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Mensagem: Histórica edição Manoel Hygino Tem completa razão o presidente da Amagis, Juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, ao referir-se à edição histórica lançada pela entidade há poucos dias: “É publicação para ser lida com prazer e guardada com carinho por todos que atuam e têm apreço pelo Judiciário e, de modo especial, por estudantes de Direito em todos os níveis”. Depois da edição especial, em parceria com a Escola Judicial Edésio Fernandes, protagonizando a vida de um dos mais brilhantes magistrados deste país, Hermenegildo Rodrigues dos Santos, houve a publicação sobre vida e obra de outros dezoito elaborada por quem com eles conviveu e aprendeu a admirá-los. Mais recentemente e para deleite intelectual de um infindo número de leitores, eis que se focaliza a trajetória exemplar de Raphael de Almeida Magalhães, a partir da inesquecível palestra do desembargador Luciano Pinto. Para não deixar por menos, a edição contou com prefácio de Rodrigo de Almeida Magalhães, bisneto de Raphael, professor de Direito na PUC e na UFMG. Com tão rico material, o jornalista responsável pela revista, Manoel Marcos Guimarães, a excelente ilustradora Sandra Bianchi e a projetista gráfica Rachel GM Magalhães puderam regalar-nos com uma produção do maior significado histórico, cultural e artístico. Sem falar na relevância da edição para enfatizar a nobre missão de nossos magistrados. Dá-se relevância ao sentido da missão desses profissionais do Direito na prática da tolerância, em que foi exemplar Raphael de Almeida Magalhães, “nascido na aristocracia do Império, educado no Rio de Janeiro e São Paulo, mas foi em Minas Gerais, lá na margem direita do Grande, nos longes do sertão do Tamanduá, na comarca de Campo Belo, que ele se sentiu filho de Minas Gerais e nas Minas Gerais ficou para sempre”. Segundo Luciano Pinto, seu focalizado “não se desinteressava da vida pública e a formação liberal e harmoniosa de sua personalidade o incompatibilizava com os destemperos, tanto da demagogia como do regalismo”. Ao depoimento de Mendes Pimentel, amigo de todas as horas, assíduo companheiro nas caminhadas diárias para as sessões de cinema, no seu depoimento a que recorro mais uma vez: “Aquele cuja memória aqui nos congrega teve, como os que mais o possuíam, o senso crítico, a consciência da injunção política. Mas tanto o aborrecia o demagogo como o déspota. No seu espírito nunca se desatou o binômio da ordem e da liberdade. E, se não tolerava a bufonaria dos exploradores das multidões, também não compreendia que a defesa da autoridade precisasse trancar permanentemente a igualdade de direitos entre os cidadãos”.
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