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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Hora de sair do comodismo Alberto Sena Ainda sob o calor provocado pelas dinamites explodidas dentro da única agência do Banco do Brasil (BB), no Centro Histórico, trato nesta oportunidade sobre a participação do Pelotão da Polícia Militar de Grão Mogol no episódio da explosão do cofre por uma quadrilha de bandidos; e outros pormenores. Não se trata de “defender” ou “criticar” os policiais comandados pelo tenente Ricardo Batista de Souza. Todos eles são bravos, mas vários fatores contribuíram para acabar com a virgindade de Grão Mogol no tocante a ataques de quadrilhas especializadas em explodir caixas eletrônicos. Não vou entrar no mérito da carência material da nossa polícia sob todos os aspectos para não passar informações aos bandidos. A realidade é nua e crua. Levando em consideração o fator surpresa, pois o ataque foi planejado minuciosamente, o que os policiais do pelotão poderiam fazer se todos estavam sendo vigiados? Os bandidos tiveram tempo suficiente para identificar a casa de cada um. Perceberam a fragilidade e esquematizaram um plano de ação. E, porque são profissionais do ramo, executaram um ataque sem ferir ninguém, mas fazendo barulho para intimidar. Foi mais fácil do que tomar biscoito da mão de uma criança. Evidentemente, é necessário daqui para frente tomar sérias medidas de segurança, e uma das principais é dotar Grão Mogol de uma companhia da Polícia Militar. Com desculpa da expressão, acho ridículo haver na cidade só um pelotão PM, sem nenhum demérito aos policiais, pois todos dão muito de si para oferecer segurança pública. Mas há muito tempo (até por uma questão preventiva) já devia ter uma companhia no município. Mas não basta ter uma companhia sem dar a ela as garantias, as condições necessárias para exercer o trabalho de segurança pública, tais como viaturas suficientes, armamentos superiores aos dos bandidos e tudo mais. E quem é o responsável por dotar Grão Mogol de uma companhia da PM? Em primeiro lugar, cabe à Câmara Municipal encarar a sua missão de representante do povo e reivindicar imediato reforço da segurança pública. Para isso, a Câmara precisa dar os passos necessários nesse sentido acionando a Regional da Segurança Pública em Montes Claros e o Comando do Batalhão de Polícia. E, se for o caso – e é o caso – ir a capital conversar com o governador Pimentel, que tem um grãomogolense – José Afonso Bicalho Beltrão da Silva, secretário da Fazenda – a fim de reivindicar mais atenção para Grão Mogol. Aqui, não tem delegado de Polícia Civil. Tinha. Só agora foi nomeado um juiz de Direito para a Comarca e até então a promotora de justiça permanece, mas há sempre o risco de um e outro irem embora, porque aqui é Comarca de 1ª Instância. Em verdade, Grão Mogol nunca foi devidamente respeitada como Comarca das mais antigas. E, aqui, cabe refletir sobre o porquê de o município nunca ter sido respeitado como convém. A responsabilidade sobre isso recai primeiramente sobre a população de modo geral. Vivo aqui há três anos e tive tempo suficiente para refletir sobre o comportamento das pessoas. Com algumas exceções, o grãomogolense de modo geral é apático. Não costuma tomar atitudes coletivas. Se tomasse, grande progresso político já teria alcançado. Há no ar, além das emanações da Serra do Espinhaço, um sentimento conformista da população. As pessoas não participam das reuniões da Câmara Municipal. Em um momento deste, caberia ao povo reivindicar os seus direitos pressionando os vereadores e principalmente o prefeito municipal para tomarem uma atitude em relação à segurança de Grão Mogol. A reação deve ser de dentro para fora. Está em jogo o sossego e não podemos deixar instalar nas cabeças a fobia da insegurança pública. Só faltava essa ocorrência para se perceber que, enfim, Grão Mogol já não pode ser mais considerado um lugar onde a tranquilidade era marcante. As portas e as janelas das casas podiam ficar abertas. As chaves dos carros deixadas na ignição. Adeus criminalidade zero na sede do município, porque na zona rural, muitos fazendeiros e sitiantes estão vindo para os centros urbanos acalentados pela ilusão de “mais segurança”. Para não alongar, eis uma síntese: se não houver, agora, uma reação popular por mais segurança pública, a ponto de sair do comodismo e tirar dele as autoridades locais, as famílias de Grão Mogol podem esperar, infelizmente, por ocorrências desse tipo e de outros também.

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