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Mensagem: A desoneração Manoel hygino A se julgar pelas declarações do presidente do Congresso Nacional e do ministro da Fazenda Haddad, falta muito para que Executivo e Legislativo cheguem a um consenso sobre a Medida da folha de pagamento de 17 de setores da economia. O ministro informou que o presidente da República ainda conversará com Rodrigo Pacheco e com Artur Lira para definir melhor a questão. Na Suíça, Pacheco confirmou que o governo de Lula decidirá reeditar a Medida Provisória, que previa reoneração gradual. Segundo Pacheco, a intenção seria manter, até 2027, a desoneração da folha dos 17 setores que mais empregam no país, como resolvido pelos parlamentares no ano passado. Mais tarde, Haddad mudou a versão, afirmando que ainda não se chegara a se ponto, mas a posição do Planalto era de não revogar a MP. Acrescentou que a União deverá insistir em não revogar a reoneração gradual da folha de pagamentos. Passam-se os dias, tudo fica no mesmo. Pelo menos tem sido assim com referência ao problema. Faz-me lembrar do professor Afonso Lamounier de Andrade, velho funcionário da Cemig, que gostava de sentenciar: “tudo combinado, nada resolvido”. Senão vejamos. O presidente do Senado declara: “A desoneração da folha, aprovada pelo Congresso e com veto derrubado, valerá. Há um compromisso do governo federal de reeditar a MP, retirando a desoneração do texto”. O titular da Fazenda contesta educadamente: “No que diz respeito à reoneração, nós insistimos que o melhor princípio é o da reoneração gradual, como foi feito com todos os outros benefícios relativos a impostos sobre o consumo”. O prof. Lamounier, com todo seu otimismo e simpatia, não está mais entre nós e a própria sorte da Cemig está balançando de um lado para outro, de acordo com a força dos ventos políticos. Assim igualmente o futuro dos 17 poderosos setores empresariais. No Brasil, as decisões são extremamente penosas, mais do que em outros países.
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