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Mensagem: Conselho de Lincoln Manoel Hygino Laudívio Carvalho, norte-mineiro de nascimento e formação, homem de Imprensa e ex-deputado federal, em certo dia publicou em jornal diário de Belo Horizonte uma carta dirigida ao magistério de sua pátria por um presidente da República. A assinatura é de Abraham Lincoln, que governou os EUA entre 1861 e 1866. Nesta hora de gerações nem-nem, de milhares que não trabalham, nem estudam, a lição do líder do país do Norte é muito válida. Leiam comigo: “Caro professor, o jovem terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, para cada egoísta, há um líder dedicado. Ensine-lhe, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-o que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada. Ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso. Faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales. Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis, e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram. Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho. Ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão. Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço. Deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso. Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens. Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro professor”. A lição é válida por todo tempo. Lincoln, décimo-sexto presidente dos Estados Unidos, nasceu em Kentucky, em 1809. Morreu assassinado em Washington, em 1865. Era filho de um carpinteiro e agricultor, tendo recebido, em pequena fraquíssima educação escolar, mas era um leitor infatigável, o que muito o ajudou na juventude. Viajando incessantemente pela pátria, conhece bem o problema da escravidão e da escravatura, pondo-se a serviço da luta contra a insidiosa injustiça social e humana.
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