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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Matéria publicada aqui em S. Paulo faz um breve relato dos terremotos no Brasil. Envio a vocês, para que repassem a informação, pois ela contém dados dos pequenos tremores que ocorrem em M. Claros. Menciono que estes tremores não são recentes. O que mudou é a facilidade na comunicação, quase instantânea. A região de M. Claros tem relatos de tremores nos últimos 100 anos, ou mais. Nào obstante, e preciso tomar cuidado. Pinço uma frase de especialista, que está na reportagem abaixo: ´Os de magnitude 5, por exemplo, ocorrem uma vez a cada cinco anos. A cada grau a mais na magnitude, o fenômeno se torna 10 vezes mais raro. Ou seja, um tremor de magnitude 6 é registrado a cada 50 anos. Já um de 7 graus a cada 500 anos´, explica Assumpção, que acrescenta ser pouco provável [embora não impossível] o Brasil um dia ter um terremoto como o do México. Mais forte aconteceu em 1955´ Importante ler toda a notícia, que é esta: Brasil registra quase um tremor de terra por dia; maioria não é sentido - 20/09/2017 - 04h -João Wainer - Ao contrário do que muitos imaginam, o tremor de terra que acordou os moradores de Rio Branco do Sul e Itaperuçu, no Paraná, na madrugada desta segunda-feira (18), não é um fenômeno raro no Brasil. Só para se ter uma ideia há quase todos os dias um terremoto no país. É o que afirma o Marcelo Assumpção, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de São Paulo). Embora a palavra terremoto esteja associada a tremores com grandes potenciais de destruição --como o de magnitude 7.1 que ocorreu no México nessa terça--, no Brasil esses abalos sísmicos são bem mais leves e quase nunca destrutivos. ´Estamos falando de tremores pequenos com magnitude média de 2 graus na escala Richter´, aponta Assumpção. ´Muitos deles acabam nem sendo sentidos pela população, alguns até nem são captados pela Rede Sismográfica Brasileira´, acrescenta. Segundo o especialista, tremores de magnitudes inferiores a 5 dificilmente provocam estragos, o que justifica o recente tremor de 3.5 graus no Paraná não ter passado de um susto. ´Os de magnitude 5, por exemplo, ocorrem uma vez a cada cinco anos. A cada grau a mais na magnitude, o fenômeno se torna 10 vezes mais raro. Ou seja, um tremor de magnitude 6 é registrado a cada 50 anos. Já um de 7 graus a cada 500 anos´, explica Assumpção, que acrescenta ser pouco provável [embora não impossível] o Brasil um dia ter um terremoto como o do México. Mais forte aconteceu em 1955 O recorde no Brasil foi um tremor de magnitude 6.2, que ocorreu em 1955 em Mato Grosso, próximo a Portos Gaúchos. ´A sorte foi que, na época, a área era inabitada. As vibrações chegaram até a acordar os moradores de Cuiabá, mesmo estando a 400 km do epicentro do terremoto´, conta Assumpção, que ressalta que os prejuízos poderiam ser grandes caso um mesmo tremor ocorresse nos dias de hoje. No segundo lugar do ranking, está um terremoto de 5.2 graus que, em 1980, abalou Pacajus (51,1 km de Fortaleza), no Ceará. Em 1986, foi registrado um outro tremor de 5.1 graus em João Câmara, no interior do Rio Grande do Norte, que derrubou várias casas. ´Ninguém morreu, mas várias pessoas feridas´, afirma o professor da USP. A única morte provocada por um tremor no país ocorreu em Itacarambi, norte de Minas Gerais. Em dezembro de 2007, a cidade foi impactada por um terremoto de 4.9. Várias casas desabaram e uma criança acabou morrendo soterrada. ´O efeito foi tão devastador que um bairro inteiro da periferia –em que as casas eram mais frágeis-- precisou ser reconstruído.´ Quais são as regiões do país com mais tremores? Há regiões no país em que os tremores são mais frequentes. Uma delas é Caruaru, no agreste de Pernambuco, que, em 2016, em um único dia chegou a registrar mais de cem pequenos tremores. No Nordeste, o fenômeno também é bastante comum no Ceará (próximo à Sobral) e no Rio Grande do Norte (próximo à João Câmara). Já nas regiões Norte e Centro-Oeste, segundo Marcelo Peres Rocha, membro do Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília), as áreas mais abaladas pelos tremores são o norte de Mato Grosso (próximo à Portos Gaúchos), norte de Goiás (próximo à Mara Rosa), o sul de Tocantins e Pará (próximo à Canaã dos Carajás). No Sudeste, o fenômeno é mais frequente na região de Montes Claros, em Minas Gerais, e na região costeira do Espírito Santo e Rio de Janeiro. ´O Estado de São Paulo é um dos mais calmos´, enfatiza Assumpção. ´Mesmo que sejam pequenos, esses tremores costumam deixar as pessoas apreensivas. Chegam até causar pânico, principalmente em casos de recorrências, que são comuns. Até não sabem se pode ou não serem surpreendidas por um terremoto maior´, afirma o professor da USP. O grande problema, no entanto, é que não há como prever terremotos. O que existe são sistemas de alerta, emitidos quando o tremor do epicentro se manifesta. ´As vibrações demoram alguns minutos para se propagarem e esse tempo é suficiente para as pessoas tomarem as medidas preventivas, tais como evacuar prédios´, explica o especialista, que diz que medidas preventivas não são necessárias no Brasil pelo baixo poder destrutivos dos nossos tremores. Por que os tremores acontecem no Brasil? Vale lembrar que os terremotos ou tremores são formados a partir da liberação de energia das chamadas placas tectônicas --camada sólida da Terra formada por 15 grandes blocos--, que estão constantemente em movimento. Os abalos sísmicos são mais comuns na junção dessas placas, o que explica a frequência desses fenômenos em países como os Estados Unidos e o Japão. O Brasil se beneficia por estar bem no centro da placa sul-americana. A razão para que ainda assim haja tremores no país não tem uma resposta única. Uma das hipóteses, segundo ele, é que as regiões do país que sofrem mais com os tremores estejam em cima de uma parte da placa que seja mais fina. ´Isso porque a espessura dos blocos é bem variada.´ Já Rocha apresenta uma outra possível explicação: ´A placa sul-americana é a junção de várias outras placas menores, como se fosse um objeto de mosaico. Portanto, pode ser que as áreas em que os terremotos acontecem com mais frequência estejam em cima do limite dessas pequenas placas, que são bem mais frágeis.´

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