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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Luiz de Paula Ferreira (1968) Wanderlino Arruda Luiz de Paula é, sobretudo, um homem de sorte. Sua origem humilde tem sido um grande trunfo na sua vida, pois que desde pequeno, aprendeu a lutar. Escolas não lhe faltaram, mesmo que sob pesado fardo de sacrifícios. O trabalho foi contínuo, sem folgas, como uma grande oficina que forja poderosa vontade. Assim, a têmpera do seu caráter foi modelada na própria experiência, com um princípio filosófico adquirido no aconchego de um lar simples e genuinamente cristão. Otimista, inteligente, persuasivo, sempre acreditou em sua boa estrela. De grande versatilidade mental, excelente memória e com grande capacidade de ocupar-se de muitas coisas diferentes, sabe perceber a ocasião oportuna para agir, sem cada situação. E o entusiasmo é uma espécie de bússola aponta-lhe os motivos e as possibilidades de brilho, tornando-se capaz de sair-se bem de todas as situações difíceis e inesperadas. Vem daí, talvez, o seu sucesso na política. Tem imenso gosto pelas viagens e apreciação das novas cenas e situações diferentes. Eterno estudante, quer estar sempre impulsionado a aprender algo de novo, obter novas experiências, de conhecer mais e mais, intrigado e fascinado por tudo que é diferente. Conservador, mão hesita diante das dificuldades, sabendo descobrir bem as soluções práticas e efetivas para cada problema. Tem uma grande qualidade para os amigos e um defeito para os adversários, principalmente no campo político: sabe considerar sempre os dois lados de uma questão e tem aptidão para servir em emergências que exijam ação pronta e decisiva. Facilmente adquire amigos, não perdendo tempo com desilusões. Mais do que ninguém sabe dar certo ar romântico aos assuntos comuns de sua vida. Aí estão a sua alma de verdadeiro artista e talvez do herói que todos nós temos dentro de nós mesmos. Outro ponto interessante: Luiz de Paula é uma espécie de conservador e aventureiro, ao mesmo tempo. Ama o passado, vive o presente e não sabe como temer o futuro. Sem deixar de pensar em si mesmo, tem propósito definido pelas coordenadas do seu caráter, em trabalhar sempre de modo útil aos seus semelhantes, com uma admiração sem par pela humanidade inteira. Luiz de Paula é um homem feliz, repito. Imaginem os Senhores que aquele solteirão, conquanto a alegre, bem-humorado, bem situado, artista, menestrel da boa vida, precisava ter muita sorte para dar-se e ser dado em casamento a uma moça tão admirável como Isabel, possuidora das boas qualidades que ele tinha e de mais de um milhão de outras que ele não chega a ter. O casamento para Luiz foi ouro sobre o azul, nada melhor para construir um castelo de felicidades a um respeitável e sério trovador, um nobre medieval do nosso século. Os filhos adorados aumentaram a alegria do casal e esse andarilho motorizado, quando não está na estrada, tem de estar gozando a tranquilidade e harmonia do seu lar. E não venha dizer depois que não foi Deus que inventou a mulher! Que o amor não é a maior riqueza! Vou terminar sem fazer biografia, apenas como um psicólogo à moda da casa. Aos que pensaram que iria eu fazer um discurso político, delineando programas, lançando plataformas, aplaudindo o homem público que viver um momento positivo em sua carreira de Deputado Federal, devo ter desiludido, enganado até. Procurei traçar um retrato, surpreender o próprio homenageado, com ângulos e sua vida que ele talvez não tenha prestado ou mesmo não preste atenção. Mas antes de as Senhoras e os Senhores baterem palmas, mais por força de uma convenção social do que pelos méritos da oração, quero dizer que também entrevistei D. Isabel sobre o seu ilustre consorte. O resultado foi interessante e posso bem imaginar as suas intenções, as implicações psicológicas mais recônditas. Os Senhores e as Senhoras vão decidir se ela falou como simples cidadã, como esposa, como política, pois sempre existe e contágio, ou como simplesmente mulher. Eis a resposta: ´Luiz é o único deputado que sai semanalmente de Brasília para fazer uma visita a sua base eleitoral, em Montes Claros, e eu, como sua eleitora, gosto demais disso´. ( Discurso pronunciado durante as homenagens prestadas pelos amigos ao Deputado Federal Luiz de Paula Ferreira, em jantar no Automóvel Clube de Montes Claros, em 12 de setembro de 1968.)

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