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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 14 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O papel do SUS Manoel Hygino Ruy Nedel é polivalente. Basta conferir sua biografia no Rio Grande do Sul, onde nasceu e vive, hoje, em Cerro Largo. É desses gaúchos que não dobram a cerviz diante dos desafios. Médico, político, escritor, professor universitário, foi assessor social do reitor da Universidade Federal de Brasília, integrou a Cirurgia Geral da então Faculdade Católica de Medicina da Santa Casa de Porto Alegre, hoje UFCSPA, membro da Comissão de Ordem Social da Assembleia Nacional Constituinte, que produziu o Capítulo do Índio e o SUS, em 1988. Em seu “História – Estado – Povo”, livro que bem resume suas ideias, Nedel conta, muito resumidamente, sua atuação na Constituinte. Para ele, a Assembleia Nacional “promoveu e aclarou algumas funções de Estado e de governo”. O cidadão foi lembrado em inúmeros direitos. Não poderia seguir-se sonegando o direito previdenciário do trabalhador rural. Criou-se um sistema de saúde universal – o SUS – Um sistema único, com três níveis de gestão: União, estados e municípios: Diretrizes nacionais para que o sistema fosse único: Assistência a cargo do município, com auxílio técnico e financeiro dos estados e principalmente da União. Os objetivos são nítidos e definidos: A regionalização e hierarquização em uma aldeia devem gozar dos mesmos direitos à alta complexidade que o das metrópoles. Isto é, um controle social com poder deliberativo. E trouxe os resultados esperados, embora as naturais dificuldades e resistências. Como Nedel observa, o SUS trouxe à prática cotidiana a “questão da alta complexidade das variadas especializações da medicina, que – em muitas regiões – acabará funcionando melhor nas pequenas cidades em relação às grandes, devido às facilidades de acesso à assistência e encaminhamentos médico-terapêuticos”. Agora, já se pode avaliar como foi importante a criação do Sistema Único de Saúde, embora o muito que ainda resta fazer para que alcance seu mais alto nível para servir à sociedade e ao homem. As próprias autoridades já lhe reconhecem a elevada valia, a despeito dos ainda parcos recursos com que a União beneficia o sistema, em termos financeiros. Se não fosse o SUS, a pandemia da Covid-19 teria sido uma tragédia ainda maior. É uma constatação e um aviso.

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