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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Sem dizer adeus Manoel Hygino Animação, tão pouco vista em datas anteriores, faz-me pensar que o brasileiro se empolgou realmente com a data da Independência neste ano da graça de Deus 2022 da era cristã. De um instante para outro, esqueceram-se as multidões em torno de festivais de múltipla natureza, as ruas se encheram, os alto-falantes espalharam a longas distâncias sons pouco sentidos em ocasiões outras. Patriotismo? Para expulsar para bem longe o choro dos que perderam seus entes queridos durante a terrível pandemia da Covid-19? Ou as eleições de 2 de outubro se superpuseram às perspectivas ainda não suficientemente claras da economia? Quase 700 mil pessoas perderam a vida em dois anos e meio. Não é algo que se olvide de um momento para outro. Que o digam as famílias enlutadas e ainda em pranto pelos que partiram na viagem sem volta. Que esperaremos de 2023, já que o ano presente evolui a findar? Entre janeiro e julho, 14 mil pessoas encaminharam à Receita Federal a declaração de saída definitiva do país. É como redigi: definitiva! São brasileiros que anularam a expectativa de dias melhores neste que é o maior país do hemisfério Sul do Novo Mundo? A ida de brasileiros para o exterior, especialmente para os Estados Unidos, ocorreu com força no ano passado, devido a piora da crise econômica no nosso país e a liberação das pessoas vacinadas contra a Covid-19. Aconteceu aviso prévio de adeus em apenas sete meses, representando também 90% do total do ano precedente. Um jornalista pergunta: o que explica esse movimento tão acentuado? Quem indaga também responde. Certamente, o ceticismo com relação a um futuro melhor por aqui, depois de mais de 200 anos de Independência e 500 de descobrimento. O fluxo, contudo, não surpreende ou assusta. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, 4,2 milhões de brasileiros vivem em terras estrangeiras. Será que os que se vão de vez do Brasil o fazem por pressão da fome, que se amplia por novos quadrantes do território nacional? Mas, o que podem esperar, se também outras nações se acham ameaçadas por semelhantes catástrofes humanitárias? O avanço da pobreza não é fenômeno restrito ao Brasil e às nações em desenvolvimento. Precisamos de devoção à igualdade, fundamentada na Justiça Social. É um primeiro passo.

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