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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O mal que aflige Manoel Hygino O brasileiro, num canto de sala, cabelo despenteado, indignado, comentou em voz alta: “Que país, este nosso, que a gente não sabe ao menos o dia seguinte....”. No meio do burburinho, conterrâneo, menos irritado, desconversou: “Amanhã é sábado”. O segundo personagem inclinou a cabeça, acomodou-se melhor à cadeira e, refletindo sobre o diálogo apenas iniciado, lembrou letra de velha música, contendo o lamento de se estar caminhando, sem saber onde chegar, “talvez na volta nos encontremos no mesmo lugar”. Ou pior. A questão da pandemia é apenas uma, embora de dimensões planetárias. Livrar-se dela, com urgência, constitui prioridade das prioridades. Mas começamos com atraso. Sequer conseguimos convencer nosso povo do mega problema. Somente agora o cidadão vai sentindo que é imprescindível vacinar, quando evoluímos para meio milhão de vidas perdidas e a nação vai afundando, dia a dia, sua economia na areia movediça de compromissos inadiáveis cotidianamente avultados. O problema do desemprego assombra. Fazer o quê, se o governo acha que conduz seguramente os negócios públicos, e o presidente se dá ao direito de viajar à Amazônia para encontro com generais para inaugurar uma ponte sobre um igarapé? Motivo não confessado: resolver a questão da punição de ex-ministro da Saúde, também do alto escalão do Exército, por ter participado de manifestação política (mesmo que se negue), no Rio de Janeiro, dias antes. Resultado: o ex-ministro ganhou um lugar no Planalto. E o homem que trabalha? A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,7% no trimestre encerrado em março, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (o Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE. Representa o que? 14.805 milhões de desempregados. Em igual período de 2020, a taxa estava em 12,2%. No trimestre de dezembro até fevereiro, a taxa era de 14,4%. Quem ligar rádio e televisões ouve lamentos, queixas, reclamações. Os que pretendem ajudar e propor soluções apontam mais alguns meses de ajuda emergencial, se possível ad aeternum. Não é por aí, suponho. Como tantos estudiosos do problema, nosso desafio máximo é empregar os brasileiros dispostos a trabalhar e criar condições para que o labor esteja protegido contra as incertezas da vida econômica. E a inflação aumenta ininterruptamente a elevação de preços dos bens indispensáveis, inclusive alimentação.

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