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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Quadrilha explode cofre do Banco do Brasil - A direção dos Correios precisa agir rapidamente para auxiliar Lúcio Panta. Ele está sozinho na agência de Grão Mogol e por esses próximos dias terá de atender toda a demanda do Banco do Brasil atacado nesta madrugada por sete ou até 14 bandidos não se sabe ao certo. Eles explodiram o cofre da agência com quatro dinamites e fizeram uma série de disparos para o ar a fim de inibir qualquer reação. “O cofre ficou desbeiçado”, diziam algumas pessoas hoje de manhã à porta da agência bancária localizada no Centro Histórico, na esquina das ruas Rua Cristiano Relo e Antonio Bemquerer. O Pelotão da Polícia Militar, infelizmente, foi apanhado de surpresa. Os cabos Armon Costa Rosendo e Edmílson dos Santos Dimas sentiram-se “impotentes” porque eles estavam sendo vigiados e impedidos de agir. O tenente Ricardo Batista de Souza, comandante do pelotão se encontrava em Montes Claros acompanhando a cirurgia de um filho e se inteirando dos fatos hoje de manhã ao retornar a Grão Mogol. O cabo Armon se encontrava em casa, havia acabado de chegar da Unimontes, em Montes Claros, e foi informado de que havia duas pessoas vigiando a casa dele e três reféns. Quem estava no quartel, segundo o cabo, recebeu uma ligação pelo telefone 190. Do outro lado um dos bandidos avisava ter o quartel sob mira. O tenente Ricardo também teve informações de que a casa dele estava sendo monitorada. Isso e tudo mais sinalizam ter sido a ação planejada com antecedência. O cabo Armon desconfia da participação de policiais. Por quê? Porque em certo momento alguém ouviu um deles perguntar para o outro, com sotaque baiano: “E aí, trouxe a macaca?” Expressão típica do linguajar policial. Há suspeitas de que sejam baianos. O gerente da agência do BB de Grão Mogol, Lindiomar Castluber, capixaba de origem, estava em casa. Havia tomado um remédio para problema de coluna e foi dormir às 23h. Desligou o celular e só ficou sabendo do ocorrido mais tarde. Todas as imagens foram colhidas por câmaras da regional do banco. O gerente não revelou a quantia levada pelos bandidos. Mas supõe-se ter sido alta porque ontem o carro-forte abasteceu a agência. Circula a informação sobre a presença de um estranho nas proximidades da agência bancária. Ele teria sido visto por lá durante uma semana, possivelmente estudando a área e acompanhando a movimentação do lugar. Infelizmente, depois dessa investida, Grão Mogol passa a figurar na lista das cidades onde os bandidos estouraram cofres de bancos. Antes, os grãomogolenses achavam ser a cidade protegida e mesmo abraçada pela Serra do Espinhaço. “Quem vai a Grão Mogol, de lá não vai a lugar nenhum” – esta frase era dita e repetida. Teoricamente, quem vinha a Grão Mogol precisava voltar para pegar a BR-251, se quisesse ir a outro lugar. Com essa ação dos bandidos, que estariam em mais de três carros e pelo menos um teria passado pela Avenida Domingos Arrudas com os ocupantes atirando na altura do quartel, desceu pelo balneário e teria alcançado a BR-251. Outros dois carros – os que deveriam estar transportando o dinheiro – foram rumo ao Vale das Cancelas, onde também alcançaram a rodovia federal. Daqui para frente, as autoridades de Grão Mogol devem tomar uma atitude no sentido de dotar a cidade de uma companhia da Polícia Militar, com mais viaturas a fim de garantir a segurança da população. A partir da ocorrência, pouco depois de 1h da madrugada e durante a manhã/tarde o assunto em todas as bocas era um só: o assalto à agência do BB. Em virtude das explosões de dinamite, as estrutura do prédio podem ter sido abaladas. E se estiverem mesmo comprometidas, a única agência do BB ficará fechada e o atendimento passa a ser via agência do correio, onde hoje uma só pessoa atendia a multidão que para lá acorreu. Daí a necessidade de pelo menos mais um funcionário para o atendimento externo. De qualquer forma, o transtorno será grande porque a agência do correio não oferece todos os serviços ao ponto de substituir o BB.

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