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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 5 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Nova instituição Manoel Hygino: José Fernandes Filho atuou com admirável distinção nos altos cargos que exerceu na vida pública de Minas. No Executivo como secretário de Estado ou na magistratura, deixou lições e registros de dignidade em bem servir. É exemplo e lição de vida, que servem de rumo e caminho para os cidadãos que formam a sociedade mineira. Integrando hoje a Academia Mineira de Letras, pela qual têm também passado homens ilustres e merecedores do respeito de seus cidadãos, publicou ele, há poucos dias, um depoimento pessoal que merece registro, como ora faço. José Fernandes Filho, meu confrade na Academia, relata que teve um sonho real, afetivo, induvidoso. Do qual acordara feliz, a compensá-lo dos pesadelos, que o acicatam. “Ao abrir-me uma janela ensolarada, quase redentora. Não grandioso tal o sonho de Luther King de acabar com a segregação social em seu país”. Conta: “Sonhei, aos 94 anos com a criação de alguma instituição, cuja clientela fosse apenas e tão somente de carentes e necessitados. Pessoa jurídica, a prestar serviços gratuitos, integrada por seres humanos sedentos de um rumo para a vida. Instituição singular, fundamentada na firme convicção de que a vida só tem sentido quando a serviço dos outros”. Adiante: “Do sonho à realidade: colegas com iguais preocupações, angustiados, prisioneiros da velhice, companheiros de caminhada. Convocados, refletimos, conversamos. Sabedoria, todos, de que a vida é o exercício do possível. Não fazemos o que deveríamos fazer nem o que gostaríamos de fazer, mas o que podemos fazer. A despeito disso, a vida é bela. Basta adicionar-lhe uma pitada de sol, pessoal e intransferível, para espancar-lhe a escuridão”. O ex-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais afirma ter companheiros certos em seu projeto e cita alguns nomes dos que já estão a seu lado: “ Não por acaso vieram ao mundo Seabra Fagundes, Mandela e tantos outros, testemunhos vivos de que a vida merece ser vivida. Arraigada crença na economia do bem, aqui estamos, eu, João Luiz, Gutemberg e João Baptista, embarcados na benfazeja nave da esperança. Visionários, ingênuos, inocentes?. O tempo responderá. Outros serão bem-vindos. O barco é espaçoso, capaz de a todos acolher. É conhecido, por isso, como nave-mãe. Realistas, verazes, determinados, os quatro reiteram: conviver, viver com, é bênção e desafio. Aquela, fruto da confidencialidade, ínsita nas amizades duradouras. Este, a exigir dos confidentes total transparência, revelados como efetivamente são, na santa nudez da verdade”.

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