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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Voz das multidões Manoel Hygino O espetáculo de múltiplos cenários a que o Brasil assistiu no último sábado deu inequívoca demonstração do que o povo deste país quer, precisa e exige neste final do primeiro semestre de 2021. Além das costumeiras demandas da população no âmbito socioeconômico, as multidões, reunidas nas capitais e nas grandes outras cidades, exigiam nada mais do que vacina contra a Sars-CoV-2, a malsinada nada Covid que convulsiona o planeta. Vê-se que, no transcurso de pouco mais de um século, a população, que antes se opunha tenazmente contra a vacinação em massa para enfrentar enfermidades como febre amarela e varíola, volta às vias públicas para forçar, não mais apenas sensibilizar, o governo para protegê-lo do coronavírus. Ao longo do período que vem do surgimento e identificação da doença em uma cidade em uma cidade da China até aqui, o mundo civilizado se foi apercebendo de que o mal terrível exigia providências urgentes do poder público, para não se transformar em calamidade. Uma calamidade mensurável. O Brasil fez ouvidos de mercador, enquanto as demais nações se punham em campo com as armas indicadas nos Laboratórios dos cientistas e da grande indústria farmacêutica. Missão delicada para todos os que se haviam com uma moléstia de causa desconhecida. No fim e ao cabo, a consciência de que somente a imunização, ampla e geral, seguraria a marcha inexorável da mortandade pela doença que ganhou o nome próprio, que ora nos assusta e nos mata. Ficamos para trás. Enquanto os líderes e dirigentes se desdobravam em levantar recursos, financeiros e científicos, para debelar a enfermidade cruel, procurou-se por aqui propor soluções mágicas, que não correspondiam à extensão e profundidade da tragédia. Esta afinal se instalou e colocou o Brasil em posição de inferioridade sob múltiplos aspectos. Fomos vítimas da displicência, da vaidade, da insensibilidade. Assim, ultrapassamos à pérfida casa das 500mil vítimas da Covid, antes que Junho terminasse. O povo que saiu às ruas, no sábado, queria apenas vacina suficiente para atender sua necessidade mínima. Mesmo assim, depois de mais de 500 mil vidas perdidas. Uma tragédia que poderia ter sido evitada.

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