funcionários públicos e empresários são acusados de fraudes na compra de combustível pela ESURB beneficiando empresas e o próprio político. Ao acatar os pedidos de prisão e de buscas, a desembargadora entendeu que “há fortes indícios de envolvimento dos investigados em uma organização criminosa, estruturada e com divisão de tarefas, em que seus integrantes buscam obtenção de vantagens pecuniárias pela prática de crimes, especialmente desvios de verba pública”. Procurada, a assessoria da prefeitura de Montes Claros informou que não iria comentar o caso. A reportagem também entrou em contato com o gabinete de Raquel Muniz, mas foi informado que a deputada ainda não tinha um posicionamento. (Com Estadão Conteúdo)

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