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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 14 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O coração do menino Manoel Hygino Quando o coronavírus se expandia por todo o mundo, a Santa Casa de Belo Horizonte, integrada ao grande esforço de amparar os contaminados pela insidiosa moléstia, deixou claro que não deixaria de atender aos pacientes das 35 especialidades a que já servia. É que a instituição mantém o maior hospital 100% do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo referência em média e alta complexidade, como transplantes, cirurgias neurológicas e tantas outras. O provedor Saulo Levindo Coelho já vinha envidando esforços para levantar recursos visando a ampliar seu CTI Infantil, o primeiro no Estado, para suprir em casos complexos de cirurgias cardíacas pediátricas, pois de médicos competentes já dispunha. Foi desse modo que, em plena guerra contra a Covid, a instituição pôde atender o segundo caso de transplante de coração em criança. O beneficiário foi Renan Pereira dos Santos, de dez anos, que ganhou um novo coração, em julho. O menino é de Brasília de Minas, no Norte do Estado, e - em estado grave – aguardava um transplante no CTI pediátrico, esperando doação. Uma situação delicadíssima, porque a criança se debilitava, e o tempo parecia não passar. Necessitou-se, para manter a esperança, adquirir um cateter fora do padrão, de alta tecnologia, enquanto se aguardava doador. Que, enfim, apareceu e a equipe de cirurgia cardíaco- pediátrica e demais profissionais, sob a liderança do médico Marcelo Frederique, entrou em ação. E o fez muito bem, para a felicidade geral, com os demais cirurgiões Vinícius Loureiro, Célia de Oliveira e Felipe Magalhães. Foram sete horas de trabalho operatório. O essencial é que tudo correu no melhor dos mundos, como diria Pangloss, sintetizando o otimismo de Leibnitz, assimilado pelos diretores da centenária instituição, o médico Guilherme Riccio e Gonçalo de Abreu Barbosa. Os profissionais da Medicina que acompanharam o caso seguiram o pensamento da pediatra Filomena Camilo do Vale, do CTI Infantil. Ela, que acompanhara o paciente de perto, emocionou-se: “Espetacular, talvez, não expressasse todo o sentimento do que vivemos nas últimas 24 horas. O transplante cardíaco do Renan, a angústia que sofremos, e, hoje, ei-lo extubado, conversando, com evolução surpreendente”.

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