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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Ainda o 8 de janeiro Manoel Hygino Acabo de ler. O professor Wilson Gomes, da Universidade Federal da Bahia, emite sua opinião sobre os episódios de 8 de janeiro, em Brasília. Tratar-se-ia de um movimento social de direita, marcado pela irracionalidade. Para ele, “o radicalismo posto em prática nas sedes dos três poderes são a demonstração mais avassaladora de um movimento com origens no início da década de 2010”. Acrescentou: “É a confluência de várias correntes marcadas pelo ultraconservadorismo e pela superficialidade das redes sociais”. Para Marcelo Aith, advogado e presidente da Comissão Estadual de Direito Penal Econômico da Abracrim-SP, estamos diante de um caso objetivo de cegueira deliberada, uma construção jurisprudencial originária do direito anglo-saxônico, que preconiza a possibilidade de punição do indivíduo que deliberadamente se mantém em estado de ignorância em relação à natureza ilícita de seus atos”. Para Aith, as forças policiais de Brasília tinham, no dia dos acontecimentos, a obrigação de recompor imediatamente a ordem pública e prender em flagrante todos os invasores pelo crime de “abolição violenta do Estado democrático de direito” e “golpe de Estado”, previstos, respectivamente, nos artigos 350-1 e 359-M, ambos do Código Penal, que dispõe: “Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes constitucionais” e “tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”. Para o advogado paulista, foi “vergonhosa a condução do governador do Distrito Federal e do secretário de Segurança, que flagrantemente lenientes no combate aos atos criminosos. Era uma crônica de uma morte anunciada”. Ele aduz que “o governador Ibaneis Rocha e o secretário de Segurança Anderson Torres devem ser responsabilizados diante da Cegueira Deliberada”. Para ele, somando sua opinião à de milhares, ou milhões, de brasileiros, “a investigação deve ser exauriente, e os envolvidos, severamente punidos, quer pela ação, quer pela omissão, quer ainda pela incitação”. Enfim, é o que se está fazendo, como é de interesse da nação e de todos os que se cingiram a acompanhar os fatos pelas redes de televisão ou noticiário dos jornais. Não se pode amenizar episódio de tantos e tão pérfidos prejuízos para o Brasil, que repercutiu negativamente para a pátria entre todos os povos democratas neste nosso tempo. Cada um tem de pagar pelos danos que causaram e que repercutirão na História.

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