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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Reflexões de após Manoel Hygino Ao fim e ao cabo da campanha eleitoral de 2022 no Brasil, pergunto-me preocupado com o futuro: Acabou mesmo? Certamente, ninguém afirmará que sim, num raciocínio em plena consciência. Marcas profundas resistirão à tênue limitação definida pela legislação. Da audiência e assistência visual ou presencial dos acontecimentos dos últimos meses participaram homens e mulheres, de extensa gama de idades, de formação educativa familiar e religiosa, de convivência diversa, de múltiplas origens e disposições psicológicas, que receberam as informações e debates de maneira diferenciada. A multiplicidade de fontes nos tempos atuais terão influenciado estes segmentos do povo de modo também diversificado e até antagônico. A imprensa como tal, como sonharam na divulgação de texto impresso em papel, partiu para novos rumos e caminhos a partir das novas ferramentas e instrumentais por via eletrônica. Os jornais, revistas e livros engolidos por novos meios, impensados há um século, há dezenas de anos. O pensamento expresso não é de um autor, de um grupo ideológico, porque a disseminação se tornou acessível a um número cada vez mais crescente de indivíduos. E, como resultado inevitável, vieram as redes sociais, que facilitam a interlocução e a propagação a distantes regiões, mesmo em outras línguas, provavelmente escapando ao escopo primeiro e fundamental. Estamos chegando cada vez mais longe, mas nos estamos entendendo efetivamente? Nossas palavras e mensagens estão alcançando o público alvo? Indagações inúmeras e complexas são formuladas, sem talvez atingir seu objetivo inicial. Além da eleição dos candidatos preferidos da maioria da população o que restará após 30 de outubro? Gerações e séculos aguardam respostas, que podem não vir. O manancial infindo de informações, de toda natureza, se terão perdido de vez no caudal do tempo? São dúvidas inarredáveis e cruéis. E a imprensa, e seus utilizadores para propaganda de ideias e ideais podem ser interpretados erroneamente para gáudio e proveito pessoal ou grupal dos que querem e sabem utilizar-se da ferramenta para propósitos escusos e perniciosos.

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