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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 20 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O QUE PODE MUDAR COM A VIRADA DO CALENDÁRIO? *Enoque Alves Rodrigues Dentro de mais algumas horas entraremos em um novo ano. O ano de 2017 promete. Trabalhando duro, como em todos os finais de ano, estou de plantão na empresa de onde retiro as minguadas patacas que me sustentam a cada mês depois de lá deixar o couro, rsrsrs. Nas ruas quase não se vê ninguém. Vias expressas livres. Todos os semáforos geralmente lentos em dias normais estão verdes. Torço para que demorem um pouco mais a se abrirem. Transportes coletivos antes entupidos de gente, agora, surpreendentemente, vazios. As pessoas estão viajando pelos Litorais ou talvez, por Cidades mais distantes desde as comemorações do Natal e só retornarão á lide, se Deus assim o permitir, depois do dia dois de Janeiro. Mas, caso Deus não permita, “não tem importância”, por que grande parte vai retornar mesmo, de verdade, ao velho batente, só depois do Carnaval. Igrejas vazias, Bancos sem filas, Lojas ás moscas onde se veem apenas alguns mortais tentando efetuar trocas de presentes que ganharam no Natal em virtude de alguma desatenção do bom velhinho que, na empolgação, ou, quem sabe, com um espumante a mais no coité, se esqueceu do tamanho do sapato, do colarinho da camisa ou da cintura da calça do digníssimo presenteado. Não se lembrou de que, pés e pescoços não são iguais, e que, cinturas crescem ou diminuem de acordo com o que se coloca na barriga, que depende da força de vontade de cada um. O Jornaleiro já não “jornala” mais, e o lixeiro... Bem, este não tira folga nunca. Alguém tem que recolher a sujeira do Mundo, pois afinal, quase tudo que produzimos é lixo e parece que ainda estamos longe do dia em que a terra parou. Falando nisso, você já deu a sua caixinha do Natal deste ano ao amigo lixeiro de sua rua? Não? Muquirana! Mão de vaca! Rsrsrs. Bem, sigamos. Ater-nos-emos á frase que dá titulo a esta crônica. “O que pode mudar com a virada do Calendário?”. Respondo. Nada, absolutamente! O calendário por si só não tem nenhum poder para mudar ou modificar coisa alguma. Sim. De nada adianta você encher a cabeça de ideias fantasiosas e planos inexequíveis para o ano de 2017 se você não realizar, antes de tudo, dentro de você, uma faxina geral. Uma mudança radical. Comece por se desvencilhar -eu sei que não é fácil- da euforia que nestas ocasiões se apossa das pessoas. Coloque os pés no chão. Lembre-se de que você ainda não morreu e que o seu Mundo, o nosso Planeta real ainda se chama Terra, onde “o buraco é mais embaixo”. Aqui, o simples fato de procurarmos viver um dia após o outro já exige de nós muito esforço e sabedoria. É tarefa dificílima, desafiarmos o crédito fácil que nos induz ao consumismo cruel e suicida, enquanto grande parte de nossos irmãos passa fome, e as dificuldades e vicissitudes que o mundo atual nos impõe para trilharmos os caminhos da decência e comedimento por onde somente “cabras da peste” triunfam depois de encarar com dignidade, persistência e superação, os perrengues aos quais todos nós estamos vinculados. A vida não dá saltos e em suas curvas não existem atalhos. Se você é daqueles que gostam de tudo que é fácil esteja certo de que, quando você menos esperar, estará retornando ao mesmo lugar. Quem tem objetivos na vida tem uma rota a seguir. Caminhar por ela em toda a sua extensão sem se olhar para os lados e no final da jornada poder dizer, conscientemente, alto e bom som, “Combati o bom combate. Acabei minha carreira e guardei a fé. Desde agora a coroa da justiça que me foi guardada a qual o Senhor, Justo Juiz, me dará”. Timóteo, 4:7, é a maior recompensa. A vida e o “Justo Juiz” que o Apóstolo Paulo se refere não permitem espertezas ou expedientes. Você é um bom entendedor, mas mesmo assim eu vou lhe explicar. Se ao invés de encarar hoje, jovem e forte, com coragem e determinação, as barreiras que a vida lhe colocar á frente, você se homiziar por trás das vãs e traiçoeiras facilidades, vai acabar, um dia, quando não tiver mais forças, que voltar ao ponto zero onde se encontrava para refazer, velho, raquítico e cansado, tudo aquilo que á sua esperteza e pendores fúteis, outrora, não lhe deixaram sequer iniciar. Ninguém engana a Deus. Somos aqui espíritos impuros possuidores de visão limitadíssima que não nos permitem ver um palmo além do nosso nariz. Não faça, portanto, promessas vazias para o ano que vai começar. Regime, amar ao próximo, respeitar a todos, adultos, velhos e crianças, estender á mão ao necessitado, visitar hospitais e asilos, levar uma palavra de fé e conforto a quem mais precisa devem fazer parte integrante de sua vida durante todos os dias de todos os anos. Não seja ingênuo. Começar ou terminar um ano é muito simples. Nenhuma diferença faz se você não for macho o suficiente para travar batalhas árduas e ferozes, diariamente, para domar o seu eu e mudar de vez a sua vida, procurando, sem falácias, mas com disciplina, melhorar um pouco a cada dia. Enquanto você insistir em permanecer na zona de conforto, a sua vida também não passará de uma zona. Assumir ás rédeas do seu destino é preciso. A vala mais próxima é a vivenda natural para quem deixa a vida se esvair escorando-se em seus barrancos. É isso o que você quer? Nada muda se você não se mudar. Inclusive essa crônica que escrevo e publico desde 2004 a qual só modifico o ano a cada virada. Pensem nisso e sejam felizes! Ótimo 2017 para todos! E tenho dito. *Enoque Alves Rodrigues

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