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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Sei que a notícia sobre o bispo de Formosa interessa à população do Norte de Minas, porque dom José Ronaldo foi bispo em Janaúba. A informação que envio - do Correio Brasiliense de hoje - interessa menos como escândalo e mais como boa informação, para que cada um acompanhe o caso com critério e espírito cristão: ´Correio Brasiliense - 21/03/2018 10:34 - Mesmo após prisão, Vaticano mantém dom José como bispo de Formosa - Dom José Ronaldo Ribeiro segue como bispo de 33 paróquias, mas o arcebispo Paulo Mendes Peixoto atuará como administrador até que uma solução definitiva seja dada ao caso - WG Walder Galvão - Especial para o Correio - Vaticano decidiu manter dom José Ronaldo Ribeiro como bispo da Diocese de Formosa (GO). Ele está preso acusado de ser o chefe do esquema de desvio de dinheiro de 33 paróquias da região goiana. No lugar dele, vai assumir o padre Paulo Mendes Peixoto, com a missão de ser o administrador da Diocese de Formosa. A escolha do Papa Francisco está publicada em um boletim divulgado nesta quarta-feira (21/3) na página do Vaticano. O texto é curto e não traz nenhum outro detalhe sobre o assunto. Na terça-feira (20/3), a CNBB divulgou uma nota oficial sobre o caso. No texto, o secretário-geral da entidade, dom Leonardo Steiner, pede Justiça nas investigações e convida fiéis a permanecerem unidos em oração. Ele também recomenda aos clérigos presos a se entregarem confiantes “à vontade misericordiosa de Deus”. “A CNBB manifesta a solidariedade com o presbitério e os fiéis da Diocese, recordando ao irmão bispo que a Justiça é um abandonar-se confiante à vontade misericordiosa de Deus. A verdade dos fatos deve ser apurada com Justiça e transparência, visando o bem da igreja particular e do bispo. Convido a todos os fiéis da Igreja a permanecermos unidos em oração, para sermos verdadeiras testemunhas do Evangelho”, diz trecho da nota.´ *** G1/- Tv Anhanguera- Rede Globo/ Goiânia - O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira (21) o arcebispo de Uberaba, em Minas Gerais, dom Paulo Mendes Peixoto, como administrador apostólico da Diocese de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, após as denúncias de desvio de dízimo e corrupção na unidade. Segundo a Nunciatura Apostólica no Brasil, ele auxiliará nas atividades das paróquias da região até que seja nomeado um novo bispo. Após ser nomeado, Peixoto escreveu, em um comunidado, que está ´feliz com a confiança, mas preocupado com os desafios que, certamente, terá de enfrentar´. ´A Igreja está preocupada com a realidade da diocese de Formosa, que estava até ontem sem administrador e, por isso, começa agora um novo caminhar, com minha presença, até que seja nomeado um novo bispo diocesano. Minha disposição é para dar àquele povo de Formosa, até o momento muito abalado, mais esperança e confiança na sua prática cristã´, destacou. A Diocese de Formosa está sem bispo desde segunda-feira (19), quando o então bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, foi preso temporariamente suspeito de integrar um esquema que pode ter desviado mais de R$ 2 milhões dos cofres da Igreja Católica. Além dele, foram detidos o vigário-geral e segundo na hierarquia de Formosa, monsenhor Epitácio Cardozo Pereira; o juiz eclesiástico Thiago Wenceslau; mais três padres; o secretário da Cúria; e dois empresários. As prisões temporárias, que têm validade de cinco dias, podendo ser estendida para mais cinco, ocorreram durante a Operação Caifás, realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) em Formosa, Posse e Planaltina. Denúncias feitas aos promotores de Justiça apontam que o juiz eclesiástico fez vista grossa para denúncias de desvio de recursos e que padres pagavam “mesada” ao bispo para se manterem em igrejas mais “lucrativas”. As apurações apontam que o grupo age desde 2015. As investigações começaram no ano passado, após denúncias de fiéis. Eles afirmaram que as despesas da casa episcopal subiram de R$ 5 mil para R$ 35 mil desde a chegada do bispo Dom José Ronaldo. Na ocasião, o clérigo negou haver irregularidades nas contas da Diocese de Formosa. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça apontaram que os suspeitos compraram uma fazenda de criação de gado e uma casa lotérica com o dinheiro desviado. As aquisições, conforme o MP-GO, também eram uma forma de lavar o dinheiro. À TV Anhanguera, Dom José Ronaldo disse que o advogado dele ainda não teve acesso ao processo e nega envolvimento dele no caso. ‘Juramento de fidelidade’ Convocado após denúncias de desvios de dízimos e doações na Diocese de Formosa, o juiz eclesiástico Thiago Wenceslau forjou um relatório das contas questionadas anunciando que “auditoria rigorosa” apontou não haver nenhuma irregularidade, de acordo com o MP-GO. “[O juiz eclesiástico] Veio [de São Paulo] com um objetivo: intimidar de forma definitiva os padres e fazer com que eles fizessem, como de fato muitos fizessem, um juramento de fidelidade ao bispo [Dom José Ronaldo, apontado como líder do esquema]”, explicou o promotor Douglas Chegury. ´Chamados nominalmente, [os padres] deveriam responder se estavam com o bispo ou contra o bispo, não era com a Igreja ou contra Igreja. Isso aconteceu em uma reunião a portas fechadas”, completou. De acordo com o MP-GO, havia “clima de terror e opressão” e ameaças de retaliação, transferências e até perda de ministério aos clérigos que não se calassem ou não demonstrassem apoio ao bispo. `Mesada` por paróquias mais rentáveis A investigação aponta ainda que padres de Formosa, Posse e Planaltina pagavam ao bispo de Formosa para que fossem mantidos em paróquias mais lucrativas. O valor mensal da ´mesada´ variava entre R$ 7 mil e R$ 10 mil. ´As informações que nós obtivemos é que, para permanecer nas paróquias que davam mais dinheiro, os padres pagavam uma mesada, em dinheiro, ao bispo. Um pároco, que contribuiu com as investigações, inclusive, chegou a ver esse repasse´, disse o promotor Douglas Chegyry ao G1.

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