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Mensagem: ESTÁDIO MOCÃO: UMA IDEIA DE ´SANTOS´. O anúncio da construção do Estádio Municipal “Mocão” me remeteu ao túnel do tempo e resgatei um fato importante para a história desse (futuro) estádio ocorrido na época da minha adolescência. Em outubro de 1971 o prefeito que administrava esta Princesa do Norte, anunciou a “viagem para o futuro” do futebol amador de Montes Claros. A nova geração de torcedores montes-clarenses pode desconhecer, mas aqui reinavam os times, Cassimiro de Abreu e Ateneu no extenso estadual – os outros times, digo: Ipê – Tiradentes e Ferroviário destacavam mais no esporte local. Os campos do Cassimiro e do Ateneu eram os melhores enquanto os estádios do Ferroviário e Ipê, eram mais acanhados - suas arquibancadas eram de madeira enquanto dos Cassimiro e Ateneu eram de concreto, vestiários mais modernos e tribunas maiores para a transmissão dos jogos. Os jornais relembravam os grandes momentos de glória dos times e discutia o que seria feito para O FUTEBOL LOCAL num “futuro próximo”, pois os estádios já começavam a ser inúteis e obsoletos – até viram palco para shows. Foi aí, que um grande desportista, que atuou em várias modalidades do esporte, teve uma grande ideia! Estou falando do Dr. Pedro Santos (Pedrão 70), médico, apaixonado pelo esporte, com sua humildade, diz: “vamos construir um estádio municipal bem maior que os demais, de modo que o futebol de Montes Claros não desfalecer!” Vieram os projetos e as negociações das áreas, que na ocasião avançaram muito, mas, com o término do mandato – lembro-me bem! O “Dr. Pedrão 70 não conseguiu realizar o seu sonho – que era também o sonho de todos diretores dos clubes – técnicos e atletas da época! A Pedra Fundamental do Mocão foi lançada em meados de 1971, mandato do Dr. Pedro Santos, durante o evento, entre as autoridades presentes estavam o diretor da CBF, os militares Heleno de Barros Nunes e do Cel. José Guilherme. Pois bem! Seis anos depois, o prefeito Sr. Toninho Rebello retomou a ideia – contratou uma empresa para o novo projeto do estádio Mocão, o Engº foi o Hélio (não lembro o sobrenome) – este acompanhado dos engenheiros da administração. A área do Mocão de 45.000m³ foi negociada com a família de José Magalhães da tradicional família Delfino Magalhães. Na época a negociação da área foi a mais afável possível: 80% foi doada pelo o Magalhães e 20% negociados em suaves prestações. Este estádio já “consumiu” mais de 4 milhões e sequer terminou fantasmagórica Vila Olímpica prevista - parte da sua verba foi realocada para a construção de um estádio varzeano no Bairro Sumaré. Agora, mais de “meio século” a Prefeitura de Montes Claros divulga o processo licitatório do projeto do Estádio Mocão que terá a capacidade de 20.000 lugares nas arquibancadas em concreto armado, um novo avanço para o esporte de Montes Claros - principalmente se anexarem ao estádio uma pequena Vila Olímpica (Moquinho). – O “moquinho” nos anos pretéritos consumiu um milhão e quinhentos mil reais... as ferragens(...) Acreditamos que o sonho do Dr. Pedro Santos (Pedrão 70) se realize. A família do Pedrão 70 – especialmente o seu filho Toni Santos (também foi atleta), sentirá honrado se o estádio levar o nome de um dos maiores atleta que Montes Claros concebeu – “Estádio Desportista Dr. Pedro Santos” O carismático Dr. Pedro Santos formado em medicina no Rio de Janeiro foi jogador de futebol – basquete e atletismo. - Esperamos que desta vez o Mocão saia do papel (projeto). Resumindo: O idealizador do Estádio Municipal (Mocão) foi o Dr. Pedrão 70” – um visionário! XXX – III – XXIV José Ponciano Neto é Escritor – Historiador membro da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas – AMALENM e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros - IHGMC
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