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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Uma guerra maior à vista Manoel Hygino Atravessamos um período extremamente perigoso para a humanidade, desde que a Rússia decidiu invadir, como o fez, a Ucrânia, com a qual tem raízes comuns, profundas e históricas. Lembraria que, antes de Moscou, a capital do grande império, foi Kiev, ainda sede do governo ucraniano. O mandatário russo é Wladimir Putin, cuja personalidade se pretende desvelar, enquanto ele busca perpetuar-se à frente dos destinos da pátria. Putin não descende da alta nobreza do antigo Império dos Romanov, nem dos vencedores da Revolução de Outubro, dos civis ou dos militares. Na verdade, egresso dos serviços secretos da antiga União Soviética, poderia permanecer na Presidência até 2036. Seria o líder mais longevo na moderna história da Rússia, superando até o período ditatorial de Josef Stalin, isto é, de 1928 a 1953, quando morreu mais ou menos misteriosamente. A jornalista Masha Gessen, atuante e ainda viva, a despeito das ameaças, escreveu que, “como a maioria dos cidadãos soviéticos de sua geração, Putin nunca foi um idealista político. Seus pais podem ter acreditado não num futuro comunista para o mundo todo, no triunfo final da justiça para o proletariado ou em qualquer outro desses clichês ideológicos que já estavam desgastados enquanto ele crescia. A sua relação com esses ideais, foi algo que nunca lhe passou pela cabeça”. De fato, ele fugiu em todas as ocasiões a se ligar aos que o convidavam, como os Jovens Pioneiros na infância, ou ao Komsomol ou ao Partido Comunista, ao qual foi filiado enquanto a instituição existiu. Masha anotou: “Ele nunca atribuiu nenhum significado particular ao fato de pertencer a essas organizações”. Em resumo, declarou a jornalista: “A sua lealdade era para com KGB e o império a que ela servia, e que devia proteger a era URSS”. “O que entendia como ataque à União Soviética o afetava tanto quanto as ofensas pessoais, que o deixavam furioso na infância e na adolescência”. “Ele adorava a URSS e adorava a KGB. Certo que Putin não esperava a reação bélica da Ucrânia em tamanha intensidade e com repercussão mundial. As ruas das principais cidades do planeta se tornaram cenário de manifestações contrárias à guerra iniciada e Putin começou a ser visto como inimigo da paz, especialmente pela Europa. A própria população russa tem coragem de erguer-se contra sua decisão. Putin passou a ser estigmatizado. O conflito entre Rússia e Ucrânia pode durar “vários anos”, e o mundo deve estar preparado para que Moscou “busque usar armas ainda piores” - advertiu a ministra britânica das Relações Exteriores.

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