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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°82828
De: Manoel Hygino Data: Sexta 27/10/2017 07:30:36
Cidade: Belo Horizonte

ONU: Algodão entre cristais

Manoel Hygino

Pareceu-me que não se deu a devida atenção à notícia sobre a situação que enfrenta a ONU neste final de ano. Fazem-se críticas à Organização, o que é natural, porque nada é perfeito e a entidade poderia evidentemente ser mais atuante na consumação de seus objetivos.
Na semana passada, Antonio Guterres, seu secretário-geral, se reuniu com o presidente americano, Donald Trump, na Casa Branca, para discutir a reforma das Nações Unidas e outros temas “de preocupação mútua”. Foi o primeiro encontro formal entre o secretário-geral da ONU e o titular da Casa Branca. É um momento delicado, quando eclodem focos de guerra e atritos graves em várias regiões. Entre os problemas examinados, a recusa de Trump em certificar o acordo nuclear de 2015 com o Irã. O que se acertou, porém, depende do Congresso dos Estados Unidos.
Mas não é só isso. Trump – que fala pelos cotovelos – ameaça cortar a contribuição dos EUA à Organização. E, apenas para registrar, lembro que Tio Sam é o maior contribuinte financeiro da ONU, com 22% de seu orçamento básico de U$ 5,4 bilhões, além de oferecer mais US$ 7 bilhões para manutenção da paz. Paz custa caro portanto, e nunca é completa. Ademais, os Estados Unidos já estão retirando seu apoio financeiro à Unesco, o que constitui mais do que uma terrível frustração às áreas em que ela atua.
A grande e inquietante pergunta: vamos repetir a Liga das Nações? Por mais frágil que seja a atuação da ONU desde sua criação, no pós-II Grande Guerra, ela tem prestado inestimáveis e altíssimos serviços ao mundo e à humanidade. Evoco as observações do ex-ministro Vasco Leitão da Cruz, um dos mais credenciados diplomatas do Itamaraty: “O papel da Liga das Nações era o mesmo da ONU – de algodão entre cristais”.
Vasco criticou a Liga: “Pretendia resolver tudo na falação, mas fracassou, porque faltou o que falta sempre: a vontade dos países fortes”. Quando a Liga das Nações agonizava, perguntava-se se o ocaso não seria o fracasso do idealismo da diplomacia, em especial da diplomacia multilateral. Para o ex-chanceler brasileiro, a posição da Liga era de paz a qualquer preço. Mas há preços que não se pode pagar. A não ser que se queira fazer como Bertrand Russel, que dizia que é melhor ficar vermelho do que morto”.
Esta é uma hora propicia à análise e debate do problema, que afeta o mundo quando pairam preocupações até sobre um conflito nuclear. A ONU não correspondeu inteiramente à expectativa que em torno dela se formulara, depois da Liga das Nações, mas é fundamental.
Há muito a discutir ainda. Para o diplomata brasileiro, a ONU, por exemplo, tem no seu Conselho de Segurança o Conselho de Assistência Militar, que jamais funcionou a contento. “Era para ser feito um exército, formar uma armada internacional e diminuir as forças nacionais. Há também o problema da aceitação do princípio do que é agressão. Cada país pensa que tem o direito de trazer sua interpretação do que é agressão”.
A Liga das Nações não pôde, enfim, atender plenamente os seus propósitos originais. Tampouco a Organização das Nações Unidas. Mas, mais do que sempre, a entidade precisa é de apoio e dinheiro. Não se lhe pode faltar.

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Mensagem N°82827
De: Polícia Militar Data: Quinta 26/10/2017 11:38:45
Cidade: Montes Claros

A Polícia Militar ontem, 25, por volta das 16h46min, compareceu na rua Artur Martins Freitas, bairro Amazonas, nesta cidade, onde, segundo a vítima (mulher de 36 anos), ao sair da garagem de sua residência em seu veículo Toyota Corolla, cor prata, placa HGB-4769, foi abordada por 02 (dois) indivíduos; os quais, de posse de 01 (uma) arma de fogo, tipo revólver, anunciaram o assalto, obrigaram-na a abrir o bagageiro do veículo, colocaram no porta-malas 01 (um) cofre e, em seguida, evadiram no veículo da vítima, deixando abandonada no local a motocicleta Titan, placa GZY-2054, cor verde, que não possui sinalização de furto/roubo, a qual foi apreendida e removida ao pátio conveniado.

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Mensagem N°82826
De: Manoel Hygino Data: Quinta 26/10/2017 07:30:59
Cidade: Belo Horizonte

Redescoberta da América

Manoel Hygino

Esforcei-me por encontrar alguma referência sobre o descobrimento da América em outubro, já faz tempo. Em vão. Ou o continente não foi descoberto ou pecamos neste décimo mês de 2017 por omissão. Comentou-se muito, imensidão de laudas de papel foi consumida, horas e horas de veiculação eletrônica, mas se ficou mesmo no Outubro Rosa para conscientizar sobre o combate ao câncer, às festividades, no Brasil, em louvor e veneração a Nossa Senhora Aparecida, padroeira da nação e realmente venerada.
De América, nada. No entanto, este grande pedaço do mundo existe, é o segundo continente em extensão, com 42 milhões de quilômetros quadrados, e forma duas massas de terra: Américas do Sul e do Norte – unidas por uma estreita faixa, a América Central. Li, não sei onde ou quando, que, na época das grandes navegações, os europeus deram à região o nome de Novo Mundo e que o continente foi registrado cartograficamente pela primeira vez em 1518, quando Gerardus Mercador publicou sua versão do mapa-múndi.
A palavra América é usada para classificar as terras à Oeste da Europa, encontradas em 1492 pelo navegador genovês, a serviço da Espanha, Cristóvão Colombo. Mas o nome homenageia outro navegador, o italiano Américo Vespúcio, cujas primeiras expedições à região datam de 1507.
Observa-se como varia a História ao registrar os fatos, datas e nomes, seguindo a vocação humana de julgamentos. Quando desembarcou nestas bandas, Colombo conseguira convencer o monarca espanhol de que chegaria às Índias pelo Oceano Atlântico. Assim, em 12 de outubro, aportou na ilha de San Salvador, descobrindo o novo continente, em região chamada de Quisqueya pelos índios nativos. Começou-se a estabelecer a colônia.
Sei que Colombo por ali esteve e, ao chegar, em 1492, chamou a ilha encontrada de Hispaniola, que abriga o Haiti – que tristeza – e San Domingos, hoje a República Dominicana, separadas pelo rio Ozama, que nada tem a ver com Bin Laden.
Santo Domingo de Gusmán, capital nacional da República Dominicana, denominada Ciudad Tujillo, na ditadura do general Rafael Trujillo, em 1936, é uma cidade bonita, de gente amável, que fui conhecer, quando o Hotel La Jaragua era o fino: hoje só se fala em Punta Cana.
A Catedral de Santo Domingo, no mais puro estilo do Renascimento espanhol, teve construção iniciada em 1512 e é uma joia, nela estando depositados (?) os restos mortais de Colombo, mas não se esquecerá que há a sua universidade, fundada em 1558, a mais antiga da América. Tem-se o que se conhecer como a Cidade Universitária, belos parques, avenidas amplas como a do passeio Presidente Bellini, na orla marítima, numerosos templos e velhos conventos, como o das Mercês. Nem tenho ouvido falar mais na praia Boca Chica, centro turístico antes muito frequentado.
A despeito da omissão nas comemorações do calendário do presente exercício (não é assim que consta de relatórios financeiros?), a América foi descoberta, com tudo de bom e mau que ela possa conter. Mario Vargas Llosa também encontrou o continente com atraso: “descobri a América Latina em Paris em 1960”. Seu personagem Urania, de “A festa do bode”, redescobre Santo Domingo de Gusmán, em habitado por um belo povo. “Povo invejável, pois, apesar dos séculos de cataclismos políticos, sociais e econômicos, nunca perdeu a vontade de viver”. Sim, a América há.

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Mensagem N°82825
De: Alberto Sena Data: Quarta 25/10/2017 14:04:45
Cidade: Grão Mogol

O Automóvel Clube ameaçado

Alberto Sena

O quê?! O Automóvel Clube (AC) de Montes Claros será vendido ou fechado? Que notícia é essa que me chega à minha caverna? Dentre as demais – calor, falta d’água, criminalidade em alta etc. – esta foi de lascar, porque as demais já eram sabidas. Nunca passaria por minha cabeça a possibilidade de o AC encerrar atividades, justamente quando, particularmente, tinha a intenção de procurar a diretoria para saber se era do seu interesse adotar a Praça João Alves, em parceria com a Escola Estadual Gonçalves Chaves, assimilando a sugestão do amigo Paulo Henrique Veloso Souto.
Para Montes Claros, qualquer coisa ruim que vier acontecer com o AC, é grave. Daqui, contemplando as lonjuras sentado numa pedra e no topo da Serra Geral, Serra do Espinhaço chamada, recordo-me quando tinha 15 anos e vi o início da construção do prédio, isto é, o início da história dele.
Fiz cobranças para a “Zeta Incorporação e Construção”, empresa do engenheiro Pimenta, responsável pela obra que, definitivamente, marcou Montes Claros sobre todos os aspectos, principalmente políticos e sociais por ter sido palco de grandes acontecimentos.
Claro que, estando fora essa quantidade de tempo, uns 45 anos, não posso entrar no mérito dos motivos que estão a levar a atual diretoria a tomar uma medida drástica. O colunista jornalista Theodomiro Paulino, bastante identificado com o AC e vice-versa, disse no Facebook “fiquei triste” ao saber da notícia. E completou: “Lamentável, é mais um patrimônio que se vai”.
O professor Marcelo Walmor Ferreira pôs o dedo na ferida ao dizer: “Esse é o desfecho de uma história de grandes eventos políticos e sociais e que você (Theodomiro), brilhantemente, fez e faz parte”. E, segundo ele, também é “fruto de gestões que não deram o devido valor que o clube merecia”.
Assim como eu, que tanto me interesso pela preservação da nossa memória coletiva, Marcelo Walmor fica “pensando que as cidades são feitas exatamente disso, de homens e memórias, e se já não as temos mais, não temos cidade também”. Isso não é saudosismo, como ele mesmo diz, e na minha opinião, é um ato jurídico de “legítima defesa putativa”, isto é, estamos antecipando a defesa da sociedade montesclarina antes que o fato aconteça, porque estamos diante de uma ameaça grave: a venda ou o encerramento das atividades do AC.
Alguma coisa precisa acontecer urgentemente para evitar o que pode ser um desastre para Montes Claros. Posso estar enganado, mas, a cidade fica sem um ponto atrativo e atraente, dentro da urbe, para sediar grandes acontecimentos, como sediou durante os seus 52 anos. Encontros políticos, festas memoráveis realizadas por Lazinho Pimenta e Theodomiro. Carnavais... Ah! Os carnavais... Quantos passamos ali entrando pelas madrugadas. E as horas-dançantes? Hum... Quantas histórias e estórias impregnam até as paredes?
O pior que poderá acontecer ao AC é o que alerta Georgino Júnior, “a continuação do sepultamento da memória de Monscraro; daqui a pouco surge um espigão naquele lugar... (depois que a casa onde Mestra Fininha criou Darcy Ribeiro e Marão foi demolida pra virar estacionamento de veículos, um quarteirão abaixo do Automóvel Clube, nada mais me espanta em relação ao patrimônio histórico da cidade)”.
Márcia Maia achou “muito triste, mas como você (Theodomiro) mesmo disse mais um patrimônio nosso indo embora! Quantas lembranças!” Ao que Jussy Marangon reagiu assim: “Não acredito (escrito em caixa alta); e a sociedade vai deixar?
Suzana Neiva de Melo Franco considera “um absurdo”. E faz uma indagação: “Como uma parte da nossa história acaba assim? Onde estão as lideranças políticas? O Automóvel Clube é da cidade. Tem que haver uma forma de reverter este triste quadro”.
E o quadro alegado até onde sei, é que o AC tem sobrevivido até aqui com 70 sócios que pagam R$ 70,00 de mensalidade. Penso que, antes de tomar uma medida drástica como essa, a atual direção do clube devia fazer o que fez, chamar a atenção. Agora, os mais interessados na defesa da sua integridade devem se reunir para encontrar uma solução plausível para o problema.
Porque senão acontecerá com o AC o que diz Georgia Maria Ferreira, “mais um marco da nossa história que se desfaz, assim como nosso país, cada dia mais, nos tornamos uma sociedade sem memória, sem história, muito triste mesmo! Talvez, se juntarmos os montes-clarenses e fizermos um movimento!”

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Mensagem N°82824
De: Manoel Hygino Data: Quarta 25/10/2017 07:32:12
Cidade: Belo Horizonte

A tragédia nos colégios

Manoel Hygino

As notícias percorreram o mundo, depois de causar temor entre populações das pequenas cidades do país. Repete-se a morte coletiva de crianças e adolescentes no Brasil, a maior nação católica do planeta. A tradição de cordialidade brasileira vai-se perdendo, a cada hora e minuto, com informações de crimes bárbaros, agora os coletivos contra os de tenra idade.
Houve o episódio num bairro carioca. Um adolescente, ex-aluno do educandário, armou-se, de regresso à casa de ensino eliminou a tiros e feriu vários estudantes. Mais recentemente, um indivíduo, vigia em creche no interiorzão mineiro, ateia-se fogo e causa a morte de mais de dez pessoas, entre as quais nove crianças. No fim de semana, na mesma localidade, nova ameaça, felizmente frustrada.
Enquanto as reportagens põem a nu os maus-tratos, agressões, até a morte de crianças, em Goiânia, um menino de 14 anos, filho de policiais militares, usando suas armas tirou a vida de dois colegas e feriu quatro outros. O cenário, tornado lúgubre, foi em uma sala do oitavo ano de ensino fundamental particular.
A explicação: o matador sofria troça de colegas e se preparou cuidadosamente para a vingança cruel, inspirada possivelmente no massacre de Columbine, nos Estados Unidos, e na de Realengo, no Rio de Janeiro, que fez uma dúzia de vítimas fatais.
Agora, fazer o quê? O mais triste é a convicção de que a sucessão de tragédias entre aqueles que se preparam para ingressar na vida poderá não estar no fim. Estamos cercados pela incompreensão e por toda espécie de armas, disponíveis entre os que enfrentam os primeiros tempos de existência?
O governo goiano decretou luto oficial de três dias, em solidariedade aos envolvidos no “lamentável acontecimento”. No entanto, o âmbito do fenômeno, pelo que se constata, não é restrito, e – paradoxalmente – o episódio tenebroso de Goiânia se deu exatamente no Dia Mundial de Combate ao Bullying.
Segundo a Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, um em cada três adolescentes de 13 a 15 anos é vítima de tratamento indevido nos colégios. Os registros valem como uma advertência à consciência dos povos, dos governos, das famílias, dos religiosos, dos educadores, pais e filhos. Enfim, somos todos um tanto responsáveis pela dor que se amplia.
Aliás, a megaoperação contra a pedofilia da última sexta-feira, em 24 estados do país, e no Distrito Federal, revela – de modo inequívoco – que há também uma rede supranacional, envolvida em abusos de crianças e adolescentes, alimentada pela divulgação fácil de imagens dos crimes pela internet.
Prova-se que crianças e famílias são ou serão vítimas. Há muitos jeitos e maneiras de fazer o mal aos que recém-ingressaram na vida ou dão passos na infância e adolescência. Os criminosos presos agora foram 108, mas centenas permanecem soltos certamente, neste país grande até em crueldade.
Em Nazaré, a que voltara, há muitíssimos anos, Jesus recomendou: “Deixai vir a mim as crianças e não as impeçais, porque delas é o Reino de Deus. Em verdade, vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como criança, de maneira nenhuma, nele entrará”.

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Mensagem N°82823
De: Polícia Militar Data: Terça 24/10/2017 12:00:18
Cidade: Montes Claros

À av. Afonso Pena, no centro da cidade, às 16h34 de ontem, 23Out, a polícia registrou um roubo à mão armada consumado a transeunte. Segundo relatos da vítima, um homem de 39 anos, funcionário de um posto de combustíveis, foi designado a fazer condução de um malote do posto até um banco da cidade. Deslocou-se, então, para cumprir a incumbência, estacionando o veículo da empresa próximo ao banco, dirigindo-se, a pé, direção a este. Quando já estava quase em frente a agência bancária, foi surpreendido e abordado por 02 infratores, em uma motocicleta, tendo o passageiro descido do veículo e, de posse de uma arma de fogo, anunciado o roubo, subtraindo o malote da firma, 01 aparelho de telefone celular e a chave do carro. Foram visualizadas as câmeras de segurança do local e iniciado o rastreamento, que continua, na busca pela prisão dos infratores responsáveis por este crime.

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Mensagem N°82822
De: Patrícia Data: Segunda 23/10/2017 17:06:23
Cidade: Montes Claros

Caro Sr. Oscar mensagem 82819. Em resposta à suas perguntas venho lhe dizer que estamos passando por uma crise hídrica sim. Mas isso não impede que o Sr. venha conhecer nossa cidade. Apesar do problema, ainda temos água para beber e tomar banho(não demorados para não gastar muita água). Mas fique a vontade para trazer água das fontes da sua cidade, caso queira. Agora com relação ao tempo que o Sr. diz ser "feio", creio eu que você quis dizer que é de chuva. Sendo assim, não se trata de "tempo feio" e sim de um tempo que nós sertanejos mais desejamos no momento. Tempo chuvoso, é tempo de plantar, tempo de alegria Sr. Oscar, é tempo bonito. O nosso tempo chuvoso em breve chegará...

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Mensagem N°82821
De: José Ponciano Neto Data: Segunda 23/10/2017 15:52:07
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

O artista grafiteiro Walyson Nogueira e um amigo (também grafiteiro) pintaram faixas de pedestres em terceira dimensão (3D) nas avenidas na cidade de Primavera do Leste no Mato Grosso com 60.000 habitantes. O objetivo é reduzir o número de acidentes causados por excesso de velocidade. A ideia poderia ser copiada para outras cidades. Bastante funcional e é uma verdadeira obra de arte.

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Mensagem N°82820
De: Mário Lúcio C Faaria Data: Segunda 23/10/2017 15:30:01
Cidade: Montes Claros(MG)/MG

Mensagem: Mensagem: Bom dia!Gostaria de saber,se,é mesmo que falta água aí,na cidade de Montes Claros? E,não está chovendo por aí,no momento? Pois eu,gostaria de conhecer esta cidade,e,se fôr a falta de água,como aqui em Guaxupé,temos fontes,então,eu teria que levar garrafas dágua,para,pelo menos,beber,e fazer a barba.(...)
Infelizmente aqui não chove faz pelo menos cinco meses e a falta de água também existe por essa bandas. Mas graças a Deus ainda temos água para beber.

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Mensagem N°82819
De: Oscar Francisco Román Latorre Data: Segunda 23/10/2017 11:50:20
Cidade: Guaxupé/MG

Mensagem: Bom dia!Gostaria de saber,se,é mesmo que falta água aí,na cidade de Montes Claros? E,não está chovendo por aí,no momento? Pois eu,gostaria de conhecer esta cidade,e,se fôr a falta de água,como aqui em Guaxupé,temos fontes,então,eu teria que levar garrafas dágua,para,pelo menos,beber,e fazer a barba.Hoje,por aqui,amanheceu feio o tempo,com cara de que,de repente,poderá começar á pingar.Fico agradecido pela atenção de vocês,e,deixo-lhes o meu forte abraço.
Telefone: (31) 31-3552-6335
IP:191.6.81.248

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Mensagem N°82818
De: Afonso Data: Segunda 23/10/2017 11:22:11
Cidade: Montes Claros/MG

Padre Henrique e a Misericórdia Divina - Eu não sabia que o Padre Henrique estava internado no CTI e muito menos que iria falecer na manhã de 19/10/2017. No entanto, por volta de 7h45m de 19/10/2017, lembrei-me dele numa confissão em que ele me ouviu em 18/10/1996, tendo, inclusive, visto seu rosto sorridente, nitidamente. Não me encontrei mais pessoalmente com ele, durante os últimos 21 anos. Às 8h21m de 19/10/2017 recebi uma mensagem sobre seu falecimento. Não há dúvida que, como na confissão de 18/10/1996, ele foi, mais uma vez, instrumento da Misericórdia Divina para mim, na manhã de 19/10/2017, como foi e continuará sendo na Eternidade para muitos outros filhos do Pai. Será beatificado e canonizado brevemente. Digo por mim, pela fé e pelas obras que ele realizou como sacerdote inesquecível para o Norte de Minas. Glória a Deus.

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Mensagem N°82817
De: Roberto Data: Segunda 23/10/2017 10:10:21
Cidade: M. Claros

Muito sentida em Montes Claros a morte do advogado, ex-juiz de Direito, ex-vereador e professor Augusto José Vieira Neto, que fazia questão de ser chamado de Augustão Bala-Doce desde a sua juventude. Augustão, que há poucos anos voltou a residir em M. Claros, depois de longa temporada em BH, teve morte súbita, em casa, provavelmente dormindo. Escreveu muitos livros e muitas de suas páginas são geniais. Deixou saudades.

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Mensagem N°82815
De: Isabel Cabral Costa Data: Segunda 23/10/2017 10:04:38
Cidade: Viseu - Portugal/

Mensagem: Olá! Estou a ouvir-vos em Portugal. Um grande abraço para toda a vossa equipa, que torna possível esta interacção de Portugal com o Brasil, e um abraço com toda a minha amizade para o Dr. Petrônio Braz e toda a sua Família.

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Mensagem N°82814
De: Bernardo Data: Segunda 23/10/2017 09:38:10
Cidade: M. Claros

Está circulando pela internet - ainda não pude comprovar - texto atribuído a médico que atendeu o querido e inesquecível Padre Henrique nas suas últimas horas. O relato constrói um Hino de Amor, e isto aconteceu perto de nós. Vamos, todos, conservar bem vivos os exemplos de Padre Henrique. Para descrevê-lo, para descrever o seu autêntico apostolado, as apalavras são poucas, e de pouco valem. O texto atribuído ao médico:


"Em quase 8 anos lidando com milagres e perdas ... na maior fragilidade do ser humano ... no seu momento de maior angústia ...
Pois bem ...
No dia 15 de outubro de plantão da intercorrência do hospital recebo uma ligação da residente para irmos ao setor avaliar um paciente ...
Deparo com uma diretora do hospital( Dra Cláudia )quê tinha estreita relação com o paciente .
A mesma me passa o caso e diz se tratar de padre Henrique ...
Já o conhecia e o admirava por caminhada tão santa e exemplar quê me entristeci pois se tratava de um caso grave ...
Ao abrir a porta do quarto para avaliar o padre Henrique me deparo com o mesmo cantando hino de louvor e ao dar o meu primeiro passo no quarto me arrepiei todo e me senti leve ...
Cumprimentei-o e avaliei enquanto ele se mostrava sorridente , em oração e conversando em tom de despedida ... afirmando quê ele estava deixando essa vida ...
Fiquei extasiado e maravilhado com suas palavras mas triste com seu estado de saúde ... naquele momento queria não ser médico e ser apenas ouvinte ...
Enquanto me preocupava e entristecia com seu estado de saúde me alegrava com tamanha demonstração de fé, esperança , maturidade espiritual e santidade ....
Naquele momento deveríamos dar tratamento e suporte para o padre Henrique mas na verdade ele quê nos deu suporte e nos tratou ...
Sai do quarto e conversei com Dra Cláudia ,amiga do padre, e decidimos por transferir o mesmo para o CTI ...
Então entramos no quarto para comunica-lo sobre a transferência e Dra Cláudia disse quê seria melhor para ele e quê já havíamos solicitamos todos os exames necessários ...
Então o padre olhou e disse sorridente : " perdoe pai eles não sabem o quê falam ...vocês estão me desviando dos planos do Pai as portas da eternidade já estão se abrindo para mim " ...
E Dra Cláudia deu um beijo na testa do padre e o mesmo a abençoou ...
Nestes 8 anos de medicina nunca vi uma manifestação do Cristo tão viva e vivida por um ser humano ... pois no momento de maior angústia e dor ... eu vi Jesus falando conosco naquele quarto ... Na Bíblia Jesus pede para seguir seus passos pra chegar ao Pai ... consegui perceber o quão fabuloso aquele momento representou ...
E não pude guardar isto para mim e compartilho com vocês para podermos acreditar e seguir os passos de Cristo ..."
(Dr.Marcos Aurelio Gonçalves)

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Mensagem N°82813
De: Manoel Hygino Data: Segunda 23/10/2017 07:32:36
Cidade: Belo Horizonte

Vozes de Minas

Manoel Hygino

Na sala ampla do provedor presidente da Santa Casa de Belo Horizonte, Saulo Coelho, contemplo quadros a óleo e fotos de lugares e personagens da história de Minas. O ex-deputado federal é apaixonado por política. Nem poderia ser de outro modo, se não se soubesse que nasceu em uma família de prestigiosas personalidades do Estado. Entre eles (e são muitos), seu pai deputado federal e governador, Ozanam Coelho; e o avô, secretário de Estado e senador, Levindo Coelho. Citar nomes e cargos exigiria muito espaço.
O que desejo focalizar é o rico acervo da sala, em que se destacam fotos de gente como Benedito Valadares, Alkmim e Juscelino, enfim pessoas que todos conheceram e já nas páginas da história. Num belo quadro, cujo autor não identifiquei, a casa, hoje de Saulo, a Fazenda das Palmeiras, em que nasceu no presidente Raul Soares, natural de Ubá, um predestinado à política, que faleceu aos 48 anos, colhido prematuramente pelas parcas, como João Pinheiro, que viveu apenas 48 anos e nos deixou quando no Palácio da Liberdade, em 1908.
Permito-me voltar ao passado, para referir-me à participação dos políticos mineiros na vida imperial, que foi intensa, do primeiro ao último instante, como enfatizou João Camillo de Oliveira Torres, e que não menos valiosa se provou com a implantação da República.
O que pareceria mais importante é que, da influência mineira na política do Brasil, nunca resultou uma linha rígida e única. Tanto que o próprio historiador de Itabira pergunta: “Seria uma influência conservadora, vivamente preocupada com a preservação da ordem, ou seria uma influência liberal, procurando incendiar os espíritos nos ardores de um liberalismo inflamado?”.
Nesta hora candente da política brasileira, em que exercem funções de relevo muitos mineiros nos três Poderes, conviria considerar que sólidos baluartes da Ordem nasceram em Minas. Os homens das montanhas de sempre estiveram atentos e acesos em torno do Estado e da nação. Nos dias difíceis do nascimento do Brasil como país independente – independência pela qual lutamos até hoje – tiveram papel importante mineiros, como José Joaquim da Rocha, marianense, um dos inspiradores e organizadores do Dia do Fico; João Severiano Maciel da Costa, futuro marquês de Queluz (focalizado em obra excelente de Miguel Gonçalves, que integrou a Academia Mineira de Letras), Manuel Jacinto Nogueira da Gama (quem não conhece o nome?), marquês de Baependi; João Gomes da Silveira Mendonça, marquês de Sabará e Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira e Horta, marquês de Barbacena, general e diplomata, ministro e senador, lembrado pelo seu conterrâneo Sóter Couto. A grande voz liberal, que se contrapunha a Pedro I, era o mineiro Bernardo de Vasconcelos, sem citar os que atuavam de batina, com eficiência e coragem.
No belo quadro da sala da Fazenda, sinto o reflexo de uma época, de uma geração de políticos da Mata Mineira, que contribuíram para mostrar a grandeza do Estado, sem esquecer evidentemente Artur Bernardes, de Viçosa, polêmico, que teve o mérito de bater-se em defesa de nossas reservas minerais e, também, construiu o pioneiro centro de pesquisa de câncer nas Américas, o honrável Instituto do Radium, que a Nobel Marie Curie veio conhecer pessoalmente.

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Mensagem N°82812
De: jOÃO cARLOS DE OLIVEIRA Data: Domingo 22/10/2017 20:39:26
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

TRIBUTO AO PADRE HENRIQUE MUNÁIZ PUIG

Hoje, gostaria de escrever algumas palavras em homenagem ao meu/nosso velho mestre do Colégio Marista São José, Padre Henrique Munáiz Puig. falecido aos 19 dias deste mês de outubro de 2017. De nacionalidade Espanhola, oriundo de expressiva família daquele país, chegou ao Brasil e a Montes Claros especificamente, lá pelo idos do ano de 1965, e após tantos anos de fé, sacerdócio e de inúmeros trabalhos comunitários nesta cidade, veio a falecer, aos 86 anos de idade. Uma grande e lamentável perda para todos nós que tivemos o privilégio de conhecê-lo e de conviver com ele de alguma forma e em especial, para toda a comunidade Montesclarense, local onde fez e praticou, todo o seu sacerdócio de fé, caridade e esperança por tantos anos, por tudo isso, considerado, como sendo o Padre dos pobres e deserdados. .Homem de bem, possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo, optou, como lema de vida, fazer o bem pelo bem, sem nunca esperar recompensa, Encontrava satisfação nos benefícios que distribuía, nos serviços que prestava, nas venturas que pode promover, nas lágrimas que fez secar, nas consolações que levava aos aflitos. Seu primeiro impulso era só o de pensar nos outros, antes que em si mesmo, de tratar dos interesses dos outros, antes que dos seus próprios. Foi um homem culto e ao mesmo tempo pobre por opção de vida, mas de um coração grandioso, que muito vai brilhar no plano espiritual.

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Mensagem N°82811
De: Estado de Minas Data: Domingo 22/10/2017 13:18:59
Cidade: BH

Prefeitura `desapropria` fontes privadas de água no Norte de Minas - Decreto da Prefeitura de Montes Claros de calamidade pública autoriza a Copasa a entrar em propriedades particulares e retirar água de poços tubulares e de outras fontes para o abastecimento público - Luiz Ribeiro - 22/10/2017 08:11 - A crise hídrica enfrentada pela população de Montes Claros, no Norte de Minas, sexta maior cidade do estado, com 400 mil habitantes, levou a prefeitura a tomar medidas extremas para tentar evitar o colapso no abastecimento. Assinado pelo prefeito Humberto Souto (PPS), decreto de calamidade pública autoriza a Copasa inclusive a entrar em propriedades particulares e retirar água de poços tubulares e de outras fontes para o abastecimento público. O município tem cerca de 3 mil poços tubulares, segundo a administração municipal.
O decreto de calamidade em “razão da estiagem e falta de abastecimento de água” estabelece uma série de restrições aos consumidores para impedir o desperdício de água, como proibir lavar calçadas e varandas com o uso de mangueira. Aqueles que desobedecerem estão sujeito a sanções, incluindo a suspensão do fornecimento. A cidade já enfrenta racionamento, com regime de 24 horas de fornecimento por 48 de suspensão.
O Norte de Minas enfrenta estiagem prolongada pelo quarto ano consecutivo, situação que provocou o secamento da grande maioria dos rios e córregos da região e a drástica redução dos reservatórios que abastecem as populações urbanas da região. Por causa da falta de chuvas, a barragem do Rio Juramento (Sistema Rio Verde Grande), que abastece 65% dos moradores de Montes Claros, estava com cerca de 15,8% de sua capacidade na sexta-feira.
Para evitar que a situação se agrave ainda mais, a Copasa iniciou a construção de uma adutora de 56 quilômetros para captação de água no Rio Pacuí, no município de Coração de Jesus, prevista para entrar em funcionamento em agosto de 2018. Após a reação de pequenos produtores de Coração de Jesus, que alegam que o Pacuí não tem vazão suficiente para fornecer água para Montes Claros, a empresa de saneamento anunciou que, para atender à cidade-polo do Norte do estado, vai captar água em um ponto do Rio São Francisco no município de Ibiaí. Para isso, vai construir 146 quilômetros de tubulação, aproveitando os 56 quilômetros de rede até Coração de Jesus, ao custo de R$ 323 milhões e prazo de três anos.
Em nota, a Copasa informou que, após a decretação de calamidade pública em Montes Claros, vai se reunir com representantes da administração municipal “para verificar as possibilidades de utilização das prerrogativas do decreto para melhorar as condições do abastecimento público no município”. A gerente do distrito da concessionária em Montes Claros, Mônica Ladeia, disse que, atualmente, com o racionamento, estão sendo fornecidos para a população do município 605 litros de água por segundo, sendo que em condição normal seriam 885 litros por segundo. Como medida emergencial, a companhia iniciou a perfuração de 30 poços, dos quais oito já estão em funcionamento e outros 10 começam a ser usados até novembro. Os demais 12 ainda serão licitados.

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Mensagem N°82810
De: Manoel Hygino Data: Sábado 21/10/2017 08:21:39
Cidade: Belo Horizonte

Penalizando ou punindo

Manoel Hygino

O problema é apenas da falta de um mínimo de conhecimento da língua portuguesa que falamos – porque há as outras, usadas em Portugal, em Luanda e em Moçambique, por exemplo. Assemelham-se à nossa, mas não é absolutamente igual. Para conferir, basta ler os textos com cuidado ou ouvir, também cuidadosamente, as palavras e pronúncias em programas transmarinos ou em gravações que de lá procedem. E a gente só tem a aprender, claro.
Gente há que abusa na errônea utilização da língua, o que é uma traição ao passado e ameaça ao futuro em termos de convicção. Aliás, em outras palavras, é o que diz o sempre consultado, porque jamais esquecido, Aires da Mata Machado Filho: “Deixar a cada um a faculdade de inventar para si uma boa linguagem, seria erigir em lei a balbúrdia generalizada”. E de bagunça, chega. Fazê-lo, seria engendrar o mais funesto amoralismo gramatical, pois há uma ética linguística, como reconheceu Ferdinand Brunot.
Não se permitirá despautério em país como o nosso, onde grassam veleidades de autonomia linguística, e onde sobram os que, em linguagem falada e em linguagem escrita, “dão por paus e por pedras”, como anota o culto diamantinense. Ele ensinou pelo rádio, nas salas de aula, pelas páginas dos jornais, foi professor de língua portuguesa no nosso Instituto São Rafael, destinado à educação de cegos.
Faço extensa exposição inicial para alertar sobre o uso indevido, errado, fraudulento possivelmente, do verbo penalizar, na acepção de punir.
O próprio ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que –segundo notícias constantes – não é flor que se cheire, sobre a inoportuna portaria de trabalho em regime de escravidão, declarou: “Ninguém quer ou deve ser favorável ao trabalho escravo, mas ser penalizado por questões ideológicas ou porque o fiscal está de mau humor não é justo”.
O ilustre auxiliar do governo da República deve entender muito de agricultura, pecuária, etc. Porque ele empregou, em verdade o verbo da primeira conjugação em sentido equivocado, ou mais claramente: está enganado. Bastaria recorrer aos dicionários para certificar-se.
O veterano e conspícuo Domingos Paschoal Cegalla já informava, na segunda década do século passado (e caminhamos para um século). Penalizar: causa pena, afligir. A ideia de que se trata de impor penalidade, punir, parece coisa morta. O próprio professor já dizia que usar o verbo como sinônimo de punir e prejudicar era neologismo dispensável.
Talvez, por força do erro, confundimos alhos com bugalhos na aplicação das leis. Penalizar não é apenar, aplicar punição. Quem deve pagar por alguma ilicitude merece castigo.
Não tão longe fica Houaiss ao observar: “tem havido rejeição desta palavra no sentido de punir, apenar, entre por profissionais ligados ao direito”. Com propriedade significa ter dó ou piedade, apiedar-se, compadecer, consignar-se, compungir-se. Autores de delinquências têm sim de ser punidos na forma da lei.

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Mensagem N°82809
De: Jaime Damião Data: Sexta 20/10/2017 21:54:24
Cidade: Moc

Breves notas, de memória, acerca do velório de Padre Henrique, que começou na tarde de quinta, varou a madrugada de sexta, atravessou o dia e se estenderá à manhã deste sábado. Quando, então, o corpo descerá ao campo santo das monjas carmelitas descalças de Montes Claros. Mosteiro inspirado por ele, Padre Henrique, há 40 anos, tempo em que foi o capelão e confessor das filhas de Santa Tereza Dávila entre nós.

- Ainda na noite de quinta-feira. A fanfarra da Casa São Luiz Gonzaga pediu e obteve autorização e foi tocar, em roupa de gala, vermelha, na porta da Matriz do Cintra. Quem viu e ouviu descreve a homenagem da fanfarra ao seu fundador como uma das mais sentidas e emocionantes.

- Dentro da nave da matriz do Cintra, desde a tarde de quinta, milhares de pessoas passaram diante da urna simples de Padre Henrique. Urna simples, franciscana, quase tosca. Em alguns momentos, a quantidade de pessoas foi tanta que obrigou a organização de filas.

- Padres de muitas paróquias se revezaram oficiando missas noite adentro, e também no dia de hoje.

- Às 8h30, sempre no caminhão dos Bombeiros, o corpo deixou a área central de M. Claros e foi conduzido lentamente para a igrejinha de Santiago Apóstolo, última igreja edificada por Padre Henrique.

- Igreja diminuta e graciosa, que lembra a Porciúncula de Francisco de Assis. Para sua construção, padre Henrique não permitiu que árvores fossem cortadas. Na frente, um bosque floresce, e tenras palmeiras eram regadas diariamente por ele. Hospitalizado por quase uma semana, ele perguntava - "quem está regando minhas palmeirinhas?".

- Entre estas árvores, frondosa, verde, está uma de origem indiana, a árvores Neem (se pronuncia Mim), sagrada entre o povo de espiritualidade mais arraigada da terra, há milhares de anos. Tudo na árvore sagrada Neem é curativo, da raiz às folhas. Esta árvore, hoje, muito ajudou a conter o forte calor, de 35 graus, durante a tarde.

- A igrejinha esteve cheia durante todo o dia, com missas seguidas. Ali se viu repetir o que aconteceu desde a primeira hora do velório, quinta à tarde. O caixão, isolado por bancos, ficava a pequena distância do público. As pessoas então pediam que terços, escapulários, rosas, chaves, quadros, estampas, fotos, todo tipo de objeto, fosse encostado nas mãos do padre, para se transformarem em relíquias.

- Do lado de fora da igrejinha de Santiago, onde se acumulavam centenas de coroas de flores, os mais próximos relembravam as muitas alegrias que Padre Henrique viveu no lugar, desde que recebeu o terreno para a nova obra. Veio sozinho, e num cômodo isolado, no meio do mato, passou a morar.

- Relembraram as vezes, muitas, em que deixou o seu quarto, e até sua cama, para nela acolher alguém necessitado, como foi o caso de rapaz ferido por arma de fogo. Ia dormir num sofá junto da biblioteca.

- Histórias vão aflorar, a partir de agora, pois a admiração pelo sacerdote, considerado santo, cercou de reverente silencio sua inigualável humildade.

- A capelinha de Santiago Apóstolo: no altar, há imagens de S. José, de Nossa Senhora, do Divino Espirito Santo, de S. Luiz Gonzaga, e, última a chegar, a grande réplica de Santiago Apóstolo, entre nós São Tiago Maior, que veio da Espanha, da Catedral de Santiago de Compostela, local mundial de peregrinações.

- Minúscula, assim como a Porciúncula, a capelinha de Padre Henrique parece imensa, para caber tudo que nela habita. As estações da Via Sacra foram doadas por artistas da terra. Cada um fez a sua, por própria inspiração, e o resultado é esplêndido. As estações conversam entre si, e também com a Natureza ao redor.

- Por volta das 16h desta sexta, quando o calor se acentuou, o arcebispo Dom Alberto iniciou a missa, concelebrada por outros padres. A canícula não afugentou ninguém.

- Ficaram todos, cantando e rezando em torno de Padre Henrique, que serenamente parecia dormir.

- Conciso, didático, o arcebispo explicou a vastidão do trabalho feito pelo homem que ali era velado. "Santo", murmuravam muitos, em muitas oportunidades.

- Estava acertado: quando terminasse a missa, o corpo deixaria a igrejinha, o bosque em frente, o último quarto, a biblioteca, o refeitório doméstico, a quadra, as salas de aula, as flores de cheiro, deixaria tudo o que o padre fez existir ali.

- As coroas de flores foram enfileiradas em direção à porta.

-Cantando, veio a multidão trazendo o corpo, rua a fora.

- Haviam decidido que o último percurso terreno a ser cumprido por Padre Henrique - o trajeto entre a casa e o Carmelo - seria pelas mãos da gente, indistinta, a quem estendeu as mãos nos últimos 52 anos.

(Há outros dois momentos semelhantes na história recente de M. Claros. Nos anos 60, quando o padre belga Chico se despediu, sempre pedindo para voltar para M. Claros. E quanto Padre Dudu veio, o corpo, da Santa Casa para a Matriz, em noite de litanias).

- Assim, por mais de uma hora, cantando e rezando, a multidão foi, a pé, depositar o corpo na capela do Carmelo, diante do altar.

(No trajeto, perdeu-se para sempre uma tradição, a de que é incomum, raro, coisa quem ninguém nunca viu, mulher segurar na alça de caixão. Foram exatamente as mulheres, as mães, que mais requisitaram levar o corpo, e o fizeram por quase 10 quarteirões, na tarde quente, de sol intenso).

- Quando o cortejo se aproximou do mosteiro, os sinos do campanário começaram a tocar. O toque não sugeria luto, nem lamentação, anunciavam valor acima. Muita gente aguardava.

- As carmelitas descalças, que anualmente repetem os votos perpétuos, eternos, na presença do seu capelão, sempre à meia-noite do Domingo de Páscoa, as monjas se levantaram na clausura, e cantaram.

- O arcebispo auxiliar, Dom Justino, presidiu a segunda concelebração da tarde, que teve um monge beneditino, de S. Paulo - ainda novo, mas que foi prior de Dom Marcos Barbosa, célebre na Academia Brasileira de Letras e na vida monástica.

- Terminada a missa, por volta das 20h, a grande quantidade de pessoas que enchia a capela e os jardins do mosteiro foi avisada de que o velório se prolongaria até às 21h.

- Depois, as portas seriam cerradas, para que as monjas carmelitas descalças deixassem a clausura e ingressassem no centro da igreja para cantar, rezar e se despedirem do sacerdote que esteve no centro da vida do ascetério no começo e nos seus primeiros 40 anos.


(Aqui, é preciso recordar: Giovanni Francesco di Bernardoni, São Francisco de Assis, morreu na igrejinha da Porciúncula, que fica num vale abaixo de Assis, cidade intra-muros.
A meio-caminho, estaciona a igrejinha de São Damião, que ele reconstruiu, depois transformada em mosteiro de Santa Clara, e onde por séculos ficou o corpo da Clara, atualmente exposto na Catedral das Clarissas
Morto Francisco, em noite de lamentosa ventania, subiu a procissão de archotes com o corpo. As irmãs o esperavam. Abriram o minúsculo espaço do parlatório para através dele entrar o corpo do santo, na visita última. Clara, com os dentes, ainda tenta extrair os estigmas da mão, o cravo. Pouco depois, o corpo é devolvido, e a procissão ingressa nos muros de Assis, para ser selado à terra).



- Quando amanhecer este sábado, vencida a vigília das freiras carmelitas descalças, às 6 horas, as portas da capela do Carmelo vão de novo se abrir para a última e definitiva cerimônia do adeus, ao corpo.

- O arcebispo Dom Alberto concelebrará nova missa.

- Em seguida, o corpo será levado para os jardins internos, onde - ao abrigo do mundo - repousam as relíquias das carmelitas que morreram no convento. Padre Henrique pediu e recebeu permissão para lá descansar o irmão corpo, exausto. 86 anos. 70 de vida devocional. 40 no Carmelo. 52 em M. Claros.

- Do lado de fora, vão aflorar as histórias de sua animosa vida de santo - isto é, a vida de quem vive apartado do pecado.

- Algumas histórias hoje começaram a escapar: no CTI, na última visita, apertou a mão do discípulo próximo e murmurou - sem traço de inquietação - "chegou, é o final".

- Ao formular, depois, o mesmo presságio, religiosa o desautorizou com veemência - "não, não chegou, eu o proíbo....".

- Os que estavam no CTI ou ali próximos ainda ouviram cantar um Salve Regina e duas outras músicas piedosas.

- Ouvindo, lúcido, era o padre que logo partia. "Eternamente, sacerdote do Altíssimo".

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Mensagem N°82808
De: Manoel Hygino Data: Sexta 20/10/2017 12:47:58
Cidade: BH

Li a longa notícia sobre o falecimento entre nós do padre Henrique, uma perda para a cidade e para os que a ele sobrevivem. Um exemplo. (...)

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Mensagem N°82807
De: Rafael Pereira Data: Sexta 20/10/2017 09:12:34
Cidade: Montes Claros

É incoerente estarmos diante de uma crise hídrica, e ver os córregos que cortam nossa cidade poluídos da forma em que se encontram. Se o esgoto estivesse sendo tratado de forma eficaz poderíamos aproveitar melhor esta água.
Se a água é um recurso tão precioso, por que os rejeitos e resíduos urbanos ainda são lançados nela?
Se existe estação de tratamento de esgoto, por que as aguas ainda estão poluídas?
É um absurdo estarmos enfrentando um racionamento de água, e ao mesmo tempo assistirmos este precioso recurso, indo embora da cidade na forma em que se encontra nos nossos córregos.
É inaceitável tratarmos a água da forma como estamos tratando.
Deveria ser proibido o despejo de resíduos na água, da forma como é feito aqui em Montes Claros. É incoerente, que ao mesmo tempo que necessitamos da água, nós mesmos a tornamos impropria para nossas necessidades.
Em qualquer sociedade mais evoluída, com certeza estaríamos consumindo esta água de nossos córregos, e não seria utilizada somente para despejo de nossos rejeitos.

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Mensagem N°82806
De: Estado de Minas Data: Sexta 20/10/2017 08:27:35
Cidade: Belo Horizonte

Homem é preso em Janaúba por ameaçar atear fogo em creche - Luiz Ribeiro /Larissa Ricci - 20/10/2017 00:14 - Foi preso no fim da tarde desta quinta-feira no distrito Quem Quem, em Janaúba, no Norte de Minas, um homem que ameaçava atear fogo numa creche na localidade, distante 40 quilômetros da área urbana. A prisão foi confirmada pelo comandante do 51º Batalhão da Polícia Militar em Janaúba, tenente-coronel João Aparecido Nascimento. O homem, cuja identidade não foi revelada, foi encaminhado para a delegacia da Polícia Civil da cidade. Segundo o tenente-coronel Nascimento, o suspeito contou que trabalhou em uma empreiteira que prestava serviço para a prefeitura de Janaúba e que teria um valor para ser recebido. Indignado com o atraso do pagamento, ele teria comentado com uma familiar que colocaria fogo na creche, caso a dívida não fosse paga. Diante da ameaça, a mulher denunciou o homem à polícia. No entanto, nenhuma substância inflamável foi encontrada com ele. O suspeito, morador de Quem Quem, foi levado para prestar esclarecimentos no início da noite. Mais informações deverão ser passadas na manhã desta sexta-feira. O fato ocorreu duas semanas depois da tragédia na creche municipal Gente Inocente, no Bairro Rio Novo. Em 5 de outubro, o vigilante Damião Soares dos Santos, de 50 anos, ateou fogo a si mesmo e provocou a morte de nove crianças e da professora Heley de Abreu Silva Batista, de 43. Mais de 40 pessoas ficaram feridas.
OPERAÇÃO
Após levantamentos no local, também foi realizada a prisão de um foragido da Justiça – que também não teve a identidade revelada. Uma arma de fogo, munições, entorpecentes foram apreendidas, junto com duas motocicletas adulteradas.

***

O Tempo - Homem ameaça incendiar escola em Janaúba e é preso pela PM - 20/10/17 - 05h00 – Ailton do Vale - Duas semanas depois da tragédia em Janaúba, no Norte de Minas, um homem de 52 anos, que ainda não teve a identidade divulgada pela Polícia Militar (PM), foi preso nesta quinta-feira (19) ao ameaçar incendiar uma escola em Quem-Quem, distrito que fica a 44 km da cidade onde aconteceu o incêndio criminoso na creche Gente Inocente. Vizinhos e parentes do suspeito, que acionaram a PM, contaram aos militares que o homem trabalha para uma empreiteira contratada pela prefeitura de Janaúba para realizar um serviço de pavimentação.Conforme os relatos, o suspeito estava furioso porque não recebeu um pagamento pelo trabalho prestado e, por isso, ameaçava se vingar colocando fogo na instituição de ensino de Quem-Quem. O homem foi preso na casa onde ele mora no distrito. De acordo com a PM, foram encontradas drogas na residência. A corporação, no entanto, não informou quais eram as substâncias ilícitas e se o suspeito chegou a fazer uso de alguma delas. No imóvel, os policiais não localizaram elementos inflamáveis que pudessem ser utilizados em um incêndio como aquele causado pelo vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, na creche Gente Inocente. O sargento José Alves Neto, da PM de Janaúba, contou à reportagem do portal O TEMPO que o homem de 52 anos estava agitado no momento da prisão. No local, parentes do suspeito confirmaram as ameaças contra a escola. Ele foi encaminhado para a delegacia da região onde vai prestar esclarecimentos sobre o caso. "A informação que temos é a de que os parentes realmente confirmaram as intenções desse homem de atear fogo em Quem-Quem. Ele estava exaltado dizendo que se não fizerem o pagamento do valor que devem a ele, vai dar um jeito de incendiar uma creche", ressaltou o sargento. A tragédia em Janaúba aconteceu na manhã do dia 5 de outubro, uma quinta-feira. Naquele dia, o vigia, também conhecido como Damião do Picolé, entrou na creche com um balde de sorvetes no qual levava gasolina. Ele ateou fogo no próprio corpo e depois agarrou as crianças. O incêndio matou o próprio autor do crime, nove crianças e a professora Heley Abreu Batista, de 43 anos, que salvou diversos alunos. Além dos 11 mortos, a tragédia deixou 48 pessoas feridas.

***
Hoje em Dia - Homem é preso por ameaçar atear fogo em outra creche em Janaúba - 20/10/2017 - 09h57 - Atualizado 10h04 - Um homem foi preso após ameaçar atear fogo em uma creche no distrito de Quem Quem, na zona rural de Janaúba, em Minas Gerais, nesta quinta-feira, 19. No dia 5 de outubro, um vigia incendiou uma escola infantil e matou 11 pessoas, a maioria crianças, na mesma cidade. Luiz Carlos Mendes Moreira, de 52 anos, teria prestado serviços para uma empreiteira contratada pela prefeitura e os pagamentos estariam atrasados. Os familiares e pessoas do convívio de Moreira confirmaram que ele estaria há pelo menos uma semana dizendo que atearia fogo na creche Cantinho Feliz, "igual aconteceu em Janaúba", se não recebesse o valor referente ao serviço de pavimento de vias que prestou à prefeitura. Ele não é funcionário público e nem trabalha na creche, informou a assessoria de comunicação da Polícia Militar de Minas Gerais. No final desta quinta-feira, a diretora da instituição educacional acionou a PM, que encaminhou ao local uma equipe do 51º Batalhão da PM. O homem foi preso em flagrante pela ameaça.

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Mensagem N°82805
De: Manoel Hygino Data: Sexta 20/10/2017 07:24:07
Cidade: Belo Horizonte

O medo do futuro

Manoel Hygino

Não se negam lampejos na economia brasileira, com trovoadas não muito correspondidas por belas pancadas de chuva. Na capital, uma pesada chuva, de curta duração, e foi-se. O Brasil não quer tempestades. Mas o FMI aumentou a expectativa do PIB para 2018, o que poderá nutrir a campanha política que já se aproxima.
Enquanto o cidadão penará para pagar a conta de energia que o Correios trará, já é válido e alto o reajuste de combustíveis e o novo preço do gás de cozinha. Neste interim, o jornal que o leitor tem à mão noticiou a existência de muitas ambulâncias do Samu abandonadas na Região Metropolitana. E o povão, aflito, pede assistência.
Não sofre solução de continuidade, contudo, o ofício árduo dos bandidos atuantes em todo o país, subtraindo ou deixando estragos em bens dos cidadãos que pagam tributos. Tem também sequência a morte dos brasileiros (ou não) que ousam possuir alguma propriedade, qualquer que seja, ou espairecer-se pelas ruas nas tardes cálidas. Os criminosos sabem o que fazem, como aconteceu na pacata cidade de Capitão Enéas, acordada pela madrugada com tiros por todos os lados. Virou rotina na região. Em 29 de setembro, a PM mostrou as armas pesadas e explosivos, bem como parte do dinheiro roubado do Banco do Brasil num matagal. Eram pistolas 9mm, duas submetralhadoras, fuzil, pistolas. Essa gente anda prevenida. Os agentes da alei têm de entrar em ação a qualquer hora e circunstâncias, precisando de arsenal condizente para enfrentar a bandidagem.
Coisinhas
Observe-se: levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro revela que o roubo de cargas já causou prejuízo de mais de R$ 250 milhões nos últimos 6 meses em Minas Gerais. O Estado ocupa o terceiro lugar em ocorrências no gênero, atrás de São Paulo e Rio. A pesquisa indica também que entre 57 países, o Brasil é o oitavo com maior risco para roubo de carga, à frente de países em guerra e conflitos civis, como Paquistão, Eritreia e Sudão do Sul. Ainda bem que estamos em paz: Estamos? Quantos são mortos a tiros e facadas ou nas rodovias? O mais grave é que temos um lampejo, somente um lampejo, em meio à escuridão da noite no pântano. O homem deste país vê a televisão para saber as notícias e, sem mais assombro sequer, ouve, o relato dos desatinos e tragédias de todos os dias. Não há gente sensata e honrada que não perca o sono após desligar o vídeo, já antecipando os efeitos ainda piores (?) do que terá à frente.
O farto noticiário sobre a programação artística dá ideia de que a maioria possa ir às casas de espetáculos, contando com o salário diminuto, mas até isso é repetidamente inviável. É inegável que nos tornamos pessimistas e descrentes. Evidentemente me refiro aos que ganham ínfimas diárias, sem esquecer os milhões sem trabalho, nem salário.
A criminalidade, avassaladora, anda solta e invencível, porque está em todos os ambientes e tempo. Dentro dessas perspectivas, caminhamos inexoravelmente a enfrentar a ameaça de agravamento da situação neste acampamento em que nos transformamos, assunto imenso e permanente para a imprensa, que não pode ser responsabilizada pela situação de medo e vergonha de agora.
Como se pouco fora, eis que surge inesperada portaria sobre fiscalização do trabalho escravo nestes 5 milhões e 500 quilômetros de extensão. O problema, como inúmeros outros, irá para os gabinetes do Judiciário, se não revogados os novos dispositivos com urgência.
Tem razão Galba Velloso, ex-ministro do Tribunal Superior do Trabalho. “Os meios que o presidente usa para se defender constituem novas irregularidades...”.

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Mensagem N°82804
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Quinta 19/10/2017 16:59:37
Cidade: Montes Claros  País: Btsdil

A PARTIDA DE UM PASTOR DE ALMAS


Não o veremos mais em sua bicicleta e batina rota. Depois de toda uma vida dedicada ao outro, ele foi chamado de volta à nossa pátria verdadeira.
Como um homem é capaz de deixar toda uma cidade de luto e órfã? Essa é a reflexão mais importante que ele nos deixa. Numa era tão materialista e voltada para o exterior, tivemos o privilégio de ter entre nós um verdadeiro discípulo de Cristo. Um homem de uma humildade incrível, que jamais parou para pensar em si, mas viveu unicamente para servir.
Quando eu estava na Santa Casa com meu pai para morrer, ele apareceu do nada e perguntou: “Onde está Geraldo?” Eu e minhas primas estávamos na ante-sala, esperando o enfermeiro dar banho em papai. Eu respondi: “É aqui mesmo, mas ele está sendo banhado”. Ele disse: “Não importa. Eu vim dar-lhe a unção dos enfermos e vou fazê-lo aqui mesmo com vocês. Vamos todos nos dar as mãos”. E, juntos, o seguimos na prece de entrega do espírito de papai ao Senhor. Mas, quem o chamou? Nunca vou saber por que quando perguntei a ele a resposta foi:" Não me lembro".
Meu pai o admirava muito. Sempre dizia: “Aquele é um padre de verdade. Ele me faz lembrar Dindinho Padre”.
Dindinho Padre era o Padre Augusto Prudêncio da Silva, primo de minha avó e quem arrebatou meu pai, quando criança, e o levou de cavalo por toda a enorme paróquia. Papai conta a sua história no livro “O Padre Velho”. Para nós da família ele é e será sempre o Dindinho Padre.
Não sei se por essa semelhança ou se realmente pelo que ele foi e pela beleza de sua vida, aprendi a amar muito o Padre Henrique, embora não seja católica, nem tenha convivido com ele.
Hoje, o vazio tomou conta de mim. Perdi uma referência. Sei que é o abalo da hora, pois tenho certeza de que O Pai Maior reservou para ele um maravilhoso lugar na outra dimensão
Estamos vivendo uma época em que a sociedade consumista e voltada apenas para o capital acabou por se tornar esquizofrênica, sendo os seus membros polarizados e apenas reativos, sem tempo nem vontade para se tornarem reflexivos.
Nesse momento de luto, devemos parar um pouco e lembrar que a vida é um sopro que se apaga num instante. Depois de viver muitos anos e chegar à velhice, compreendemos como tudo passa rápido.
Iremos todos para outro plano de mãos vazias, assim como chegamos. Só levaremos conosco a nossa essência. Estaremos diante do Pai apenas com os tesouros que acumulamos nessa vida, isto é, com nossas aprendizagens no campo da virtude.
Já viram alguém sentir falta de uma criatura fútil e cruel? Não. Por esse ninguém derrama lágrimas. Mas, hoje, choramos pela ausência do Padre Henrique. Por quê? Porque ele agiu como um verdadeiro pai. Deu comida a quem tinha fome. Água a quem tinha sede. Agasalho a quem tinha frio. Ele acolheu com seu carinho e seu carisma todos aqueles que o buscaram em momentos de aflição, necessitados de conforto.
E fez muito mais: sabendo que o ser humano não necessita apenas do pão, mas também do alimento espiritual e intelectual, ele criou verdadeiras escolas não somente para o ensino de disciplinas curriculares, mas verdadeiras escolas de amor.
Pessoas como ele, que espalham vibrações de amor e paz, ficam para sempre na memória dos membros da sociedade que ajudaram a transformar.
Padre Henrique Munáiz exemplificou amor, humildade, abnegação e entrega absoluta. Estamos devolvendo-o ao Criador, mas seu exemplo ficará conosco como um farol a guiar-nos pelas noites sombrias e pelos árduos caminhos da Vida. Ele parte para a eternidade e fica na História de Montes Claros e no coração de todos nós.

Maria Luiza Silveira Teles (presidente da Academia Montes-clarense de Letras)

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Mensagem N°82803
De: Prefeitura Data: Quinta 19/10/2017 16:23:46
Cidade: M. Claros

Prefeitura decreta Situação de Calamidade em razão da estiagem - O prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, assinou nesta quinta-feira, 19, o Decreto Municipal nº 3.583, que declara Situação de Calamidade no município, em razão da estiagem e da falta de abastecimento de água potável.
“A gravidade desse problema tem nos motivado a buscar soluções diariamente. O decreto é um instrumento fundamental para a atuação do prefeito”, explicou Humberto Souto. O texto do decreto prevê que, em caso de grave necessidade de abastecimento, a produção excedente proveniente dos poços particulares do município poderá ser usada para reforçar o fornecimento de água para a população, através da Copasa. Com relação a eventuais indenizações que poderiam ser pagas aos proprietários desses poços, o prefeito informou que “o departamento jurídico está debruçado para encontrar uma forma legal de se fazer isso”.
Além de prever a utilização da água fornecida pelos poços para o abastecimento da população, o decreto também determina que, durante a vigência da situação de calamidade, diversas condutas estarão vedadas aos cidadãos, como:
- lavar calçadas e quintais com utilização de mangueiras;
- lavar veículos com mangueiras, em domicílios ou em via pública;
- lavar telhados, paredes ou calhas;
- aguar gramados ou jardins com o uso de mangueira;
- não consertar vazamentos constatados nas redes prediais nos prazos regulamentados.
A não observância dessas regras poderá ser punida com a suspensão do fornecimento de água para o morador infrator.

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Mensagem N°82802
De: José Ponciano Neto Data: Quinta 19/10/2017 12:40:03
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

Simplesmente Padre Henrique.
Despojado de todas as vaidades; inteligente; filósofo; teólogo e sem a necessidade de ser inscrito no Cânon dos santos, pois, sua vida de dedicação já o tornou.
Um Santo nato.
Deste lado de temperança da sua pureza, quem me dera saber exprimir, neste momento, o que eu desejaria...
Permita-me lhe dizer. - Muito obrigado por tudo nosso mestre e companheiro de todas as horas!
Viva! Viva! Viva!

(*) José Ponciano Neto - IHGNM

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Mensagem N°82801
De: Manoel Hygino Data: Quinta 19/10/2017 07:28:35
Cidade: Belo Horizonte

Os soldos do marechal

Manoel Hygino

No próximo ano, registra-se o sexagésimo aniversário de morte de Rondon, militar e sertanista brasileiro, nascido em 1865, em Mimoso, nas proximidades de Cuiabá, Mato Grosso. O pai era de origem luso-espanhola, com mistura de índios guanás, enquanto a mãe, indígena, descendia de terenos e bororos.
Órfão dos pais aos 2 anos, foi educado por um tio, estudou no Liceu Cuiabano, de que seria professor, mas sonhava com o Exército. Sentou praça no Regimento de Cavalaria, logo se transferindo para a Escola Militar do Rio de Janeiro e incluindo-se entre os cadetes abolicionistas e republicanos.
Nomeado para a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas, começou a exploração dos sertões mato-grossenses, assumindo o compromisso de não hostilizar os índios. Ligou por telégrafo imensas regiões do Brasil, penetrou o Paraguai e a Bolívia. Depois, o presidente Afonso Pena quis estender as linhas, ao Amazonas e Acre e Rondon estava à frente.
Além da integração geográfica realizava trabalhos linguísticos, etnográficos, botânicos e sociológicos. Sem se afastar da Comissão de Linhas Telegráficas, foi o primeiro presidente do Serviço de Proteção aos Índios. No Congresso das Raças, em Londres em 1913, foi aplaudido por sua atuação “para honra da civilização universal”. Em 1914, foi lhe atribuído o Prêmio Livingstone, pela Sociedade de Geografia de Nova York, após a Expedição Científica Rossendet-Rondon.
Sob Vargas, 1934, Rondon viu-se nomeado para presidir a Comissão Mista Internacional Peru-Colômbia, visando à pacificação dos países em dissídio pela posse da região de Letícia. Por quatro anos, de 1967 a 1972, sofrendo grave doença na vista, lá esteve até a confraternização.
Mas, quero focalizar outro aspecto de Rondon. Na presidência de Hermes da Fonseca, um ministro se empenhou por extinguir a Comissão Rondon, por o país estar em crise financeira. Sabedor da proposta, Rondon estabeleceu que as gratificações aos membros do grupo fossem reduzidas: dos soldados em 25%, dos oficiais em 50% e do chefe, que era ele, em 100%. Em expedição de grande repercussão, comunicou aos seus superiores que não aceitaria as gratificações, ficando com os salários do posto.
Quando chefiou o 16º Distrito Telegráfico de Mato Grosso, foi rebaixado do posto de major para capitão de engenheiros. Aceitou a condição. E não só: ao voltar da missão em Letícia, foi informado que por trata-se de estado de guerra, que lhe corresponderia a quatro vezes o soldo. Questionou o Ministério, que confirmou a vantagem, por função oficial no estrangeiro. Negou-se a receber a subvenção e determinou que os proventos ficassem para construção de uma escola em Mimoso, sua cidade natal.
Sua maneira de ser virou anedota. Na expedição ao rio São Miguel, inventou-se o conselho: “preparem o rancho para as praças... e um chá para o Estado Maior”. Um bom exemplo para os atuais, não é?

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Mensagem N°82800
De: Manoel Hygino Data: Quarta 18/10/2017 08:18:08
Cidade: Belo Horizonte

O Supremo sob crítica

Manoel Hygino

Já eu o dissera: mais do que os numerosos suspeitos de tropelias no exercício de cargos públicos, de beneficiários ou supostos beneficiários – de bondades para conhecidíssimas figuras da vida brasileira – está presentemente em julgamento a própria magistratura. Pode-se aferi-lo após a extensa reunião da mais alta Corte de Justiça do país, na quarta-feira, 11 de outubro.
Enquanto o calor ofendia os dias do mês, com altas temperaturas e se ingressava no Horário de Verão, bom para alguns, horrível para inúmeros outros, o Brasil manteve-se nas gravações às treze horas de reunião do Supremo Tribunal Federal. Tema polêmico, com complexos interesses em jogo, sintomas ou revelações de crise flagrante, mediante discussões acirradas.
Amaury Ferreira Brandão, da Academia Pouso-alegrense de Letras, é incisivo em seus pontos de vistas, lembrando que Ruy Barbosa já se referia aos “primeiros eclipses constitucionais”. A certa altura de um seu comentário, AFB repete a pergunta de Calmon de Passos: “O que é o Poder Judiciário? Uma divindade, já que o povo não participa de escolha na sua composição, cujos ministros são vitalícios e não respondem perante o povo como os outros poderes?”.
Amaury lembra ainda Paulo Saboia, que sustenta a necessidade de se colocar a Justiça sob controle do povo. Aduz ser inaceitável que juízes não tenham mandato, eternizando-se nas funções, mesmo não correspondendo às necessidades daquelas a quem deveriam servir.O Supremo não teria assumido no Brasil o papel idealizado por Ruy, vinculando-se a razões e interesses políticos. Cita AFB o caso de Ricardo Lewandowski, que “rasgou a Constituição para beneficiar cidadã cujo mandato jogou o Brasil na mais funda das cavernas”. Assim por diante.
Não repito os adjetivos mais fortes usados pelo acadêmico de Pouso Alegre, ao analisar a situação de alguns membros do Supremo, a que imensamente deve a nação, sobretudo em períodos de grave crise. Cada ministro é criticado, sem se esquecer os patrocinadores de suas candidaturas, desde o presidente José Sarney, que indicou Celso Mello, o decano da Casa, que dividiu apartamento com José Dirceu, em São Paulo, quando universitário; e Marco Aurélio, primo e indicado pro Fernando Collor, defensor do PT – é o que diz Amaury, “após sua filha ser indicada desembargadora federal por Dilma”.
Amaury cita Gilmar Mendes, apontado por FHC, cuja esposa trabalha no escritório do lobista Sérgio Bermudes, advogado de Eike Batista; Lewandowski, cujo filho serve ao escritório de Raul Chequer, envolvido na compra da Refinaria de Passadena: Dias Toffoli, ex-advogado do PT, e reprovado duas vezes em concurso para o TJ de São Paulo; Luiz Fux também indicado por Lula, que prometera “matar” o Mensalão no peito; Rosa Weber, protegida por Dilma, amiga do ex-marido de Dilma, Carlos Araújo, ex- assaltante de bancos; Luiz Roberto Barroso, também da safra da ex-presidente, cuja filha, advogada de Itaipu, condenada pelo próprio STF; além de Cármen Lúcia, iniciada por Lula da Silva. Finalmente, Alexandre Morais, novato, indicado por Temer, depois de ser secretário de Kassab e Alckmim.

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Mensagem N°82799
De: Alberto Sena Data: Terça 17/10/2017 17:57:04
Cidade: Grão Mogol

Onde estão todos ?

Alberto Sena

O tempo é voraz tanto quanto boca de fornalha de siderurgia. Passamos pela vida de muita gente e o contrário é também verdadeiro. Vamos vivendo. Vida em abundância. Mas, então, chega uma hora em que acontece de iniciar uma revisão, inda mais quando se é estimulado a isso.
Recentemente, em Montes Claros, retornei à Rua Corrêa Machado, onde vivi a adolescência e os primeiros anos de vida adulta. Depois de mais de quatro décadas, o botão das recordações daquela época foi, então, acionado.
Pergunto, e quem puder responder, por favor, faça um comentário. Por onde anda o ex-vizinho Eustáquio, neto de Dona Tina, uma senhora simpática, pequena na estatura física, mas de grande coração? Ela viveu quase 100 anos. Criou Eustáquio e outros netos vindos de Francisco Sá. Nós dividíamos nossas apreensões da adolescência.
E os irmãos Paulo e Luiz, filho do ferreiro Simeão? Moravam na Rua Doutor Veloso, quase esquina da Rua Corrêa Machado. Quem estiver com eles, diga a ambos, por obséquio, quase meio século depois retornei à casa onde a família deles morava. Quando apertei a campainha quem me atendeu foi uma senhora já de idade. Ela se identificou como sendo Alice, irmã de Paulo e de Luiz. Deixei com ela um abraço aos dois. Nós dividimos espaço nas jogadas de futebol, bolinha de gude e finca.
Alguém sabe me informar o paradeiro do galego Dedinho, vizinho de Bonga, na Rua João Pinheiro? Ele era companheiro no futebol desde os bons tempos do campo do União. Jogamos juntos no juvenil do Cassimiro de Abreu. Depois disso nunca mais nem ouvi falar de Dedinho. Alguém saberia dele?
E Sílvio Guimarães? Irmão de Helinho Guimarães, médico. Soube que formara em Medicina e nada mais. Sílvio foi companheiro de brincadeiras de estilingue, até o dia em que ele, estilhaçou o para-brisa de um caminhão caçamba do DER e deu até polícia. Com 11 anos de idade, eu e outros tivemos de ir à delegacia de polícia para sermos apresentados ao coronel Coelho, sem ter nada a ver com o fato.
Cadê Osmar, irmão de Geraldinha? Com ele jogava futebol, tampinha e juntos íamos à Escola Normal, no período ginasial. Lembro bem do cuidado da mãe dele com a roupa do filho. A camisa engomada, tanto quanto a minha, eram coisas de mãe. Nunca mais tive notícia dele. Tomou aquele comprimido para dor de cabeça e... Sumiu.
João Carlos Gabrich, irmão de Felipe, é outro sumido. Tive notícia dele, recentemente, por intermédio de Felipe. João Carlos mora na Serra do Cipó. Feliz dele. Serra do Cipó é um dos lugares mais aconchegantes do planeta. Como João Carlos fazia um pouco de tudo: bolinha de gude, futebol, papagaio. Era com ele e o irmão dele, Ricardo, que, creio, vive em Montes Claros hoje, mas há muito tempo não o vejo também.
E os irmãos Roberto e Ronaldo Lima? Roberto, sei, ele nos deixou, recentemente. Vivia em Januária. Que descanse em paz. O irmão dele, Ronaldo, o Roxxim, tenho notícias, ele é meu amigo no Facebook. Mora em Janaúba, aposentado do Banco do Brasil. Vivemos bons momentos, naquela época, não foi mesmo, Roxxim?
Jésio, o que aconteceu com Jésio? Ele morava na Rua Corrêa Machado esquina de Rua João Pinheiro. A casa nem existe mais. Tinha alpendre e era pintada de verde escuro. Dali do alpendre divertíamos com uma ousada brincadeira chamada “pau de bosta”. Não vou nem entrar em detalhes sobre essa brincadeira condenável.
E Danilo? Danilo morava numa casa atrás da Rua Corrêa Machado. Com ele passava horas jogando bolinha de gude ou, senão, empinando papagaio. Na manhã em que meu pai morreu, 15 de janeiro de 1961, eu jogava bolinha de gude com Danilo quando minha irmã, Lúcia, chegou me chamando. Era para eu ir correndo. Fui.
Quem sabe do Zezinho? Ele morava quase na esquina da Rua Camilo Prates com Corrêa Machado. Foi colega de escola e de Tiro de Guerra, se não me engano. Morava em frente ao Juquinha, um camarada com alguma deficiência física, mas de cabeça boa. Juquinha era o técnico dos times de futebol armados no campo do União.
Como dizia no início deste texto, a gente passa pela vida de tanta gente e tanta gente passa por nossa vida. É inacreditável. Duma hora para outra a própria vida cuida de distanciar as pessoas umas das outras. Ficaram só as recordações dos bons momentos vividos numa época em que éramos aprendizes de felicidade.
E Cícero Bastos – Cícero Estru, por onde anda? Ele morava na Rua Corrêa Machado. Quem sabe dele?

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Mensagem N°82798
De: Manoel Hygino Data: Terça 17/10/2017 08:21:10
Cidade: Belo Horizonte

Ainda chuvas e trovoadas

Manoel Hygino

No dia 11, véspera das comemorações dos 300 anos da padroeira do Brasil, um extenso julgamento no Supremo Tribunal Federal decidiu que medidas cautelares judiciais contra parlamentares têm de ser confirmadas pelo Legislativo, se significarem comprometimento ao exercício do mandato. O resultado apertado, 5 a 5, com desempate pela presidente Cármen Lúcia, não constituiu certamente uma surpresa. Os ministros se esforçaram para demonstrar que os poderes são independentes, mas harmônicos, o que constituía, no fundo, quase o cerne da questão.
Foi uma sessão com posições expressas veementemente. Não se aprovou o argumento da ministra Rosa Weber e de outros ministros, segundo os quais submeter atos próprios do Judiciário a outro poder compromete o equilíbrio de harmonia. De todo modo, só aparentemente o importante capítulo do presente ciclo de arestas foi vencido, com o “finale” marcado para o dia 17, quando o caso Aécio será especificamente definido pelo Senado Federal, do qual se acha afastado. O panorama se me apresenta extremamente delicado, porque os ilustres membros da mais alta Corte do país não chegaram a bom termo nos entendimentos, a despeito da decisão de quinta-feira, prevendo-se proximamente chuvas e trovoadas.
Como nos encontramos evidentemente já pensando nas eleições do ano que vem, percebe-se a necessidade de medir os problemas e posicionamentos a partir desta perspectiva. Aqui e em qualquer outro lugar, cabe o direito de defesa aos acusados ou apontados em investigações incessantes, porque tampouco cessam os fatos delituosos. Mas não se pode admitir que só há inocentes não se sustenta, parece mais um jardim de infância em que todos querem benevolência da “tia” para suas traquinices”. Não é o que ora ocorre?
Acrescenta: “Admiro quem se dispõe a cuidar de tantos (cidadãos), disputando eleições e ocupando posições na estrutura de poder. São potencialmente capazes de fazer a diferença para muitos. Mas ninguém é obrigado a ocupar estas posições se não se sente preparado ou se teme se dobrar às tentações do caminho. Diferentemente da vida pessoal, onde se nos mantemos inocentes, sobrecarregamos poucos, incluindo aqueles que nos amam e que não suportam nos ver em dificuldade. O caminho do poder é um caminho árduo, de muitos testes e que não pode era trilhado com olhos inocentes simplesmente porque as consequências podem atingir milhões de outros”.
O articulista, por sinal, se espanta – como milhões de outros brasileiros – ao ler o noticiário e conhecer as investigações sobre este sistema de governo, com o qual aquiescemos, a partir de nossa própria inocência. O debate gira unicamente em torno da falta de provas, do desconhecimento de práticas tão antigas, inerentes ao próprio sistema. “Somos levados a criar torcidas como no futebol: escolher o lado e defendê-lo nas redes sociais”. Em resumo: “Me parece secundária a discussão sobrea qual o partido ou político deveria vir ocupar o posto de presidente. O essencial é que estamos sendo governados sob uma estrutura ineficiente para apoiar ações que precisaríamos implementar como seres humanos”. E defende: “Na minha visão, mais do que governos de esquerda ou direita, precisamos que o poder seja ocupado por quem possa sustentar a perspectiva do amor e do olhar para o bem-estar coletivo. Estou cansado desta discussão polarizada que apenas nos divide, opõe, mas não toca no essencial. Me recuso a compartilhar da inocência de qualquer sigla e de doar meu tempo para fomentar o ódio a qualquer das partes que se deixaram partir”.

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Mensagem N°82797
De: Alberto Sena Data: Segunda 16/10/2017 10:02:08
Cidade: Grão Mogol

Flatulência descontrolada

Alberto Sena

Houve uma época, em Montes Claros – podem até não acreditar, mas houve – em que a Rua Corrêa Machado, entre as ruas Doutor Veloso e João Pinheiro era um bom lugar de morar. O asfalto ainda não havia chegado. Com o calorão de sempre, na cidade, era comum as famílias levarem cadeiras para as portas das casas a fim de se refugiarem na rua tanto do calor como dos pernilongos.
Isso acontecia, só para se ter uma ideia, até pouco tempo antes da chegada da televisão. Na ocasião, em termos de veículo de comunicação, havia em Montes Claros a ZYD-7, “Rádio Sociedade Norte de Minas, da rede verde e amarela Norte e Sul do País, falando de Montes Claros para o mundo”, o jornal Gazeta do Norte, O Jornal de Montes Claros e depois o Diário de Montes Claros. Passado algum tempo, veio o “Big Boy”, pseudônimo de Newton Alvarenga Duarte, “disc jockey” da Rádio Mundial responsável por uma verdadeira revolução no rádio brasileiro. Ele era a sensação das noites.
A televisão chegou e foi responsável por retirar as famílias das portas das casas. Limitou-as às dependências das salas e dos quartos, porque vieram as novelas e os demais programas televisivos.
Mas, neste momento, me vejo com a família sentado numa cadeira na porta da casa da Rua Corrêa Machado, depois de construída a calçada de cimento.
Foi nos primeiros anos da década de 60. Fica fácil calcular a época e compreender não estar tão longe assim porque muitos dos personagens ainda estão vivos para confirmar o episódio a ser contado, acaso seja necessário, para corroborar a veracidade desta estória e de outras do período.
Numa noite de calor quase insuportável, estávamos todos, mãe – pai já havia falecido – e alguns dos filhos à porta de casa e alguém teve a feliz ideia de mandar comprar picolé lá na soverteria da Praça Coronel Ribeiro. Tinha de voltar rápido, de bicicleta, para evitar o derretimento dos picolés.
Estavam na porta da casa vizinha duas moças irmãs, uma delas com o namorado, com quem acabou se casando. A irmã dela ali estava naquela condição de “vela”, e, em certo momento, a moça deu de entrar e ficaram só os dois e nós na nossa porta, conversando animadamente e chupando picolé.
Estávamos meio estremecidos com os vizinhos por causa de um problema criado por eles mesmos a partir de um bueiro de água fluvial. No período chuvoso a água da chuva passava de um quintal para o outro, a partir da Rua Doutor Veloso até alcançar a Rua João Pinheiro. A água do nosso quintal tinha de escoar para o do vizinho, que, duma hora para outra cismou de fechar o bueiro a um canto do muro.
Resultado: o aguaceiro recebido dos outros quintais inundou o nosso e tivemos de usar um enxadão para desobstruir a passagem d’água pelo bueiro. Houve bate-boca e por causa disso, a relação com os vizinhos – mãe viúva e filhos, duas moças e um rapaz – ficou estremecida.
Então, retomando a narrativa, estava o casal ali, namorando, quando, não se sabe se ele ou ela deixou escapar uma flatulência alto e em bom som. Como não podia deixar de acontecer, o riso foi geral. A moça entrou correndo para dentro de casa sem olhar para trás, e o namorado dela se foi embora às pressas, envergonhado.
Passados alguns instantes, a moça reapareceu no portão ressabiada. Ela achava que o namorado havia se escondido no campo de futebol do outro lado da rua, onde havia um buraco redondo no muro por onde as pessoas costumavam passar. Estava tudo escuro dentro do campo desativado.
Como se estivesse pisando em ovos, a moça atravessou a rua e foi até ao buraco do muro. Ela se foi esgueirando como quem queria surpreender alguém e ao chegar na boca do buraco soltou um grito estridente capaz de assustar qualquer pessoa. Mal sabia ela, o namorado já estava longe dali.
Foi um episódio tragicômico. A princípio, ninguém entendeu o porquê de ela ter atravessado a rua pisando em ovos sendo que o namorado já havia ido embora. Só ela não sabia e ficou decepcionada, além de envergonhada. Ligeiro, a moça atravessou a rua e entrou correndo em casa, chorando. Ficou um tempo sem pisar os pés do lado de fora. Tudo por causa de uma incontrolável flatulência.

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Mensagem N°82796
De: O Tempo Data: Segunda 16/10/2017 09:39:27
Cidade: Belo Horizonte

Interrogado pela polícia, o homem confessou e crime e disse ter assassinado Débora Fagundes Dias, com quem mantinha um relacionamento, porque ela teria ajudado a esquematizar uma tentativa de assassinato contra ele
Foi preso na noite desta sexta-feira (13) o suspeito de ter assassinado uma jovem de 20 anos em um quarto de hotel em Montes Claros, no Norte de Minas, na última quinta-feira (12). De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem, que também tem 20 anos, foi detido ao tentar embarcar em um ônibus que seguia para Belo Horizonte. Ele carregava telefone celular da vítima na hora da prisão.
Interrogado pela polícia, o homem confessou e crime e disse ter assassinado Débora Fagundes Dias, com quem mantinha um relacionamento, porque ela teria ajudado a esquematizar uma tentativa de assassinato contra ele.
Segundo a PM, o casal deu entrada no hotel na madrugada de quinta para sexta. Mas, no meio da noite, o homem deixou o estabelecimento alegando que precisava resolver problemas pessoais. Horas depois, os funcionários do estabelecimento suspeitaram da demora e decidiram entrar no quarto. Lá, encontraram o corpo de Débora. Ela foi estrangulada com um cinto.
O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de feminicídio e levado a um presídio da região.

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Mensagem N°82795
De: Manoel Hygino Data: Segunda 16/10/2017 07:28:03
Cidade: Belo Horizonte

Pela vida em outro planeta

Manoel Hygino

Pelo menos uma ameaça se desfez. No passado dia 12, o de Nossa Senhora Aparecida, uma rocha do tamanho de uma casa passou perto da Terra dentro da órbita da Lua, mas a milhares de quilômetros deste planeta que ainda habitamos. A informação foi dos astrônomos ligados à NASA e à Agência Espacial Europeia.
O asteróide em questão, batizado de TC4, passou pela primeira vez perto de nós em outubro de 2012, aproximadamente com o dobro de distância da atual, e seu retorno já era esperado. A rocha agora estará a 35 mil quilômetros, mas “não vai atingir-nos”, como previsto por um dos astrônomos. “Essa a coisa mais importante a se dizer”.
De qualquer modo, suponho que devamos ter o máximo cuidado. Assim como balas perdidas têm matado muita gente inocente na Rocinha ou na Baixada Fluminense, um asteróide desses pode alcançar-nos em algum momento. Aliás, cumpre lembrar o que declarou, há mais de um ano, Stephen Hawking, célebre físico britânico. Para ele, a exploração espacial deve continuar, pois o futuro da humanidade depende disso, já que os homens não conseguirão sobreviver mais de mil anos sem ir “além de nosso frágil planeta”.
O cientista, que participou de festival em sua homenagem nas Ilhas Canárias, da Espanha, ressaltou que há muitos experimentos ambiciosos para o futuro, como mapear a posição de bilhões de galáxias, além de utilizar os supercomputadores para compreender melhor “nossa posição” no universo.
“Talvez, algum dia, seja possível utilizar as ondas gravitacionais para olhar para trás, em direção à origem do próprio Big Bang”, afirmou. O físico está convencido de que a humanidade tem de seguir explorando o espaço pensando em seu futuro”. Para ele, nós humanos não somos mais do que conjuntos de partículas, que – no entanto- estão próximas de compreender as leis que nos governam, “e isso já constitui uma grande vitória”.
Ninguém quer ser ave de mau agouro. Mas o mundo científico está consciente de que, em algum instante da história, a humanidade terá de procurar abrigo e habitação em algum outro planeta.
As grandes potências mundiais não investem milhões e milhões em pesquisas de outros astros, senão pensando no que o futuro imporá aos terráqueos de agora. Pode ser por uma colisão com algum asteróide ou por imposições endógenas. Uma guerra entre as potências nucleares poderá obrigar o homo sapiens, nem sempre muito sapiens, a procurar outro lugar no espaço. É nisso que se pensa, e incontestavelmente não estamos sendo trágicos. Será o fenômeno da Rocinha, transportado a nível planetário.
Mais grave e inquietante é saber que sequer temos conseguido resolver os “probleminhas” de nação em crescimento, como os que ora enfrentamos. Há de perguntar-se se o porvir, que não vislumbramos tão promissor como se desejaria, será menos sofrível em outro planeta e galáxia. Por enquanto, só resta nos mantermos como possíveis vítimas de balas perdidas entre agentes da lei e traficantes, ou entre quadrilhas, nas periferias das grandes cidades ou até nos centros urbanos.

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Mensagem N°82794
De: Dirceu Data: Domingo 15/10/2017 15:08:55
Cidade: M. Claros

15 horas, horário de verão. A temperatura acaba de bater nos 37 graus em M. Claros, com umidade em 16%, o que significa estado de alerta, anterior apenas ao de emergência - quando a umidade ingressa nos 12%. E a meteorologia moveu-se: via só sol na semana entrante, mas agora diz que a tarde deste domingo receberá nuvens ( o que é fato), e que o tempo será nublado entre 16 e 21 horas, sem que a temperatura desça dos 26 graus até a meia-noite. Há nuvens para terça e quarta, mas com temperaturas altas por toda a próxima semana, voltando aos 37 graus de agora no sábado e domingo. Rezemos. Santa Maria, mãe de ..."

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Mensagem N°82793
De: Consumidor/Engenheiro Data: Domingo 15/10/2017 10:06:24
Cidade: Montes Claros/MG

Em tempos de crise hídrica, muito calor (temperatura máxima hoje em Moc de 37 graus centígrados) e bandeira vermelha no patamar 2, o mais alto, é conveniente adotarmos alguns procedimentos bem simples, mas muito importantes, como consumidores de energia hidroelétrica, visando economizar no custo dos kwh medidos. Tenho um exemplo bem prático e concreto, comparando os consumos de dois eletrodomésticos da nossa residência. A geladeira consome 25 kwh/mês, ligando e desligando pela atuação do termostato. No entanto, o ar condicionado, que também liga e desliga, consome quase 200 kwh/mês, se ficar ligado, por exemplo, 8 horas por dia. É o grande vilão atual das cargas elétricas, mais do que o chuveiro, tendo, inclusive, mudado o horário de pico do sistema elétrico, devido ao forte calor da tarde, principalmente. E, além disto, o ar condicionado tem uma potência elétrica muito alta (o nosso é de quase 1 kW) e normalmente é ligado por muito tempo. Portanto, aconselha-se usar menos ou mesmo desligar o ar condicionado e recorrer algumas vezes, quando necessário, ao ventilador, que tem carga muito menor, cerca de 10% da carga do ar condicionado, para ajudar na economia da energia hidroelétrica consumida e dos kwh faturados pela Concessionária.

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Mensagem N°82792
De: José Ponciano Neto Data: Sábado 14/10/2017 11:49:03
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

Um Belzebu conhecido por “Picolé”

- 05 de outubro de 2017, Dez horas e vinte e dois minutos-

Dia Mundial do Professor. Este dia ficará para sempre conhecido como “massacre de Janaúba”; dia que homenageia todos os que oferecem ensino para a formação da sociedade.

Há pouco tempo escrevi sobre certos patifes que cometem ataques horríveis. Pós-atos, vêm os familiares dizendo que os terroristas têm distúrbios mentais - pararam de tomar remédios ou que os atos ocorrem devidos os “surtos psicóticos” por serem bipolares. Hum!

O caso do Belzebu “Damião Picolé” é parecido com os casos de ataques terroristas que fazem coreografia pelo o mundo – já falam que: “ele agiu em nome de Satã, por que ouvia vozes do além”.
Então este maquiavélico Damião “picolé” - a Suzane Richthofem e a Ana Carolina Jatobá com suas mentes diabólicas são terroristas?

Não existe terrorista Islâmico, assim como não há terrorista cristão ou satânico. O que existe são terroristas que usam o nome da religião ou do “Demo” para ganhar força e apoio dos desinformados e que não praticam religião – como se religião dar o direito de praticar o mal.
Vejamos que: - A maioria dos nossos políticos é Cristã católica e Evangélica e roubam, matam o povo de miséria e fome, isso é ou não terrorismo cristão? É só Islâmico que faz terrorismo? Qual o conceito de terrorismo? Vamos deixar de ser “marias vão com as outras” e usar um pouco do cérebro para raciocinar sobre: O que faz - quem faz - por que faz - onde faz - como faz e depois julgar se o ato de violência teve a ver com a religião ou Satãnismo. Pense sobre os atos de violência que queimam ônibus, destrói escolas, assaltam bancos, sequestram pessoas, fazem assalto em toda a sociedade e outros mais, não são atos de terrorismo? Tem que ser Islâmico para fazer terrorismo? Os bandidos do Brasil são de origem cristã católica e evangélica. Então vou dizer que são terroristas cristãos? Tá certo isso? Bandido não tem religião e nem a religião apóia violência, mas os analfabetos políticos e históricos são levados a acreditar que terrorismo está ligado à disputa do cristianismo ou Satanismo. Isso só interessa ao PODER TERRENO que se opõe a Deus e aos planos DE SALVAÇÃO dos adoradores do Criador.

O Caso do “massacre de Janaúba” que foi mais um dos campos de extermínio mais infame do Brasil, estar dando o que falar. Podemos dizer que foi mais uma falha dos Centros de Atenção Psicossocial – CAPs – que muitas vezes fingem que está acompanhado o paciente; enquanto o paciente finge que está apto a voltar à sociedade.

Neste execrável acompanhamento, alguns psicólogos e psiquiátricos ofertam ao maluco ou bandido a alta médica prematura e vão logo PROMOVENDO A REINSERÇÃO SOCIAL do individuo através do acesso ao trabalho, lazer e exercício dos direitos civis.

Ora! “Carne podre, não adianta adicionar Sal que não salva”. Eles voltam ao convívio com os humanos controlados e, em breve cometem crimes atrozes como foi o de Janaúba.

Este belzebu do Picolé. - Dizem! Que não estava certo da cabeça. Duvido! Se for fazer uma investigação mais profunda, irão descobrir que ele era até pedófilo. Era um safado! O verdadeiro demônio disfarçado de bonzinho.

A forma de atrair as crianças com os picolés e sorvete (feitos de maneia precária), demonstra sua insanidade e tendência para a pedofilia.

Em uma desta entrevistas televisionada, informaram que ele era efetivo desde 2008 na prefeitura. Quem o indicou? Foi aprovado em concurso? Como? Quem deu o laudo medico de sanidade mental para efetivarem? – São questionamentos que devem ser esclarecidos.

A verdade é que os nove anjinhos – nove gente inocente - foram para o Céu e junto com eles a Professora Helley de Abreu, que, num ato heróico, apoiada por outras professoras e empregados evitou que mais anjinhos fossem mortas.

Neste momento é de consolar os familiares – doravante, entender como será a vida dos atingidos pelo fogo com seus corpos deformados pelas queimaduras – entender como ficou a cabeça do Pai e da Mãe de cada um dos anjinhos que foram com a Helly – como está à saúde dos hospitalizados ( que não poderão ser esquecidos).

Não é hora de preocupar se a Creche tinha Alvará dos Bombeiros/ extintor / sistema anti-incêndio / se as grades eram fixas. Nada disso é mais importante! Tinha que ser vistos antes do massacre.

Na verdade, o sujeito já praticou um ato de tamanha barbaridade, ceifando as vidas dos anjinhos e o Centro de Atenção Psicossocial – CAPs foi negligente com a saúde mental do vigia (agora do inferno). Porque falo de negligência? Cadê os documentos de acompanhamento? Será que ninguém do CAPs não percebeu nenhum indício de comportamento que demonstrasse algum desequilíbrio emocional do Belzebu?

Para terminar, vou dar um exemplo de indício de comportamento que demonstrou um desequilíbrio emocional: - Um vídeo que viralizou na internet há pouco tempo; acontecido na cidade de Curvelo- MG mostra uma mãe queimando os brinquedos do filho de seis anos no quintal de casa para vingar do Ex. marido. A criança foi obrigada ficar de pé e olhando para a fogueira de brinquedos. Tudo indica que uma pessoa como esta, tem as mesmas características do Belzebu do picolé. A criança corre o risco de ter um fim trágico. Depois aparecerão os sugesteiros de plantão com mil e uma indagações. Aí... Já é tarde!

Por fim, não explorem mais este episódio politicamente; a demagogia não devolve as vidas dos anjinhos de da Helly e muito menos a normalidade da pele dos sobreviventes. Chega!

Em tempo: O dia do professor no Brasil celebra-se em 15 de outubro, dez dias depois do oficial mundial 05 de outubro .

(*) José Ponciano Neto é Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros – Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas

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Mensagem N°82791
De: Renê Data: Sexta 13/10/2017 14:45:08
Cidade: Montes Claros

Perplexidade. Beneméritos pilotos que voaram à noite para socorrer as crianças queimadas de Janaúba foram - ou serão - multados pela burocracia aérea. Deveriam ser condecorados. É mais um absurdo do mastodôntico estado brasileiro - insensível, tentacular, verdadeiro polvo. Pilotos que colocam suas vidas em risco para salvar os outros são heróis e merecem a mais alta distinção em nome de todos nós - e não multas. Espero que esta informação, absurda em si, não seja exata, ou que seja prontamente revertida.

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Mensagem N°82790
De: Polícia Militar Data: Sexta 13/10/2017 10:12:01
Cidade: Montes Claros

José Edmilson Santos Soares foi incluído na Polícia Militar de Minas Gerais - PMMG, em 02 de dezembro de 1991, após ser aprovado em concurso público, sendo inscrito na Corporação sob o número 106.231-4.
Em 1º de setembro de 1992, após a conclusão do Curso de Formação de Soldados em Montes Claros, na Companhia de Ensino e Treinamento, à época pertencente ao 10º BPM, formou-se Soldado da PMMG, iniciando suas atividades profissionais à serviço da sociedade.
Em 02/04/2004, foi promovido à graduação de Cabo da PMMG e, em 05/12/2013, após conclusão do Curso Especial de Formação de Sargentos - CEFS, curso este realizado em Montes Claros, foi promovido a 3º Sargento da Polícia Militar, sendo classificado no município de Josenópolis, onde serviu até 06/04/2016, quando retornou a Montes Claros, passando a atuar no Pelotão de Trânsito do 50º BPM, função esta que exerceu até 13/9/2017, quando, de férias, viajou para o Estado da Bahia, vindo a falecer, por afogamento.
O 3º Sgt Edmilson, possuidor de diversas recompensas na Corporação devido aos bons serviços prestados no decorrer de sua carreira profissional, dentre elas elogios individuais por ações de destaque, sempre foi reconhecido pelos seus Comandantes como um excelente profissional.
O militar encontrava-se acompanhado por sua família (esposa e 02 filhos), e, no momento do incidente, o filho Lucas Samuel Santos Soares, 18 anos (aluno do 2º ano do ensino médio do Colégio Tiradentes), também faleceu por afogamento, na mesma data e local. Montes Claros/MG, 11 de outubro de 2017.

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Mensagem N°82789
De: Manoel Hygino Data: Sexta 13/10/2017 08:39:27
Cidade: Belo Horizonte

Mais brasileiros viram santos

Manoel Hygino

A cada dia, descobrimos fatos até então guardados na história de um Brasil com mais de quinhentos anos, além de novas interpretações sobre registros antigos, até recentemente vistos sob outros ângulos. Faz parte. Apesar de seus cinco séculos, somos uma nação nova, se comparada a outros pedaços e povos estabelecidos no planeta.
Neste outubro, o papa Francisco anunciou que, no dia 15, canonizaria, na Basílica de São Pedro, os primeiros mártires brasileiros. São os sacerdotes André de Soveral e Antônio Francisco Ferrero, e o laico Mateus Moreira, camponês, além de outras 27 pessoas.
Por mencionados beatos, a população cristã católica brasileira não esperava, porque havia outros importantes candidatos na fila de canonização. Os ora relacionados trouxeram surpresa, principalmente porque do Rio Grande Norte tem-se falado predominantemente em presídios, fugas e mortes, em tempos mais recentes.
Em todo caso, porém, há fatos novos a registrar. Haverá santos e, agora, em três dezenas. Serão canonizados sem terem realizado os milagres, tão profundamente pesquisados antes de comprovados pela Congregação para as Causas dos Santos.
Primeiros mártires e santos brasileiros, foram assassinados entre os dias 16 de julho e 3 de outubro de 1645, pelos protestantes calvinistas holandeses no Brasil naquela época. A execução foi em Cunhaú e Uruaçu, durante uma missa dominical celebrada por André de Soveral. Eles tinham sido beatificados pelo papa João Paulo II em março de 2000, na Basílica de São Pedro.
Emissários holandeses enviados para investigar os massacres constataram a prática de violência, atrocidade e crueldade. Cronistas da época relatam que, em Uruaçu, a crueldade foi terrível. Os índios tapuias e a tropa holandesa fecharam as portas da igreja e mataram os detidos. Arrancaram línguas, deceparam braços e pernas, cortaram crianças ao meio e degolaram corpos. A história dos massacres foi pesquisada na Torre do Tombo, em Portugal, e no Museu de Ajax, na Holanda. Segund documentos, os holandeses ofereceram aos católicos a opção de salvar a vida, se eles se convertessem ao calvinismo.
Com a notícia das atrocidades em Cunhaú, o medo se espalhou pelo Rio Grande do Norte e capitanias vizinhas. Com razão. Outra vez sob as ordens de Jacob Rabbi, mercenário alemão, a serviço dos holandeses, um grupo de dezenas de pessoas, entre as quais o próprio padre André de Soveral, foi massacrado. O camponês Mateus Moreira teve o coração arrancado pelas costas, enquanto repetia a frase “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”.
Os mártires brasileiros serão canonizados em cerimônia ao lado de dois meninos mexicanos conhecidos com Mártires de Tlxcala: o espanhol Faustino Miguez, fundador do Instituto Calasancio, Filhas da Divina Pastora, e o sacerdote franciscano italiano Luca Antonio Falcone.

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Mensagem N°82788
De: Alberto Sena Data: Sexta 13/10/2017 07:35:09
Cidade: Grão Mogol

Em busca de si mesmo no "Gonçalves Chaves

Alberto Sena

No mais recente retorno a Montes Claros, por esses dias, casualmente, ia passando pelo portão da Escola Estadual Gonçalves Chaves, na Praça João Alves, quando de repente o espírito infantil do menino de sete anos o impeliu a entrar. O portão estava aberto. Devia ser 10h30. Ele entrou pela primeira vez depois de décadas e se encontrou na porta com a simpática senhora chamada Kelly, na portaria.
Explicou a ela ter sido aluno da escola, àquela época, década de 50, denominada “Grupo Escolar Gonçalves Chaves”. Ele apontou as salas de aula onde havia estudado, do primeiro ao quarto ano primário. E Kelly mostrou a ele a galeria de antigos diretores e o menino identificou as diretoras de quando ali chegou, aos sete anos de idade.
Uma delas era Dona Marucas, mãe de Roberto Avelar, um dos colegas dele no primeiro ano primário. Ela estava entregando a direção para Dona Maria Celestina Almeida, irmã de Cipriano Almeida, marido de sua tia Ambrosina Sena, irmã da mãe dele, Elvira.
Por alguns instantes, o menino viu-se no pátio, antes rebaixado e para ter acesso a este, os alunos tinham de descer por uma escada em frente aos banheiros. Viu-se chutando bola de meia velha com os colegas e ainda pôde ouvir o vozerio da meninada esbanjando alegria de viver, jogando “queimada”.
Hoje, o pátio já não é o mesmo. Foi nivelado ao piso superior de entrada e a parte de baixo ganhou outras serventias. Mais de cinco décadas depois, até que o prédio não sofreu tanta interferência.
Ele recordou, onde é hoje a garagem da escola havia uma área de terra avermelhada e em determinado ponto fora construído um pedestal de cimento onde instalaram uma cruz enorme, de madeira, pintada de tinta preta. O “cruzeiro”, como chamavam-no fora encontrado enterrado no terreno quando do início da construção do prédio. Quem fim teria levado o “cruzeiro”?
Quando ele entrou pela primeira vez por aquele portão, em 1957, era de manhã e estava acompanhado da irmã de mais idade, Lúcia, e ali se encontrava para “fazer um teste”. Era para Dona Maria Celestina escolher qual seria a professora que se encarregaria de desasná-lo. Dona Bernadete Costa era o nome dela. Com ela o menino ficou do primeiro para o segundo e do segundo para o terceiro ano.
No terceiro ano, ele foi aluno de Dona Alba Alkimim, mãe das professoras Vânia e Vilma Alkimim. Ela era tia de Eduardo Alkimim, um dos seus colegas. Eduardo deu a ele, um dia, quando já adultos, uma cópia de fotografia da turma, foto publicada, aqui, várias vezes.
No quarto ano primário, a professora dele era Dona Augusta, austera tanto quanto Dona Bernadete, esta mãe de Robson Costa, com quem ele trabalharia, anos depois, no “O Jornal de Montes Claros”. Noutra situação, mais tarde ainda, Robson o levaria a trabalhar no jornal “Estado de Minas”, em Belo Horizonte.
Toda segunda-feira, Dona Augusta queria ver as mãos de cada um dos alunos, a fim de verificar se as unhas estavam cortadas e limpas. As mãos eram mostradas sobre um lenço. Ela verificava também se cada um havia lavado o rosto de manhã ao acordar. Com o seu jeito rigoroso, a professora se dizia encabulada como “é possível alguém só passar uma aguinha no rosto e pronto, fica até a marca da sujeira”.
Mas, o interessante é que, alguns poucos de nós não fizeram “prova final” para passar do primeiro para o segundo, do segundo para o terceiro e do terceiro para o quarto ano. Fizeram provas só no último ano. Por quê? Porque tinham notas suficientes para serem promovidos. Enquanto os outros colegas ainda iam fazer “prova final”, eles já estavam gozando férias.
Entretanto, mais interessante, ainda, aconteceu no terceiro ano, no dia em que a Dona Alba pediu à turma para fazer uma “composição” sobre determinado tema. O menino fez a dele no capricho e a entregou. A professora tinha o costume de ler os melhores trabalhos. Naquele dia, ela disse ter em mãos uma “composição muito bonita” e prometia lê-la por último.
Quando chegou a vez, Dona Alba leu a composição e ao terminar de ler fez uma observação, lamentando: “É uma pena, mas a “composição” não foi escrita por ele”. A reação dela dizendo isso não podia ser pior, porque injusta. E se o menino tivesse ficado traumatizado por isso, é possível que, hoje, ele não estivesse, aqui, escrevinhando sobre o ocorrido. Inda bem que teve discernimento para entender, e pensou de si para si mesmo: “Se ela achou não ter sido eu o autor, é porque a composição está boa demais”!

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Mensagem N°82787
De: Manoel Hygino Data: Quinta 12/10/2017 08:36:34
Cidade: BH

O ciclo democrático

Manoel Hygino

Somos um país de contradições, embora a verificação não resulte em solução de nada e para nada. Leio, assim, as dolorosas notícias da falta de água principalmente no norte-mineiro, pedaço do sertão que nas fraldas da serrania nasce. Quem quiser saber mais e melhor encontrará excelentes autores, o mais conhecido dos quais o de Cordisburgo, João Guimarães Rosa, não aceito até hoje por todos.

Pois nesta época de seca, represas em baixo nível (como expressões verbais usadas no Parlamento) ameaçam o racionamento de energia e a elevação de tarifas. Mas localizo uma pequena nota, curiosa mas absolutamente verdadeira. O sentimento dos moradores no entorno da expandida penitenciária de Montes Claros, assentada em área residencial, é de perplexidade, espanto. Não passam pela mesma severa falta de água de outros bairros, há meses. A razão foi dada por fonte da Copasa: como são vizinhos da penitenciária, escapam do rodízio no racionamento de água, pois o presídio não é afetado, passando incólume pelo aperto da população.

Enquanto assim acontece, acirra-se a disputa, já em âmbito judiciário, pela água consumida pela população das cidades de Coração de Jesus e Montes Claros. A magistratura acatou pedido do Ministério Público de Minas Gerais, suspendendo a construção de adutora de 56 km para levar a água captada no primeiro município, visando atendimento do segundo, em que já há rodízio na distribuição. A obra custará R$ 135 milhões, mas a multa, se não obedecida a decisão judicial, será de R$ 100 milhões, acrescida de R$ 100 mil em caso de descumprimento. Adota-se o refrão: em lugar onde falta água, todos gritam e ninguém tem razão. Ou todos a têm.

A estação das chuvas, que tanta expectativa despertou em extensas regiões, depois do Dia de São Miguel, foi interrompida. O sol voltou, forte, enquanto milhões de brasileiros aguardavam o lenitivo que viria do céu, mas falhou.

No campo político-administrativo nacional, entramos em uma semana e dela saímos sem solução de problemas que nos afligem, o que não constitui novidade. Acumulamos desacertos por longo tempo e não seria em sete dias, contundentes os mais recentes, que nos ofereceriam propostas mais duradouras.

Nem tudo, todavia, está perdido e a fisionomia da economia melhora, já com resultado apreciável, embora pobre. De fato, a verdade verdadeira é que teremos de aguardar a eleição de 2018, pelo menos esperando que o eleitorado escolha os melhores candidatos, inclusive para a chefia da nação. Praticamente, ter-se-ia de refundar a nação, depois do descalabro dos intermináveis escândalos.

Conseguiu-se vencer um período dificílimo, ao custo de muito sacrifício a um povo cansado de manter incompetentes ou até disfarçados meliantes no exercício de importantes cargos públicos. Se vencermos este período, já nos podemos dar por satisfeitos. Evitamos pelo menos o pior, que seria a ruptura do ciclo democrático. No mais, repetiria Shakespeare: “que horas são, senhor? São horas de ser honesto”. O vate de Stratford-on-Avon com quatro séculos de sepultamento ainda pode fazer aconselhamento.

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Mensagem N°82786
De: Manoel Hygino Data: Quarta 11/10/2017 11:18:51
Cidade: Belo Horizonte

Brasília em tempo da padroeira

Manoel Hygino

No último dia 4, de São Francisco de Assis, tão querido pelo povo brasileiro, houve festa em muitas cidades como todos os anos. Nos Estados Unidos, uma unanimidade, porém, em termos de perplexidade diante do morticínio que resultou em cerca de 60 vítimas fatais e de 600 feridos, em Las Vegas, no dia anterior. Difícil assimilar a tragédia na cidade dos jogos e do prazer que Tio Sam instalou no estado de Nevada, não tão distante de Pasadena, de triste lembrança.
Cá na terra descoberta por Cabral, de que não descende o Sérgio, ex-governador do Estado do Rio, o clima era de gravidade, densa ou tensa expectativa, na capital nacional. O Senado teria de deliberar se suspendia ou não o afastamento de Aécio Neves, decidido pelo STF. A Casa Alta do Congresso esboçou reagir, mas foi cuidadosa. Deixou para depois, até porque a presidente do Supremo Cármen (agora, a imprensa resolveu adotar o acento agudo no ‘a’ da sílaba inicial) transferiu ao STF definir se o Congresso deve ou não dar aval a medidas cautelares contra parlamentares, como a imposta ao senador mineiro.
Eunício Oliveira, presidente do SF, foi suficientemente claro: “não adianta os poderes fazerem enfrentamento. Os poderes são independentes, mas têm que ser harmônicos, têm de dialogar”. Quando se quis tirar de Fachin uma prerrogativa, a presidente (com e), Cármen, objetou que “jurisprudência do Tribunal não admite que terceiros questionem relatoria de processos”.
Como não poderia deixar de ser, Gilmar Mendes abriu o bico: os ministros da corte correm risco de acabar nos Trapalhões, por
praticar o “direito constitucional de malandragem”. Argumentou: “Nós temos já vários senadores e deputados com denúncias recebidas, nesse caso, também nós deveríamos afastá-los? E aí, nós podemos afastar a Câmara? A Câmara fica com composição não de 513, mas de 512, de 510 (parlamentares?) Quer dizer: o direito achado na rua, o reconstitucionalismo, o direito constitucional da malandragem, permitem esse tipo de coisa?”.
Acrescentou: “A gente precisa ter muito cuidado com essas questões. Se queremos reescrever a Constituição, vamos lá para o Congresso e assumamos a função de legisladores”. Uma observação que tem sua razão de ser. Os poderes se mistura m e seus componentes parecem querer tomar o lugar alheio? Tudo crescentemente confuso. O diretor de Relações Internacionais da J&F, Ricardo Saud, comemorou a decisão de Gilmar Mendes de conceder liberdade, em maio, a José Dirceu: “Acho que Gilmar começou a ajudar a gente”, publicou a Veja.
De todo modo, o fundamental é ter-se votado o adiantamento sobre afastamento do senador de Minas para 17 de outubro, ou, em outros termos – para depois de 12 de outubro, o feriado.
Feriado é o de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Repito Rodrigo Alvarez: “Quando outubro chegar por ser véspera de comemorar o Dia da Padroeira, parece que o país inteiro peregrina para o santuário. Resta esperar que ela se manifeste na cabeça dos que detêm poder no país. Que os dias que antecedem à festa produzam efeitos benéficos! A situação não anda nada boa e a Santa se vê na contingência de dar uma mãozinha. O feriadão seguinte é de Finados”.

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Mensagem N°82784
De: Ivana Rebello Data: Terça 10/10/2017 08:57:35
Cidade: Montes Claros

Manoel Hygino, que prazer ler seus escritos!Você é mestre na arte da encantar!

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Mensagem N°82783
De: Ivana Rebello Data: Terça 10/10/2017 08:55:45
Cidade: Montes Claros

Quero uma fita amarela

Quero uma fita amarela, linda e brilhante, gravada com o nome da professora que morreu para salvar seus alunos. Quero uma fita bem amarela, tremulando ao sol do Norte de Minas, para cada criança que partiu, antes da hora. Quero uma fita amarela para toda mãe que sai para trabalhar, com o coração apertado, ao deixar seus filhos na escola. Quero uma fita amarela nos cabelos da jovem professora que planejou durante toda a semana suas aulas, mas não sabe se o salário será depositado em dia. Quero uma fita amarela nas mãos da servente que prepara a merenda de cada menino e menina, que brincam no pátio. Quero uma fita amarela para o professor que levou um murro do aluno. Quero uma fita amarela, de ouro, para os alunos de licenciatura que ainda acreditam. Quero uma fita amarela e mimosa para a adolescente que tira nota máxima na redação. Quero uma fita amarela para os meninos especiais que frequentam as escolas que não estão preparadas para recebê-los. Quero uma fita amarela para a escola sem quadro negro, sem carteira, sem apagador, mas que figura nas estatísticas do governo. Quero uma fita amarela para cada pai que ainda acredita que o melhor que poderá legar a seu filho será uma educação de qualidade. Quero uma fita amarela, porque ela é a nova cor da esperança. Deverá arder nos olhos de quem detém o poder e nada faz; deverá amargar na boca de quem sabia e nunca agiu. Deverá irradiar luz e calor para aqueles que amam e fazem de seu ofício um constante desafio. Deverá incomodar quem desconhece. Deverá fortalecer quem padece. Deverá dar forças para quem luta.
Mas é preciso que ela seja amarrada em cada janela, cada poste, cada árvore. Amarela, como um alerta à nossa pasmaceira. Amarela, como uma homenagem à razão, que parece ter se perdido por aí. Amarela como sonhou Van Gogh em seus delírios, para nos lembrar que existe um infinito. Amarela, para nos seduzir com sua luz. E muito, muito amarela, para nos fazer enxergar os incautos.
Essa fita amarela, que eu quero, haverá de nos lembrar, definitivamente, de que não precisamos de comoção momentânea. Precisamos é de uma política educacional corajosa que tire o Brasil do humilhante lugar que ocupa. Precisamos de governos que distribuam menos comendas e mais oportunidades. Precisamos de políticos que troquem a propina pela equação matemática, o discurso pela ética e pela ação construtiva. Precisamos de uma família que frequente a escola. Precisamos de uma criança que brinque de novo.
Quero uma fita amarela. Grande, brilhante, vaidosa. Porque eu quero substituir o choro pelo riso, a derrota pela vitória, a morte pela vida.
Está chegando o dia dos professores. A universidade em que trabalho não comemora. A sociedade não vê. A imprensa não noticia.
Não quero ouvir que ser professor é um sacerdócio, missão ou doação. Não quero ver o rosto da professora cheio de hematomas. Não quero chorar por nenhuma criança morta, porque não houve o zelo necessário do estado. Não quero ouvir que meu salário está sendo fatiado, desvalorizado, dividido, aviltado. Nem quero presentes.
Eu quero uma fita amarela bem presente, numa História diferente, de um país diferente, no qual as crianças e as escolas sejam protagonistas.

(Dedico esse texto a cada aluno que já passou ou passará por minha sala de aula).

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Mensagem N°82782
De: Manoel Hygino Data: Terça 10/10/2017 07:02:34
Cidade: Belo Horizonte

Os meninos do Brasil

Manoel Hygino

O Dia da Criança, o Mês da Criança não serão mais iguais este ano, depois da tragédia que se abateu sobre Janaúba, na Creche Gente Inocente, com um elevado cômputo de vítimas fatais ainda não definido. Por um capricho, o autor do crime coletivo foi um cidadão, Damião Soares dos Santos, nome do mártir, cuja data se festeja em 27 de setembro, com o irmão Cosme. Sofreram tormentos inexcedíveis e a degola em Egeia, na época do imperador Diocleciano, pelo ano 287. Dedicados à medicina, são patronos dos cirurgiões e seus corpos descansam numa igreja com seus nomes em Roma.
Há anos, bem anos, Rubem Braga, o grande cronista capixaba que viveu parte da vida em Belo Horizonte, publicou uma “Oração aos Santos Cosme e Damião”, em que começa rogando: “Protegei os meninos do Brasil, todos os meninos e meninas do Brasil”. È um texto de rara beleza, em que há também apelo à proteção dos “meninos ricos, pois a riqueza não impede que eles possam ficar doentes ou tristes, ou viver coisas tristes, ou ouvir ou ver coisas ruins”.
Mas a proteção é também para os meninos dos casais que se separam e sofrem com isso, os filhos dos bêbados e estúpidos e também os meninos das mães histéricas e ruins; mas ainda para o menino mimado a quem os mimos podem fazer mal e para os órfãos, os filhos sem pai, e os enjeitados: ao menino que estuda e o moleque de rua, que só sabe pedir esmola e furtar.
“Não só: a proteção é ainda para os meninos protegidos pelos asilos e orfanatos, que aprendem a rezar, a obedecer e andar na fila, a ser humildes”. Oh, São Cosme e São Damião, protegei muito os pobres meninos protegidos!”.
Um parágrafo vai por inteiro: “Protegei, sobretudo os meninos pobres dos morros e dos mocambos, os tristes meninos da cidade e os meninos amarelos e barrigudinhos da roça, protegei suas canelinhas finas, suas cabecinhas sujas, seus pés que podem pisar em cobra e seus olhos que podem pegar tracoma, afastai de todo perigo e de toda maldade os meninos do Brasil, os louros e os escurinhos, todos os milhões de meninos deste grande e abandonado menino triste e que é o nosso Brasil, ó glorioso São Cosme, glorioso São Damião”.
E protegei também, digo-o eu, as denodadas e heroicas professoras, que ganham pouco mas são capazes de atos de solidariedade que lhes rouba a vida com chamas, como Heley Abreu Batista, mulher e mãe. Mas ainda recorro a Baudelaire, que faleceu há 130 anos, e pediu em sua “Oração pelos loucos e pelas loucas”.
O pedido é dirigido a Deus, que fez a Lei e a Liberdade, o juiz que perdoa: “Senhor, tem piedade, tem piedade dos loucos e das loucas! Ó Criador! poderá acaso existir monstros aos olhos d’Aquele que é o único que sabe porque é que eles existem, como se tornam tais, e como poderiam não ter sido monstros?”.
Esta nação está em dor, pelos túmulos que confrangem coração, famílias esmagadas por tragédias que a mídia relaciona e amplia a cada hora e dia, mulheres que choram, crianças que morrem ou sofrem.
Mas há os que se vangloriam porque o Dia da Criança geraria quase R$ 9 bilhões ao comércio em 2017.

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Mensagem N°82781
De: O Tempo Data: Terça 10/10/2017 09:02:32
Cidade: Belo Horizonte

Pai e filho de Montes Claros morrem afogados em praia de Ilhéus - 09/10/17 - 21h43 - Ailton do Vale - O que deveria ser um momento de diversão para uma família de Montes Claros, no Norte de Minas, que curtia uma viagem no litoral da Bahia, acabou em tragédia na manhã desta segunda-feira (9), quando um sargento da Polícia Militar (PM) e os três filhos dele caíram em um valão na praia de Barramares, em Ilhéus. Segundo o Corpo de Bombeiros da cidade, José Edmilson Santos Soares, de 46 anos, e o filho dele Lucas Samuel Soares de Aguiar, de 18, não conseguiram escapar do buraco e morreram afogados. Os outros dois filhos, uma adolescente de 16 anos e um rapaz de 15, foram resgatados por banhistas e sobreviveram. A menina, no entanto, engoliu bastante água e precisou ser conduzida por uma ambulância do Serviço Móvel de Urgência (Samu) para um hospital da região. A maré levou os corpos do militar e do filho mais velho para uma parte mais rasa do mar, onde os bombeiros constaram os óbitos. De acordo com o sargento Ricardo Oliveira, do 5º Batalhão do Corpo de Bombeiros em Ilhéus, a praia de Barramares tem diversos valões e fortes correntes que oferecem perigos para os banhistas que não conhecem a região. Além disso, conforme ressaltou o militar, o mar não estava propício para os turistas nesta manhã. “A informação que temos é a de que a família chegou na cidade para curtir as férias na noite desse domingo e, infelizmente, teve essa tragédia hoje (segunda). O mar na nossa região está agitado e nossas praias têm uma grande diversidade de marés, buracos, valões e correntes de retorno. Para quem não conhece o lugar, como foi o caso, fica bastante perigoso”, disse. O Corpo de Bombeiros não soube informar quando os corpos serão liberados para Montes Claros.

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Estado de Minas - Pai e filho de Montes Claros se afogam durante passeio em Ilhéus, na Bahia - Paula Bicalho - 09/10/2017 - 17h26 - Atualizado 17h38 - Uma família de Montes Claros, no Norte de Minas, que passava férias na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, se afogou enquanto nadava na Praia de Barramares, na manhã desta segunda-feira (9). Duas pessoas morreram e outras duas foram resgatadas por populares. Segundo o Corpo de Bombeiros da cidade baiana, dois integrantes da família, pai e filho - um homem de 46 anos, sargento, e um adolescente de 18 -, já chegaram à areia sem vida. Já um homem, de idade não informada, e uma menina de 15 anos foram salvos por populares. A jovem foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao Hospital Regional de Ilhéus, onde está em avaliação. O afogamento aconteceu logo no primeiro dia de viagem da família à cidade, e a Praia de Barramares foi o primeiro lugar que visitaram. Os corpos foram levados para o IML local e devem ser liberados até a manhã desta terça (10). Os bombeiros informaram que Barramares é uma praia com muita variação de maré alta e baixa, e isso pode ser perigoso para quem não conhece a região. Eles orientam que as pessoas se informem antes sobre as condições do local que pretendem visitar para que não corram riscos.


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Hoje em Dia - Pai e filho de Montes Claros se afogam durante passeio em Ilhéus, na Bahia - Paula Bicalho - 09/10/2017 - 17h38 - Uma família de Montes Claros, no Norte de Minas, que passava férias na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, se afogou enquanto nadava na Praia de Barramares, na manhã desta segunda-feira (9). Duas pessoas morreram e outras duas foram resgatadas por populares. Segundo o Corpo de Bombeiros da cidade baiana, dois integrantes da família, pai e filho - um homem de 46 anos, sargento, e um adolescente de 18 -, já chegaram à areia sem vida. Já um homem, de idade não informada, e uma menina de 15 anos foram salvos por populares. A jovem foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao Hospital Regional de Ilhéus, onde está em avaliação. O afogamento aconteceu logo no primeiro dia de viagem da família à cidade, e a Praia de Barramares foi o primeiro lugar que visitaram. Os corpos foram levados para o IML local e devem ser liberados até a manhã desta terça (10). Os bombeiros informaram que Barramares é uma praia com muita variação de maré alta e baixa, e isso pode ser perigoso para quem não conhece a região. Eles orientam que as pessoas se informem antes sobre as condições do local que pretendem visitar para que não corram riscos.

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G1 - Bahia/ Ilhéus - Turistas de MG, PM e filho morrem afogados em praia do sul da Bahia
Outras duas pessoas da família também se afogaram, mas foram resgatadas, segundo bombeiros. 09/10/2017 15h31 - Um policial militar de 46 anos e o filho dele, de 18, morreram afogados na manhã desta segunda-feira (9), na praia de Barramares, na cidade de Ilhéus, região sul da Bahia. A informação foi passada ao G1 pelo Corpo de Bombeiros Militar do município.
De acordo com os bombeiros, as vítimas são da cidade de Montes Claros (MG) e estavam de férias em Ilheús, famos destino turístico da Bahia. Outras duas pessoas, uma mulher e uma adolescente de 15 anos, que estavam com o PM e o filho dele e seriam da família, também se afogaram, mas foram resgatadas por populares.
Conforme os bombeiros, a adolescente foi atendida na praia por agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Não há detalhes sobre o estado de saúde da garota.
Os corpos de pai e filho serão encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Ilhéus, onde serão periciados.

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Mensagem N°82780
De: João Cláudio Data: Segunda 9/10/2017 18:16:04
Cidade: Montesclaros

Grande meteorito cruza o céu de nossa cidade, fenômeno natural vislumbrado na forma de bola de fogo com calda semelhante a um cometa cruzou agora pouco o céu da cidade.

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Mensagem N°82779
De: Alberto Sena Data: Segunda 9/10/2017 09:57:19
Cidade: Grão Mogol

O significado de voltar a Montes Claros

Alberto Sena

Voltar a Montes Claros é a mesma coisa de mergulhar na infância, na adolescência e na fase adulta até 22 anos de idade, quando se deu a partida definitiva para a capital. Retornar à Rua Corrêa Machado, onde a família morou durante anos, é um mergulho mais profundo ainda. Mas, ao mesmo tempo, é um choque misto de decepção e de conformismo porque nada mais há que fazer, tudo já foi feito para mudar o quadro de antes, décadas de 60 e 70.
Quando a família mudou para a Rua Corrêa Machado, vindo da Rua São Francisco, não havia ali asfalto nem calçamento. Era terra mesmo, cascalho. Quando passava um carro o pó subia. Mas, em compensação, no período das águas, a terra úmida era um prato cheio para jogar finca e também bolinha de gude.
Em frente da casa havia um campo de futebol, e se ninguém fosse chamar, não havia hora para almoço nem lanche da tarde porque a bola saciava a fome. Mas a sede, não. Com a boca seca e o corpo transpirando toda a água, era preciso correr em casa e engolir rapidamente um ou mais copos d’água e correr de volta ao campo.
O mês de agosto era considerado o período dos ventos. E, então, era chegada a época de empinar papagaio. Precisava correr em busca de bambu e papel impermeável mais linha de carretel número 10 ou outra grossa chamada de “cordonete”. Além de manivela de madeira de oito cruzetas. No mais, era subir aos céus com os papagaios. Acontecia, com a maior frequência, de alguns deles voltarem respingados porque alcançaram as nuvens.
Indo à Rua Corrêa Machado o mergulho no tempo causou impacto forte porque das casas de então restam só quatro, no trecho entre as ruas Doutor Veloso e João Pinheiro. A casa de Dona Tina, avó de Eustáquio. A casa onde moraram, em períodos diferentes, Clarice Magalhães e Fátima Tolentino, além da de Simeão ferreiro, pai de Paulo e Luiz. E a de Nêgo Ró.
O campo de futebol desapareceu sem deixar vestígios, cortado por duas ruas em forma de cruz. Os Biondi já não moram lá mais. Foram para Salvador (BA). Tudo mudou. Ficaram os espectros. Antes, Fernando Zuba se vestia de fantasma com lençol branco e à noite assustava a rapaziada em meio à escuridão, até ser, enfim, descoberta a identidade dele e constatado ser fantasma de carne e osso.
O ruidoso barulho de hoje provocado pelo motor dos ônibus que sobem a Rua Corrêa Machado provenientes da Avenida Cula Mangabeira não consegue abafar por completo os gritos da meninada se divertindo no campo. Os nomes de Bonga e o de Zé Bispo; de Felipe e João Carlos Gabrich e de Marcelino, irmão de Moedeferro; dos irmãos Roberto e Ronaldo Lima; de Chico Ornellas e Rubinho Sena só para citar alguns porque para lembrar de todos seria necessário possuir memória de elefante, os nomes deles e de muitos outros ainda são ouvidos vindos de passado nem tão remoto assim.
Os Gabrich já não moram mais ali, na Rua João Pinheiro. Marcelino não está mais no meio de nós. Zé Bispo e Bonga resistem. Um encontro com este, ainda no mesmo espaço onde viveu com a mãe, na Rua João Pinheiro, hoje sua oficina de restaurar motores, como sempre, foi dos mais agradáveis.
Cuidadoso, Bonga guarda anotado em cadernos a relação dos jogos e as principais informações sobre quase tudo vivido como técnico do juvenil do Cassimiro de Abreu. Como jogador, Bonga foi grande sob todos os aspectos, principalmente na altura. Bastava levantar o braço para pegar no travessão.
É importante salientar, ninguém deve cair na bobagem de viver de passado. A melhor época de nossa vida deve ser a atual. O passado foi bom, mas passou. O presente é que importa. Nele semeamos o futuro. De modo que rever a rua mágica de então, quando a vida parecia mera brincadeira, não acionou o botão da saudade, mas o da constatação, mais uma vez, de que tudo muda. Inda mais em cidade dinâmica como Montes Claros.
Mais de 40 anos depois se pode notar, a cidade cresceu em todas as direções. E o fato de ser o terreno plano favoreceu a esse crescimento. Evidentemente, a BR-251 teve e ainda tem muito a ver com as transformações de Montes Claros, ao trazer para a região gente de todas as partes do Brasil.
Em verdade, em verdade digo, a Montes Claros de hoje cumpriu e cumpre sua vocação de cidade polo. De direito ainda não, mas de fato, a terra de Antônio Gonçalves Figueira exerce o papel de capital do Norte de Minas, com a maior competência, apesar de todos os percalços.

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Mensagem N°82778
De: Manoel Hygino Data: Segunda 9/10/2017 08:32:08
Cidade: Belo Horizonte

Holofotes sobre a Rocinha

Manoel Hygino

Reportagens e noticiários sobre a turbulência na Rocinha, na zona Sul do Rio de Janeiro, exigem hoje espaços enormes nas redes de televisão, que – se fossem matéria paga – demandariam milhões dos patrocinadores. Enquanto as Forças Armadas lá se mantiveram, serenaram os ânimos; com o retorno da tropa à caserna, voltou a preocupação, depois se repetiram os tiroteios, extensivos ao Vidigal, que é próximo. Na UPP da Cidade de Deus, policiais foram recebidos a tiros. Os agentes da lei não revidaram, evitando talvez uma batalha campal.
Entanto, o problema é antigo, complexo, de dificílima solução, tanto que as tentativas de pacificação das antigas favelas (o nome passou para comunidades) foram frustrantes, para não dizer que fracassaram. Nos dias passados, a imagem de Nem, considerado chefe do tráfico da Rocinha, maior favela da América Latina, apareceu um sem número de vezes.
É sobre ele que comentamos, principalmente depois de o site brasil.elpais publicar matéria de Gil Alessi, focalizando-o. Conta-se ali que Antônio Bonfim Lopes, em dezembro de 1999, enfrentou com a esposa um grave problema de saúde da filha, Eduarda, de nove meses. Iniciou-se uma peregrinação por clínicas e hospitais, mas os diagnósticos eram desencontrados e não sobrou um fio de esperança. Mãe e pai, diz a notícia, se viram na contingência de abandonar seus empregos para tratar do bebê, afundando em uma dívida de R$ 20 mil.
Antônio, até então trabalhador responsável por uma equipe de distribuição de revista, se tornou o Nem, chefe do tráfico da Rocinha, o maior ajuntamento no gênero do hemisfério. O drama é relatado no livro “O Dono do Morro: Um homem e a batalha pelo Rio”
(Companhia das Letras), do jornalista inglês Mischa Glenny. Durante a Festa Literária Internacional de Paraty, ano passado, o escritor se encontrou com Nem, que responde a oito processos e está condenado a 16 anos e oito meses de prisão por tráfico de drogas e formação de quadrilha.
Para contar a história, o autor ouviu amigos e inimigos do traficante, policiais, políticos e o próprio ex-secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. Mas, para salvar a vida da filha, recorreu a Luciano Barbosa da Silva, o Lulu, chefe do negócio ilegal na Rocinha e uma das lideranças do CV – Comando Vermelho.
Jovem e inteligente, Nem se tornou importante, um “ditador esclarecido”, segundo o autor inglês: “ele entendia que o dono do morro deveria criar um círculo virtuoso que assegurasse o sustento da favela, devolvendo parte dos lucros à comunidade e produzindo um clima de crescimento econômico”. Estabeleceu-se um clima de paz, mas a “alta direção” do negócio sujo se dividiu, houve troca de comando. Nem, em circunstâncias misteriosas, acabou preso e levado a presídio de segurança máxima.
Não tenho notícia da filha que se enfermara. Misha Glenny, o escritor inglês, anotou: “Os grandes traficantes brasileiros não moram nas favelas”; “a Rocinha não precisa de teleférico, mas sim de saneamento básico”; “Rio desidrata UPPs para transferir parte do efetivo das favelas para o asfalto”. Nem desabafa: “Mandar polícia não adianta. Tem quatro ou cinco pra tomar meu lugar se me prenderem ou matarem”.

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Mensagem N°82777
De: BBC Londres Data: Sábado 7/10/2017 11:00:03
Cidade: Londres

Do isolamento à perversidade, os últimos dias do vigia que incendiou creche em Minas Gerais - Júlia Dias Carneiro - Há 18 minutos - Enquanto multidões comovidas acompanharam os velórios das primeiras vítimas do ataque de Janaúba, no norte de Minas Gerais, na sexta-feira, o corpo do vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, foi sepultado em uma cerimônia discreta, sem a presença de parentes, buscando ao máximo evitar a atenção - e a revolta - da cidade que passou a vê-lo como um monstro. Vizinhos, funcionários da creche e familiares agora se perguntam retrospectivamente quem era Damião, um homem que não chamava atenção, "proseava" com os moradores da vizinhança e vendia picolés, que ele mesmo fazia, para as crianças. O homem que planejou e levou a cabo o incêndio na creche Gente Inocente, na quinta-feira, era caçula entre os irmã de uma família de sete mulheres e quatro homens e cresceu em uma família humilde, porém "muito unida, trabalhadora, de coração bom", diz sua irmã, Maria Alexandrina dos Reis Santos, de 59 anos. Na manhã de quinta-feira, Damião chegou à creche dizendo que ia entregar um atestado médico. Ao entrar, jogou combustível em si mesmo e em quem mais conseguiu alcançar, entre crianças e funcionários, e ateou fogo. De acordo com o delegado regional Bruno Fernandes, ele chegou a abraçar algumas crianças no meio das chamas. O ataque matou sete crianças de 4 a 6 anos e a professora Helley Abreu Batista, de 43 anos, deixando a cidade de 72 mil moradores toda de luto. Damião chegou a ser levado para o hospital com queimaduras, mas também morreu, horas depois. Mais de 40 pessoas ficaram feridas, e algumas crianças ainda estão em estado grave devido à extensão das queimaduras. Os casos mais graves foram levados para hospitais em Montes Claros e Belo Horizonte. Damião era funcionário efetivo da prefeitura desde 2008 e, de acordo com o prefeito Carlos Isaildon Mendes, nunca apresentara qualquer problema. Ele estava afastado da creche desde julho, primeiro de férias, e depois alegando problemas médicos.
Abalo
Maria foi a única familiar a comparecer à funerária para lidar com o enterro do irmão, mas nem ela nem outros parentes foram ao sepultamento. "Estamos muito abalados. São duas dores que a gente tá sentindo. Por todas as crianças e famílias que estão sofrendo e pelo irmão. Nem velar ele podemos. Está tudo muito triste, doído", diz Maria. "Estou com o coração esbagaçado." Maria diz que o irmão vinha apresentando problemas "de cabeça" que começaram depois que o pai morreu, há três anos. "Ele falava que a gente estava envenenando as coisas dele. Ele saiu da casa da mamãe, foi morar sozinho. Uma pessoas que fez o que ele fez não está certo da cabeça, não. Um homem que teve a coragem de fazer o que ele fez, tirar a vida dele e de tantas criancinhas", diz a irmã. "Ele era uma pessoa boa, bem humilde, bem educado, um servidor honesto. O apelido dele na família era Dão. Agora fez um erro assim..." Damião foi enterrado no cemitério São Lucas, o mesmo que suas vítimas, mas em um horário que não coincidisse com os demais sepultamentos. A família ficou com medo de enterrá-lo - "as pessoas estavam falando que iam pegar o corpo dele e jogar no asfalto", diz Maria - e chegou a perguntar à funerária se seria possível uma cremação, mas não havia documentação de Damião para permitir o procedimento. "Quero pedir muitas muitas desculpas a todas as famílias. Só peço que as pessoas entendam que a família de Damião não é culpada. Está todo mundo muito abalado. Estamos orando, pedindo paz e harmonia para todas as famílias", diz. Nesses últimos três anos, Maria afirma que a família praticamente não teve contato com o Damião. Ele se isolou depois de sair da casa da mãe. Porém, reapareceu dias antes do ataque. Reaproximou-se da família, conheceu um sobrinho de 3 anos que nunca tinha visto e dormiu as duas últimas noites na casa da mãe. Reclamou que vinha vomitando muito e vomitou muito de manhã, conta a irmã. A família conversou com um psicólogo que veio atender outro parente e quis levá-lo para conhecer o Damião - mas isso já foi na manhã do ataque.
`Premeditado`
Damião escolheu o aniversário de três anos de morte do pai para o incêndio na creche. De acordo com o delegado regional Bruno Fernandes, há outras evidências de que o ataque tenha sido "arquitetado, premeditado": a polícia encontrou galões de gasolina na casa de Damião, e dois dias antes do incêndio ele falou à família que iria morrer e que iria dar aquele "presente" aos parentes. Para o delegado, isso esvazia a teoria de que ele poderia ter tido um surto psiquiátrico. "Não foi um surto. Ele fez por perversidade", acredita Fernandes. "Por covardia, resolveu se autoimolar e levar junto quem tinha pela frente. E foi tudo premeditado, até a data escolhida. Foi uma forma que ele achou de chamar atenção." Mas o delegado diz não ter dúvidas de que Damião tinha um transtorno psiquiátrico. "Ele tinha uma síndrome de perseguição. Achava que as pessoas estavam perseguindo-o para matá-lo envenenado", diz. Em 2014, Damião procurou o Ministério Público Estadual, que o encaminhou para o Centro de Atenção Psicossocial de Janaúba (Caps). "Ele busca ajuda e a ajuda é oferecida, mas ele não quer. Ele resolve por si só se tornar um homem sozinho, solitário." De acordo com sua irmã, Damião nunca casou nem teve filhos. A casa de dois cômodos onde morou nos últimos anos era "totalmente insalubre e inóspita", diz o delegado. "Estava muito suja, parecia que ninguém morava lá havia muito tempo."
Gasolina em galão de sorvete
Nas buscas realizadas em sua casa, os agentes da Polícia Civil encontraram anotações de Damião com textos confusos e pouco concatenados contendo referências ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Uma nota da Polícia Civil chegou a falar que o vigia era "obcecado por crianças". "Ele gostava muito de crianças. Fabricava picolé e vendia ou às vezes até dava para as crianças na rua", diz. O delegado acredita que foi num galão de sorvete, "desses grandes de 10 litros", que Damião levou a gasolina na mochila para dentro da creche. O recipiente não está entre as provas coletadas pela polícia: derreteu após o fogo iniciado por Damião, que atingiu quatro salas adjacentes. A BBC Brasil obteve acesso às salas de aula e constatou a dimensão do estrago: brinquedos e livros carbonizados no chão, parede e pisos tingidos de negro pela fumaça, e o teto praticamente todo derretido, as tiras de PVC que antes formavam o forro caídas ou penduradas, retorcidas. Alguns chinelos e sapatinhos das crianças ainda se encontram espalhados pelo chão. A creche fica no bairro Rio Novo, na periferia de Janaúba, em uma rua de piso de chão. Após as cenas de caos e desespero durante o incêndio, a rua estava quieta no dia seguinte ao ataque. A maioria dos vizinhos conhecia Damião. "Era um homem normal, quieto, tinha amizade com todo mundo", relata uma moça que se identifica apenas como Juliana. "Todas as mães aqui da rua estão em choque, porque ele ficava aqui sentado na calçada e as crianças ficavam falando com ele. Nossos filhos conviviam com ele." Jucimar Pereira Franco, que mora em frente à creche, diz que Damião chegava mais cedo para começar o turno de vigia noturno e ficava conversando com os vizinhos. Na quinta-feira, ele foi um dos muitos que ajudaram no socorro. Entrou na creche no meio daquele "fumação preto" e conseguiu tirar duas crianças. "Quando peguei a segunda, parecia que não tinha mais nada segurando a pele dela", conta Jucimar, ainda em choque. "O que levou ele (Damião) a fazer isso? É uma coisa que a gente quebra a cabeça pra tentar entender."

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