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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O 11 de Setembro Manoel Hygino O planeta Terra ficou de olhos fixos nas televisões – onde elas existissem – para assistir aos atos que marcaram o vigésimo ano do atentado às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001, na capital do mundo, Nova York. Ali se perpetrara a maior tragédia projetada por cérebro humano, resultando na morte de 2.977 pessoas, muitas até hoje não encontradas. Fora os que desapareceram sem deixar pegadas. Percorri vários canais e ouvi numerosos jornalistas com seus relatos sobre o passado e os acontecimentos de 2021. Somente um jornalista da região do Serro, descreveu, desde Cabul, o que acontecia, ou acontecera, naquele dia, em Cabul. Sergio Utsch, do SBT, sem tradição nesse tipo de trabalho de Imprensa. Um mineiro da região de Mato Dentro não se intimidou no meio da barulheira das ruas e das pessoas e produziu uma reportagem à altura das necessidades e acima das dificuldades do meio, metralhadoras e fuzis em derredor. Enquanto o mundo procura antever o futuro do Afeganistão, novamente em mãos dos talibãs, no Irã jornais criticaram as intervenções militares americanas em retaliação ao 11 de setembro, mas o ocidente condenou o atentado bárbaro. “Jamais esqueceremos”, afirmou Emmanuel Macron, presidente francês; a rainha Elizabeth II, 95 anos, da Inglaterra, declarou: “Meus pensamentos e orações – e os de minha família e do país como um todo – estão com as vítimas, sobreviventes e famílias afetadas, bem como com os primeiros que intervieram e socorristas”. Na prisão de Guantánamo, na ilha de Cuba, permanecem presos e aguardando julgamento quatro acusados de planejar os atentados (afinal, foram simultâneos, mas houve mais de um). O Pentágono, cuja sede foi também atingida, já dizia, há nove anos: “Os réus serão condenados à morte, se forem considerados culpados”. Entre eles, Khalid Sheikh Mohammed, mais conhecido pelas iniciais em inglês KSM. Onde e quando o julgamento, ninguém sabe. Mahvish Rukhsana Khan, advogada e jornalista americana, de pais afegãos, sempre se indignou com a detenção ilegal, de todos os prisioneiros, dos quais restam quatro, aos quais não teve acesso. Para ela, que visitou os prisioneiros antigos, várias vezes, em Guantánamo, e viajou ainda ao Afeganistão, os presos sequer foram informados por que foram levados a Cuba. Nunca tiveram permissão para serem ouvidos num tribunal aberto. Ficaram os últimos detentos “de alto valor”, inclusive, o “famigerado cérebro do atentado de 11 de setembro, Khaled Sheikh Mohammed”. Até quando? Por que não julgá-lo?

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