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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 20 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Sexo sem manual. A maior descoberta no fim da infância para o inicio da puberdade é, sem uma sobra de dúvida: - Os prazeres do sexo. Vêm as curiosidades; aquele “rabo de olho nas partes sensuais das debutantes; os flertes; na região púbica os primeiros penugens e as “galas” ( sêmen aguado). Há pouco tempo o Ucho Ribeiro (este grande cronista) descreveu sua caminhada pelas ruas dos bordéis juntos a Catedral - após as aulas do São José. Nestas ruas, como: a Padre Augusto, Grão Mogol e o Beco Morrinhos (hoje Rua Basílio de Paula) eram as ruas dos sonhos das crianças assanhadas. Era o momento do REM (Rapid Eyes Moviment, ou Movimento Rápido dos Olhos). Além destas ruas, existia outra, que, quando eu passava por lá, faltava deslocar as retinas; a Rua Corrêa Machado, onde ficava o prostíbulo mais famoso de Montes Claros – Zé Côco – não era um “risca faca” como comentavam, mas, tinha umas briguinhas de ciúmes entre o gigolô e o amante do dia. Estas ruas; acessos à minha casa após as aulas, eram mais longínquos, mas... o magneto era mais poderoso. Sempre caminhando devagar, literalmente ressabiado, olhando de um lado para o outro tentando mudar o ângulo das fotos que minha retina clicava quase dez vezes por segundo, este “menino” ponderava nas atenções de forma que, o Sr Dico Zuba (couro Zuba) e os Avelar (Casa das madeiras) não percebessem a sua intenção; tinham lojas nas imediações e ambos eram amigos da família e poderiam fuxicar aos ouvidos do meu avô “Seu” Ponciano e/ou do Padre Jorge Ponciano. Nas casas da Rua Padre Augusto com a Grão Mogol, onde hoje existem uma Auto Escola e um trailer de sanduíches, era comum - como escreveu o Ucho- mulheres debruçadas na janela com os sensuais “air bag duplo”, ou sentadas em uma cadeira com as lindas pernas cruzadas aparecendo o inicio das nádegas ( prá não dizer bu..da) As mais conhecidas das “lindas” mulheres eram: - Lucinda; Ângela (Anginha) e a Flor de Maio, esta ultima, era que mais me chamava atenção, pois, sempre que eu passava, coincidentemente, ela mudava a posição das pernas cruzadas - os cliques das retinas eram concomitantes com ritmo cardíaco. Viche! Eu com onze, doze e treze anos – inicio da puberdade - cursando a admissão ( curso obrigatório para ingressar no ginásio); primeiro e segundo ano ginasial no São José, após os cliques, o que me restava era correr para casa e sem “o manual do sexo”, praticar sexo manual, aquilo chegava doer as virilhas. Vocês entendem, coisas só de menino...- Ou não? Tinha Dona Terezinha com seu Hotel (?) Mancheste na Rua Grão Mogol e Dona Miana na Rua Padre Augusto, suas casas eram “rendez-vous” mais sofisticados e reservados, as “damas” ficavam lá dentro e serviam os homens mais abastados e casados sem que a circunvizinhança observassem. Voltando ao assunto. Com tempo vieram as espinhas, a mudança da voz, emagrecimento e os olhos profundos. Sinais que serviam para meus tios e vizinhos me achincalharem e eu fingindo de desentendido. Um belo dia, eu lixando as peças fabricadas na ferraria, lá estava o Sr. Flamariom Wanderley - que todos os dias ia à oficina do meu avô. Sentado, fumando seu cachimbo com as salivas pingando na camisa, olhou bem prá o adolescente “poncianinho” e diz: Menino! Menino! “Pare de passar perto de Zé Côco e pela R. Padre Augusto, se não você vai voar de tanta magreza. Vindo do “Seu “Wanderley; logo aquele que sacramentou o meu batismo cristão; se eu era magro, quase desapareci; a pele “afro Brasil” ficou mais branca do nuvem de outono. Meu avô por perto, muito recatado que era, sem olhar prá mim, soltou um belo sorriso maroto, dizendo: “Ô Wanderley é porque ele está mudando de voz! - Uma hora fala grosso, outra fala fino” e tá crescendo. Entretanto, diante do revelado, só aos 17 anos, lá em cima da Serra do MELO, uns duzentos metros da cachoeirinha aconteceu minha iniciação na busca do prazer e reprodução. Confesso. A garota era linda e era um pouco abismada comigo, mas, na hora “H” eu cheguei a pensar na musa “Flor de Maio” da Rua Padre Augusto. Foi mais de que ótimo. - Por onde andam as Deusas do Sexo e sensualidade? Será que ainda estão entre nós? Tudo estar registrado prá sempre. - Pena que os adolescentes de hoje têm outros afazeres. (*) José Ponciano Neto é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

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