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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: TERNOS DE FOLIAS, UMA TRADIÇÃO QUE NÃO PODE ACABAR. “Mas há momentos que nos marcam profundamente. . . feito, em cada um de nós, de eternidades e segundos, cuja saudade apaga a voz. e a vida segue tecendo nós - quase impossíveis de desfazer - tudo o que amamos são pedaços vivos, de nossos próprios seres.” (Manuel Bandeira), “A vida assim nos afeiçoa”. No final da semana próxima passada, tive o privilégio de assistir as últimas apresentações dos Ternos de Folias de São José de Alto Belo e Glaucilândia que foram celebradas esse ano. São eventos que nos enchem de alegria, mas, ao mesmo tempo nos conduz saudades antecipadas como estivéssemos perdendo pedaços do corpo da saudade. Olhar para trás com nostalgia não é recordar o passado como ele realmente foi, mas para eliminar, distorcer e ocultar suas realidades à luz do que aconteceu desde então. Já são, anos e anos “furando saco”! A cultura envolve contos de feitos heróicos do passado, e os Ternos de Folias, assim como os Catopês, são patrimônios imateriais que nunca podem acabar! Os Ternos de Folias sustentam uma tradição viva – ainda que ameaçada por FALTA de apoios e surgimento de jovens foliões. Os ternos de Folias e os Catopés são os “portadores e Transmissores das tradições”! - Assim como o patrimônio sensível - o patrimônio imaterial é cultura - assim como o patrimônio natural, ele é vivo! Esse ano aos 2023 anos do nascimento do Menino Deus – São José de Alto Belo, mais uma vez foi palco da cultura norte-mineira (41ª edição) – desde corridas de animais, até as apresentações dos Ternos de Folias. No dia 20 de Janeiro - durante as celebrações da paróquia - na Igreja de Nossa Senhora Aparecida, foi à vez de Glaucilândia receber os foliões da região. No encerramento da missa, a Folia de Reis (foto) fez a festa no espaço cultural da Praça Gasparino Maia, ladeados pela quermesse com muitas variedades de comidas. Foi um momento de religião e descontração para a população residente - turistas e dos glaucilandenses ausentes, que vêm curtir a sua cidade natal nas festas de Folia de Reis. XXV – I – XXIII (*) José Ponciano Neto é Historiador e Escritor. Membro da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas (AMALENM) e Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros (IHGMC).

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