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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 20 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Têm peças da nossa história que não podem ficar esquecidas. - Existem muitas coisas que o monteclarense desconhece, por exemplo: A história das captações, tratamento e abastecimento da água em Montes Claros – o trabalho, a luta, e a chegada do desenvolvimento por meio da Estrada de Ferro – e, quem são as pessoas ilustres desses feitos. Mas, as “Efemérides Montesclarenses” compiladas pelo cuverlano Nelson Waschigton Vianna nos trazem curiosidades didáticas. História: 01 de Setembro: Há 128 anos, 01/09/1888 - Pela lei n° 3650 da Assembléia Legislativa Provincial, fica a Câmara Municipal de Montes Claros autorizada a contratar com quem melhores condições oferecer, o serviço de abastecimento de água potável à cidade, mediante 12 cláusulas. Entre elas, a concessionária teria o privilégio por 30 anos, para o serviço, não poderia cobrar taxa anual que excedesse a 15$000 por pena d‘água, todos os prédios sujeitos ao imposto predial ficariam obrigados a arrendar pelo menos uma pena d’água; a concessionária se obrigaria a fornecer à Câmara Municipal, sem quaisquer ônus para a Municipalidade, 24 penas d’água para chafarizes públicos e a concluir todos os trabalhos de abastecimento d’água, no prazo de dois anos a datar da aprovação do contrato. - Há 90 anos: 01/09/1926 — Foi inaugurada na cidade de Montes Claros, a Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB). O Ministro da Viação Dr. Francisco Sá, partindo de Bocaiúva com sua comitiva, em trem oficial, inaugura sucessivamente as Estações de Engenheiro Dolabela, no quilômetro 1.058; Pires e Albuquerque (Alto Belo), no quilômetro 1.075; Juramento (Glaucilândia), no quilômetro 1 088 e Antônio Olinto, no quilômetro 1.107, chegando ao final dos 72 quilômetros do percurso de Bocaiúva a Montes Claros, isto é, à estação desta última cidade às 14 horas e dez minutos. Ao dar entrada o comboio, à frente do qual vinha o carro conduzindo o Dr. Francisco Sá, sua Senhora e vários membros da comitiva, espocaram os foguetes e uma girândola de 50 dúzias de fogos, ao mesmo tempo em que se faziam ouvir as bandas de música Euterpe Montesclarense e a do 3º Batalhão da Policia Mineira. Milhares e milhares de pessoas que aguardavam a chegada do especial na esplanada prorromperam em delirantes aplausos e aclamações ao nome do grande Ministro. Após o discurso de recepção e respectiva resposta, o Dr. Francisco Sá se dirigiu por entre arcos festivos e faixas de saudação que enfeitavam as ruas, ao Palácio Episcopal, onde ficaria hospedado. Às 19 horas, partia da praça Dr. João Alves densa multidão, organizando imponente marche aux flambeaux, tendo à frente a banda de música do 3º Batalhão da Polícia Mineira, a fim de cumprimentar o Ministro da Viação, no Palácio da praça Dr. Chaves. Em nome do povo falou o Dr. Urbino de Sousa Vianna, cujo discurso foi respondido pelo Dr. Francisco Sá. Às 21 horas, teve início o banquete de 150 talheres, em que, além das pessoas gradas da cidade e da comitiva ministerial, tomaram parte as representações de todas as Municipalidades nortemineiras, especialmente convidadas para assistirem ao magno acontecimento que se festejava na comuna irmã. Ao champanhe, o Deputado Camilo Philinto Prates, em nome da Câmara Municipal de Montes Claros, ofereceu o banquete ao Dr. Francisco Sá. O homenageado respondeu agradecendo com um dos discursos mais eloqüentes, mais belos e emotivos até então jamais ouvidos pela enorme assistência, em religioso silêncio. Falou, por fim, o Deputado Honorato Alves, que levantou o brinde de honra ao Presidente da República, Dr. Arthur da Silva Bernardes, e ao Presidente do Estado, Dr. Fernando de Melo Viana. Houve cinema à noite, ao ar livre, assistido por cerca de 4.000 pessoas. O primeiro agente da Estação da Estrada de Ferro Central do Brasil’, em Montes Claros, foi Carlos Catão de Oliveira Prates. A estátua de Dr. Francisco Sá está ostentada na Praça da Estação (foto) - Obs: Dr. Francisco Sá não era “Brejeiro” do Brejo das Almas. Era “brejeiro” apenas por ter nascido no Brejo de Santo André, no município de Grão Mogol, Portanto ele era “grãomogolense”. (*) Membro do Instituto Histórico e geográfico de Montes Claros.

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