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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Os dólares maduros da Venezuela Manoel Hygino Pode parecer que uso muito esse espaço com a Venezuela e seus desmantelos. Não se trata de um país extenso, privilegiado por Deus, sem algumas belezas do Brasil, mas com riquezas imensas, a começar pelo petróleo, encontrado na região do lago Maracaíbo e transformado na principal atividade econômica do país. Habitada pelos índios anaruaques e caraíbas, a região foi visitada por Cristovão Colombo, em 1498. A América estava, assim, descoberta. Como sabido, no ano seguinte, os espanhóis a batizaram como Venezuela – Pequena Veneza, porque as casinhas existentes eram lacustres. Mas os europeus não lhe deram maior importância desde que se tornou Capitania Geral do Vice-Reino de Nova Granada. Alguma valia só apareceu quando, a partir do século XIII, se iniciaram as plantações de café e cacau, utilizando a mão de obra africana. Parecia destinada a um grande futuro, sob comando de Simón Bolívar, no século XVIII.Obeve a independência em 1819, com ajuda – de quem? – do Haiti. A ideia da Grã-Colôbia apareceu também com Bolívar, com a adesão da Venezuela, Colômbia, Panamá e Equador, sob liderança de Bolívar, mas que não deu certo. De lá pra cá, bastante se sabe. A indústria automobilística, o poder do petróleo, os tiranos e tiranetes, como em grande parte da América Latina. De Chávez para cá se sabe o suficiente, mas não tudo. Depois da eclosão dos terríveis escândalos recentes no Brasil e ampla divulgação dos acontecimentos, novos fatos vieram à tona. Em declaração à PF brasileira, a marqueteira Mônica Moura afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pagou “por fora” US$ 11 milhões pela campanha do então presidente Hugo Chávez à reeleição, em 2012. Ela apresentou provas e detalhes sobre os repasses, revelando que Maduro ainda teria de pagar a ela outros US$ 15 milhões pela campanha, valor nunca quitado. A marqueteira afirmou que, além desse valor, recebeu outros US$ 9 milhões de empreiteiras para realizar a campanha de Chávez. Além do pagamento em espécie, Maduro, que à época era chanceler, exigiu que a empresa dela recebesse “quase todo os valores” pagos via caixa 2. Em um dos trechos, a mulher de Santana informou que “parte desse valor não contabilizado foi pago em espécie, entregue em Caracas diretamente a ela, pelo então chanceler Maduro, na própria sede da chancelaria”. “Maduro recebia Mônica em seu próprio gabinete, entregava-lhe pastas com dinheiro e providenciava escolta para lhe dar segurança no percurso da chancelaria à produtora”. A marqueteira afirmou ainda que a maior parte dos pagamentos foi paga pelas empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez. A verdade verdadeira é a situação extremamente tênue e perigosa que atravessamos. Não podemos adivinhar sequer para onde estamos indo, porque falta confiança agora em tudo e todos. Disse Luis Cláudio Chaves, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)– MG e hoje vice-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que raciocina como nós dias atrás: “Esperávamos que, após o impeachment e a Lava Jato, os políticos repensassem seu papel na sociedade. Mas vemos que os atos de corrupção continuam acontecendo mesmo diante de tantas denúncias e processos movidos”. E irão continuar, pelo visto.

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