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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024
 

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Mensagem: FATOS QUE TODOS DEVEM SABER. Permitam-me fazer algumas considerações com relação às mensagens 82365 e 82369. Montes Claros é uma cidade privilegiada com relação às futuras fontes de produção de água bruta. Temos como as opções no momento: a Primeira o Rio Pacui (poço verde); segunda Rio Jequitai e a terceira Rio São Francisco. Você deve está perguntando. – Por que não fez esta tal captação antes? – Porque deixaram para agora? Pois bem! - Vamos de pouco a pouco. Primeiro vamos fugir de Montes Claros, e ir a “adutora do algodão” na Bahia e a concepção de Espinosa. Em 2009 para 2010 fui convidado para ajudar (opinar) alguns técnicos do Ministério de Minas e Energia a traçar o caminhamento de uma adutora do Rio São Francisco (05 quilômetros abaixo da cidade de Matias Cardoso) até Espinosa; cidade que agonizava - até hoje - com a falta d’água devido o baixo nível da Barragem do Estreito; a adutora passaria pelas comunidades de Estrela; Sossego; Rio Verde de minas e Itamirim e outras pequenas. Concomitantemente, outra equipe saiu do Rio São Francisco próximo a Malhada –BA seguindo pela BR 030 – até Guanambi-BA com o mesmo objetivo de Espinosa. Na ocasião TODOS os Deputados e Senadores do Estado da Bahia – independente dos partidos – apoiaram e lutaram para que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento - EMBASA, através da Codevasf iniciasse as obras o mais rápido possível. A obra iniciou-se em Abril de 2011 e foi concluída e inaugurada pela então presidente Dilma Rousseff em Novembro de 2012. Foi à UNIÃO dos políticos baianos que fez a força. - Já a Adutora de Espinosa até hoje não saiu das intenções e nem no papel está. – pergunto: Agora está respondido por que ainda não saiu à nova captação de Montes Claros? A nova captação mais viável no momento é a do Rio Pacuí – mais barata, o projeto é fácil e tem boas condições para atender Montes Claros por vários anos; depois, com a conclusão da Barragem do Rio Jequitaí, quem sabe, uma nova adutora para atender montes Claros além da nossa geração. Vocês devem estão estranhando porque não citei a concepção da barragem Rio Congonhas em Itacambira-MG , obra intencionada há mais de 27 anos. Dificilmente fico 01 mês sem ir até aquela comunidade; atravesso a calha do rio constantemente. Posso afirmar que, face da minha experiência na área de recursos hídricos (experiência contraída no campo e nos monitoramentos), que o modelo hidrológico da bacia do Rio Congonhas não é a mesma. A bacia fisiográfica do Rio Congonhas - nos anos idos – a maioria dos seus afluentes nunca secavam, hoje, a realidade é outra; em 2015, 2016 vários secaram, inclusive a calha e, 2017 não será diferente, irão secar. A bacia demanda uma nova avaliação. A influência do desmatamento; barragens nas veredas; talhões da floresta de eucaliptos a menos de 30 metros das nascentes; evapotranspiração da região homogênea aumentou; vários poços profundos na área de recarga; diferentes usos do solo e a produção de erosões. Tudo isso, demanda uma nova avaliação visando calibrar modelos de previsão hidrológica, levando em consideração os efeitos das mudanças naturais, que são evidentes. Para terem uma idéia. No dia 23/04 choveu noite toda na região da comunidade de congonhas/ Itacambira; no dia 25/04 avaliei a vazão do rio Q= 1200 L/s - no dia 01/05 Q=433 L/s e, no dia 05/05 Q= 373 L/s. - A vazão cai vertiginosamente numa bacia que estava prevista uma barragem para transpor 2.000 litros por segundo para Juramento e 4.000 Litros/seg. para Irapé. Ninguém é contra a Barragem de Congonhas. Apenas sabemos que no momento demanda mais avaliações; se não vamos ter uma barragem que nunca vai encher. Eu acredito que daqui uns oito anos após novos estudos e se vier a confirmar a viabilidade, a barragem pode sair do papel para beneficiar a Sul Americana de Metais SAM para aduzir o mineroduto captando a água na barragem de Irapé. O que não pode, é fazer movimentos contra as principais alternativas de abastecimento e sair dizendo asneiras, sem nunca ter trabalhado na área de recursos hídricos Reclamam que o nordeste está tirando as indústrias do norte de minas, mas, na hora de apoiar uma nova captação de água para garantir o desenvolvimento, alguns partem para o conflito de interesse em detrimento da melhor opção do momento. Se EU tivesse trabalhado somente na área de manutenção de redes de água e esgoto, jamais ousaria dar palpite na área técnica que trabalha nas concepções das captações. Podem fazer política, mas, deixem a parte técnica para quem sabe. O momento é de resolver e aperfeiçoar o abastecimento de Montes Claros. (*) José Ponciano Neto – Técnico em Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

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