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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Problema em Cuba Manoel Hygino O Hemisfério Sul das Américas acompanha com preocupação os acontecimentos em Cuba, mas todos sabiam que o desmoronamento da União Soviética, e isso soma muitos anos, teria na ilha repercussão mais do que contundente, catastrófica até, embora Havana soubesse que o pior estaria por sobrevir-lhe, com o fim da relação com Moscou. Carlos Taquari observa que, simultaneamente, o embargo norte-americano e a perda da parceria com a Rússia impediriam a evolução de Cuba em setores importantes como transporte, industrialização e serviços. A situação ficara com controle auspicioso a partir do momento em que a Venezuela decidira ajudar a ilha. Caracas, ao tempo de Hugo Chávez, estendeu a mão aos Castro, fornecendo produtos básicos e fazendo de conta que desconhecia a posição do Tio Sam, embora o essencial à população exibisse preços altos, fazendo-o escasso, quando não raro às famílias. Como Caracas não andava de mãos dadas com Washington, também o auxílio venezuelano decresceu ou deixou de ter validade, porque a situação da nação de maior produtor de petróleo no mundo periclitava. Situação dramática, triste, de solução difícil, até porque Chávez morrera e, depois, seu sucessor não gozava de simpatia entre as nações americanas, mesmo dos demais países democráticos. Quem auxiliará Cuba agora, em plena pandemia e a despeito de sua vacina soberana, anti-Covid-19? O excelente repórter brasileiro Geneton Moraes Neto, em Moscou, anos atrás, ouviu Oleg Kalugin, ex-general da KGB, sobre o assunto Rússia/Cuba. Fez então ao russo a pergunta: “Como ex-executivo da KGB, que tipo de conselho o senhor daria hoje a Fidel Castro”? A resposta veio de imediato: Se eu fosse ele, reduziria o domínio sobre o povo cubano, para permitir a livre iniciativa, em certa medida. E fazer, gradualmente, o que os chineses estão fazendo na China. É a melhor maneira de evitar uma contrarrevolução violenta: dar ao povo de Cuba a chance de tentar as suas próprias iniciativas. Isto melhoraria as dificuldades econômicas enfrentadas pelo país. Acrescentou: “Eleições livres devem ser promovidas, e, antes, a liderança deve permitir uma liberdade maior aos cubanos. Se tal passo for dado pelo governo, o próprio Fidel Castro terá uma chance. É bom lembrar que Gorbachev também era um delicado comunista, mas o que ele fez na Rússia foi incrível, em termos de liberdade. Fidel Castro ainda tem oportunidade de fazer o mesmo”. No entanto, Cuba não soube ou não quis seguir o conselho do ex-poderoso agente da KGB, e, assim, a ilha, tão bela e preferida por turistas do mundo todo, viu suas perspectivas se arruinarem. Seguiu a própria União Soviética e faz seu povo sofrer, acompanhada de perto pela Venezuela, de imensa riqueza almejada por outras nações. Uma esparrela em cadeia.

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