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Mensagem: O ENCONTRO DAS ÁGUAS COM AS AÇÕES VORAZES DO “HOMO SAPIENS DEGRADANDIS” Diante desta crise ecológica que o Brasil vem sofrendo, me sinto perdido diante das ações persistentes do ser humano em insistir a cada dia mais dominar a natureza. Às vezes me pergunto: - o que fizemos e estamos fazendo com nossa sabedoria? Criamos leis maleáveis que levam a destruição do meio ambiente. Ao mesmo tempo tentamos através de ações anêmicas recuperarem o que foi aniquilado; 98% dos rios estão totalmente secos; a seca hidrológica é visível, os lençóis freáticos e profundos estão com suas águas bem abaixo da média, sobre uma super exploração - 90% sem licenciamento. Os órgãos fiscalizadores já declaram situação de escassez hídrica face do fraco aparelhamento. Os mais afetados pelos decretos são aqueles que têm outorga para captar as águas subterrâneas e superficiais – imposições: Água subterrânea sua exploração no máximo 14 horas/dia – água superficial redução de 50% no bombeamento, na controvérsia: aqueles não outorgados são imunes da regulação - são inexistentes. - A água luta, e o “homo sapiens degradandis” usufrui! O “desenvolvimento sustentável” tão badalado na Conferência Eco-21 (Rio) na elaboração da “Agenda 21” ainda não é realidade – A falta de políticas pode levar o nosso planeta a uma autodestruição - é a teoria do francês Antoine Lavoisier. Como o planeta não cria, tudo vai se transformar – partindo deste princípio, virão mais tempestades – erupções – terremotos – longas estiagens. Quando a consciência da humanidade acordar para ecologização poderá ser tarde – e a problemática do ethos continuará ser uma incógnita entre as partes: os que querem destruir deixando passivos, os pensam em conservar, e aqueles que tentam recuperar o irrecuperável. Estão destruindo as áreas de “recargas” – estas, a maioria deu lugar para a silvicultura, que também destruiu para sempre várias e várias veredas; concomitantemente a destruição dos olhos d´água - o desmatamento das arvores nativas é o inicio da desertificação – depois vão querer recuperar o “irrecuperável”. Muito se discute e pouco chega ao denominador comum. A Cúpula do Clima está novamente sendo o centro das atenções do mundo das pessoas “ecologicamente corretas”. O que esperam as autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU)? Como as decisões das nações irão afetar o nosso dia-dia? - Que resoluções irão favorecer a gestão hidrológica com sustentabilidade, o norte de minas espera decisões para agir localmente com os Rios das Velhas, Verde Grande e o PacuÍ. Os rios estão perdendo para o homem, suas águas estão sendo interceptadas antes de atingir os lençóis que alimentam os rios, é quase uma utopia querer revitalizar o Rio Verde Grande como foram anos idos. Conheci o Verde Grande na sua plenitude, e achava – até uns dez anos atrás que ele voltaria novamente ser perene o ano todo, mas depois que o alto da sua bacia hidrográfica virou tapete feito de eucalipto e pinus e no baixo, ao longo do talvegue virou uma tábua de pirulito com milhares de poços profundos perfurados sem técnica e na clandestinamente. - Abdiquei! Assim, também é o moribundo Rio Congonhas em Itacambira-mg. Logo que referir o Rio Pacuí. Este está sendo um rio valente, hoje com sua vazão oscilando entre 500 litros/seg. e 600 litros/seg. O mínimo considerado seria de 700 litros/seg para época. A vazão do rio está de 150 litros/seg abaixo do previsto. Esta oscilação é devida inúmeras captações sem licenciamento à montante do ponto de captação da Copasa. “Case” a ver. Finalizando: O movimento da jovem Greta Thunberg (ativista ambiental) nascida na Suécia com apenas 16 anos é exemplo da necessidade da ecologização, não seria um movimento “Fridays for Future”, mas, para o ano inteiro. O grito da menina Greta – ainda que infantil – a notará que o mundo demanda desenvolvimento sem degradar e sem o ecoxiitismo. Vamos junto com a sueca Greta evitar a destruição, pois, o ecocídio é acabar com os sonhos da juventude. É acabar com a água! Reflexões: - O dia que combater queimadas e revitalizar o meio biótico deixarem de ser midiático. Aí sim! Teremos ambientalistas com boas intenções! (J.ponciano Neto) “A ideia que se possa definir homo, dando-lhe a qualidade de sapiens, isto é, de um ser razoável e sábio, é uma ideia pouco razoável e pouco sábia”. (Edgar Morin) (*) José Ponciano Neto Tec. meio Ambiente e Recursos Hídricos - Vice presidente da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.

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