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Mensagem: Hora de decisão Manoel Hygino Minas Gerais não pode permanecer à beira do abismo como parece que vem acontecendo. Decorridos meses, anos, a situação econômica do Estado e seu prestígio decaíram ao ponto mais rasteiro dos últimos tempos. A dívida com a União é extremamente elevada, mas não se admitirá que o nome da velha Província e seu prestígio sejam atirados ao lixo de problemas insolúveis. A esta altura, apontar os nomes dos responsáveis pela crise inigualável não acrescenta para resolver a pendência que já passou por mais de um responsável e pela gestão dos negócios públicos. O quadro evoluiu para pré-calamidade e não se há de permitir a prevalência de vaidades pessoais e projetos dos que querem tirar proveito. Estão em jogo preciosos valores representados por empresas públicas, que foram exemplo e orgulho da sociedade mineira, como a Cemig, a Copasa e a Codemig. Há a proposta para sua transferência a novos proprietários ou exploração de seus bens e serviços. É uma tristeza imensa reconhecer, mas se tem de considerar que há meios e rumos para que as prestigiosas comunidades empresariais sigam como ativos públicos, inclusive com prestação de serviços em Minas Gerais, além das perspectivas de futuramente os créditos reverterem em proveito de Minas Gerais. Não se trata de um bilhete de apenas ida. Pelos ativos até agora desenvolvidos, ao término de dez anos, ao invés da dívida de R$ 200 milhões, o Estado teria saldo zero ou pequeno resíduo a ser liquidado. Segundo um dos negociadores do enorme desafio enfrentado, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, haverá assim um resíduo favorável, embora pequeno, que poderá ajudar Minas a recuperar sua capacidade de investimento. Não é momento senão de pensar em Minas Gerais, reabilitando o bom nome da velha província quanto a seus compromissos. Estamos em fase decisiva e os mineiros esperam que, enfim, se abram as portas para equacionamento definitivo de um problema que coloca tão mal os homens públicos e políticos de uma unidade rica em talentos, que saberão vencer prováveis resistências. Após Pacheco, novas ideias e propostas surgiam à consideração. O bom senso vem de prevalecer, eis que o tempo se vai esgotando. Uma delas é que se federalizassem a CEMIG, por meio do BNDES, adquirindo o banco estatal as ações do Estado na energética. Analistas, todavia, acreditam que a federalização, como sugerido é um caminho sobremodo complexo, cujas vantagens não valem o esforço do governo. Mas o instante é chegado.
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