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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 8 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Futuro de Cuba Manoel Hygino E Cuba, como está, esquecida até pelos noticiários radiofônicos? O novo coronavírus é matéria e mais importante tema? O assunto, focalizado, há poucos dias, pelo jornalista Aylê-Salassié F. Quintão, de Brasília, desperta pelo menos interesse. Cientistas políticos admitem o fim da austeridade na execução orçamentária da “economia planificada” e “mudança na mentalidade”. O país começou 2021 com moeda unificada, com o peso cubano lá embaixo: 24 cups por 1 dólar e 4,16 cups por 1 real. Além da redução de subsídios, há agora autonomia para as estatais e permissão para abertura de negócios privados em 2 mil atividades. É um susto para aquela população que se acostumara à dureza do regime antigo. Agora se abrem perspectivas para 600 mil trabalhadores autônomos, enquanto os cupons de alimentação só servem aos extremamente pobres (e havia algum por lá?) e idosos, prevendo-se aumento de salários acima de 400%. Os fatos e os homens mudaram muy rapidamente. Aylê-Salassié recorda: “Quantos intelectuais, ditos revolucionários no Brasil, agregaram ao seu currículo, como virtude, a atividade de cortar cana em Cuba! Ninguém era dispensado do trabalho. Iam para lá fugidos da ditadura no Brasil ou para receber instruções e treinamento de guerrilha, voltada para a implantação do socialismo na América Latina”. Como se sentirão os brasileiros operários nos canaviais d ilha, a esta altura? Ao regressarem, tiveram dias de euforia, exerceram cargos públicos relevantes, participaram do Fórum de São Paulo, propondo apoiar frentes políticas na América Latina e elegeram candidatos à chefia máxima nacional. Não é, Zé Dirceu, conterrâneo de Passa Quatro? O sonho de não poucos acabou, com o fim dos Castros na liderança, com a sua despedida do comando. Para Stefan Salej, “um sistema político fracassado na área de economia, absolutamente hermético quanto aos direitos de cidadãos”. Um professor universitário nascido após queda do antigo regime, Diaz-Canel, sucessor de Raul Castro, pretende – como anota Aylê -, transformar o que encontrara. O historiador inglês Richard Gott preconizou que não haverá grandes mudanças, porque estas ocorreram enquanto o castrismo diluía. O jornalista brasileiro também observou: “Cuba já não era a mesma. Jovens viraram as costas na passagem do enterro de Fidel. Os poucos governos socialistas que restaram não sustentaram os compromissos com Cuba”.

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