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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O risco se aproxima Manoel Hygino A cada dia, parece que se torna mais grave a situação da Venezuela, e não simplesmente do presidente–ditador Nicolás Maduro. É evidente que o sucessor de Hugo Chavez tem dias contados, quer sucedido por Juan Guaidó, quer por um eventual governo coletivo, ou ainda por alguém cujo nome surja no fragor das ruas ou de alguma decisão de forças políticas e militares. Tudo muito obscuro, portanto. Mesmo o tonitruante presidente dos Estados Unidos se mantém mais cuidadoso com relação ao desenrolar dos acontecimentos, talvez considerando os imbróglios em que a Casa Branca se meteu mais recentemente. O presidente do Brasil autorizou a entrada de 25 militares venezuelanos em nossa embaixada em Caracas, embora não se saiba o que isso quer dizer no frigir dos ovos. Segundo as notícias, os militares espontaneamente mudaram de lado para apoiar Guaidó, o que não acrescenta muito diante da grande maioria das Forças Armadas ao lado de Maduro. O vice-presidente brasileiro crê que a disposição do atual ocupante do Palácio Miraflores é irreversível, mas ninguém assegura que seja iminente. Aliás, o próprio general Hamilton Mourão admite que Maduro cairá ou haverá um conflito interno, o que provocaria uma matança, que ninguém deseja. Os líderes principais da oposição – Juan Guiadó e Leopoldo Miguez – parecem ter perdido o ímpeto inicial, até por adivinhar que Washington não meterá mãos na cumbuca, por já estar comprometido com problemas sobretudo em países da península arábica. A hora exige muita prudência das nações da América, não só pelo petróleo da Venezuela. Somos todos de mesma origem ibérica e falamos línguas irmãs (evidentemente não me refiro aos EUA). Por detrás de tudo, ainda existem velhos ranços coloniais, além da invenção de Chavéz, mantida por Maduro, do socialismo bolivariano, mal interpretado e utilizado pelos ditadores de determinados países do hemisfério, talvez pela obscuridade da própria ideia. No meio de tudo, é presente e atuante o poder dos grupos narcotraficantes, como os da Colômbia, de que temos dolorosas marcas, e dos narcoterroristas, que por ali promovem guerrilhas há décadas. Há, inclusive, infiltração de um núcleo do Hezbollah, admitido pelo ditador venezuelano. O jornalista José Casado esclarece: “o Exército de Libertação Nacional da Colômbia, a maior organização narcoterrorista em atividade na América do Sul, consolidou o domínio de cidades, áreas de mineração e de agricultura na região Sul da Venezuela, num raio de 500 quilômetros na fronteira com o Brasil, em zonas próximas dos postos do Exército em Cucui (AM) e Urimatã (RR). Forças Armadas brasileiras tentam reforçar a vigilância numa região de 2,1 mil km, floresta densa e inúmeros rios. O narcoterrorismo de origem colombiana se expande rapidamente pelo território da Venezuela em meio ao colapso institucional do país. Serviços de Informações da Colômbia, Brasil e Estados Unidos têm confirmação de acampamentos de tropas e emissoras clandestinas de rádio 9FMs 97.7; 95.5;105.5, e 97.4) em pelo menos dez dos 23 estados venezuelanos”.

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