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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 15 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Crimes sem castigo Manoel Hygino O brasileiro, responsável, assiste com profunda preocupação ao que acontece. Não mais se ouve sequer falar das manchas de petróleo que, de um instante para outro, começaram a aparecer no litoral do Nordeste para baixo até as praias fluminenses. O grande interesse em saber mais sua procedência desabou num silêncio inexplicável. As fronteiras se transformaram em peneiras pelas quais passam, diariamente, contrabandos de toda espécie, de preferência drogas e armas de países vizinhos. Afinal são produtos de franco consumo e alto valor no mercado. A rede rodoviária nacional, a sua vez, facilita o transporte da carga perigosa, a despeito do policiamento. Inúmeros se enriqueceram com a venda da sórdida mercadoria. É o demorado motim policial no Ceará? E as atividades criminosas dos milicianos, sobretudo na Baixada Fluminense? E a inflexível devastação da floresta amazônica? Brasileiros de vários recantos, que viajaram para os Estados Unidos na esperança de uma vida melhor e mais feliz, voltam às pencas, no longo e triste retorno. Os americanos do Norte não querem saber de estender as mãos aos que carecem de trabalho digno e salário justo, vindos de outros mundos. Um triste espetáculo, que já existia antes, do Rio Grande para baixo. Não se esperaria outra resposta do presidente americano. Trump há certamente de argumentar que Tio Sam fez um grande papel, liberando a importação de carne bovina in natura do Brasil, suspensa há longo tempo, isto é, desde 2017. Uma notícia, contudo, chega simultaneamente com outra desfavorável: o rombo das contas externas brasileiras cresceu no início deste ano. Segundo o Banco Central (BC), o déficit do setor externo foi de US$ 11,9 bilhões em janeiro. O resultado é o pior do mês nos últimos cinco anos e foi influenciado, sobretudo, pela queda das exportações brasileiras. O déficit em transações correntes (entradas e saída de dinheiro proveniente do comércio de bens e serviços, pagamento de transferências e as contas relativas a investimentos) de janeiro é cerca de 30% maior que o registro do mesmo mês do ano passado (US$9 bilhões). E é ainda maior que o rombo esperado pelo Baco Central (BC), que, no fim do ano passado, projetou resultado negativo de US$8,7 bilhões para resultado de janeiro passado. E o motim dos policiais do Ceará? Custou resolver, não foi?

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