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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Números não mentem Manoel Hygino Não se pode, nem se deve fugir à realidade dos fatos, que parecem bons ou maus. No dia 15 de junho, o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central animaram a nação anunciando superávit primário superior a R$ 38 bilhões, recorde para abril, desde início da série histórica em 1997. Algo que merece realce efetivamente. O resultado foi superior ao esperado pelas instituições financeiras. Também as micro e pequenas empresas sentiram gáudio e otimismo pelo quarto mês seguido de bons resultados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, que andava meio calado, se rejubilou numa reunião de empresários em São Paulo. Disse: “O Brasil é um gigante verde com a matriz energética mais limpa e diversificada do mundo. Depois de muita luta política, a verdade brasileira está surgindo lá fora”. Mas não estamos voando em céu de brigadeiro, sobretudo neste tempo chamado de pré-eleitoral, mas que já é do próprio. Antonio Machado, que entende de economia e administração, expõe seu ponto de vista: “Além do que será uma das eleições mais caras da história devido à fartura dos fundos eleitoral e partidário, dinheiro público dado aos partidos para bancar suas campanhas, o Congresso se aplica com denodo para torrar recursos – que não existem de fato. Registre-se, vêm da apropriação de verbas da saúde e da educação e da emissão de dívida – a pretexto de proteger os pobres dos males da inflação”. E Minas Gerais não está fora da perfídia dos números e dos fatos. Os efeitos do bloqueio de quase R$ 50 milhões de onze universidades federais no Estado começarão a ser sentidos breve, possível até o fechamento das atividades de algumas instituições, como a tradicional de Viçosa, cuja área administrativa está a perigo. Na verdade, as onze federais estão funcionando sob temor generalizado – tanto de sua direção, quanto dos estudantes. Assim padecem desse sentimento a Universidade Federal de São João del Rei, de Juiz de Fora, de Uberlândia, a de Alfenas, a de Ouro Preto, diante dos reflexos dos cortes já relacionados. Ainda segundo Guedes, em meio a um cenário global, marcado por desaceleração e recessão, o Brasil vai pelo caminho oposto, com crescimento próximo de 2% em 2022, e de 3% a 4% nos anos seguintes. Por outro lado, estão sendo planejadas medidas visando a reduções significativas de tributos que incidem nos setores industriais, o que compensará a perda de poder aquisitivo dos cidadãos, além de favorecer um novo ciclo de investimentos no país. Não seria, pois, a hora de rever o caso das universidades? O Brasil do porvir está sendo lá forjado.

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