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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Ainda o Sínodo Manoel Hygino Aberto no dia 6, em Roma, o Sínodo da Amazônia se estenderá até 27 de outubro. Precedido por atos simbólicos nos jardins do Vaticano, a assembleia dos bispos ganhou maiores dimensões após os fatos registrados no Brasil e em outras nações, abrangendo a defesa dos direitos indígenas e da maior floresta tropical do mundo. Tudo é do maior relevo desde que a encíclica Laudato si expôs a posição da Igreja romana, realçando o significado do homem no mundo. O tema fundamental é a Amazônia e seus habitantes, ameaçados por incêndios, devastação e miséria, como focalizado pelos meios de comunicação. O Sínodo pode tornar-se um marco, como se depreende de seu lema: “Amazônia, novos caminhos para a Igreja e para uma economia integral”. Pretende o sucessor de Pedro pugnar por seus princípios e projetos em nove países do hemisfério, somando 75 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 60% em território brasileiro. A preparação da grande reunião não foi coercitiva, pois consultados 87 mil indígenas sobre as ameaças que os inquietam e a suas comunidades; também sobre grupos e pessoas que querem explorar ou apropriar-se de bens, como gás, madeira e minerais e insistem em tomar extensas áreas para monoculturas agroindustriais. Tudo é objeto de extensas e aprofundadas análises. Participam dos debates 114 sacerdotes sinodais, além dos bispos da região com especialistas, missionários e indígenas. Filho de italianos e nascido em bairro pobre de Buenos Aires, Francisco é um defensor de riquezas do povo que habitava as Américas antes de os europeus aqui chegarem. O início do evento foi significativo, como publicaram jornais de todo o mundo. Representantes dos povos indígenas da Amazônia, vestidos com seus trajes tradicionais, alguns com cocar de penas, dançaram de mãos dadas nos jardins do Vaticano sob um sol forte. Vários deles se curvaram para beijar a terra, e um de seus líderes ofereceu ao papa colares e estátuas de madeira feitos na Amazônia. Muita curiosidade cerca o Sínodo da Amazônia e há razões sobejas. Ao fim, os bispos entregarão um documento final com observações e recomendações ao papa, aprovado por pelo menos dois terços dos prelados, o pontífice vai preparar uma “exortação apostólica”. Francisco considera a Amazônia “um lugar representativo e decisivo”, onde há muitos interesses em jogo, e se comprometeu a lutar contra sua devastação em resposta ao profundo sofrimento dos indígenas pela manutenção de sua terra. Essa posição parece irritar o presidente Bolsonaro. Em seu primeiro discurso na assembleia geral da ONU, ele negou que os incêndios naquele território estejam devastando a Amazônia; afirmou na ocasião que, a maior floresta tropical do mundo não é “um patrimônio da humanidade”, mas do Brasil. Não se deseja que o conclave, por sua relevância, se transforme em instrumento de acirramento de posições e de ideias antagônicas. Afinal, se trata de um encontro muito especial, tamanha a envergadura das causas propostas, exatamente quando o hemisfério Sul da América já assista a momentos extremamente difíceis.

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