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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 5 de novembro de 2024
 

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Mensagem: RECORRÊNCIAS DE CHUVAS DE 100 ANOS OU MAIS Por 45 anos lidei com no monitoramento dos recursos hídricos e meio ambiente – destes, foram 39 anos; dez meses e dezoito dias na Companhia de Saneamento de Minas Gerais. Nos últimos anos foram monitorando e supervisionando mananciais como: os rios, lagos naturais e barragens. Fico super lisonjeado de ter sido homenageado pelo governo mineiro pelas sugestões das captações no Rio Pacuí e São Francisco (caçulas do abastecimento de Montes Claros). Contribuir também nas hidrelétricas de São Simão-GO; Itaipu no Paraná e Tucuruí no Pará. Essas duas últimas, foi por pouco tempo. Este preâmbulo expondo o meu “curriculum vitae” - não é para procurar emprego – já estou aposentado – é mesmo para um networking com o leitor. Este artigo vai ser agradável de ler. É sobre a previsão das recorrências das chuvas de 100 anos ou mais – até mesmo 500 anos. Nos últimos dois anos o mundo vem sofrendo com inundações vorazes – porém, se analisarmos os diferentes métodos determinísticos e probabilísticos as chuvas estavam previstas! Embasados nos estudos hidrológicos feitos pela a empresa que trabalhei os dados despertaram os órgãos do governo mineiro e o levou a preparar as barragens de Minas Gerais diante das previstas inundações nas suas bacias que doravante poderão acontecer em qualquer período chuvoso. Breve! Em Setembro de 2021, um grupo de japoneses engenheiros e hidrólogos veio ao Norte de Minas para visitar e posteriormente projetar alteamento das cristas das barragens operadas pela Copasa. Fui designado a acompanhá-los e passar todas as informações fidedignas da vida dos barramentos. Começamos pela Barragem de Juramento e terminamos na barragem do Soberbo em Pedra Azul - MG – foram cinco barragens da minha jurisdição de trabalho. Quando vazou sobre a nossa missão, foi um “fuzuê”! Muitos leigos alastraram notícias à La “Marcarthismo”. Mas na verdade os “Japas” vieram para relatar e posteriormente projetar dispositivos visando à segurança das barragens diante das futuras e elevadas precipitações. Tiveram aqueles incrédulos que diziam: - “Nunca mais terá chuva forte em Montes Claros e região”. Bom! Cada uma avalia da sua maneira. Então... Vamos lá! Desde 2020 as recidivas chuvas de 50 a 100 anos vêm acontecendo pelo o mundo afora – inclusive nesse Brasil de 523 anos de descobrimento e 201 de independência. No Brasil vários municípios foram prejudicados com as recorrências das chuvas recidivas de 50 e 100 anos. Muitas vidas foram ceifadas e prejuízos sociais e materiais imensuráveis. São casos que podem ser prevenidos quando se tem um Mapa de Riscos de inundações de uma determinada região. Aconteceram tragédias que comoveu a sociedade em geral. Mas, não chegaram próximas das ocorrências em outros países como: Índia – China - Bangladesh – Indonésia e Vietnã. Nesses países o caos foi centenas de vezes mais degradantes do que foi em Petrópolis, Estado do Rio e São Sebastião, cidade do Litoral Norte do estado de São Paulo e o que vem acontecendo hoje 05 de Agosto 2023 nos municípios de Mato Castelhano, Passo Fundo, Ibiraiaras e Estrela no Rio Grande do Sul e Santa Catarina – são chuvas orográficas recidivas de 100 a 500 anos. Tudo indica que faltou prevenção para suportar grandes volumes de chuvas, levando muitas cidades a uma catástrofe. Muitos estudos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) atribuem que a resiliência climática está relacionada às emissões de gases nocivos, principalmente o carbono CO² - pra mim, até hoje ninguém me convenceu que o CO² é nocivo – se ele faz parte da nossa vida. Eu prefiro acreditar que no meu saudoso mestre e incondicional amigo, Dr. Aldo da Cunha Rebouças que nos agraciou com uma palestra no 1º Fórum das Águas em Montes Claros. Sem deixar de acreditar nas teorias do meu professor de geografia no colégio São José, Prof. Antônio Sapucay. Sempre vou citá-los como referência. Os nossos sábios mestres, nos ensinavam que as estimadas recorrências de chuvas de 100 anos são embasadas na mudança do eixo da terra. Sendo assim! Acredito que estamos numa nova época da Terra, não somente pelo Antropoceno - estamos construindo a nossa própria aniquilação, pois, não temos sabedoria para administrar os nossos recursos naturais. Já citei isso em outro artigo recente. Estudos da IPCC comprovam que, até mesmo a alta exploração da água subterrânea em várias atividades, está modificando a atmosfera – são bilhões de toneladas de vapor d’água bombardeando a camada de ar que envolve o planeta. Para muitos estudiosos, o deslocamento artificial da água, agrava ainda mais o regime hidrológico, nas alturas, o resfriamento do ar junto com a condensação do vapor, formam acrescentes gotículas por coalescência e ajuntamento – precipitam com rapidez - levando as grandes tempestades, provocando vários ciclones extratropicais. Em suma; diante da mudança do eixo da terra face ao seu ciclo natural que tem o retorno da inclinação axial ao mesmo ponto de 10, 20, 50, 100, 200, 500 e 1000 anos; e assim vai. Não vamos nos assustar com chuvas devastadoras acompanhadas de ciclone extratropical – está previsto para o Norte de Minas. Todos os dados climatológicos da nossa região estão registrados na U.S. National Oceanic and Atmospheric Admnistrayion – NOAA, uma instituição ligada ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos através dos satélites (GOES) - no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e também no setor de operações e modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Portanto, conforme previsão da recorrência de chuva de 100 anos não está descartada para o Norte de Minas. O nosso planeta move ao longo da eclíptica na esfera celestial enquanto o “astro rei”, o SOL muda consideravelmente sua performance conforme o seu ciclo: esfriando e aquecendo os oceanos – daí – juntamente com o Antropoceno, vêm as mudanças climáticas, deixando os ciclones extratropicais e as temperaturas mais intensos. Neste caso ficamos vulneráveis às chuvas torrenciais. “uma vingança da natureza”. - O homem modifica aqui - a terra muda a inclinação do eixo e Sol coordena de lá. - VENCERÁ O MAIS FORTE! – Claro, a natureza conforme o conceito darwiniano. Reflexão A vida é assim: Esquenta e Esfria – Aperta e daí Afrouxa – Sossega e depois Desinquieta. – lembra-se do menino de Cordisburgo - o Miquilim - que cresceu e virou o “Feiticeiro das Palavras´? A vida humana depende da metamorfose da natureza! - O Sol e a terra são como as veredas, filhas da natureza que se chama DEUS! VI – IX – MMXXIII (*) José Ponciano Neto é Técnico em Recursos Hídricos /Meio Ambiente – Ex- Supervisor de Gestão de Barragens e supervisor de Estação Climatológica com tanques Classe A – membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros -IHGMC e da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas.

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